Em 1910, marinheiros se revoltaram contra chibata e racismo no Brasil pós-abolição
Por Ricardo Westin
O Rio de Janeiro entrou em pânico. Quando correu a notícia de que, da Baía de Guanabara, quatro navios de guerra apontavam seus canhões para a cidade, os cariocas fizeram as malas às pressas para fugir da morte. Na Estação Central do Brasil, os trens para longe da capital da República partiram lotados. Nos bondes com destino aos subúrbios, os passageiros viajaram espremidos, muitos pendurados no lado de fora.
O perigo era real. Numa amostra do estrago que eram capazes de provocar, os navios militares fizeram disparos que mataram duas crianças no Morro do Castelo, no Centro, a poucos metros da Câmara dos Deputados.
O senador Ruy Barbosa (BA) contou aos colegas, num discurso no Senado, o horror de ter sido testemunha ocular do ataque naval:
— Foi com a minha filha chumbada ao leito, por uma enfermidade que não nos permite sequer movê-la na sua própria cama, que tive esta manhã de ver passar sobre a nossa casa, sob a forma de um projétil de guerra, a triste ameaça de ataque à nossa segurança e à nossa civilização.
Na noite de 22 de novembro de 1910, explodia a Revolta da Chibata. Centenas de marujos se insurgiram e se apossaram dos quatro navios da Marinha, entre os quais os encouraçados Minas Gerais e São Paulo, as mais poderosas máquinas de guerra da época. Eles não tinham motivação política. A grande bandeira era o fim dos castigos corporais aplicados aos acusados de indisciplina. Dos castigos, o mais violento eram as chicotadas — da mesma forma que se fazia com os escravos na época da Colônia e do Império. Por causa das chibatadas, as deserções no mundo naval eram rotineiras.
Como o governo era surdo aos clamores, os marinheiros resolveram pressionar de uma forma mais drástica. Atacaram os comandantes dos navios, matando alguns deles, assumiram os timões e viraram os canhões para o Rio. Depois de fazer aqueles primeiros disparos, os marujos apresentaram um ultimato ao presidente da República, o marechal Hermes da Fonseca: se os castigos desumanos não fossem proibidos, a capital iria pelos ares.
Documentos históricos guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, mostram que os senadores tiveram papel decisivo no desenrolar e no desfecho da Revolta da Chibata. Ruy Barbosa, depois de recuperar-se do susto inicial e inteirar-se da motivação dos rebeldes, mudou o tom dos discursos e se transformou no mais ardoroso apoiador dos marinheiros:
— Senhores, não há muitos anos, nas proximidades de Santos, na Fortaleza da Praia Grande, diversos soldados, submetidos ao castigo corporal, caíam fulminados pela sua agonia e pouco depois eram cadáveres. Tratou-se de uma sindicância, uma dessas providências aparentes com que se procura iludir a publicidade, mas o inquérito morreu ali mesmo, sem que esse crime tivesse punição. Ainda há poucos dias, uma senhora, filha de um almirante, perguntava a um marinheiro, cujas mãos estavam enroladas com chumaços de pano, que moléstia sofria. “Ah, minha senhora, se soubesse… Estas mãos receberam 60 dúzias de bolos.” É desse monturo de misérias sociais que fermentam as sublevações militares.
Os insurgentes também pediam reajuste do salário, melhora da qualidade da ração e alívio da carga de trabalho.
— Navios construídos para 900 homens de tripulação não podem ser guarnecidos, mantidos, asseados e conservados por 300 marinheiros — criticou Ruy no Senado.
Como pano de fundo da revolta de 1910, estava o que hoje é chamado de racismo estrutural. De acordo com números da época, até 90% dos marujos eram negros, isto é, filhos e netos de antigos escravos. A Lei Áurea fora assinada apenas 22 anos antes. A eles cabia o trabalho mais pesado dos navios militares, incluindo a limpeza e as caldeiras. Havendo gente de menos, ainda tinham que acumular funções.
Como a escravidão fora abolida sem que se garantisse aos negros indenização, terra, educação ou trabalho (a opção da lavoura pós-1888 foi por imigrantes europeus pobres), a imensa maioria deles teve que se contentar com os empregos que ninguém queria. A Marinha era um desses empregos.
