Por Comandante Barreira

Idos de 1983 ou 1984, já não me recordo. Estávamos embarcados na Fragata Constituição (F42). No terceiro dia da operação, recebemos uma chamada de emergência do Submarino Riachuelo (1*), que se encontrava a 80 MN (2*) da costa, com um tripulante necessitando de remoção médica imediata. Como único helicóptero (Lynx) com capacidade de resgate por meio do hoist (3*), fomos acionados para o resgate.

Cumprindo nosso revezamento entre os pilotos, do 3° DAE (Destacamento Aéreo Embarcado), decolamos com o Lima (4*) nos comandos e eu de copiloto (2P). Depois de alguns minutos, encontramos o submarino na superfície nos aguardando. Fizemos nossa aproximação e mantivemos o Lynx pairado a fim de baixar o hoist.

– Chefe…. o hoist não funciona ..

era o fiel, dando a péssima notícia pelo interfone. Lima e eu nos entreolhamos surpresos…

O que fazer? Era esta a expressão nos nossos olhares. Eu, COA (comandante operativo da aeronave); o Lima, comandante do 3o DAE, como mais antigo. Sem discutir a situação, me antecipei e propus ao Lima (4*):

− Se formos embora e abortarmos nossa missão, o “cara” pode morrer. A única alternativa será corrermos o risco de tentar pousar no submarino e recolher o “cara”, arriscando aspirar água salgada, apagando os motores e crasheando no submarino, com todas as consequências disso. Se dependesse só de mim, eu arriscaria, o que você acha?

− Chama o comandante do submarino no rádio e passa nossa situação e nossa intenção e pergunta se ele está de acordo.

O Lima me respondeu com rapidez, dando o seu “de acordo”, enquanto mentalmente se preparava arremetendo, e eu mantinha o seguinte diálogo pelo rádio:

− Riachuelo, Falcão 25. Solicito comandante à fonia.

− Falcão 25, Riachuelo. Comandante Raffo (5*) na fonia.

− Riachuelo, Falcão 25 com hoist inoperante. Única alternativa para resgate pouso “leve nos esquis” com toque no convés. Solicito seu “de acordo”.

Alguns segundos se passaram até a resposta:

− Falcão 25, Riachuelo. Afirmativo! Aguarde “luz verde” para iniciar aproximação.

− Falcão 25. Ciente. Solicito máxima velocidade na superfície. Vento relativo 025° por bombordo. Aproximação gaiuta da popa.

− Riachuelo. Ciente.

Alguns minutos se passaram. Em total silencio na cabine, olhei para trás e percebi que o fiel havia recolhido o hoist e se preparava na melhor posição para receber a maca que seria puxada pela gaiuta. Exigiria muita força para sozinho realizar com sucesso o nosso plano. Aproveitei a curta espera para avaliar o risco que estávamos assumindo. Quanto à habilidade do Lima (ainda com pouco tempo de esquadrão) para executar o pouso, não havia nenhum tipo de preocupação, porque me lembrei que ele havia sido meu instrutor no curso de formação no HI-1 exatamente no voo de instrução de pouso em áreas restritas, quando me ensinou a executar a manobra nas pedras existentes na ponta extrema da região de São Pedro Da Aldeia, conhecida por nós como “Ponta do Roberto Marinho”.

Além de meu amigo, o Lima, tal qual o Russo (6*),  era um dos meus “gurus” na arte de dominar um “ovo voador”. Esse não seria o risco, mas sim a aspiração de água salgada dos potentes motores do Lynx na proximidade do mar. Caso os motores apagassem ou fosse perdida a visibilidade, seria muito difícil evitar a perda de controle da aeronave, ocasionando incalculáveis danos materiais e humanos. Além disso, estaríamos contrariando todas as normas de segurança vigentes, nos expondo a punições pesadas, mesmo que tudo corresse bem. Qual o preço de uma vida humana? Esta foi a pergunta na minha mente, que não consegui responder quando o rádio da aeronave recebeu a mensagem:

− Falcão 25, Riachuelo. Papa. Rumo 270. Velocidade 8 nós. Vento relativo no convés 025 BB. Luz verde para aproximação gaiuta popa. Bom pouso.

− Falcão 25. Na final.

