Casos de Marinha: ‘O Robalo’
Por Mário de Araújo Monteiro (in memoriam)
Um fato interessante aconteceu na Corveta Purus – V23, com o navio atracado no porto de Salvador-BA, isso em 1969. É que os oficiais iam dar um jantar para uns amigos do Iate Clube de Salvador e que terminou numa tremenda lambança. Aliás, nem teve começo porque o elemento principal da festança virou esqueleto. Era um dia normal, quando a rotina foi alterada no final do expediente.
A guarnição foi liberada mais cedo e instruídos os marujos que estavam a bordo para evitar o convés principal em uniforme de faxina. O Gestor e o “Fiel” de bordo entabularam conversas sobre o suprimento para o evento, pois seria um jantar diferenciado. O cozinheiro chefe, cabo Pepino, de vasta experiência em navios de elite e mesmo em restaurantes civis, era peça fundamental, pois das mãos dele sairia um prato considerado uma obra de arte. Seria um robalo ao forno regado a vinho branco e uma série de truques para o prato ficar mais saboroso.
O rancho para a guarnição saiu no horário normal e boa parte do pessoal estava a bordo salvo, alguns heróis que vagueavam pela cidade preenchendo horas para retornar ao navio. Nesse contexto, dois marujos com pouco dinheiro nos bolsos tomavam um cafezinho requentado numa birosca da cidade alta, quando um deles comentou: – é bom a gente voltar pra bordo e tentar chegar na hora do rancho – ah, o Picado já saiu há muito tempo, quem sabe o mestre cuca deixou alguma coisa pra nós retardatários, retrucou o outro.
É de conhecimento da marujada o fosso que separa os oficiais das Praças-de-Pré. Originalmente pelo RDM (Regulamento Disciplinar da Marinha) vigente, como também pela cultura histórica herdada da Marinha Imperial aonde os oficiais vinham das classes aristocráticas da sociedade. Qualquer evento no seio da oficialidade passava até mesmo despercebido entre nós marinheiros. Tudo muito natural.
Para um simples jantar, criava-se uma atmosfera de poder e ostentação; acionava-se o mestre do navio para arrumar a escada do Portaló colocando as sanefas com o monogramo da CV. Purus, mantinha-se o cozinheiro de sobreaviso assim como o despenseiro, cabo Remanso e o encarregado do Ar Condicionado (no caso o autor deste relato).
A minha participação na historia era manter uma temperatura agradável nos camarotes e Praça D’armas. Escusado é dizer que no portaló, o pessoal de serviço envergava o uniforme branco. Lá pras sete horas o cozinheiro fez mais uma vistoria nos pratos que tinha preparado: saladas frias, canapés, bolinhos de atum e em uma travessa Wolf aonde jazia um lindo Robalo. Sim, era um Robalo de uns três quilos deitado no centro da travessa com um olho esbugalhado, mas cercado de tiras de pimentão, rodelas de tomate e pequenas lascas de azeitonas pretas.
Mal comparando, parecia um defunto no velório com o caixão aberto rodeado de flores. Satisfeito com a inspeção o mestre cuca colocou a travessa no forno para manter o peixe quente e mandou para a copa que ficava no piso superior contígua a Praça D’armas, as entradas e canapés e em seguida desceu para sua Coberta (Alojamento) descansar até ser chamado para tirar o jantar. Na copa o despenseiro se comunicava com a Praça D’armas por uma portinhola. Vinho Rosé, tâmaras, passas e tudo pronto, tudo nos conformes.
Descendo a ladeira do Taboão um MN-QSM (Marinheiro do Quadro de Máquinas) a passos largos dizia pra si: – acho que perdi o Rango, mas quem sabe ainda dá tempo. E olhava aflito para o relógio que trazia no pulso. Na cidade baixa na confluência da ladeira do Julião com uma pracinha o marujo alcança os colegas que enganaram as barrigas com os cafezinhos requentados, e foi logo falando: – e aí, companheiro, perdemos o Rango? Dali prosseguiu o grupo em direção ao cais em marcha batida.
