Candidata à nova escolta da MB:fragata franco-italiana FREMM

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A FREMM (Multipurpose FrigateFrégate multi-mission ou Fregata Europea Multi-Missione) é resultado do mais ambicioso programa naval cooperativo europeu — compreende 27 navios multimissão para França e Itália. São fragatas de 6.000t com capacidade ASW, ASuW, AAW e ataque terrestre.

A Marine Nationale planeja operar dezessete FREMM, e a Marina Militare dez navios, com os primeiros entrando em serviço em 2011. A França tem até agora encomendadas oito FREMM e a Itália seis. Os navios serão construídos na França pela Armaris (joint venture entre a DCN e a Thales) e na Itália pela Orizzonte Sistemi Navali (joint venture entre a Fincantieri e a Finmeccanica). O Marrocos também está negociando a compra de uma unidade do tipo.

A França usará as FREMM para substituir as fragatas da classe “Tourville” (tipo F67), a classe “Georges Leygues” (tipo F70) e os avisos A69. Das novas fragatas, a França vai construir 8 anti-submarino (ASW) e 9 de ataque terrestre (AL); a Itália vai construir 4 ASW e 6 de emprego geral (GP), para substituir as fragatas (8) “Maestrale” e (4) “Lupo”.
As FREMM serão os primeiros navios de guerra europeus a incluírem UAVs como seu equipamento padrão.

O principal armamento será o sistema antiaéreo Aster 15, em lançadores VLS Sylver. A França vai usar o míssil antinavio MM-40 Exocet block 3, enquanto a Itália usará o Teseo\Otomat Mk-2/A block 4.

O canhão será o Otobreda 76 mm Super Rapid; na versão de ataque terrestre italiana, será usado o canhão Otobreda 127/64 LW, dotado de munição guiada Vulcano, com alcance de até 120km; a versão de ataque terrestre francesa levará mísseis de cruzeiro SCALP EG Naval, em lançadores VLS Sylver-70. A versão anti-submarino italiana será equipada também com o míssil MILAS ASW.
aster.jpgEstá em estudos uma versão antiaérea denominada FREDA (“Frégates de défense aériennes“), para ocupar o lugar das fragatas da classe “Horizon” canceladas.

As FREDA deverão ser equipadas com 16 mísseis Aster 30 and 16 Aster 15.
Os mísseis Aster tem um computador inercial com datalink, um radar doppler de banda J e uma ogiva de 15kg. A velocidade alcançada pelo Aster 30 é Mach 4 e o alcance é de 80km. Ele consegue puxar curvas de até 62G! O Aster 15 atinge a velocidade de mach 3, alcança 30km e manobra até 50G. Com os mísseis Aster, os navios poderão interceptar mísseis antinavio super ágeis em ataques por saturação, podendo manter e controlar vários mísseis em vôo simultâneamente.

Na versão italiana, o radar multifuncional phased array EMPAR, de banda G, da Selex Sistemi Integrati, fará a direção de tiro para os mísseis Aster. O sistema de busca e rastreamento por infravermelho (IRST) será o SASS (Silent Acquisition Surveillance System) da Galileo Avionica.

A Thales é responsável pelo desenvolvimento e fornecimento da suíte eletrônica das FREMM francesas, que será composta dos sistemas IRST Thales Artemis e o radar 3D Herakles, de banda S, para vigilância e direção de tiro. O Herakles tem alcance de 250 km contra alvos aéreos e de 80 km contra alvos de superfície.

O sonar de casco será o Thales Type 4110 e a versão anti-submarino vai ser equipada com o sonar ativo rebocado (towed array) Thales Type 4929,  de frequência ultra-baixa.
As FREMM deslocarão 5.600t, terão 139m de comprimento, 19m de boca e 5m de calado.

A propulsão será turbo-elétrica (duas turbinas LM2500 e motores elétricos), com velocidade superior a 27 nós e autonomia de cerca de 6.000 milhas náuticas. Um pod azimutal facilitará as operações de atracação.
A tripulação será de 108 militares e o navio poderá transportar organicamente dois helicópteros NH90 ou um EH-101.