A própria Constituição da época enxergava os negros como cidadãos de segunda classe. No capítulo referente à cidadania, a Carta de 1891 dizia que não tinham direito ao voto os mendigos, os analfabetos e os subalternos da Marinha e do Exército.
Ao mesmo tempo, o oficialato da Marinha, grupo responsável pelo comando das embarcações, era inteiramente branco. O grande desejo das famílias abastadas da Primeira República era que todo filho homem se tornasse médico, advogado, engenheiro ou almirante.
O fosso racial entre marujos negros e oficiais brancos era tão explícito que os jornais do Rio de Janeiro apelidaram o marinheiro João Cândido — aos 30 anos de idade, o cabeça do motim — de Almirante Negro. Eram duas palavras que não faziam sentido juntas. Para os jornais oposicionistas, simpáticos à Revolta da Chibata, o apelido era uma forma de mostrar que João Cândido tinha valor, pois era capaz comandar o gigantesco encouraçado Minas Gerais mesmo sem ter passado pela prestigiosa Escola Naval. Para os jornais governistas, críticos do motim, por sua vez, era uma maneira de ridicularizar o reles marinheiro negro que tinha o atrevimento de se portar como se fosse almirante.
Em meio à insurreição dos marujos, Ruy Barbosa, que era o líder dos oposicionistas no Senado, chegou a comparar a luta contra a chibata na Primeira República à luta contra a escravidão no Segundo Reinado:
— O homem do povo, preto ou mestiço, que veste a nobre camisa azul da nossa Marinha, filho ou descendente de antigos escravos, sabe que, para emancipá-los, uma revolução abalou a sociedade, e um regime [a Monarquia] caiu. Esse homem do povo agora sente cair sobre as carnes a chibata aviltante, sente a indigna palmatória magoar-lhe as mãos. Todos os abusos têm, mais cedo ou mais tarde, sua expiação inevitável.
Até mesmo Pinheiro Machado (RS), o mais governista dos senadores, enxergou nos marinheiros alguma razão. Num pronunciamento, ele citou os salários de fome:
— Nunca compreendi como na República se tenha feito, com tanta liberalidade, aumentos de soldo todos os anos às classes armadas, aos oficiais, ora sob pretexto de equiparação, ora modificando-se a organização do quadro de generais, de modo que temos no país numerosos generais sem termos soldados. Nunca compreendi que, para atender às necessidades das Forças Armadas, fosse esse o processo republicano, abandonando-se o interesse das praças [militares subalternos]. Agora mesmo fez-se a reforma dos Correios, e os estafetas [carteiros] foram esquecidos. Os direitos dos que trabalham, dos que mourejam, dos humildes são esquecidos neste regime de igualdade.
O senador Alfredo Ellis (SP) concordou:
— São os deserdados da República oligarca.
Muito marujo negro certamente cresceu ouvindo de seus pais e avós histórias atrozes que eles próprios viveram nos tempos da escravidão. Em 1910, a marinhagem tinha consciência de que, mesmo com a Lei Áurea em vigor, as atrocidades permaneciam — porém com nova roupagem, adaptadas à era do trabalho livre.
Numa das mensagens ao presidente da República, os rebeldes liderados por João Cândido escreveram: “Pedimos a V. Exª. abolir a chibata e os demais bárbaros castigos pelo direito da nossa liberdade, a fim de que a Marinha brasileira seja uma Armada de cidadãos, e não uma fazenda de escravos que só têm dos seus senhores o direito de serem chicoteados”.
Em outra mensagem endereçada ao Palácio do Catete, citaram os republicanos que derrubaram a Monarquia em 1889 prometendo inclusão social: “Durante 20 anos, a República ainda não foi bastante para tratar-nos como cidadãos fardados em defesa da pátria. Mandamos esta honrada mensagem para que V. Exª. faça aos marinheiros brasileiros possuirmos os direitos sagrados que as leis da República nos facilitam”.