No interior do barco a maioria do pessoal nas suas cobertas lendo alguma revista, outros deitados e alguns cochilando, reinava a mais completa calma e tranqüilidade. A festança seria às dez horas e já às nove horas chega o primeiro convidado acompanhado de uma linda jovem bem maquiada, de um vestido vaporoso. O Contramestre atento manda o Ronda avisar na Praça D’Armas a presença do convidado. Chega um Tenente que se aproxima do casal com um sorriso largo e cheio de Mesuras a dizer – vamos entrando e virando a cabeça para trás, diz para o Contramestre – muita atenção no serviço, heim! Claro que o pessoal do Portaló ajudaria as Madames a subir a escada do navio.
Os três retardatários entraram na cozinha pelo acesso de popa e sem muito trabalho viram que do rancho das cinco horas restara pouca coisa. Sobre uma das chapas do fogão uma terrina de alumínio tinha resto de arroz, duas Macas Ferradas, (bife muito popular nos navios de marinha) e uma porção de purê que mal dava para um homem.
O cozinheiro dormia tranqüilo porque na hora certa seria chamado para Arrumar o Robalo. Mais dois convidados e três garotas subiram a bordo. Na Praça D’Armas em Avant-premiére degustavam–se vinhos e canapés, iscas de camarão e outros salgados. O vozerio que no início era discreto já se tornava mais acalorado. Mas o que importava mesmo era a opinião do dono da festinha: – dos frutos do mar o peixe ao forno é uma das melhores iguarias, vocês vão ver! Às dez horas, o mais antigo faz um sinal ao Gestor que como um mestre de cerimônia diz aos presentes que o jantar vai ser servido, e sai em direção à copa para avisar ao Despenseiro. Este, incontinente desce dois lances de escada e já na coberta diz para o cozinheiro: – está na hora! O Chief concorda e segue rumo à cozinha.
Na Praça D’armas o clima é de descontração e uma das garotas antes comedida já ensaiava uma continência com um quepe esquecido em um divã. Claro que a jovem tomou uns drinks, não lembrava quantos. E o Despenseiro na copa se virava com os frios, vinhos, travessas, talheres de peixe etc. e olhava de soslaio para o pequeno elevador que traria a travessa com o Robalo. Uma ruga de preocupação vincou sua face quando o tenente veio ao seu encontro perguntando pelo peixe.
Remanso pede calma e diz que vai até lá embaixo verificar, mas o oficial foi junto com ele. Desceram a escada e entraram na cozinha ao mesmo tempo e depararam com uma cena terrível. O cozinheiro estático com os olhos arregalados balbuciou qualquer coisa como: – comeram o Robalo! O tenente e o Remanso estupefatos grasnaram – Nãooo!
A situação ficou preta, a coisa degringolou, o tenente com medo de dizer para comandante, não sabia o que fazer e com os olhos cravados no Chief dizia: – e esse peixe que está nessa travessa, eu estou vendo ele inteiro. O cozinheiro contendo o ódio mostrou para o oficial o estrago feito no peixe. Com ajuda de uma espátula virou o Robalo para o outro lado e aí o tenente vendo que ali era só o esqueleto, começou a suar em bicas.
Com um medo danado de dar a notícia lá em cima, ficou verde ao ouvir a suas costas a voz de um emissário vindo da Praça D’armas:- o que é que está Pegando? O homem com um trejeito na boca fixou o oficial que fez a pergunta e balbuciou: – comeram o Robalo! Diga-se de passagem, mas os autores da façanha de comer o Robalo pela metade fizeram a coisa bem feita, pois o peixe foi dissecado com a precisão cirúrgica de um perito de medicina legal. As espinhas arqueadas todas inteiras lembrava com fidelidade o cavername de um Yole.
Comentários à parte, o certo é que o rolo foi lá pra cima e o bicho pegou mesmo. Dez minutos depois da fatídica descoberta, os convidados começaram a sair de bordo decepcionados e uma hora mais tarde, desabou a terrível reação. Uma verdadeira Tisuname. A guarnição é despertada debaixo de apito e voz para formar na popa.