O Lima aproximou lentamente. Quando baixamos e comecei a sentir os resultados da água do mar no para-brisas pelo efeito do downwash, acionei o wiper na máxima velocidade e abri a minha porta para ver a posição das rodas sobre o estreito convés do submarino. O ângulo que aproximamos permitiu que o trem de pouso se posicionasse exatamente no limite das bordas do convés. Eu não olhava para o Lima e só transmitia para ele.

− Rodas em posição. Mantenha.

Dentro da aeronave, cada um dos três tripulantes executava suas funções, confiando na eficiência da equipe, sem nos olharmos. Não me lembro exatamente quanto tempo durou essa situação. Para mim, pareceu uma eternidade, mas a verdade é que o tempo foi comparável a uma troca de pneus na Fórmula 1. Então ouvi no interfone:

− Paciente a bordo. Livre decolagem!

Era o fiel dando o “pronto” da parte dele. Fechei a porta e reparei que o Lima estava com a visão degradada pela água no para-brisas, mesmo com o esforço do nosso wiper em velocidade máxima. Consultei todos os instrumentos e reparei que os de temperatura e pressão de óleo dos motores variavam, dependendo da quantidade de água salgada que era aspirada, mas mesmo assim permaneceram firmes, oferecendo potência para salvar mais uma vida. Imaginei os motores como se fossem o coração daquela máquina, com seu sangue sendo contaminado. Essa máquina se chama Lince, e nos seus tripulantes corre nas veias algo como “sangue do Lince”.

− Riachuelo, Falcão 25 decolando. Faina executada com sucesso. Bom trabalho.

− Falcão 25, Riachuelo. Obrigado. Bravo Zulu.

O Lima decolou, e eu transmiti para a Esquadra quando chegamos no alcance do rádio:

− Fragata Constituição, Falcão 25. Tripulante Submarino Riachuelo a bordo. Quarenta minutos para pouso Hospital Marcilio Dias. Solicito retransmitir.

Deixamos nossa carga viva no hospital e voltamos para bordo da Constituição. Achamos melhor não contar os detalhes da missão. O importante era que ela havia sido cumprida e que o sargento estava a salvo. Encerrada a operação, a Esquadra se dirigiu ao porto de Santos.

Helicópteros Lynx da MB com o esquema de cores usado na época

Era uma sexta-feira à tarde quando a Esquadra atracou, e, como bons marinheiros, nos preparávamos para baixar terra e comemorarmos no Bar da Praia mais uma missão cumprida com eficiência. O 3o DAE tinha motivos mais que suficientes, e convidamos o fiel da aeronave para se juntar a nós três, Lima, Russo e eu, a equipe que voava “por música”. Quando já estávamos prontos, só aguardando o apito que anunciaria a autorização para “baixar terra”, soou o fonoclama do navio:

− Constituição, oficiais à praça-d’armas!

Nos dirigimos para lá ressabiados. Reunião de oficiais na hora de baixar terra não é uma coisa boa. Ao chegarmos, percebi que todos os oficiais estavam curiosos, inclusive o Comandante Dumont (7*), comandante da fragata, que disse:

− Não sei qual é a razão, mas o Comandante Raffo, do Submarino Riachuelo, pediu que eu reunisse os oficiais antes que baixem terra.

Eu olhei para o Lima e percebi o mesmo receio que eu senti. O Comandante Raffo entrou e, sem maiores delongas, disse:

− Pedi essa reunião para compartilhar algo que os senhores não sabem. Ontem ocorreu algo inusitado, e sem precedentes, que eu saiba.

E contou em detalhes o que havia ocorrido no nosso resgate com pouso no submarino. Ao final, completou:

− Eu gostaria de oficializar meu agradecimento de outra forma, no entanto, pelo fato ter sido totalmente irregular, tenho receio que as autoridades entendam de forma diferente. Assim sendo, pediria que todos aqui mantivessem essa história restrita a essas quatro anteparas e que os tenentes Albuquerque Lima e Barreira aceitassem esses brindes como agradecimento e reconhecimento de toda a tripulação do Submarino Riachuelo e que, quando olharem para este brinde, lembrem que vocês ajudaram a salvar uma vida.

Ele se aproximou e nos entregou uma caneta esferográfica de plástico com a inscrição “Submarino Riachuelo”. Depois agradeceu a todos, virou e foi embora. Um certo silêncio pairou por algum momento até que todos nos cumprimentaram e saíram. Nós, do 3o DAE, fomos para o Bar da Praia “tomar todas”. A caneta do Riachuelo se juntou a tantos outros brindes, mas, todas as vezes que a utilizo, sinto que ela escreve mais bonito.