Na visão do historiador Álvaro Pereira do Nascimento, que é professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e autor do livro João Cândido, o Mestre-Sala dos Mares (Eduff), a Revolta da Chibata diz muito sobre o Brasil de hoje. Segundo ele, a insurreição de 1910 foi um sinal inequívoco de que o racismo continuou estruturando a sociedade brasileira mesmo depois da abolição da escravidão:
— O racismo estrutural é aquele que se mantém com o apoio do Estado, seja por meio de leis, seja por forças outras que não são visíveis. Não existia nenhum código dizendo que negros não podiam entrar na Escola Naval. Eles não entravam porque não tinham formação educacional. Quando tinham formação, não possuíam dinheiro para pagar o enxoval exigido pela Escola Naval. Ainda que conseguissem o enxoval, lá dentro existiam várias normas não escritas que os impediam de concluir o curso. A Marinha, mesmo sendo hoje uma instituição de 200 anos, só foi ter o primeiro almirante de carreira negro recentemente, na primeira década do século 21. Com os marujos nos porões dos navios e os almirantes nos camarotes, a Marinha apenas reproduziu à sua maneira o racismo que tem estado presente na sociedade o tempo todo.
No romance Bom Crioulo, publicado em 1895, o escritor Adolfo Caminha — que teve uma breve carreira naval, chegando ao posto de segundo-tenente — recorreu às cenas que vira na Marinha para descrever as chicotadas a bordo dos navios de guerra:
O motivo, porém, de sua prisão agora, no alto mar, a bordo da corveta, era outro, muito outro: Bom Crioulo esmurrara desapiedadamente um segunda-classe. […]
Metido em ferros no porão, Bom Crioulo não deu palavra. Admiravelmente manso quando se achava em seu estado normal, longe de qualquer influência alcoólica, submeteu-se à vontade superior, esperando resignado o castigo. […]
A chibata não lhe fazia mossa; tinha costas de ferro para resistir como um Hércules ao pulso do guardião Agostinho. Já nem se lembrava do número das vezes que apanhara de chibata…
— Uma! — cantou a mesma voz. — Duas! Três!
Bom Crioulo tinha despido a camisa de algodão, e, nu da cintura para cima, […] nem sequer gemia, como se estivesse a receber o mais leve dos castigos.
Entretanto, já iam cinquenta chibatadas! Ninguém lhe ouvira um gemido, nem percebera uma contorção, um gesto qualquer de dor.
Viam-se unicamente naquele costão negro as marcas do junco, umas sobre as outras, entrecruzando-se como uma grande teia de aranha, roxas e latejantes, cortando a pele em todos os sentidos.
De repente, porém, Bom Crioulo teve um estremecimento e soergueu um braço: a chibata vibrara em cheio sobre os rins, empolgando o baixo-ventre. Fora um golpe medonho, arremessado com uma força extraordinária.
Por sua vez Agostinho estremeceu, mas estremeceu de gozo ao ver, afinal, triunfar a rijeza de seu pulso.
Marinheiros e oficiais, num silêncio concentrado, alongavam o olhar, cheios de interesse, a cada golpe.
— Cento e cinquenta!
Só então houve quem visse um ponto vermelho, uma gota rubra deslizar no espinhaço negro do marinheiro e logo este ponto vermelho se transformar numa fita de sangue. […]
— Basta! — impôs o comandante.
Estava terminado o castigo. Ia recomeçar a faina.
O impulso inicial do marechal Hermes da Fonseca foi partir com tudo para cima dos revoltosos. O presidente assumira o Palácio do Catete havia apenas uma semana e sabia dos riscos que corria ao começar o mandato fazendo concessões e, por tabela, enfraquecendo o próprio governo. Ao mesmo tempo, sendo ele próprio um militar de carreira, não tolerava o desrespeito à hierarquia.
Quem o conteve foi Pinheiro Machado. A imprensa oposicionista afirmava que o presidente, sem muita experiência no mundo do poder (a não ser um breve período como ministro da Guerra), não passava de um fantoche nas mãos do senador gaúcho, o político mais influente da época.
Pinheiro Machado chamou-lhe a atenção para o fato de que, entre os quatro navios rebelados, estavam os poderosos encouraçados Minas Gerais e São Paulo, que, recém-comprados, haviam custado uma fortuna. Ou seja, as corvetas que haviam se mantido fiéis ao governo não tinham poder de fogo para enfrentá-los. Ainda que pudessem ser afundados, o governo estava endividado e não podia se dar ao luxo de queimar o dinheiro público que fora investido na aquisição dos novos navios.