Muita gente pensava tratar-se de um socorro marítimo, posto de combate ou mesmo um grande incêndio a apagar, pois pelo adiantado da hora só um bom motivo justificaria o inopinado Reunir Geral. Era uma cena bizarra ver aqueles homens concentrados na popa do navio, muitos com caras de sono a escutar a preleção e a exposição dos fatos.
O próprio comandante falou grosso firme e determinado: – o responsável pela violação do pescado que se apresente! E foi dado um prazo de vinte minutos caso contrário a licença para terra seria suspensa por prazo indeterminado.
A ameaça de CANA anunciada na ocasião seria sumária e pesada. E o que era de se esperar ninguém se apresentou nem mesmo dedurou. A coisa ficou assim por uns dias até que a lembrança do Robalo se esvaiu na poeira do tempo.
Fato acontecido em 1969.
FONTE: Casos de Marinha / FOTO: Marcelo “Ostra” Lopes
Relato saboroso
“comeram o robalo”…
Lembrei de um filme da II Guerra sobre um submarino cor-de-rosa… lá ninguém comeu o robalo, mas roubaram peças, comida e outras trapaças.
O famoso robalo cor de rosa.
comeram o robalo no meio da corveta
no meio da corveta comeram o robalo
nunca me esquecerei daquele dia
que comeram o robalo no meio da corveta
Bem engraçado esse filme, o nome é “anaguas a bordo “, tem um outro “por água abaixo” que é de submarino tem, mas engraçado com sua tripulação excêntrica, da década de 80 ou 90
Grinaldas à Bordo
Voltei ao tempo de meu avô…causos assim são um primor na memória do mar…
Peixe de uns, Palmeira de outros. James Cagney que o diga.
Parabéns ao autor pelo divertidíssimo relato
Uma pena tanto dinheiro público para impressionar 4 garotas
Pena é isso acontecer até hoje.
Na definição de Jack Aubrey, este não é exatamente um navio feliz.
“Killick! Onde está Killick!”
Já dizia Bezerra da Silva:
Malandro é malandro, mané é mané
Olha, eu não sou desses que fala em comida e bebida em excesso e o dinheiro público gasto com isso…….basta procurar se tem comentário meu sobre isso na Trilogia….não lembro de nenhum. Entretanto, segundo o relato, era um jantar oferecido pelos oficiais para seus amigos e as “amigas” dos amigos…..só no texto tem citação à: Robalo, vinho branco, vinho rosé, canapés, bolinhos de atum, iscas de camarão, tâmaras, passas, etc…..”jantarzinho simples” oferecido para amigos dos oficiais, sem conotação Oficial e pago com dinheiro público. Queriam se reunir com os amigos e “amigas”, que então fossem à um restaurante da cidade… Read more »
Um rebu. Uma farra. Pegaram umas mulheres para fazer o que não faziam com as próprias.
O famoso custeio.
Olá Esteves. Se eu prometer para minha esposa que vamos comer bacalhau, feijoada, baleia ou robalo, preciso cumprir. Uma coisa que eu nunca fiz como minha esposa foi deixar ela com fome..
17/6/2021 – quinta-feira, btarde MK 48, primeiro parabéns, muito tempo sem fazerem uso do 48. Segundo, maluco que criticar não entenderá que trata-se de um causo e de um passado bem distante.
Eu tenho 51 anos de idade e faço ideia bem clara das dezenas de milhares de reais do meu salário, que tenho retido na fonte anualmente, fora o que tenho que pagar a mais quando fáço a declaração anual, mais os outros milhares de reais para INSS, mais os outros milhares de reais pagos em impostos de todos os tipos……com base nisso, acho o cúmulo da canalhice fazerem uso desse dinheiro para financiar put@ri@!!!
Abraço cordial.
Apoiado, sr. Flanker. Ouvir a verdade pelo menos de vez em quando é bom. Embora não seja tão agradável para quem se locupleta com dinheiro público.
Enquanto isso, milhares, quiçá milhões de brasileiros (as) não têm sequer um prato com arroz e feijão para se alimentar.
