Imagine buscar um inimigo invisível em uma área de 2 mil quilômetros quadrados, equivalente a mais de 242 mil gramados do Maracanã, no meio do Oceano Atlântico. Foi esse o desafio encarado pelas tripulações do Esquadrão Orungan em um treinamento a bordo dos seus aviões P-3AM realizado em julho de 2014.

E não era um alvo qualquer: com pouco mais de um ano de uso, o HMS Ambush era o submarino nuclear mais moderno do Reino Unido. Movida por um reator nuclear fabricado pela Rolls Royce, a embarcação é capaz de dar uma volta ao mundo debaixo d’água, e esteve na costa da Bahia para treinar com as tripulações da FAB.

O combate entre um avião e um submarino começa como um jogo de “gato e rato”. Sem poder ver abaixo da linha da água, a tripulação da aeronave usa a tecnologia.

De pequenas aberturas na parte de baixo do P-3AM, sonoboias caem diretamente na água. Ali, elas começam a emitir ondas sonoras e receber de volta todos os ecos do mar. Podem encontrar o leito marinho, baleias… e alvos.

Também há as sonoboias passivas, que buscam ruídos como os motores dos submarinos.

Sonoboia iniciando o processo de abertura na água

Os dados de até dezenas de sonobóias são enviados em tempo real para computadores e tripulantes responsáveis por tentar identificar um submarino em meio a tantos ruídos no mar. Enquanto isso, o submarino se mantêm em máximo silêncio e tenta seguir para uma área longe da aeronave.

Nesse treinamento, a tática não deu certo para o HMS Ambush. Com os dados das sonoboias indicando onde estava o alvo, o P-3AM foi para a segunda parte da missão: localizar, exatamente, onde estava o submarino.

HMS Ambush
HMS Ambush

Foi a hora de usar o enorme “ferrão” na parte traseira da aeronave. É um Detector de Anomalias Magnéticas,conhecido pela sigla inglesa MAD, de Magnetic Anomaly Detector. Com esse sensor, o avião voando baixo consegue detectar a presença de uma grande massa metálica na água.

No combate entre o P-3AM da FAB e o HMS Ambush, todas essas fases foram cumpridas. Foram cinco horas de busca até confirmar a localização do submarino. Só não houve o passo seguinte: lançar o armamento. Mas o treinamento já é motivo de comemoração no Esquadrão Orungan. “Hoje em dia podemos afirmar que temos plena capacidade de localizar submarinos”, afirma o Tenente-Coronel Aviador Antônio Lima Júnior, comandante do Esquadrão.

De acordo com ele, conseguir achar o submarino pode alterar todo o cenário estratégico. “Revelar a posição já é uma vitória. O que eles iriam fazer já não fariam mais”, conta. No caso do HMS Ambush, a tripulação do P-3AM conseguiu até perceber a embarcação britânica desistir de sua rota. “Nós o cercamos com as nossas sonoboias e ele precisou curvar 180 graus e voltar”, relata.

Operadores de sistemas de um P-3AM da FAB

O embate contra o HMS Ambush não foi o único treinamento do Orungan. Nos dias seguintes, exercícios semelhantes tiveram como protagonistas o submarino peruano Pisagua,de propulsão diesel-elétrica, e mais dois nucleares: o Amethyste, da França, e o USS Dallas, da Marinha dos Estados Unidos. Este último é uma das “estrelas” do filme “A Caçada do Outubro Vermelho”. Todos foram localizados pelos P-3AM da FAB.

USS Dallas

Os submarinos vieram para o Brasil para participarem das comemorações dos 100 anos da Força de Submarinos da Marinha do Brasil, celebrada em 17 de julho de 2014. No caminho, aproveitaram para treinar com a Força Aérea Brasileira.

Um mês depois, foi a vez de um P-3AM viajar: entre 18 e 24 de agosto, uma aeronave brasileira operou a partir da Base Aérea Naval de Bahía Blanca, da Armada Argentina. Era a Operação Fraterno, realizada pelos argentinos em parceria com a Marinha do Brasil.