O marechal Hermes cedeu às ponderações do senador Pinheiro Machado, mas se recusou a lidar diretamente com os revoltosos. As negociações foram conduzidas por senadores e deputados. Influenciados por Ruy Barbosa, os parlamentares entenderam que, para que os marujos aceitassem entregar as armas, o governo precisava conceder-lhes a anistia, de modo que não fossem punidos pelos crimes de tomar as embarcações e matar os comandantes. Contrariando o presidente da República, o senador Severino Vieira (BA) apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei prevendo a anistia.
— Voto a favor do projeto porque no movimento atual só enxergo uma greve de operários da nação reclamando melhoria das condições de existência material e moral — disse o senador João Luiz Alves (ES).
— A anistia correta é regular, é jurídica, desde que ela oferece aos insurgentes uma medida para pôr termos a um conflito insolúvel — afirmou Ruy Barbosa, tentando convencer o governo de que não se tratava de uma humilhação. — Nas guerras internacionais, os Bonapartes capitulam à frente de dezenas e centenas de milhares de homens sem que se possa atribuir à covardia ou ao medo a inspiração que os leva a erguer a bandeira da paz e se submeter às exigências do inimigo. Nesse caso, aceitar as condições é ceder à razão humana, sem desonra nem quebra do decoro da autoridade.
A anistia foi aprovada no Congresso por unanimidade. Sem alternativa, o presidente teve que sancioná-la. Os 2.300 marujos amotinados se entregaram em 26 de novembro. Em troca, eles conseguiram também a tão sonhada abolição dos castigos corporais. Satisfeitos, desembarcaram posando para os fotógrafos dos jornais e dando entrevista para os repórteres. Depois de quatro dias de terror, a Revolta da Chibata chegava ao fim e o Rio de Janeiro finalmente respirava aliviado.
Da tribuna do Senado, Ruy Barbosa continuou com o apoio:
— Li com admiração como esses homens mostravam com orgulho os seus navios, dizendo: “Senhores, isto é uma revolta honesta!”. Eles tinham lançado ao mar toda a aguardente existente a bordo para não se embriagarem, tinham feito guardar com sentinelas as caixas onde se achavam depositados os valores, tinham mandado atalaiar com sentinelas os camarotes dos oficiais para que não fossem violados, tinham guardado na organização do movimento um sigilo prodigioso entre os costumes brasileiros, tinham sido fiéis à sua ideia, tinham sido leais uns com os outros, desinteressados na luta. E, em vez de se entregarem aos instintos tão naturais em homens da sua condição, servindo-se dos meios destruidores de que dispunham contra a cidade, fizeram concessões e estabeleceram a luta como se fossem forças regulares contra inimigos regularmente constituídos. Gente dessa ordem não se despreza. Lamentam-se os desvios, mas reconhece-se o valor humano que ela representa.
A paz, contudo, duraria pouco. Dois dias depois do armistício, o marechal Hermes, que não estava disposto a esquecer a audácia da marujada, baixou uma norma autorizando a Marinha a demitir sumariamente todos os homens tidos como indisciplinados. Os marinheiros compreenderam que a anistia fora de mentira.
Aparentemente, o que o presidente desejava era forçar uma nova rebelião e dessa vez sufocá-la de forma exemplar. Para evitar o mesmo susto da Revolta da Chibata, mandou retirar a munição de todos os navios de guerra. A previsão se cumpriu. Em 9 de dezembro, inconformados com a anistia enganosa, alguns marinheiros que não haviam participado da Revolta da Chibata se rebelaram na Ilha das Cobras, onde havia instalações da Marinha. Sem perder tempo e ignorando a bandeira branca logo levantada pelos amotinados, as forças do governo arrasaram a pequena ilha.
O marechal Hermes usou essa segunda revolta para conseguir do Congresso Nacional a aprovação do estado de sítio, em que certos direitos individuais ficam suspensos e o governo ganha mais poderes para repelir as investidas dos inimigos. O estado de sítio só não foi aprovado por unanimidade porque Ruy Barbosa advertiu que mais arbitrariedades certamente seriam cometidas e votou contra.
