Helicóptero Lynx da Leonardo celebra 50 anos desde seu voo inaugural
- O Lynx da Leonardo voou pela primeira vez no dia 21 de março de 1971, nas dependências da companhia em Yeovil. Atualmente, nove países seguem operando o helicóptero, entre eles a Marinha do Brasil
- O acontecimento destaca o sucesso da companhia como líder global no mercado naval de helicópteros, além de desempenhar um papel-chave na defesa do Reino Unido contra ameaças marítimas e terrestres
- G-Lynx mantém o recorde de helicóptero mais rápido
Há 50 anos, em março de 1971, um protótipo do helicóptero Lynx (XW835) de cor amarela decolou de Yeovil, no Condado de Somerset, na Inglaterra. A aeronave, um ícone até hoje, era pilotada por Ron Gellatly e completou dois voos curtos de 10 e 20 minutos, respectivamente.
Além do Piloto de Teste Chefe, seu suplente, Roy Moxam, ocupou o assento de co-piloto, enquanto Dave Gibbings voou como engenheiro de teste de voo, responsável pelo gerenciamento de instrumentação, monitoramento de dados de estresse e observações de backup.
Este acontecimento que marca o 50º aniversário da Leonardo também reforça a posição de liderança nesta categoria de tamanho/peso no mercado de helicópteros. O design e o desenvolvimento do Lynx atenderam às demandas dos operadores e aos requisitos em mudança em terra e no mar, o que levou à introdução de várias variantes em linha com as novas tecnologias que surgiram.
O legado do Lynx também contribui fortemente para a proteção do território e dos mares no Reino Unido, pronto para enfrentar quaisquer ameaças potenciais no ambiente marítimo, além de atuar na função de helicóptero de combate.
Mais de 500 aeronaves desta classe foram construídas, atendendo a operadores em todo o mundo. Existem nove países que ainda usam a aeronave hoje para missões como guerra anti-superfície, guerra anti-submarino, campo de batalha, busca e resgate, proteção costeira, utilitários leves, entre muitos outros. Os operadores atuais das variantes do Lynx incluem a Marinha do Brasil, a Marinha Real da Malásia e a Força de Defesa Sul-africana.
A Marinha do Brasil opera helicópteros Lynx há mais de quatro décadas. No final do ano passado, no Reino Unido, a Marinha do Brasil e a Leonardo concluíram o Teste de Aceitação de Fábrica do quarto dos oito helicópteros Super Lynx Mk21B atualizados.
A Leonardo continua apoiando sua base de clientes global que ainda opera o Lynx em suas instalações de Yeovil. Atualmente, a Leonardo trabalha na atualização de cinco aeronaves Lynx MK95A para a Marinha Portuguesa. O trabalho de modernização inclui novos motores, um novo cockpit de vidro com Display Units integrados, dentre muitas outras tecnologias.
As origens do desenvolvimento do Lynx começaram como parte de um programa anglo-francês de três aeronaves. O desenvolvimento básico do Lynx foi realizado utilizando cinco protótipos de aeronaves, cada um deles pintado em uma cor diferente: amarelo (XW835), cinza (XW836), vermelho (XW837), azul (XW838) e laranja (XW839). O programa de teste de voo inicial envolveu 13 aeronaves.
Em março de 1972, a quarta aeronave Basic voou pela primeira vez e incluía a primeira cabeça de rotor ‘Monobloc’, padrão escolhido para a produção. A cabeça do rotor de produção apresentaria um cubo central com quatro elementos de flapping integrais forjados a partir de um único bloco de titânio, conhecido como cabeça ‘Monobloc’. A primeira produção Naval Lynx (XZ227) voou pela primeira vez em 10 de fevereiro de 1976, e a primeira entrega à Marinha Real foi feita em 8 de julho de 1976.
A Marinha Real dos Países Baixo (RNN) encomendou o Lynx antes que os testes no Reino Unido fossem concluídos, sendo que o primeiro Lynx Mk 25 voou em setembro de 1976. Paralelamente à entrega da aeronave da RNN, o Lynx passou a operar com a Marinha Britânica em 26 de janeiro de 1978. Em junho do mesmo ano foi a vez do British Army Air Corps receber aeronave, enquanto que daquele ano, o Lynx iniciou suas operações na Alemanha.
O Lynx trouxe inovações tecnológicas para a época, incluindo as lâminas do British Experimental Rotor Program (BERP), capazes de aumentar a velocidade máxima e a capacidade de decolagem, posteriormente adotadas também para todas as variantes Lynx / Super Lynx e para o AW101. Adicionalmente, a icônica aeronave quebrou o recorde mundial de velocidade há 35 anos, em 11 de agosto, quando o chamado G-Lynx atingiu velocidades de 249 mph / 216 nós / 400 km / h no horizonte de Somerset.