Cara, tenha um pouco de vergonha na cara e deixa dessa ironia de 3a categoria. Se tu gosta que gastem de maneira errada o dinheiro dos impostos que tu, teoricamente, paga, eu não gosto e vou escrever sempre que achar que devo.
Abraço cordial.
Adentrando a sala, como NÃO teria feito muito mais se fosse um dos participantes da festança, ingenuidade e dor de COTOVELO de quem solambeu com os olhos…
Blábláblá….se teu entendimento só permite depreender isso, só lamento…..
Falso moralista?? Qual a lição de moral que eu dei? Tu acha normal e bonitinho levarem prostitutas para dentro de um navio da Marinha, mesmo sendo 52 anos atrás? E quem são os “vocês”? Por acaso já está me incluindo em algum grupo específico, que essa sociedade de hoje tem a mania de enquadrar todo mundo? E tu acha mesmo inocente e legal uma historinha dessas? Que bonitinho!! E se eram outros tempos, ninguém, em sã consciência, duvida que isso continue ocorrendo…. Eu não disse que tu sonega imposto!! Quem mordeu a isca foi tu! Quanto às acusações pessoais, olha… Read more »
Ola Flanker. O relato fala de mulheres bonitas, bem arrumadas e divertidas. E decepcionadas por não comerem robalo. Mas só isso.
mas ninguem falou a sobremesa……kkkkk
Estamos a ZERO DIAS sem polêmicas! Esqueceram de chamar o Flanker pra chiba (ou seria xiba? nunca sei). Nem arrumaram uma ¨cabeça de faxina¨ pra ele… Coitado. Mk48 pode traduzir.
De ti, só se pode esperar corporativismo…..nenhuma novidade….
O mesmo vale pra ti.
Esse Flanker é tão chato, mimado e mal educado,que seu principal “argumento” é o ad hominem. Risível.
Sério? Leia meu primeiro comentário nesse tópico…..veja se houve ataque ao interlocutor ali. Veja tb quem começou os ataques pessoais……se estiverem disponíveis ainda, pois alguns comentários de alguns comentaristas, sumiram. E por falar em ad hominem, quem usou 3 adjetivos para mim em seu comentário?? Hehehehe……chora bebê……
Chama o Vovozao para fazer uma visita à nossa fabrica de Torpedos lá na ponta D’Areia…
sim, Icaraí.
Chama entao ele e o Vovozao para refazermos a historia da fabrica de torpedos no local… Podemos fazer o Briefing no Clube Naval…
Paulo, btarde, minha VIVO, deve ter “”desmaiado””, fiquei toda manha fora do ar. Fico muito honrado pelo convite e cobrarei a visita; porém, eu não posso antes de agosto…. sou da área de risco … diabetes…… tenho vacina começo de julho (2a dose), e, tenho de aguardar mais 15 dias fator seguranca…. porem, fique ciente estaremos visitando. Mais uma vez obrigado pelo convite.
18/06/2021 – sexta-feira, bdia, Paulo HPS, sou morador de Niterói, conheço muito, a fabrica de torpedos, meu avô (isso mesmo) trabalhou la por volta dos anos 50 do século passado, tem um tio que tambem trabalhou posteriormente, por isso mesmo nao sendo da CASA, conheço bem. Grato pelo convite.
E quem vai querer se encontrar com b0ls0m1ni0m?
Respondia acima, e, podem contar, nao poderei antes de agosto, meu risco… diabetes. Mas cobrarei de voces.
Olá Mk48. Vamos esperar ano que vem quando estivermos vacinados.. dai eu também vou (se alguém sugerir um restaurante que sirva um bom robalo, eu também topo. riso).
Por isso é sempre bom ter um plano B para as momentos iguais a este, assim como um cadeado na porta do forno!
Olá Ed. É verdade. Eu sempre tenho um pacote de miojo no armário para emergência.
Juntando com algumas sardinhas em lata fica perfeito esse miojo!
Ola Ed Carlos. Até esqueci do robalo. Chama todo mundo mundo…
Já tem um mais em cima, quando estava lendo já imaginava as criticas do tipo rsrsrsrsrsrsrs
E assim vamo indo !!!