P-3AM da FAB

A aeronave atuou na busca das fragatas Greenhalgh, brasileira, e La Argentina, da Armada Argentina, que também participou com um avião P-3B e as corvetas Espora e Robinson. “O cenário era diferente do que operamos. O movimento de embarcações era muito grande e por isso era mais difícil confirmar a localização dos nossos alvos”, explica o Tenente-Coronel Lima Júnior.

Durante a Operação Fraterno, o P-3AM brasileiro compartilhou dados de sonoboias com o P-3B argentino. A bordo das duas aeronaves as tripulações puderam participar juntas na busca dos alvos.

Assista no vídeo abaixo o lançamento de sonoboia por P-3 Orion

FONTE: Revista AEROVISÃO Nº 242 Out/Nov/Dez – 2014

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Fabio Araujo

Bom saber que os nossos P-3 modernizados são capazes de localizar submarinos nucleares modernos, esses exercícios são boas oportunidades para mostrar que apesar das dificuldades financeiras estamos bem na foto!

DOUGLAS TARGINO

Vale salientar que em caso de conflito real, o mesmo comportamento do sub seria igual? Ficaria tão fácil de realmente achar? Pois em um treinamento sabemos que já tem um inimigo, sabemos onde eles estão mais ou menos e o inimigo não se preocupa tanto como se fosse real. Ou seja, tudo só realmente sabemos quando é algo real.

Bosco

Um ponto interessante é que a confirmação da posição se deu pelo MAD e não pelo FLIR.
Digo isso porque sempre vem à discussão a questão da assinatura térmica de um subnuclear.

Funcionario da Comlurb

Sim, mas não se sabe a profundidade nem as caracteristicas termais, de salinidade, etc onde estava o sub. Talvez o cenário fosse mais propício para o MAD.

Esteves

Bota água quente em um copa de alumínio. Repete o mesmo em um copo de vidro.

O metal transfere o calor da água mais rapidamente.

Mesmo que o SOKS russo tenha mais propaganda que verdade…resíduos térmicos e irradiados ainda que diluídos na água do oceano não desaparecem.

Assim como resíduos da usina de Fukushima foram parar do outro lado do Pacífico.

Bosco

Não duvido disso. A questão é : tem utilidade prática/tática? Ficar no encalço de um submarino e não deixá-lo escapar ou detectá-lo usando fragmentos de som , mesmo que mínimos, é muito mais prático que ficar farejando esses “resíduos” térmicos e radioativos que não mostram a direção a seguir. Se o submarino que está farejando segue uma direção e o sensor registra os resíduos, ele continua na direção. Se após algum tempo ele não registra mais, o submarino mudo o rumo, na tentativa de novamente encontrar sinais da caça. Isso definitivamente não é prático quando se tem algumas horas ou… Read more »

Matheus S

Me responde uma pergunta. Esses dois Seahawks MH-60R com sistemas FLIR instalados em seus narizes são usados para enfeites? Não me diga que são apenas usados para ver periscópios ou snorkels à noite, pois os dispositivos FLIR têm sido usados para rastrear um submarino nuclear através da esteira térmica também. Qualquer caçador de submarinos terá que realizar as seguintes coisas: Detectar: ​​”Ei, estou vendo algo / ouço algo ali!” Localize-o: “O contato é nesta área.” Classifique-o: “Isso é um submarino, não uma baleia.” Identificação do alvo: “Esse é um submarino russo da classe Kilo!” Faixa Operacional: “Vai assim na velocidade X… Read more »

Bosco

O MH-60R é um helicóptero multifuncional, podendo atuar em ASuW, ASW, VERTREP, SAR e até AAW. O FLIR não tem função contra submarinos submersos abaixo da cota periscópica. *Igual o míssil Hellfire, que está nele e não tem função ASW. Numa eventualidade o FLIR pode até detectar um padrão de temperatura suspeito no leito marinho que pode sugerir a presença de um submarino nuclear submerso numa profundidade pouco maior que na cota periscópica, mas se tivesse a sorte de passar muito próximo, praticamente por cima, antes que houvesse a diluição do fluído quente no meio marítimo. O submarino submerso não… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Bosco
Bosco