  • (1*) Hoje submarino-museu, atracado no Espaço Cultural da Marinha, Rio de Janeiro (RJ).
  • (2*) MN − Milhas náuticas.
  • (3*) Equipamento hidráulico de içamento por cabo de aço, comandado eletricamente da cabine e operado pelo “fiel” da aeronave.
  • (4*) Contra-Almirante (Refo) Mauro França de Albuquerque Lima, então capitão de corveta.
  • (5*)  O então Capitão de Fragata Carlos Emilio Raffo Junior.
  • (6*)  Capitão de Mar e Guerra (Refo) Mario Cezar Santos Postarek.
  • (7*) O então Capitão de Mar e Guerra Paulo Augusto Garcia Dumont.

FONTE: Revista Marítima Brasileira ( RMB ,V.140), via blog Aventuras do Pirata Alado

NOTA DA REDAÇÃO: O submarino Riachuelo – S22, da classe Oberon, encontra-se preservado como Submarino-Museu no Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro.

Submarino Riachuelo – S22. Foto: Carlos Luis M C da Cruz
Subscribe
Notify of
guest

72 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Tomcat4,2

Caramba, o piloto teve as moral viu, sensacional !!!!!

Ricardo Hary

Isso que eu chamo Ação de Comando.
BZ para os envolvidos

Gabriel

Que relato fantástico!

Temos tantas boas histórias para serem contadas e filmadas.

Mas “nossos” heróis são “anitas” e “BBB”, com conluio da nossa classe artística “intelectualizada”.

mazzeo

O nome do fiel ser deixado de lado é algo que me incomoda.
Participou da faina, se arriscou da mesma forma, teve parte importante ao colocar a maca a bordo.
Mas, praças quase sempre são esquecidos na Mara.

Bela história, mas deixa um incomodo no ar

Alexandre Galante

Já Já o fiel aparece aqui comentando, o post está bombando no Facebook

Mazzeo

Uma edição Galante ?
Sei que é um saco, mas … uma moral pro praça veio sempre marca né ?

Veiga 104

Excelente comentário Mazzeo. Também me chamou a atenção omitir o nome de um membro da equipe.

Heleno Morão Vieira

Permita-me destacar a coragem do “fiel” neste feito. Destaco por que sei desta história contada por ele. Todas as decisões e responsabilidades são sublinhadas em cada instante de suas palavras. A confiança no Comte. Postarek, sobretudo, é a mais distinta.
O “fiel” ? José Raimundo de Almeida – SO AV RM1 -.
No ar os homens do mar.

Last edited 3 anos atrás by Heleno Morão Vieira
Mazzeo

Bravo Zulu ao Sub e ao Sr por ter levantado a informação !!!!

Tio Chico

MM o Mourão é meu campa.
Excelente a questão levantada!

Heleno Morão Vieira

Fala da Turma, muito obrigado pelo elogio.
Fique com Deus. Saúde sempre a toda família.

Eduardo

Bravo Sulu para o Sr José Raimundo de Almeida

Tio Chico

Boa da Turma!
Forte Abraço.

Jadir Ávila da Rosa

Pois é. Mas, como ex-membro da MB, achei perfeitamente natural o fiel ter sido esquecido. Quem viveu lá dentro sabe do que estou falando…..

Anthony

Os praças são “esquecidos”? Os dois pilotos o convidaram p ir beber e comemorar, pois como disse o redator “EQUIPE q voava p musica”…

Lastimo que O Fiel realmente não tenha recebido a “caneta” e não foi pronunciado p CMD do Riachuelo, mas o “contato rádio” foi entre os pilotos e o CMD, logo apenas eles “se conheciam”…

Minha opinião…

Rinaldo Nery

Raríssimo caso….

Rinaldo Nery

Essa é a diferença entre FAB/EB e a MB: a distância que os oficiais se colocam das praças. Servi na Macega e sei como é. As praças adoravam quando nós, da 2a ELO, tirávamos serviço de OSA.

Odair Reinoso

Sempre o praça fica em , terceiro, quarto ou quinto plano.

Willber Rodrigues

Relato magnífico.
Mas uma pergunta:
Imagino que todo sub tenha uma pequena enfermaria a bordo. Caso tenha, seria possível fazer pequenas cirurgias a bordo, ou qualquer problema é necessário que um ferido seja levado por helicóptero, para tratamento?