Nos dias seguintes, sem processo judicial ou defesa, centenas de marujos foram perseguidos e presos. Alguns morreram em masmorras militares, asfixiados por nuvens de cal virgem lançadas pelos carcereiros. Outros foram fuzilados em navios em alto-mar, acusados de tramar uma terceira revolta. Muitos foram despachados para os confins do Acre, onde trabalharam como escravos na extração da borracha, na extensão de linhas telegráficas e na construção de estradas de ferro.
Num pronunciamento, o senador Pires Ferreira (PI) afirmou que os marujos fizeram por merecer:
— Não é justo que se endeusem criminosos como os que assassinaram o comandante João Batista das Neves [no primeiro dia da Revolta da Chibata]. Com aquela marinhagem, composta de homens que abusaram da anistia que lhes foi concedida, não podia haver outro recurso senão energia e energia.
Na mesma linha, o senador Urbano Santos (MA) leu para os colegas uma mensagem do ministro da Marinha:
“Recrutada na camada social quase toda alheia a qualquer grau de instrução, a nossa maruja infelizmente é dotada de espírito inculto e assim se explica não haver apreendido que a anistia apagava a falta que cometera. Por essa deficiência de compreensão, depois mesmo da ação benevolente e generosa dos poderes públicos, ainda perdurou em seu espírito o estado de indisciplina, de maneira que, em vez de se submeter à ordem, parte da marinhagem continuou na insubordinação. O governo então se viu forçado a dominar os novos movimentos com os meios de força de que dispunha, para acautelar os supremos interesses da ordem pública confiados à sua guarda”.
O historiador Álvaro do Nascimento, da UFRRJ, afirma que, ao contrário do quadro pintado pelos políticos governistas, os marujos revoltosos não eram aqueles brutos e ignorantes que só podiam ser domesticados à base de chibatadas:
— Os marinheiros, na realidade, demonstraram capacidade e inteligência na Revolta da Chibata. Eles tiveram consciência de classe, conseguiram criar um movimento organizado, planejaram o motim durante pelo menos um ano e, para agir, escolheram o preciso momento em que o país e o mundo político estavam mais fragilizados, logo após o racha nacional provocado pela Campanha Civilista [a candidatura presidencial de Ruy Barbosa, que foi derrotado pelo marechal Hermes em março de 1910], sem contar que conduziram sozinhos, sem a necessidade dos superiores, aqueles grandes navios de guerra. Os marinheiros queriam que a Marinha toda fosse reformulada, de modo que que eles próprios recebessem mais educação e os oficiais aprendessem a comandar sem violência.
Furioso, Ruy Barbosa denunciou todos os abusos, incluindo a farsa da anistia. Diante das repetidas ofensas à lei, afirmou que o marechal Hermes da Fonseca havia reduzido a Constituição brasileira à condição de “abandonadíssima defunta”. Apesar das denúncias, os oficiais que comandaram as execuções não foram acusados, presos ou condenados. Alguns, ao contrário, foram até promovidos.
João Cândido, o Almirante Negro, foi poupado. Logo após a revolta, ele passou uma temporada na cadeia e outra num manicômio. Expulso da Marinha e na pobreza, viveu o resto da vida vendendo peixe e recebendo ajuda financeira de marinheiros gratos pelo fim da chibata. João Cândido morreu em 1969, aos 89 anos de idade.
Os primeiros escritores que tentaram narrar a insurreição foram barrados pela ditadura do Estado Novo (1937-1945). O livro que tirou o movimento do esquecimento foi A Revolta da Chibata, publicado pelo jornalista Edmar Morel em 1958. Foi Morel quem deu esse nome ao motim. Como não era considerado um episódio histórico, nem sequer tinha nome definido — ora aparecia como Revolta dos Marinheiros, ora como Revolta de João Cândido.
Na ditadura militar (1964-1985), o assunto voltou a ser vetado. A obra de Morel foi logo recolhida das livrarias. Em 1974, a canção O Almirante Negro, de João Bosco e Aldir Blanc, sofreu censura e, para ser liberada, teve que ser rebatizada de O Mestre-Sala dos Mares. Nos versos da música, a expressão “Almirante Negro” precisou ser substituída por “Navegante Negro”. A Revolta da Chibata só começaria a entrar nos livros escolares na década de 1980.