O único lugar que um sensor não acústico (tirando o MAD) baseado na detecção do IV funcionou para achar um submarino nuclear submerso foi no filme “007 – O Espião Que Me Amava”. Na vida real já tentaram de tudo: radar SAR para ver a esteira produzida pelo deslocamento; laser LIDAR para detectar a elevação da superfície do oceano; laser azul-esverdeado para penetrar na água; detecção de “resíduos” radioativos; detecção de resíduos da tinta do submarino… e por aí vai. Fato é que a quantidade de água quente liberada por um subnuclear em baixa velocidade é pouca e a temperatura… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Bosco
Esteves

Medidas e contramedidas.

Gancho da explicação do Bardini.

  • Submarinos precisam de proteção. Todos os meios no mar precisam de proteção.

Gancho do atual Comando Naval.

  • Na linha do Bardini. Estratégia balanceada. Os escoltas precisam de escoltas.

Nossa força de submarinos se 4 ou 6 precisa da máxima proteção. Significa que esses helicópteros e/ou naves lançando sono bóias devem ser abatidos.

Nossos submarinos sendo caçados significaria que perdemos os meios de superfície e nossa chance de lançar mísseis…

Marinha de Guerra. Bem complicado isso.

Matheus S

O FLIR não é o único sensor infravermelho. Existem também o IRDS(Infra-Red Detection System), a principal diferença entre o FLIR e o IRDS é que o FLIR faz uma varredura passiva em busca de fontes de calor à frente da aeronave, enquanto o IRDS faz uma busca em toda a volta do perímetro, portanto, não existe essa de “tiver a sorte de passar muito próximo ou praticamente por cima”.

Os dispositivos FLIR não são usados apenas para vigilância marítima, mas também para ASW – ainda mais para operações noturnas.

Quanto ao resto, você próprio já respondeu a sua pergunta inicial.

Bosco

“Os dispositivos FLIR não são usados apenas para vigilância marítima, mas também para ASW “
Concordo! Desde que o submarino esteja na superfície ou próximo dela, de preferência com os mastros elevados.
Para caçar submarinos (convencionais ou nucleares) em profundidade e em velocidade de patrulha , como no caso do post , ele não funciona.
Tanto é assim que nossos P-3 AM possuem o FLIR mas acharam o subnuc pelo MAD.

Esteves

Dispositivo FLIR é usado até em pescaria. Laboratórios. Indústrias.

Bosco

Há muito tempo o FLIR deixou de ser um sensor voltado para a frente, em que pese ainda haver alguns como por exemplo os “NAVFLIR” .
Os FLIR atuais são ou montados em pods de designação de alvos, com grande mobilidade , ou integrados à aeronave montados em globos orientáveis.

Rinaldo Nery

Exato. O garoto lá não entende muito de FLIR. Eu operei FLIR nos R-99. O FLIR deve ser direcionado MANUALMENTE. Não existe essa de detecção automática de fonte de calor. E não enxerga NADA abaixo da linha d´água.

Matheus S

Óbvio que deve ser direcionado manualmente, mas numa visão de 360º, portanto em volta de todo o perímetro operacional da aeronave. E não estou discutindo que o FLIR detecta algo abaixo da linha d’água.

Mas entendi seu ponto.

Matheus S

Entendi. Obrigado.

Funcionario da Comlurb

Exatamente Douglas. Treino é treino. Jogo é jogo.

Saldanha da Gama

Sim, mas é com o treino que vamos ao jogo….Abraços

Bosco

O único lugar onde se treina como se joga é no jiu jitsu brasileiro.

Oliveira

5 horas de busca. Foi fácil?