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André

Considerando essa aproximação entre Brasil e França na área militar, seria o projeto dessa escolta o que teria mais probabilidade de ser adquirido pela MB, seja com construção aqui ou no exterior?

daniel

eu li em site frances que as FREMM ofereciadas a grecia também seriam equipadas com lacadores sylver 35 para o vl mica.

continuo torcendo pelas ZEVEN, mas dia a dia o Brasil se aproxima da França e a tendencia será pelas FREMM

Ozawa

Aposto nela para o “Bolão da Pátria”… 7 de setembro saberei se fui vencedor…

Ozawa

Aliás, num esforço de futurologia, o blog bem podia elencar alguns itens, os mais expressivos do PND a ser anunciado, para preenchermos nossas dezenas do “Bolão da Pátria”…

Jonas Rafael

Eu acho que esse “Bolão da Pátria” não vai trazer nada concreto em termos de aquisição. Apenas as diretrizes que serão seguidas daqui por diante. Embora eu tenha achado as DZP mais bonitas e provavelmente mais capazes, acredito que com esse alto número de encomendas a FREMM saia na frente em termos de custos. Minha aposta é que ela será a escolhida

Ozawa

Ahhhhh não, Jonas ! Prêmio acumulado, com nehum vencedor, depois de tanta expectativa, é demais… rsrs

João das Botas

Parecem excelentes navios para a substituição das fragatas EG NITERÓI, ainda mais levando-se em consideração os esperados acordos com os franceses na ÁREA NAVAL.

Nunão

Se for a escolhida, pelo que li sobre concorrências em outros países, há uma obrigação de se contar com armamentos ligados ao consórcio franco-italiano.

Se dinheiro não for o problema, tudo bem. Gosto da idéia de algumas FREDA e algumas FREMM de “emprego geral”, mas provavelmente essa será a opção mais cara de todas.

Só não gosto do design – esse já vem “de fábrica” parecendo ser de papel!

edilson

de 6 à 8 Zeven para Anti-aérea e entre 8 e 12 fremm para multi propósito…
tem meu voto, sem trair as Zeven é claro.

daniel

estou com edilson nao vamos abrir mao das ZEVEN

Nunão

Ora, então é melhor ir de Zeven de uma vez, parte da frota otimizada para defesa anti-aérea e parte para emprego geral…

Não é que eu esteja puxando a sardinha (ou melhor, o arenque, já que é um projeto holandês) pra minha brasa, quer dizer, pra minha preferência, mas qualquer que seja a escolha a MB – e se isso tudo se concretizar um dia, é claro – a lógica é ter um só “casco”, como frisou o LM outro dia.

Nunão

Já vi tantos perfis diferentes dessas FREMM que tenho real curiosidade em ver que versões sairão realmente. Em comum, só o fato de que não gostei de perfil nenhum.

Acho que é a Ostrice pegando. Se bem que o Ostra um dia falou que até preferia o design dessas FREMM.

Comparado com o das La Fayette, é claro.

Bosco

O interessante do míssil ASTER é seu sistema de controle dotado de vetoramento do empuxo chamado de PIF/PAF. O mesmo possui 4 bocais de saída de gases localizadas no meio do corpo do míssil para o controle ativo de atitude em combinação com as aletas para controle aerodinâmico o que lhe dá uma alta capacidade de manobra. Também seu sistema de orientação por radar ativo é pioneiro em relação aos mísseis sup-ar navais. Este sistema só peca em não receber atualização de uma aeronave AEW, o que lhe conferiria uma verdadeira capacidade além do horizonte. A USN só terá um… Read more »

Bosco

Sabe que a enquete do blog deu uma boa idéia. Os lançadores verticais Mk 48 do Sea Sparrow / ESSM podem ser instalados individualmente. Se fossem instalados de 4 a 6 de cada lado do hangar da Barroso, acrescentado um radar 3D e um radar de iluminação teríamos uma boa relação custo/benefício. Uns 12 ESSM dariam conta do recado até a 4° Frota chegar e tomar conta da muvuca. Aí de quebra troca-se o canhão Mk8 por um 57mm Mk3 para melhorar a defesa de ponto. Este negócio de que a Barroso não é stealth é besteira. Navio furtivo é… Read more »

RICARDO

CONCORDO COM O BOSCO

LM

Prezado Bosco,

Eu juro que outro dia ia postar essa mesma frase, mas resolvi não criar polêmica:

“Navio com designer stealth já existe há 100 anos e se chama “submarino”. O resto é o resto.”

Então, faço minhas as suas palavras! (rsrsrs)

sergio noronha

se e para aposta no bolao do dia 7 eu aposto nas sucatas de HER MAJESTY SHIP.

Roberval

Se fosse possível eu mudaria apenas o Exocet pelos novos Brahmos, daria uma configuração muito mais agressiva a estas fragatas e uma respeitabilidade maior

McNamara

O acordo pode até sair este ano, as fragatas no setor operativo, no ano de 2157.Fala sério, alguém acredita em passe de mágica no dia 07 próximo? Eu acredito que vão falar em vontades, cartas de intenção e possibilidades de acordos, até mesmo citando modelos etc., pois é ano eleitoral.Não acredito nos milagres previstos para 7 de Setembro.