Camargoer

Olá Wilbdr. Também fiquei curioso sobre a emergência. O teria acontecido com o sargento para demandar o resgate.

Marcelo Mendonça

Boa noite, normalmente as que envolvem risco de vida, como suspeita de apendicite, infarte ou derrame por exemplo, quedas com fraturas, e as demais que uma simples sala de primeiros socorros não suporta. Os navios de guerra da MB não possuem uma sala de emergência médica a bordo, quanto mais cirúrgica, nem equipamentos para melhor diagnóstico, apenas um local para pequenos e paleativos tratamentos, como curativos.

Leandro Costa

Nem todos os navios possuem, mas existem navios na MB que possuem inclusive UTI, etc. O Bahia é um bom exemplo.

Willber Rodrigues

Mas tirando o Bahia e o Atlantico, se os navios de guerra da MB basicamente só fazem “curativos”, como eles poderiam tratar feridos graves ou com queimaduras graves, que geralmente ocorrem em combates?

camargoer

Olá Wilber. Creio que feridos graves devam ser transferidos para os navios maiores que possuem um centro cirúrgico especializado. A existência de um centro cirúrgico demanda o equipamento, os insumos e uma equipe disponível que inclua anestesista, cirurgiões e enfermeiros. Creio que não faz sentido montar uma estrutura destas em um navio de combate que seria subutilizada na maior parte do tempo. O mais apropriado é ter uma equipe com treinamento em primeiros socorros e uma capacidade de transporte para levar o paciente para um centro cirúrgico (seja um hospital em terra ou em um navio maior como o G40)

Marcelo Mendonça

Willber, até onde sei, foi o que o Leandro falou, apenas as maiores unidades possuem, navios de escolta, fragatas e corvetas, e Subs, não tem, situações de maior complexidade são enviadas para os navios maiores ou para terra. Acredito que, na época do fato narrado, talvez apenas o Minas Gerais tivesse algo assim.

Leandro Costa

Willber, eu acho que eles são preparados para atenderem um determinado ‘tipo’ de pacientes, algo como questões inerentes à profissão, ao passo que algo mais complexo que não seja relacionado com a atividade-fim necessite de evacuação médica. Claro que imagino que as enfermarias desses navios são basicamente feitas para estabilizarem os pacientes para posterior traslado para navio/instalação médicos e tratamento mais aprofundado.

camargoer

Olá Leandro. Concordo com você. É difícil imaginar que se possa disponibilizar um centro cirúrgico com todos os equipamentos, insumos e pessoal médico em um navio de combate principalmente em tempos de paz. Faz mais sentido organizar um sistema hierarquizado, do atendimento de emergência em cada navio, para o centro cirurgico em um navio maior (como o G40) até o atendimento de alta complexidade em uma UTI em um hospital em terra.

Pedro Tavares Nicodemos Filho

O porta-helicópteros francês, em sua parte de vante(proa), tem um hospital com 69 leitos, mas eu gostaria de saber quanto ao nosso porta-helicópteros?

Alguém gostaria de fazer uma comparação entre os dois porta-helicópteros?

pedro2505@gmail.com – Sábado, 08.05.2021

Mauricio Pacheco

Existia um enfermeiro a bordo mas os sub da classe Oberon não possuíam uma enfermaria!

Dod

Que top, viva as asas rotativas, fico feliz em fazer parte dessa força. Esse helicoptero é para mar mesmo viu, se fosse o R66 acho que ia sair caro.Toda marinheiro já engoliu água salgada na vida (Linx é o trator dos helicopetros).

EParro

A habilidade incomum apoiada por uma técnica esmerada e consolidada, quando se apresentam, podem “parecer mágica”!
Parabéns.

Camargoer

Olá Colegas. Fico intrigado com o helicóptero ter saído para a missão sem antes ter testado o funcionamento do gancho. Imagino que exista um checklist para levantar voo, mas sabe do que a missão envolveria o gancho, não teria sido razoável testa-lo? Isso teria permitido acionar outro helicóptero de outra embarcação que teria feito o resgate com segurança.

Leandro Costa

Não faço ideia. Talvez o guincho não fosse parte do checklist da época. Talvez também fosse irrelevante caso fossem o único helicóptero disponível para efetuar o resgate em tempo hábil, o que faria a tripulação declarar a missão ‘press on,’ ou seja, só abortariam com falha grave, mas claro que não estaria declarado nos procedimentos.