Kemen

Concordo, numa patrulha real num vasto mar, não se pode ficar soltando sonoboias em todo o percurso do P-3 mesmo porque elas não são infinitas. Isso só serve para treinar a tripulação, Patrulhar regularmente o mar para ver o que se encontra embaixo dágua é outra coisa. Submarinos são armas de emboscada, uma vez que ele dispare torpedos ou misseis, seria possivel tentar localiza-lo com sonoboias se por acaso não imediações houvesse um P-3 em patrulha.

JOAO

A notícia ruim é que não produzimos esses sonoboias. Portanto seu uso fica restrito a quantidade existente no estoque.

Funcionario da Comlurb

Sim, eu ia me referir a isso também na resposta anterior. O mesmo se aplica a torpedos, mísseis anti navio, anti aéreos, etc. Em tudo dependemos de algum país. O embargo da França a Argentina durante a Guerra das Malvinas/Falklands deveria ter servido de lição.

Esteves

Não produzimos.

Torpedos, mísseis, canhões, aviões, navios…

É a vida.

Pablo

O Piranha ar-ar não é um míssil nacional? logo não teremos o MANSUP, MTC-300?

Esteves

Logo, não sei.

Também não sei se o Piranha está operacional.

Rinaldo Nery

Não está. Nunca esteve.

Pedro

Nossa MArinha deveria ser mais priorizada que o próprio Exército e Força Aérea, pena que fica sempre nas compras das 35 mil garrafas de vinho e soltando notas dizendo que tratava-se apenas de uma ARP.

Rinaldo Nery

Esqueceu das lagostas. E das pensões das filhas. E do caviar. E dos charutos. E do efetivo muito grande. Deus do Céu…

Yuri Dogkove

Futuramente teremos o P-8!

jose

sei….com pg como ministro da economia? vai sonhando. espere uns 30-40 anos até os primeiros p-8 forem para o deserto no osso.

Paulo HPS

E pq nao um E190E2 – P8 ?

Fernando Veiria

A plataforma do EMB-145 deu ótimos aviões de vigilância, os R-99. Não seria difícil fazer uma versão de patrulha oceânica.

O problema é: Por que a Embraer desenvolveria essa versão gastando dinheiro e mão de obra nisso? Para a FAB comprar duas unidades e só?

É o problema de desenvolver qualquer tipo de tecnologia de defesa aqui. As forças armadas locais quando compram compram poucas unidades, você não consegue pagar o projeto. E se as forças armadas do país não compram, como convencer uma força estrangeira a comprar?

Esteves

Como diria Jack, Difícil é difícil fazer qualquer coisa. Qualquer coisa fácil não presta. O F35 está aí para provar que o desafio de fazer o difícil torna o produto um ótimo produto. A Embraer é uma empresa. Pública ou privada precisa prestar contas. Entregar um produto pronto à partir de um projeto alheio como o KC390 depende se do outro lado há quem pague. Para a FAB comprar 2. Se a FAB precisa de 2 por que deveria comprar 20? O problema de desenvolver qualquer coisa em país pobre é a eterna falta de continuidade que chega pela interrupção… Read more »

Leandro Costa

Fernando, não apenas não seria difícil como a própria Embraer chegou à anunciar o P-99, mas acho que ninguém embarcou nessa ideia e pouco depois fomos de P-3BR, se não me engano.

Rinaldo Nery

Quem paga o desenvolvimento?

GILBERT

Mais uma coisa parabéns pela matéria, eu nunca tinha visto uma sono boia aberta, eu pensava que era só um cilindro com hidro fones que ficava parcialmente submerso.

Cristiano de Aquino Campos

Ótima materia e parabéns aos tripulantes envolvidos na missão!

GILBERT

Algum motivo para terem apagando meu comentário anterior?

DOUGLAS TARGINO

Eu fui te responder e do nada sumiu. Acredito que seja por tá fora do assunto acima.

GILBERT

Desculpe-me a minha falta de percepção. achei que tinha mais a haver a marinha.
Um grande abraço

Allan Lemos

Cadê o pessoal falando que o USS Vermont tinha vindo ao Brasil para espionar? Como se aquela tivesse sido a primeira vez que um submarino de uma marinha estrangeira tivesse vindo aqui para reforçar os laços de amizade com a MB.