Moriah

Esse é o nosso navio! Acredito que se na MB poderiamos ter 3 versões FREDA, 6 anti-submarino e 6 de emprego geral. As Freda seriam capitaneas dos esquadrões de escolta e do NAe São Paulo ou um novo no futuro, quase toda a configuração de armas francesas seria interessante, mas a torre de 76mm poderia ser substituida por um vickers mk8 mod.1, mantendo o atual padrão. Acho que o Brasil poderia ter um UAV nacional a bordo, em parceria com a Africa do Sul. As asw poderiam empregar ou os sea hawk ou cougar asw, este ultimo podendo ser feito… Read more »

TENENTE

Em tempos de acordo Brasil-França,FREMM/FREDA parecem ser as opçoes mais logicas.A Emgepron tem(me parece)ate um projeto baseado nesses modelos.

http://www.infomar.110mb.com/Navios%20de%20Guerra.html

Meirelles

Seria em minha opinião,a fragata ideal pra MB por ser stealth e ser muito bem armada.Sua elevada capacidade antiaérea é tudo o que a MB prescisa,então poderiamos ter a maioria na versao FREDA.

JSilva

Alô!!!!

Gato Mestre!!!

Tá faltando navio nessa sua lista.

JSilva

Alô!!!!

Gato Mestre!!

Tá faltando navio nessa sua lista.

[…] que perguntou aos leitores “Qual deverá ser a futura classe de escoltas da MB?”, a classe franco-italiana de fragatas FREMM venceu, com mais de 50% dos votos, vindo a “Barroso melhorada” em segundo lugar, com […]

[…] O primeiro navio da classe “Orizzonte” (Horizon) da Marina Militare, em visita ao porto francês. Essa classe de escoltas começou como um projeto conjunto entre o Reino Unido, França e Itália, denominado Horizon Common New Generation Frigate (CNGF). O Reino Unido acabou abandonando o programa, para criar sua própria classe de navios, a Type 45. França e Itália prosseguiram, mas de 8 navios programados, só construíram dois cada, por causa do elevado custo. Os dois países partiram então para o projeto de navios menores e mais baratos, as FREMM. […]

[…] cerca de 6.000 toneladas (os desenhos acima são da classe “Hobart” da Austrália e FREMM francesa) e irão operar com helicópteros de até 12 toneladas. Esses navios serão obtidos, por […]

trackback

[…] sul-coreano foi avaliado pela MB para ser sua futura escolta, juntamente com a franco-italiana FREMM, a F-100 espanhola e a “De Zeven Provincien“, da Holanda. Caso o KDX-II fosse […]

[…] com perfil mais stealth, ao invés de adquirir navios de guerra no exterior. Com o valor de uma FREMM, poderíamos construir três Barrosos, dando continuidade ao grande trabalho realizado para a […]

[…] KDX-II, além da reforma do AMRJ. A DCNS ofereceu o projeto de suas futuras fragatas FREMM, bem como a reforma do AMRJ, o mesmo fez a Navantia, que ofereceu suas modernas fragatas F100. […]

[…] da tecnologia naval francesa. Oficiais brasileiros poderão conhecer o navio e ter uma idéia das FREMM, que estão sendo oferecidas à Marinha do Brasil, para substituição de suas […]

[…] O compromisso foi resolvido com a adoção do radar multi-função EMPAR pela França e Itália e do SAMPSON pela Inglaterra, este último com maior capacidade de acompanhamento, maior alcance e sensibilidade para alvos de baixa RCS. A Inglaterra acabou saindo do programa em abril de 1999 para continuar desenvolvendo seu próprio projeto, o destróier Type 45, que tem muitos pontos em comum com a fragata “Horizon”. A França e a Itália continuaram juntas no programa e encomendaram dois navios cada, equipados com o sistema PAAMS e mísseis Aster. O desenvolvimento dos navios acabou estourando o orçamento inicial, por isso… Read more »

[…] pretendem aumentar ainda mais sua parceria com o Brasil, ofereceram para os escoltas, suas fragatas FREMM, para os NaPaOc, ofereceram as corvetas da classe “Gowind”. Para o navio de propósitos […]

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[…] Candidata à nova escolta da MB: fragata franco-italiana FREMM […]

RENÉ

Alô minha gente ! Muito poistivo ver o interesse geral neste assunto tão importante. Como já definido no PRM atual, a escolha dever recair num modelo de fragata já consagrado e em uso. A FREMM acaba de ter seu batimento de quilha há pouco tempo, ainda nem entrou na água. E o programa franco-italiano sofreu severos cortes. Na minha opinião deveríamos partir de um projeto derivado da alemã F-124, irmã gêmea da De Zeven Provincien holandesa, “esticar” o navio para 150 m para atingir o deslocamento de 6.000 tons full-load proconizado pela MB. São navios excelentes e hoje já teríamos… Read more »

XITA

UOOOOOOOOOOOOOOOOOOU

[…] Candidata à nova escolta da MB:fragata franco-italiana FREMM […]