NApOc ‘Mearim’ realiza exercício com CTDIC: Contêiner de Tratamento de Doenças Infectocontagiosas
A Marinha do Brasil (MB) informou que no dia 5 de fevereiro, na Estação Naval do Rio Grande (ENRG), foi realizado o embarque do Contêiner de Tratamento de Doenças Infectocontagiosas (CTDIC) a bordo do Navio de Apoio Oceânico (NApOc) Mearim, que estava atracado no cais do Porto Novo, com o intuito de realizar o exercício “INFLUENZA-EX-I”, em conjunto com a Policlínica Naval de Rio Grande (PNRG).
Nas imagens acima, o embarque do CTDIC no NApOc Mearim (à esquerda) e a simulação de internação de paciente no interior do contêiner (à direita).
O CTDIC é um contêiner adaptado divido em três ambientes: antecâmara, enfermaria e banheiro. Ele possui um mecanismo especialmente desenvolvido para manter seu interior com pressão inferior ao meio externo, com o objetivo de dificultar a saída de micro-organismos patogênicos para o exterior. O contêiner foi projetado para a permanência de um paciente em seu interior por até quatro dias.
O exercício consistiu no acionamento pelo Comando do 5º Distrito Naval do Plano de Contingência da Pandemia de Influenza, que compõe a preparação e embarque do contêiner, a simulação do resgate em alto-mar de um paciente infectado e o adestramento das equipes de bordo, médicos e enfermeiros da PNRG às peculiaridades da operação do equipamento.
O CTDIC foi monitorado por cinco dias, em pleno funcionamento de suas instalações elétricas e hidráulicas, possibilitando ao navio e às demais organizações militares envolvidas incrementarem o adestramento para o cumprimento desse tipo de missão, em apoio aos órgãos de fiscalização sanitária do país.
FONTE / FOTOS: MB
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Tão um ponto favorável essa especialização em emergência, por que não dizer guerra biológica. Só queria saber quantos contêineres deste tipo, temos a disposição das forças.
Exato, a quantidade de unidades assim é importante, porque em geral essas doenças se alastram rapidamente.
Muito interessante termos esta capacidade. É nessas notícias que vemos que o brasil e suas FAs tem muito mais capacidade do que agente imagina.
Quando se comenta sobre 300 dentistas na MB, vem um monte de tecnocratas do teclado para criticar, no entanto a MB realiza muitos tipos de serviços médicos e odontológicos para populações aonde não existem hospitais ou postos de saúde. Dizer para os ribeirinhos que a MB não precisa de tantos dentistas e médicos é o mesmo que dizer a um recém nascido que ele não precisa do leite materno. Eis aí nesse exercício um exemplo de atividades prestadas pela MB que nossos comentaristas ou desconhecem ou fingem desconhecer.
É uma solução interessante ter esta capacidade do tipo: eu carrego um container e estou preparado para a missão.
Ter outros sistemas que possam ser rapidamente embarcados em um navio deixando-o apto para determinada missão, pode ser algo econômico, mais prático e rápido do que ter um navio especializado para uma missão específica.
Vc embarca o equipamento e transforma um navio de patrulha, ou um rebocador, ou outro navio qualquer, num meio apto para cumprir uma missão.