Paulo

Pergunta aos submarinistas que possam acompanham o site: exite algo do tipo “dissimulação da dissimulação” onde o submarino possa de propósito não mostra todas as cartas que possui para se ocultar e deixar para usar algumas apenas em situações reais?

Paulo

Ótimo. Sem teoria da conspiração mas imagino que isso tipo de coisa aconteça em qq lugar mesmo com aliados de velhas datas. Algo do tipo: “ não vamos entregar tudo que temos a disposição, e vamos aprender a técnica que eles usam e tudo que podem usar contra nós”. Imagino que isso aconteça tbm em exercícios com outros meios navais. Ninguém sabe quando seu amigo pode se tornar seu inimigo. Faz parte do jogo e segue a vida.

Paulo

Pergunta: digamos que se lança a sonoboia no meio do nada, longe da costa. Imagino que ele contenha informações importantes que se fossem capturadas pelo inimigo podesse ser estudada como ela funciona e as tecnologias usadas. Ela fica pra sempre lá ou em algum momento a marinha tenta pega-la?

Bosco

Depois que a bateria acaba ela afunda.

sub urbano

Sobre o sensor de anomalia magnética (MAD) 02 países encontraram soluções para dificultar a detecção nesse sentido.

Alemanha: o Type 212 utiliza ligas metálicas antimagnéticas na construção do casco.

Russia: os classe Kilo utilizam uma solução mais simples, todo o submarino é coberto com “tapetes” de borracha.

É como se o alemão fosse um relógio Rolex milgauss e o russo um relogio Casio. Ambos são antimagnéticos porém um custa R$50.000,00 e o outro R$150,00.

Bosco

Sub,
Na verdade a solução dos russos foi mais cara … adotaram o titânio em alguns de seus submarinos.
A solução da maioria é fazer a desmagnetização dos cascos que ajuda a reduzir a assinatura magnética.
As placas de borracha são aplicadas para reduzir o eco do sonar ativo e absorver algum ruído do interior do submarino.

Last edited 3 anos atrás by Bosco
Bosco

Desmagnetização sendo feita em um sub:comment image

Esteves

“O titânio é composto por C, Fe, O, H, N, Ti. Muito resistente à corrosão (ácido nítrico, clórico, água salgada, etc…), o titânio é mais flexível, mas menos duro que o inox 08, 40% mais leve do que o inox, o titânio é uma liga 100% antimagnética que resiste a uma temperatura de cerca de 430°C.”

Essa história de submarino feito de titânio…

Ten Murphy

Gostaria de saber se é possível algo como sonoboias permanentes e por que não são usadas (pelo menos não são divulgadas). Obrigado.

Bosco

Na Guerra Fria os EUA tinham um sistema de vigilância baseado em hidrofones fixados ao fundo do mar , denominado SOSUS, instalados no Pacífico, Atlântico Norte e na linha GIUK, que monitorava os submarinos soviéticos.
Hoje esse sistema está praticamente desativado.

Last edited 3 anos atrás by Bosco
guilardo

Num país continental como o nosso onde 20% do PIB é drenado pelo ralo da corrupção, endêmica e irreversível em governos demagogos e populistas, as FFAA, repito aqui, têm que que modificar urgentemente a doutrina de defesa. Se uma Marinha é possuidora de uns 30 subs convencionais, dotada de aviões de patrulha de alta performance nas suas bases litorâneas, de aviões modernos de caça para ataque à frotas de superfície inimigas, utilizando as nossas bases do litoral já existentes, não seria necessária uma esquadra sequer, ainda que mediana, de navios desdentado e alvos fáceis. Mesmo porque não vamos guerrear contra… Read more »

Mercenário

Fora do tópico, mas nem tanto.

Os problemas com o programa dos novos subs australianos continuam:

https://www.afr.com/politics/federal/shot-across-the-bows-on-submarine-contract-20210117-p56uo9

Last edited 3 anos atrás by Mercenário
Jorge Knoll

Graças a Deus, o ultra-direito DONALD TRUMP, hoje 20/01/2021, deixa a Presidência dos United States of America (USA), a maior economia e potência militar mundial.