Bem possível de que modificações nos protocolos tivessem sido implementados após o tempo de experiência com as aeronaves.

camargoer

Ola Leandro. Contudo, se a tripulação do helicóptero e os oficiais da fragata fizeram um acordo de silêncio, ninguém ficou sabendo do problema, consequentemente, não houve modificação do protocolo. A ameaça de punição levou a perder a oportunidade de aprimorar os procedimentos.

Flanker

Talvez o equipamento tenha entrado em pane durante o deslocamento do navio até o submarino.

Camargoer

Olá Flanker. Você tem razão. Isso pode mesmo acontecer. Minha duvida é se o procedimento de verificaçao para este tipo de missão inclui a checagem do gancho antes de decolar. Talvez alguém que tenha feito parte de uma tripulação de Lynx saberia responder.

Tio Chico

Normalmente esse check é feito no momento da instalação do equipamento.
O hoist deve ser removido para desmontagem e inspeção total do cabo a cada 30 ciclos (acionamento do equipamento), então, se for feito acionamento de check a cada vôo, o hoist acabará chegando aos 30 ciclos praticamente sem ser efetivamente utilizado. O que seria dispendioso é desnecessário.
Claro que numa situação dessas é bem provável que tenha havido um check. Mas o equipamento é eletro-hidráulico e check por si, só não impede uma pane esporádica.

Gabriel

Depois do relato magnífico, “realmente” a questão a ser analisada é porque o gacho não funcionou.

Este tipo de pensamento “sempre procurando um problema para ser explorado” é uma das justificativas para a prudência do Comandante.

Cada um que aparece, sempre com uma conversinha mole, pronto para criticar.

Camargoer

Caro Gabriel. Caso o gancho tivesse funcionado, o relato continuara magnífico sobre o resgate de um marinheiro em situação de emergência seguindo o procedimento regular. O fato do guincho não ter funcionado, resultou em uma operação magnífica que poderia ter resultado em punição da tripulação, mesmo com o sucesso da operação, mas no limite poderia ter causado a morte do marinheiro e da tripulação do helicóptero. Há quem concorde com você. Algo insignificante.

Leandro Costa

Negativo Gabriel. Se não se entender e principalmente se não se aprender com o que houve de errado, os problemas vão tornar à acontecer. A ideia é justamente fazer com que não seja necessário arriscar mais ninguém sem necessidade.

E isso é feito em todos os níveis de qualquer operação militar e muitas vezes é a chave do sucesso.

Alexandre Galante

Equipamentos dão pane, há sempre essa possibilidade.

Camargoer

Ola Galante. Concordo com você. Equipamentos falham inclusive nos momentos mais críticos. A minha pergunta era se o procedimento de verificação antes do voo para uma missão destas envolveria a verificação do funcionamento do gancho.

Edson Alvarez Vieira

Bravo Zulu, linda e emocionante historia.

ADAIR HAMES

É de pessoas com coragem para em uma hora difícil, tomar decisões que salvam vidas que o nosso amado Brasil precisa! Mesmo colocando suas vidas em risco, como ele mesmo informou… quanto vale uma vida?!! Parabéns á equipe.

CMG REF Gesimar Célio dos Santos

Qual autoridade naval vai propor a condecoração desses guerreiros por bravura ?
Precisamos reconhecer nossos heróis !

Leandro Costa

De fato, achei um absurdo esse ato necessariamente ter permanecido ‘na boca miúda’ para não causar problemas à tripulação do helicóptero. Essa tripulação deveria ter sido sim condecorada.

Tio Chico

Isso é Marinha !
Infelizmente.

Amaro Jorge Bento de Souza

Servi no Riachuelo durante muitos anos. De 1988 a 1996.

camargoer

Olá Amaro. Você conheciam esta história?

carcara_br

Problema resolvido rsrsrsrs, aproveitando o assunto, hoje, seria possível realizar uma operação de pouso de helicóptero ou o formato do casco impediria?

Nilo

Isso da uma bela cena de filme de ação.

Anderson

BZ!
No Ar os homens do Mar!
Sou Marinheiro, outra coisa não quero ser!
Viva a Marinha!

Burgos

Boa noite Galante;
Fica a pergunta:
E a Aeronave que praticou tal feito ?
Pq temos o Submarino, os Oficiais, o fiel da Anv mas não temos o paradeiro do Lynx ?‍♂️

Alexandre Galante

A aeronave era o Falcão 25, podemos concluir que era a N-3025.