A ala Xiita/Sunita começa a se manifestar !!!?♂️?♂️
E agora ?! Fazer o quê ?!
O que eu posso dizer aos editores !!!
Mandem a matéria para ser publicada na RMB !!!
Quem é de “Mara”vai gostar !!!
Num é um monte de “pé seco” (que nunca navegou e pisou a bordo de um navio de guerra que vai ficar vilipendiando o historiador).
Pronto falei !!!?
Cara, tu pode não gostar…democracia é assim…mas, eu vou reclamar sempre que ver uma história envolvendo mau uso do dinheiro público…seja hoje ou 50 anos atrás….ainda mais numa história envolvendo prostitutas, ops, “amigas”…..essas puseram os pés, e todo o resto, dentro de um navio de guerra da MB…..conforme o “causo” demonstra…..e o pior de rudo é gente como tu e tantos outros, achar isso normal…..isso explica muito os motivos de estarmos na situação moral e ética, ou a falta delas, em que nos encontramos hoje no Brasil!
18/06/2021 – sexta-feira, bdia, Flanker, acredito que voce não conheça muito de forcas armadas….. (causos) como esse acontecem na maioria das marinhas mundo a fora… ou seja, maioria (entre aspas) do comandante do meio…. ou seja,maioria das vezes ajuda desestressar o pessoal. Voce de repente irá ate contestar…. porem, pense voce dias, meses, em um navio, e, não ver uma mulher ja que naquela epoca era proibido… vamos a realidade… quantos ilícitos voce pratica e NÃO se ARREPENDE, e acha que fez o certo. Como se diz: atire a primeira pedra, caso nunca tenha feito algo fora do certo, vai… Read more »
Com dinheiro público? Dentro de um bem público? Não! lhe garanto que não! E se fazem em outras marinhas não me interessa….me interessa o que é feito no Brasil.
“A descontração é a forma tática de surpresa mais negligênte do sentinela!”! É inegável que foi uma “boa e divertida” história pra descontrair! Más a realidade de divertida não tem nada! Bom dia Flanker. Faço de suas palavras as minhas! É inadmissível a situação apresentada com o dinheiro do contribuinte! Infelizmente isso sempre aconteceu e ainda acontece na exibição glamorosa da casta superior hierárquica com o meu, seu, nosso dinheiro. O que dói, é a aceitação de muitos brasileiros como normal! Acomodados cidadãos que sabem porque nunca há recursos suficientes para a aquisição de novos equipamentos e “parafernália” na área… Read more »
Perfeito o comentário MK !!!
Agora tem que falar também pros experts aí que a festinha a bordo era dada com o dinheiro do próprio bolso e que curiosamente ela não são feita mais a bordo e esse fato aí se deu em 1969!!!
Eu aprendi uma coisa !!!
“Quem acusa, tem que dar o ônus da prova”?
Bom dia a todos !!!☀️
Era dada com o dinheiro do próprio bolso? Kkkkkkkkkkkk…tá bom. Conta aquela do papagaio agora…..
Se vc sabe de alguma coisa então ?!
Conta aí ?!
Vc não é baú !!! Certo ?! ????⚓️
Já que fala com toda veemência e convicção que sabe de alguma coisa !!!
Não preciso me dar ao trabalho de responder. O Wilber respondeu muito bem, abaixo.
“A festinha era dada com dinheiro do próprio bolso”
Vejamos…o cara, supostamente, tem grana pra comprar, do próprio bolso, Robalo, vinho branco, vinho rosé, canapés, bolinhos de atum, iscas de camarão, tâmaras, passas, etc, etc, mas precisa mandar seus subordinados fazerem a comida, e usar um navio da MB, ao invés de levar esse povo todo num restaurante fino…
Aham…tá bom…acredita em ET Bilú também?
Olha !!! No meu tempo quando tava na Marinha !!! A única coisa que vi o Comando dar pra tripulação era o aniversariante do mês e isso quando dava pra fazer , já não tinha mais esse negócio de festinha a bordo não !!! Não sei que tanto fica falando ai que tem festinha a bordo !!! As FAAS já foi noticiado até mesmo aí no blog tá pedindo mais verba pra poder conter os gastos (já tão vendendo o almoço pra comprar a janta). Não sei por qual motivo ficam dizendo que tá gastando com vinho camarão e etc.… Read more »
Vinho, camarão, lagosta, etc…..basta olhar nos editais das FFFAA…..não tem invenção!