De acordo com o historiador Álvaro do Nascimento, a Revolta da Chibata foi um episódio escondido durante tanto tempo por dois motivos principais:
— Primeiro, porque a revolta mostra que o povo brasileiro quer o diálogo com aqueles que estão à frente do Estado, mas pode se organizar, explodir e partir para a luta direta quando eles não escutam suas reivindicações. Segundo, porque ela revela a persistência do racismo na sociedade e derruba aquele velho mito de que o Brasil é uma democracia racial, onde as raças convivem em harmonia. A Revolta da Chibata passou décadas escondida porque o racismo estrutural só pode permanecer e se perpetuar quando a sociedade acredita que ele não existe e que o que vigora é essa democracia racial.
FONTE: Agência Senado
E hoje não mudou muita coisa. Basta observar nos uniformes da marinha. Cabos e marinheiros usam um tal de “mescla”. Aquilo não se parece em nada com um uniforme militar. Imprático, horroroso (pra não dizer outra coisa) e não dá nenhuma aparência de uniforme militar que se imponha. Até as guardas municipais usam uniformes verdadeiros, bem cortados e etc e etc. Mas esse é o retrato quase exato de um país pobre, elitista e tipicamente exportador de minérios, cacau, açucar e proteína animal. É o retrato do BANANISTÃO!
Te garanto que um marinheiro é tratado com muito mais respeito que um praça do EB. Pelo menos na minha época de militar era assim, um colega do EB que, posteriormente, entrou na MB me falava que lá era “outro mundo”, tinha direito a tudo e com refeições iguais aos oficiais.
Muitos que afirmam algo com veemência nunca esteve na caserna para afirmar certas coisas.
A partir de 2022 o uniforme será igual para todos (cinza com Bibico) apenas diferenciando as divisas nos braços é claro !!!!
Não vejo nada de racista até ao então !!!
O Povo continua desinformado !!!?♂️
Bem vindo a Globalização!!!
Forte abraço irmão !!!
Pois é !!!
Depois o negacionista sou eu !!!?♂️?♂️
Vou postar de novo !!!?
Forte abraço MK !!!
Pois é !!!
Depois o negacionista sou eu !!!?♂️
O senhor é do tipo que não aceita o contraditório. Pois eu acho a internet ótima…..ela dá voz à todos os…..”imbecis de plantão”….inclusive ao senhor. A internet dá voz a todos e não à uma minoria como o senhor pensa que deve ser. E quanto as tais …asneiras, se tem alguém aqui que falou isso, com certeza não fui eu. E eu lhe garanto…não preciso estudar e muito menos pesquisar. Passar bem.
Patriota do tipo que bate continência pra bandeira dos EUA ?
Ou patriota do tipo que no meio de uma pandemia ,não usa mascara no seu próprio país , mas em visita a outro país usa ? ..
Patriotismo para certos brasileiros é fazer continência para bandeira de potência estrangeira
Nossas forças podem vestir como quiserem, mas não fazem o dever de casa!
Lá vem você causando a inundação do email do ministro da defesa com emails de ispicialistas! Vão te pegar, 48! Abre o olho que os helicópteros negros do GSI vão estar pairando aí em cima logo logo! 😛
O emocionado, é melhor você pegar teu torpedinho e sair de mansinho. Talquei?
???
Saudações “Bragantinistas”.
Pois é, falam só para lacrar sem o menor estudo o pesquisa sobre o assunto ……o Brasil em 20 anos vai se transformar em um Circo de cheio de bananas.
Pelo tom de revolta do colega tripa acredito q se o mesmo estivesse presente na época da revolta teria se amotinado junto com joão candido e seus acolitos.
Errado é quem não se revolta com racismo, ficar em cima do muro é ajudar o agressor.
Somente membros da Aristocracia na época é que conseguiam se tornar oficiais, acredito que isso se trate de elitismo, não de racismo propriamente dito.
Até tentaram no começo da república tornar os imigrantes europeus, numa espécie de escravos, diferente do que foi feito com os negros mas o objetivo e a mentalidade era a mesma.
A diferença entre um escravocrata e um abolicionista é que o primeiro vê o ser humano como um produto inferior a si mesmo e o segundo o vê como um humano igual a si mesmo.