Flanker

Galante, Falcão 25 era mesmo o N-3025. Interessante que essa aeronave, do lote inicial de 9 Lynx recebidos pela MB (N-3020 a 3028), foi um dos 5 Lynx a receberem a modernização ao padrão Super Lynx, quando houve um remanejo nas matrículas dessas aeronaves, passando o N-3025 a ser o N-4012. E agora, com a modernização dos Super Lynx ao padrão Wild Lynx, o 4012 é uma das 8 aeronaves modernizadas. Assim, ele será o único remanescente do lote inicial de 9 Lynx, recebidos a partir de 1978. Recebido como Lynx, passou a Super Lynx e agora, Wild Lynx!!

Mazzeo

O fiel ainda não …

Esteves

Boa história, bom enredo, final feliz. Da filme bom.

Luiz Antonio

Se fosse na Marinha Norte Americana, Hollywood já teria realizado um filme de 2 horas, demonstrando todo o drama no Riachuelo e a tensão de todos para o resgate, tudo para homenagear os militares envolvidos e celebrar o espírito de corpo demonstrado.
Mas infelizmente, como disse um colega, a tatuagem na bunda da Anita ou de outro aloprado qualquer, tem mais importância para o povo. Vontade de falar um palavrão….

Willber Rodrigues

Até concordo. Mas considerando-se que os próprios militares envolvidos tiveram que manter segredo, pra não correr o risco de tomar esporro dos comandantes, como você espera que a sociedade conheça tal feito?

João Gabriel Porto Bernardes

Aliás o Capitão de Mar e Guerra (Reformado) Postarek foi um dos primeiros a pilotarem o Lynx nas cores da Marinha ainda em Yeovil na Inglaterra e foi piloto demonstrador internacional da Westland.

Last edited 3 anos atrás by João Gabriel Porto Bernardes
Mauricio Gomes Arcoverde

” Imaginei os motores como se fossem o coração daquela máquina, com seu sangue sendo contaminado. Essa máquina se chama Lince, e nos seus tripulantes corre nas veias algo como “sangue do Lince”

??????????

Osvaldo Marcilio Junior

“Que história”…parabéns a todos os envolvidos…”Bravo Zulu e ADSUMUS”!!!

Renato de Mello Machado

Meus parabéns a todos.

M65

Em um filme do agente 007, tem uma cena dele numa base Naval com um Oberon ao fundo “acompanhando” o Cmt Bond e um colega conversando a beira do pier.
Não sei se o submarino estava ali somente para compor o cenário, mas quem sabe os britânicos almejassem, usando o filme como propaganda, exportação de algum exemplar.

Helio Mello

Por qual razão foi solicitada “máxima velocidade na superfície”?

Alexandre Galante

Para o submarino ficar mais estável e jogando menos, facilitando assim o pouso do Lynx e o embarque do enfermo.

Renan

Nunca imaginei algo assim.
Parabéns pela reportagem
Parabéns aos homens que fizeram este episódio.
Todos tem coragem para cumprir suas missões

Stemp

Fantástico relato, muito show! Deus abençoe vocês pela coragem e perícia!

nonato

A história é boa e que bom que deu certo.
Lembra um pouco a manobra de reabastecimento aereo em voo.
A questão é: e o risco?
Parece que agua salgada subiu na aeronave.
O helicóptero poderia ter sido perdido e 4 vidas em vez de uma.
Até que ponto vale o risco?
Quando dá certo é a glória.
Se não dá vêm as lamentações.
“O comandante não seguiu as normas de segurança. ”
Alguém poderia falar a respeito?
No meio militar, qual o limite entre a boa ação e o risco envolvido?

Rinaldo Nery

Não há como estabelecer esse limite. É subjetivo. Depende da ocasião. Na MB as coisas são muito mais rígidas do que na FAB e na MB. É a doutrina naval. No meu tempo de 2a ELO víamos a diferença entre a nossa autonomia, como pilotos, e a dos aviadores navais.

Rinaldo Nery

Lembro do Postarek, no meu tempo de Macega (88 a 90).

Rodrigo Hemerly

Caros Colegas, não se esqueçam de acessar a minha página eletrônica (HISTORIA HUMANA) localizada no seguinte endereço eletrônico, a saber: https://www.historiahumana.com.br.