A quarta corveta classe Ada da Marinha turca, TCG Kinaliada, realizou o teste final de disparo do míssil antinavio Atmaca fabricado pela Roketsan em 19 de junho no Mar Negro

O míssil Atmaca atingiu o navio de pesquisa desativado Isin (ex-USS Safeguard ARS 25) por boreste após voar no modo de “sea skimming” com uma altitude entre 1 e 1,5 metros. Este disparo foi o teste de qualificação para a aprovação da produção em massa.

O evento foi anunciado pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, no Twitter.

Em seu tweet, o presidente da Turquia anunciou oficialmente a colocação do míssil em serviço para a Marinha Turca.

O Ministro da Defesa da Turquia e o escalão do comando militar observaram o evento a bordo da corveta TCG Kinaliada. O gerente geral de Roketsan, Murat Ikinci, também estava entre os observadores.

 

 

O Atmaca (que significa Falcão) é um míssil de cruzeiro antinavio para todas as condições climáticas, longo alcance e ataque de precisão, desenvolvido pelo fabricante de mísseis turco Roketsan. O Atmaca substituirá gradualmente o estoque existente de mísseis Harpoon da Turquia. O programa começou em 2009 para atender aos requisitos de mísseis de cruzeiro superfície-superfície das Forças Navais Turcas. A contratada principal, Roketsan, iniciou os estudos de projeto em setembro de 2012.

O primeiro teste de lançamento de navio foi conduzido pela TCG Kinaliada em 3 de novembro de 2019. Após vários disparos de teste em diferentes cenários, incluindo disparo sem GPS e operação em um ambiente tenso de guerra eletrônica, o míssil passou em todos os testes e ficou pronto para produção em massa.

O míssil possui seu sistema de posicionamento global (GPS), sistema de navegação inercial, altímetro barométrico e altímetro de radar para navegar em direção ao seu alvo, enquanto seu localizador de radar ativo localiza o alvo com alta precisão. Seu link de dados fornece ao Atmaca planejamento de missão 3D, atualização de alvos, reanexação e encerramento da missão. O míssil voa rente ao mar à medida que se aproxima do alvo.

Dados técnicos do Atmaca

  • Comprimento: 4.800 – 5.200 mm
  • Peso: < 800 kg Alcance: > 220 km
  • Orientação: Sistema de Navegação Inercial + Sistema de Posicionamento Global + Altímetro Barométrico + Altímetro Radar
  • Tipo de ogiva: Alto explosivo com penetração
  • Peso da ogiva: 250 kg
  • Buscador: RF ativo

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Leandro Costa

Precisamos de uma parceria com a Turquia para transferência de tecnologia de edição de vídeos de exercícios/testes de disparo heheheheh

João Fernando

Triste kkkkk

Alexandre

Mas Leandro, se esse vídeo fosse o da Marinha do Brasil, a galera ia elogiar o vídeo mas ia dizer que não o míssil não consegue afundar nem um barquinho! kkkkkkkk

Leandro Costa

Aí nesse caso precisamos de parceria com o Irã no campo de adulteração de imagens 😛

Wellington

É verdade! E olha que eles têm mais motivos para segredos que nós.

Jodreski

Uma coisa me chamou atenção: a quantidade de fumaça que o motor do MANSUP gera (um rastro branco) em comparação com esse míssil. Alguém com conhecimento mais técnico poderia explanar pq nosso motor gera tanta fumaça e o deles não?

Fabio de Souza

Também percebi isso. Será que não há meios de se melhorar ?

carcara_br

Pessoal, o mansup durante o voo sustentado praticamente não emite fumaça perceptível. Aquilo é apenas a queima inicial do booster e dura muito pouco tempo, considerando o alcance máximo dele nem mesmo é perceptível.

Jodreski

Obrigado pela resposta amigo!

carcara_br

Em quase todos os parâmetros ele é o dobro do tamanho do exocet, exceto o alcance, parece haver um ganho não linear neste aspecto.
Contudo vejo a abordagem turca diferente da brasileira, no sentido em que os requisitos de projeto lá devem ter gerado o desenvolvimento de um míssil próprio, atendendo as necessidades da marinha deles.
Aqui, por outro lado, o ponto de partida deve ter sido aquilo que foi oferecido no mercado, e a necessidade da marinha se adaptou ao produto existente.
Em relação ao tempo de desenvolvimento os dois casos parecem semelhante.

Alexandre

Creio que a abordagem da MB foi ter o menor risco possível, então conseguiu a tot dos motores do exocet no contrato do H 225M e do Seeker através da Omnisys. O primeiro passo foi integrar tudo num missil com alcance de 70km mar-mar, o segundo passo será a versão lançada de helicóptero. O último passo, que me parece natural, é a substituição do motor foguete pelo ramjet do avtm 300. E bom lembrar que os dois motores são fabricados pela AVIBRAS. Então teremos um míssil anti navio com cerca de 300km de alcance, mas com dimensões parecidas com a… Read more »

Canarinho

Motor RAMJET do AVMT 300? Amigo ate onde sei o motor do AVTM 300 é um booster atraves de um motor foguete com propelente solido seguido do acionamento de um turbojato simples.

Alexandre

Exatamente isso, muito similar ao modelo usado no exocet bk 3 da MBDA, ou seja, o conceito pode ser usado no MANSUP.

Carlos Campos

quem nos dera termos um motor ramjet para míssil.

carcara_br

Não é trivial a substituição do motor como seu comentário faz parecer deve ser mais simples navalisar o avtm que substituir a propulsão do mansup, seria praticamente um míssil novo.
De fonte de energia a superfícies de controle, tudo precisaria ser revisto. Lembrando que em 2014 o buscador já estava pronto.