Seu sub urbano
Vem dizer que o João Cãndido não estava correto ?
Na sua ficha militar constava que era um bom profissional e nunca foi punido.
Ele foi um grande brasileiro. Muito corajoso e competente. E um tanto quanto ingênuo em acreditar nos acordos com as autoridades da época.
Claro que estava errado. O militarismo exige obediência cega. Imagina se todo soldado de infantaria numa guerra fosse pensar nas injustiças do mundo? A sociedade exige o sacrifício de algumas pessoas.
Existem limites que precisam ser bem definidos para que essa obediência cega seja aceita. Um deles é que para uma pessoa conseguir se submeter à esse tipo de coisa, ela precisa acreditar que a sociedade que está defendendo valha à pena ser defendida. Que a vida, fora dos quartéis, pode valer à pena ser vivida. Sem essas condições fica difícil que qualquer militar possa usar o uniforme e se submeter à disciplina e dureza da vida militar com o desprendimento que se espera. É interessante traçar um paralelo aos militares negros americanos que serviram tanto na Primeira Quanto na Segunda… Read more »
Você é um lixo de pessoa. Sem valor algum.
Se pensasse muitas guerras teriam sido evitadas. Pena que a hierarquia tolhe justamente o senso crítico.
Eu o faria com muita honra
não vejo o uniforme como algo discriminatório, esse mescla sempre foi usado em varias marinhas mundo afora, sempre foi uma questão de tradição e de copiar outras marinhas mesmo. agora em relação a patente , ascensão de carreiras , oportunidades, salários, benefícios, etc… ai sim a história muda pro lado dos praças…
Nisso concordo com vc.
O uniforme mescla é horroroso mesmo.
Antiquado tbm.
“Nunca compreendi como na República se tenha feito, com tanta liberalidade, aumentos de soldo todos os anos às classes armadas, aos oficiais, ora sob pretexto de equiparação, ora modificando-se a organização do quadro de generais, de modo que temos no país numerosos generais sem termos soldados.” Eu vejo o futuro, repetir o passado… Já conhecia essa História. Foi preciso uma revolta dessas pra MB “finalmente” parar de tratar seus marinheiros como escravos do séc. XV. Se não fosse essa revolta, a MB ainda usaria esses métodos ainda hoje? Será que o pessoal da MB, nas escolas navais, ensinam sobre essa… Read more »
Ensina sim, e se quiser ver as apostilas da Escola Naval estão na internet.
Pra quem quiser uma prova aqui está: https://www.marinha.mil.br/eames/sites/www.marinha.mil.br.eames/files/HISTORIA_NAVAL.pdf
página 31.
Essas escolas……. eames, eamsc, e ampe e eamce não são “escolas navais”. São escolas de aprendizes marinheiros; formam o pessoal subalterno ou “PRAÇAS” como a marinha (oficiais) gostam de denominar o pessoal subalterno. “Escola naval” a marinha só tem uma e fica no Rio de Janeiro. É o local de ensino onde são formados os futuros oficiais da marinha ( corpo da armada ou sangue azul como se auto denominam e de onde sempre sairá o comandante da marinha, fuzileiros navais e intendentes).
Dá uma olhada no vídeo que eu postei em outro comentário.
O problema da Armada não está aí. O que vai ser cobrado em toda posteridade é por que nenhum marinheiro e nenhum oficial deram um pio contra a sacanagem que fizeram contra o Almirante Otto. A ele e ao país. Essa nódoa é pior do que a revolta de 1910.
tripa, não sei sua idade nem sua formação, mas hoje em dia, alunos de qualquer curso de graduação podem passar aí uma baita de uma semana em uma academia militar, inclusive a Escola Naval, ao se candidatar à participar do Congresso Acadêmico de Defesa Nacional, que ocorre todos os anos por intermédio do Ministério da Defesa, com o intuito de divulgar o pensamento sobre Defesa nas universidades, públicas e privadas, e aproximar esse pensamento junto às academias militares. Nele você acaba ficando uma semana dentro de uma academia militar em constante contato com os cadetes e professores. É muito bom.… Read more »
Ouvi uma vez de um oficial da armada que João Cândido nem é citado na EN.