Olha os Editais do Congresso/STF e etc.
“O Pau de que dá em Chico da em Francisco também”?
Com certeza! É antiético para todos!! Mas, se um faz errado, não quer dizer que os outros tb possam fazer. Mas, falei aqui dos militares pq é o que estamos discutindo. É só abrir um tópico sobre os outros poderes e poderemos discutir sem problema.
Blábláblá ….pode escrever um compêndio, mas não justifica…..e tu és o que? Se somos a liga que vc falou, vocês são que que? A liga dos puxa-sacos passadores de pano?
Querer e defender o bom uso do dinheiro e dos meios públicos é ser santo? Esse teu entendimento mostra muito do caráter do brasileiro. Defender o bom uso de tudo que é público é obrigação de todos….não tem nada de santidade.
E eu estou muito longe de ser santo……gosto muito de umas “amigas”…..mas, pago o “presentinho” delas com o MEU dinheiro……e não faço nenhuma “festa” em nada que seja público ou estatal.
Explica o motivo do Robin! Não entendi. ….mas, em rodo caso, sendo um dos mais icônicos heróis da DC Comics, é uma honra.
Relaxa Flanker. Temos como Presidente um cara que elaborou (assumidamente) um plano que previa a explosão de bombas em quartéis e outros locais estratégicos no Rio de Janeiro. O Que esperar dessa gente?
Olá Equilibriiu, Eu não compraria um carro usado desta turma. Também não confiaria neles para cuidar do robalo.
Onde isso, filho? Tá na Carta Capital?
OFF….a corveta V-15 imperial brasileiro ainda está na ativa ou já virou museu?
tens razão….escrevi errado….me desculpem
Não, não está. A única Corveta da Classe Imperial Marinheiro ainda ativa é a V19 Caboclo.
Virou museu, desde 2015 salvo engano. Está na cidade do Rio Grande, no cais do porto novo, centro da cidade, aberta para visitações na parte da tarde.
Ex Mestre da V-15 Imperial Marinheiro 2011 – 2013.
Amigo submarinista, a V15 foi transformada em navio museu, e está atracada no cais do Porto velho da minha cidade natal de Rio Grande/ RS. Abs
Trabalhei muito nessa corveta na minha época de Base Naval de Aratú nos anos 80. Não conhecia essa estória muito bem narrada. Parabéns ao autor.
Ola Roosevelt. Do robalo, não sobrou nem história.
Se esse tipo de causo fosse apenas nas FAs ou no serviço publico ate que daria para ter esperança de nosso país, mas quando esse tipo de coisa se da tambem em uma multinacional, nessa hora que vemos o quao miseravelmente esse país fracassou.
A diferença entre empresas e na Corveta seria que na hora de procurar um culpado, certamente o puxa saco chefe do diretor ou presidente iria apontar o dedo para seus desafetos e “cortar o pescoço” sumariamente destes.
Vejamos…
O próprio relato deixa claro a diferença entre oficiais e praças, com os primeiros sendo uma casta de príncipes.
Uso de um bem público ( o navio ) pra dar jantar a amigos e as “amiguinhas” dos amigos…
Usar praças ( o cozinheiro, por exemplo ) pra fazer jantar pros amigos e pras “amiguinhas” dos amigos…
E eu posso apostar que os ingredientes do jantar não sairam do bolso do anfitrião.
Tem razão, não tem nada de anormal aí…
Nada novo no front. Brazil, e suas castas. Isso ja vem de longa data. Nao e de admirar como estamos hoje, com essa crise moral disseminada.