Alexandre

De forma alguma, a troca do motor é muito fácil, até porque a tr 1000 tem o mesmo diâmetro do mansup.
Teria que ver somente o centro de gravidade e algumas coisas de menor importância.
Concordo que a navalizacao do avtm 300 seria fácil tb, no caso, colocar o seeker RF do mansup.
Mas teríamos um problema, que seria a troca dos lançadores, pois o avtm 300 tem maior diâmetro.

Carlos Campos

eles receberam tecnologia dos EUA, esse míssil é uma espécie de Harpoon turco, mesmo assim é grande feito, 100% feito na turquia, e pode ser melhorado futuramente.

Tomcat4,2

Exatamente o tipo de vídeo que pedimos a nossa MB !!!rs

sergio

Um dia a gente chega la !!!!!!!!!

A6MZero

O míssil Atmaca e o Mansup tiveram seus programas iniciados em períodos bem próximos por volta dos anos 2010, a diferença e que o nosso sofre com atrasos no cronograma e problemas de recursos enquanto o outro teve desenvolvimento e aporte de recursos.

No momento só nos resta invejar a Turquia e torcer para que o programa Mansup tenha continuidade.

Augusto

Que paulada! Parabéns aos turcos.

Mauricio Pacheco

Se fosse ha do Brasil, ia aparecer um “vira lata” para reclamar que o míssil acertou mas não afundou o alvo!

Alexandre

Exatamente Maurício, vc atingiu o alvo com precisão e afundou o navio dos vira latas, nem precisou fazer um vídeo, porque sua resposta é muito clara!

Esteves

O alvo Estava parado.

Esteves

Míssil não afunda navio. Torpedo afunda navio.

Dizem.

Piassarollo

Ops, essa eu já ouvi….

Nilo

MB deveria adquirir know how da pirotécnia turca em afundar navio…fumaça…fogo…rsrssr.

Last edited 3 anos atrás by Nilo
Kemen

Descobri, deixaram explosivos dentro do navio. kkkkkkkk

Last edited 3 anos atrás by Kemen
Dalton

Bom, o então grande e moderno encouraçado italiano Roma foi atingido em 1943
por duas bombas guiadas alemãs e afundou rapidamente com grande perda de vidas,
então…

Esteves

A turma aqui…quando mostram testes com torpedos dizem que nada detém um bom torpedo. Vai pro fundo.

Mostram mísseis atingindo navios e dizem: – Não era pra afundar. Era pra estragar.

Bomba, torpedo ou míssil…se atingir o paiol, as munições…o navio explode.

Mas a turma aqui…míssil estraga e torpedo afunda. É o que dizem.

Michel

Sabe sim! O sr. Esteves é um mestre da paráfrase.

Dalton

Escolhi o “Roma” Esteves, como exemplo por tratar-se de um navio fortemente blindado em movimento que foi atingido por uma arma de precisão de tamanho grande acima da linha de água e não simplesmente por uma bomba burra esperando-se com ela atingir um alvo. . Um exemplo talvez mais conhecido é o do “destroyer” israelense “Eilat” que foi afundado por mísseis de fabricação soviética lançados por embarcações velozes de ataque egípcias em 1967. . Então dependendo das características de voo do míssil ou mesmo bombas guiadas e o tamanho de suas ogivas, podem também afundar e não apenas “estragar”e mísseis… Read more »

Canarinho

Sem querer ser chato mas e o MANSUP? Alguma noticia?

MFB

Já estão marcados 30 coquetéis para definir a data da produção do primeiro parafuso.

guilardo

Em 2019 disseram que estava “em fase final”. Em 2020 repetiram a ladainha. Neste ano, certamente dirão também que “está em fase final”… O Togo, Nigéria, Guiné e outros pobres países, são sérios candidatos a terminarem primeiro, se porventura tiverem algum projeto nesse sentido. No Brasil a única instituição de alta credibilidade é a EMBRAER. Essa sim, nos faz sentir orgulho de ser brasileiros. O que promete entrega, e são produtos que competem mano a mano com as maiores potências do mundo. Se um dia conseguirmos terminar tal projeto, não teremos meios navais para os lançamentos pois as fragatas atuais… Read more »

Mauro Cambuquira

No começo parecia que não teria final, agora no final parece que tá no começo.

Wellington R. Soares

Cadê tu MANSUP?
Espero que estejam fazendo alterações para dobrar o alcance, porque colocar um míssil perna curta nas Tamandaré será sacanagem com o contribuinte rsrrr…

Alison

Isso! Ensina pro Brasil como se faz um vídeo!

Kemen

“…após voar no modo de “sea skimming” com uma altitude entre 1 e 1,5 metros.”

Apesar do estado do mar aparentar estar calmo, essa altitude de “sea skimming” não é viavel na pratica, altitudes menores que 2,5 metros não são viaveis mesmo com o mar calmo. Também pode ser observado no video a que altura chega o missil no alvo, acho que o Atmaca esta acima de 3 metros de altura. Mas é apenas uma questão de detalhe.
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Abs.

Foxtrot

Compromisso e seriedade com o verdadeiro desenvolvimento autóctone é outra coisa.
Enquanto isso, gastamos fortunas testando e comprando armamentos externos enquanto relegamos o desenvolvimento de armamentos interno.
Vide exemplo MANSUP, MAR-01, MSS 1.2, MAA1-B etc etc etc.
Com a palavra as autoridades in “competentes”.

Desc

Quem quer….faz!!!