O AW159 representa a mais recente capacidade oferecida pela Leonardo neste segmento de mercado, mantendo sua liderança. Com sua aviônica totalmente integrada e suíte de missão, juntamente com um processador tático e Interface Homem-Máquina derivada de militares, o AW159 oferece consciência situacional avançada nos ambientes marítimo e terrestre.
Ele é projetado para operar com segurança nos menores conveses dos navios e nos ambientes mais adversos de mau tempo e mar alto, ao mesmo tempo em que oferece alta disponibilidade para o cumprimento imediato da missão.
O AW159 não é apenas fundamental para a proteção da frota de navios da Marinha Britânica de hoje e de amanhã, mas também está em serviço com clientes de exportação, oferecendo capacidade multifuncional para operações de superfície e subterrâneas. Para o Exército do Reino Unido, é parte integrante da 1ª Brigada de Aviação na função de Coordenação e Reconhecimento de Ataques, com utilidade em todo o espectro de operações.
Vídeo do primeiro voo do Lynx
DIVULGAÇÃO: Leonardo / Approach Comunicação
Boa, Sherlock!
Também poderíamos estar colhendo os nossos.
Foto do Beija-Flor, o primeiro (e único) helicóptero brasileiro(1960)
Não sabia deste fato histórico, obrigado por compartilharem !!!
E você conhece a história do convertiplano, também desenvolvido aqui por Heinrich Focke cujo protótipo quase foi finalizado?
O ancestral dos tiltrotors?
Rapaz, pegou pesado hein, não conhecia, o ancestral dos tiltrotors é brasuca ,loucura loucura, viva a história.
Na verdade não. Existem diversos ancestrais para eles. P Focke mesmo começou à trabalhar no dele durante a Segunda Guerra Mundial. Na Alemanha.
Acho que aquele da Bell voou já em meados da década de 1950 ou algo assim. Enfim… muitos desenvolvimentos paralelos.
O mesmo com a Gurgel e inumeros projetos de tanques de guerra e carros blindados de infantaria que morreram com o tempo, por falta de interesse do Estado em manter seu interesse nessas industrias.
Hoje o EB busca um caça tanque para seu arsenal, a engesa ja tinha o projeto do Sucuri 1 e 2, este ultimo, se nao me engano, com a torre da propria engesa com um canhao L7 de 105mm (ou 120mm) nao tenho bem certeza. E outro informação que nao tenho certeza (nao achei muitos detalhes) é que esse projeto e um dos primeiros (ou primeiro) com essa finalidade.
Bem que poderiam fazer uma matéria com detalhes no forte.
“Hoje o EB busca um caça tanque para seu arsenal”
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O EB não está buscando um caça tanque.
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https://www.forte.jor.br/2018/03/01/entrevista-completa-de-reginaldo-bacchi-para-forcas-de-defesa/
Tanto Sucuri I e II tinham canhões de 105mm. A torre da ENGESA no Sucuri II (o primeiro tinha uma torre oscilante francesa), tinha um canhão OTO MELARA de 105, que realmente era uma versão do L7 inglês mesmo.
Eu sei que os Super Lynx da MB estão passando por modernização e tals (não me lembro quantos já entregues).
Uma dúvida: o custo de operação de um AW 159 é maior que um SH 60?
O AW159 é mais barato de adquirir e de operar que o MH-60.
Obrigado
Boa noite Galante.
E em termos de capacidade como ficam?
No caso de ainda não ter lembrado, 4 já foram devidamente entregues. Restam 4, inclusive os 2 sobreviventes do primeiro lote adquiridos na década de 1970 que já haviam passado por uma modernização elevando-os para o padrão “Super Lynx” na década de 1990.
Quando servi na Macega (88 a 90), gostava de ver os Lynx voando. Som inconfundível. Primeira aeronave militar no Brasil com RWR.
Em 88 um Lynx entrou voando numa pedra em Casemiro de Abreu, testando NVG c franceses a bordo. Morreu o Clementino, meu veterano na EPCAR. Não passou no exame do CEMAL e foi p Escola Naval.
Provavelmente nos topamos por lá algumas vezes hehehehe
Concordo “48” e além do mais nenhum país pode se dar ao luxo de dispensar a modernização de plataformas ainda viáveis que assim continuarão relevantes durante muitos anos ainda.
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Aproveito a ocasião para agradecer a você e por extensão aos outros pelas generosas palavras em “post” anterior.
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Abraços !
Uma super máquina em sua categoria com certeza, ainda mais agora com os novos armamentos !!!
Maravilhoso e vitorioso projeto e produção da Westland Aircraft.