“Vai pra Cuba”
Comentário típico de gente que não consegue defender a mal-caratice de sua classe sem passar pano com “vai pra Cuba…”
Agora, se uma crítica a MB, tú levou pro lado pessoal e resolver dar uma de mulher barraqueira, mostra bem teu caráter…ou a falta dele, talvez…
Sério que pra ti, quem critica o atual governo é, automaticamente, “barbudinho de esquerda” ou “adorador de Cuba”?? Dicotomia pura!!! Eu votei em Bolsonaro…..pq odeio a esquerda. ….mas, ao votar nele, não dei aval para o monte de merd@ que ele, os filhos dele e um monte de gente ao redor dele tem feito!
Ola Flanker. O voto é secreto. É irrelevante em quem voce votou para criticar os erros do governo em exercício. Toda vez que um governo fizer algo errado deve ser críticado pelos barbudos e barbeariados.
Essas festinhas faziam parte das estadias nos portos…a vida a bordo não é igual para todos.
Deviam ter colocado o peixe sob guarda armada, até a hora de ser servido, kkkkk
O inferno está cheio de bem intencionados.
A intensão foi preencher os espaços. Contar história. Contou.
A intenção foi escancarar o gasto público contando as festas nos portos, contando as estadias marinheiras. Escancarou.
A intenção foi mostrar que a MB não está, historicamente, nem aí com o dinheiro, com a despesa, com o orçamento, com a gestão, com o resultado. Mostrou.
Saímos dos 80% para o desprezo pelo erário. Historicamente falando.
O peixe não comeram. Faltou contar o que houve com as 3 garotas.
Viva a morte!
Olá Esteves. Comeram o robalo.
Coloque o robalo marinado num refratário com as cebolas, as batatas, o tomates e as azeitonas. Deixe assar por 20 minutos em fogo alto. Ou até dourar na parte de cima.
1969…todo e cada navio atracado faz essa festa desde quando? Desde o Império? Esteves comendo smash burger (sumiram com os hambúrgueres altos). Esteves deveria ter estudado mais, nadado mais, empenhado mais esforço.
Robalo. Sei.
Pra essa receita ficar ainda melhor, faltou o “sirva o prato usando um meio público pra fins pessoais, e use seus subordinados como cozinheiros e garçons pra fins de puro entretenimento para seus convidados e convidadas, para realçar o sabor da comida e as benesses de seu cargo”.
É pra isso que querem navio novo. Essa desculpa de Tamandarés…
Imagina, só imagina a marujada comendo em navio de 3.500 toneladas. Se essa prestigiosa Corveta Purus dos anos 1950 (a MB tem grande predileção por navios de 40 e 50 anos) foi capaz de servir tamanho banquete…putz (putz é dos anos 1960)!
Uma fragata do Tamanho Tamandaré vai servir é baleia.
Não atrevo-me a perguntar quantas moças cabem em uma fragata Tamandaré pra não ser amaldiçoado aqui.
Ola Esteves. Já pensou o que daria para fazer em uma corveta se alguém tiver iFood?
Pois é. Querem ter nacionalização. iFood é nacional.
Olá Esteves. Neste caso, também tem que evitar malbec argentino.
Roubaram o Robalo.
Ola Cerber. Se fosse hoje, bastava chamar o DPA.
Quem queria comer o robalo e as ‘amigas”, ficou sem comer nada…..pelo menos nisso os “grandes” oficiais se deram mal…..
Shhhhh, cara…que isso…segundo alguns certos comentaristas aqui, não pode falar mal não…isso é “lacração”.
Você tem que ver coisas erradas ou moralmente questionáveis sendo feitas pelas nossas FA’s, e ficar quieto, dar risada e bater palmas….qualquer outra coisa que não seja isso, é “lacração”…
Essa história…tinha que ter sereia. Marujada, robalo, navio e na hora de comer querem comer o que dá na terra: cebola, batata, cenoura, tomates, moças.
Marujo marujo se vira no mar.
Aquele moço de Niterói fica bravo. Muito. Deveria ir pro mar, aproveitar as ondas, tentar pescar robalos.
Vai que pega.
Muito bom, Esteves. Hehehehehe
Ué….saber rir é uma coisa……achar graça de fatos envolvendo mau uso do que é público é outra……e quem tem 51 anos, quase 52, tem ter humor de 90 anos? Ria e ache graça com aquilo que é engraçado, desde que não prejudique ninguém ou seja ilegal.
