O USS Bonhomme Richard finalmente parou de queimar
Os bombeiros extinguiram todas as chamas conhecidas no navio de ataque anfíbio USS Bonhomme Richard da Marinha dos EUA, depois de mais de quatro dias de esforços ininterruptos.
As equipes estão inspecionando todos os espaços do navio da Marinha, que passou dias queimando o lado do cais na Base Naval de San Diego. O incêndio começou domingo de manhã no porão de carga mais baixo do navio e se espalhou rapidamente por toda a embarcação.
Agora, oficiais da Força Naval de Superfície do Pacífico dizem que iniciará uma investigação oficial assim que todos os espaços forem verificados e for determinado que não há mais incêndios ativos.
“Não sabíamos a origem do incêndio”, disse o contra-almirante Philip Sobeck, comandante do Grupo Expedicionário de Ataque Três. “Não sabemos a extensão dos danos. É muito cedo para fazer previsões ou promessas de qual será o futuro do navio.
Sessenta e três pessoas – 40 marinheiros e 23 civis – ficaram feridas no combate ao incêndio, que em alguns pontos ultrapassou 1.000 graus de temperatura. Equipes de vários comandos da Marinha e do Corpo de Bombeiros de San Diego lutaram contra o incêndio por dias. Eles o fizeram dentro do navio, do píer e em barcos e helicópteros próximos.
“Tínhamos apoio aéreo e marítimo”, disse Sobeck. “Três esquadrões de helicópteros conduziram mais de 1.500 quedas de balde de água, combatendo o fogo e resfriando a super estrutura e o convés de voo, permitindo que as equipes de bombeiros subissem a bordo para combater o incêndio. Os rebocadores também forneciam apoio de combate a incêndio a partir da linha de água, resfriando o casco do navio”.
Na noite de quarta-feira, os bombeiros foram evacuados do Bonhomme Richard enquanto o navio inclinava novamente. As equipes foram transferidas para o píer, disseram as autoridades no momento, com muita cautela enquanto monitoravam a situação do navio.
Na quinta-feira de manhã, eles foram novamente autorizados a entrar no navio.
FONTE: Military.com
Finalmente. Acredito que muitas mudanças ocorrerão na segurança contra incêndio. Acredito que uma delas seria ter mais cuidado nas manutenções, tentando evitar ao máximo risco de incêndios, quem sabe esvaziar os tanques de combustível (havia muito e o risco de vazamento para o mar ou quem sabe mais incêndio e explosão), tentar melhorar o acesso em todas as áreas, quem sabe até mesmo aberturas externas para permitir atacar o fogo por outras frentes. Acredito que uma boa solução é ter combate a incêndio móvel, tipo equipes no local com extintores, retirar qualquer material inflamável próximo do local da manutenção, ter… Read more »
Com todo respeito, você realmente demonstra que nunca serviu embarcado ou não é de Marinha. Mesmo com todas as precauções, os sistemas de combate a incêndios, os procedimentos padrões advindos de sinistros anteriores, mesmo assim ainda se corre o risco de sinistro.
Com tanto tempo de incêndio deve ter pouca coisa para salvar nele, seria bom dar um fim digno para ele usando como alvo em treinamento.
Depois de dois anos em obras…bastam somente não obececerem as normas de seguranca, acessibilidade e remoção de todos os matériais sem uso ou que podem ser combustiveis que estiverem acumulados
…. e tambem relaxar nas medidas e dispositivos de combate a incendios… que voce vai ter um acidente ou incêndio com certeza…
Na verdade não foram “dois anos de obras”, o contrato para a manutenção até foi assinado em setembro de 2018, mas em outubro o “BHR” ainda participou da parada de navios em San Francisco durante o “Fleet Week”.
As obras começaram para valer em junho do ano passado quando ele entrou em uma doca seca, embora um período preparatório tenha sido iniciado alguns meses antes.
Mestre Dalton, é comum, durante a intervenção em doca seca cobrir o navio com filme ou lona pra evitar olhares? Vendo as fotos do BHR docado em NASSCO, estranhei tamanha precaução. O quê faziam afinal de tão especial no Wasp class, além de adequá-lo ao F-35B?
Alex, estou sem tempo agora, mas, vi umas poucas fotos e vídeos do “BHR” na doca seca flutuante e não achei nada de anormal, talvez, sejam fotos diferentes ou interpretações diferentes do que vimos. . O “BHR” passou 6 anos no Japão e lá não se costuma realizar grandes obras de manutenção que deixem os navios muito tempo indisponíveis então depois de um certo número de anos e isso varia, os navios retornam para a costa oeste para uma manutenção mais aprofundada e nessa última ocasião aproveitou-se também para incluir melhorias que o permitiriam operar com o F-35B. . Seu… Read more »
Grato, mestre Dalton.
Caramba! Já concluíram o inquérito militar?
O que seria mais destrutivo, o fogo ou a agua utilizada para combate-lo?
Enfim, por certo muitos aprendizados virao deste infeliz evento.
FOGO.
Matéria fala sobre fragilidades para incêndios nos portos da marinha americana.
https://www.thedrive.com/the-war-zone/34832/veteran-sailor-on-why-navy-ships-can-be-most-vulnerable-in-port-and-how-to-change-that
O fogo cozinhou o aço, alumínio e outros metais por 4 dias…..Não acredito que compense ser salvo.
Esse aí é PT! Já era! Não sei se é melhor construir um novo da Classe ou reformar esse?
O Bonhomme era a vapor (caldeiras e turbinas gerando setenta mil HP nos dois eixos, além de turbogeradores e alguns geradores diesel pra eletricidade) e tinha um sistema de pressurização ambiente positiva (pra evitar a entrada de agentes químicos, bacteriológicos ou radioativos). No porto, desligada a planta de propulsão e turbo geração, apenas os geradores diesel poderiam fornecer eletricidade pros sistemas (incluindo bombas e compressores) ou o navio receberia algo pelo pier, por alguma linha de alimentação. O sistema automático de Halon não iria funcionar de qualquer maneira, suponho. Navios estão muito vulneráveis em píeres, ainda mais em manutenção que… Read more »