Daqui, 2 anos, esperamos que Bolsonaro, tome o mesmo rumo, vá pra casa.

Desejo boa sorte ao novo Presidente Joe Biden, e que Deus o ilumine, a tomar medidas sensatas, o que faltou no que deixa o poder, e tornar o seu país e o Mundo, mais justo, e na defesa dos direito humanos, e com menos tensões internacionais.

Bille

É sério isso? Na moral, comentário impertinente.

Fernando Veiria

Independente de posicionamento político mas sim, esse comentário está totalmente off topic.

Leandro Costa

Foi Biden que ajudou o nosso P-3 à detectar submarinos nucleares? Quem diria!!!

Andre Amorim Mondelo

E o que isso tem a ver com o tópico? Esses comentários politizados já estão enchendo o saco aqui na trilogia. Esse post estava limpo, cheio de comentários técnicos, dentro do contexto da matéria. Se quer comentar sobre politica, vai comentar em blog de politica. Infelizmente de uns anos para cá o nível de qualidade dos comentários aqui da trilogia caiu bastante, o comentaristas por aqui se politizaram demais.

Bille

Por que motivos o P3 não passa pra marinha? acredito que no começo da história fazia sentido as forças aéreas terem aviões de patrulha, mas hoje é uma missão bem delineada de marinha.

É uma capacidade que, ao meu ver, deveria estar na marinha.

Dalton

Penso que pelo mesmo motivo os P-8 serão operados pela RAF e não pela Royal Navy. A RAF tem pessoal , meios adequados para treinamento, manutenção e bases para os mesmos.

Fernando Veiria

Supondo que a Marinha do Brasil passe a efetuar essa missão, a Base de São Pedro da Aldeia precisaria de uma série de obras para acomodar essas aeronaves, estruturas de manutenção etc. Nem sei se a pista daquela base é capaz de receber essas aeronaves.

Pior, só tem ela. Como fazer para patrulhar o litoral do Nordeste? O combustível que a aeronave gastaria para ir até lá e voltar é tempo de patrulha precioso perdido.

A FAB já tem estrutura para operar aeronaves em todo o país. Por uma questão racional de custos, é melhor manter com eles.

Bille

A aeronave pode bem utilizar as bases da FAB. Só que a unidade seria da marinha, com aeronave, pilotos, tripulantes e logística para cumprir a missão naval. O fato de ter uma base só não é impeditivo. A questão é em proveito de quem que é a missão. Nesse caso é da marinha, é uma missão especializada que a FAB cumpre para a Marinha, e por esse motivo faz mais sentido que estes meios e expertise fiquem na marinha. Apoio de abastecimento é algo simples de resolver, afinal todas as forças tem contrato de abastecimento específico em cada aeroporto.

Funcionario da Comlurb

A FAB e a MB já possuem um acordo para compartilhamento de munição. Poderiam fazer um acordo semelhante para a utilização de bases aéreas.

Funcionario da Comlurb

Sim, mas no Brasil , a FAB já ofereceu a MB a transferência da Aviacão de Patrulha Maritma, MAS a MB declinou alegando falta de recursos.

Alang

EM OFF.
Cadê a notícia do NPaOc Apa levando oxigênio pra Manaus?

Kemen

A tecnologia atual permitiu tornar os submarinos mais furtivos aos Sonares ativos e passivos. Motores silenciosos, sistemas para amortecer o som e pinturas especiais, coberturas de borracha (experiência alemã na 2. guerra mundial tornaram os sonares praticamente incapazes de detectar submarinos com essas tecnologias aplicadas. A localização magnética MAD (medição da variação dos campos magnéticos no oceano) ou a emissão de pulsos laser LIDAR (não mais de uns 200 metros em profundidade) que mede o tempo de retôrno e a intensidade da luz refletida tem melhores resultados na localização, e podem evitar um segundo ataque de um submarino convencional ou… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Kemen