Creio que a partir daquele fatídico dia, criou -se um posto de vigilância na cozinha…kkkkk
O cozinheiro era o cb pequeno e o autor da história era o cb mó Mário Monteiro já falecido.
Coisas assim só acontecia na Corveta Purus! rsrs
Muito
bom!!! ?????
Mundão. Quando Esteves passou pela TC a empresa já tinha sido privatizada. Mas esses hábitos robalescos seguiram. Mudou quando os espanhóis levaram e cortaram essas despesas. Acabaram com carros, combustíveis, rarara, almoço não comercial, viagens, cursos. Não acabaram com 100%. Teve meritocracia. Mas o corte foi radical. Esteves lembra de acordos no MPT com a maior cervejaria. Eles usavam essas festas como prêmios e castigos no último dia do mês. Quem não batia a meta ficava sentado olhando. Também naquela empresa que dá asas Tinha disso. É tradição. Comemorar e fazer rappy hour é tradição no mundo da pressão. Corporativo… Read more »
Tudo está perdendo a graça!
É só um ” causo”! O pessoal dessa época já morreram
quase todos!!!
Engenheiros de obras prontas!
Críticos de ficção científica!
Olá Edemilson. Uma coisa de cada vez. A história é divertida sim, mas se a gente for sentar para pensar, ela serve para uma ampla discussão. Alguns colegas apontaram o problema do tratamento privilegiado dos oficiais em relação aos praças. Esse tipo de privilégios nada tem a ver com hierarquia ou meritocracia, mas a uma herança da MB de separação de classes. Eu lembro de um texto sobre a FEB que dizia da surpresa dos soldados brasileiros ao verem os oficiais e soldados do exército dos EUA comendo a mesma comida durante a campanha da Itália. Isso não era fator… Read more »
Os retardatários, não encontrando o rancho, resolveram “roba-lo” kkk
Olá Adriano. Creio que é um erro acusar os retardatários. Alguém pode ter comido o robalo para cair na costas dos retardatários… até o cozinheiro pode ter comido o robalo…
Senhores quem não aprontou no tempo de quartel que atire a primeira pedra!
Bons tempos!
Joel, difícil explicar pra paisanos que nunca cruzaram um portão de quartel/base aérea ou subiram num navio. E, quanto ao uso do dinheiro público, desde que me entendo por gente, todo comandante tem que prestar contas do dinheiro gasto. Há auditorias pra isso.
Olá amigos ! Deixando de lado a questão referente ao erário público, vou me ater ao que mais me impressionou: que texto bem escrito ! Meus mais sinceros parabéns ao autor !
Era de praxe, os soqueiros, ao retornar a bordo pela Madruga, “assaltavam” a cozinha a procurar de qualquer rango para esquentar as tripas. Fiz muito.
Engraçado que histórias como esta sempre abundaram nos sistemas Militares. Sei porque vi situações similares
A mídia veem paulatinamente atacando as forças armadas, por quê?
Caro Henrique. As forças armadas haviam reconquistado um respeito institucional a partir da redemocratização pelo reconhecimento (tímido) dos erros cometidos durante a ditadura. Foram anos de censura, de repressão política, assassinatos por ordem do Estado (é preciso sempre lembrar que um homicídio á margem da lei é crime). Contudo, o que foi observado nos últimos anos foi uma interferência indevida (e até criminosa porque os militares não podem participar de processos políticos) nos assuntos políticos do país. O fracasso na administração “militarizada” da saúde e o sigilo sobre o processo de em torno da presença de um general em atividades… Read more »
qual seria a sobremesa do ágape????…ficou devendo…huahuahuahuahua….deve ter sido logo ali no Don Juan Hotel na ladeira subindo depois do 2DN…kkkkkkk
Devido às discussões chatas levantadas pelos moralistas de plantão que não sabem o que é ¨xiba¨ (e nunca saberão), sugiro aos editores não publicarem mais esse tipo de matéria. Embora divertida. É só uma humilde sugestão.