João Cândido não está no currículo nem da EN e nem das EAM.
Passei 31 anos na briosa e só li verdades nesse texto.
Escola de Aprendizes não é e nunca será uma “escola naval”.
A República nasceu para atender a necessidade de oportunistas, aventureiros, mal-caráteres, bandidos de toda sorte. E foi empurrada goela a baixo do brasileiro até que todos esquecessem do seu passado monárquico. Essa é a história da nossa República, que a 130 anos vem de golpe em golpe, ditadura em ditadura, corrupção generalizada. Nos últimos 90 anos apenas 4 presidentes foram eleitos diretamente e cumpriram o mandato até o fim. Hoje a nossa história é distorcida, onde alienam a população para fazê-los acreditar em qualquer coisa que determinam que seja ensinado, como perfeitos cães treinados. Até mesmo aqueles que ajudaram a… Read more »
Nossa ‘república’ é uma vergonha!!
A elite governava no Império, a elite governa na República, muitos da tal “escola de estadistas” saía do Parlamento e ia chicotear seus escravizados. A família real sempre foi contra a escravidão mas preservou e aumentou o poder dessa mesma elite latifundiária, enquanto os EUA ofereciam terra à 1 dólar no Oeste, D. Pedro assinava a Lei de Terras que basicamente entregou o Brasil aos latifundiários, entre tantos outros fatores. Se quer culpar alguém, culpe os portugueses que criaram o Brasil entregando todo o poder econômico e político às elites, do contrário não teriam poder suficiente pra derrubar um Imperador,… Read more »
REpública sendo república…no mais é preciso lê nas entrelinhas.
E tudo claro, resolvido na maneira mais tradicional latino americana. Golpe de estado com o fim de beneficiar meia dúzia de latifundiários. Depois perfumam tudo como “Proclamação” da República, “Revolução” de 64, etc.
Prezado Mk48
Cuidado para não ser taxado de marxista.
rsrs
Saudações tricolores!
Hoje é o dia da revanche!
Olá Mk48. A CIA começa a operar no pós-guerra. De fato, existe uma enorme lista de golpes de estado patrocinados pela CIA, inclusive o golpe de 64. Contudo, o exército brasileiro tem uma tradição bem mais antiga de intervenção política que começa com o golpe de estado que derrubou a monarquia.
Olá Mk48. O que eu queria dizer é que a CIA passou a patrocinar golpes de estado a partir do pós-guerra a partir da interferência nas eleições italianas. Acho que já é um consenso que ao contrário de muitos países, como EUA e França, nos quais a proclamação da república foi uma revolução burguesa, a derrubada da monarquia no Brasil foi um golpe de estado conduzido pelo EB, sem qualquer participação popular. Isso muito antes da existência da CIA.
Olá João. De fato, a democracia interessa principalmente á classe de trabalhadores. A elite proprietária das riquezas (seja o latifúndio ou os meios de produção ou os bancos) irá apelar ao golpe toda vez que sentir que a democracia passa a ameaçar os seus privilégios.
Olá Mk48. Não sou filiado a nenhum partido e defendo insistentemente o voto secreto e a democracia. Neste contexto, sou um humanista de esquerda, talvez até mais á esquerda que o PT na maioria da vezes.
Camagoer, me atrevo a entrar na conversa e informar que já fui de esquerda, mas depois de me aprofundar, de trabalhar muito e conseguir o que tenho hoje, passei a defender o direito à propriedade privada e, sobretudo, a meritocracia. Vou dar um exemplo: o que levaria uma fábrica a construir uma Ferrari se ela ganhasse o mesmo que fabricando um Pálio? Se todo trabalho e função fossem nivelados, não haveria o interesse em progredir e gastar mais horas e recursos para, no final, ter o mesmo retorno. Para mim, o socialismo na teoria é algo ideal, mas na prática,… Read more »
Caro Johan. O debate é importante e necessário quando realizado de forma educada e respeitosa. É muito difícil discutir as questões de direita e esquerda (democrática) em espaços limitados como um blog. A questão do mérito é um belo debate. Ele só é justo quando todos têm acesso ás mesmas oportunidades. Como em uma corrida na qual a linha de largada é a mesma para todos. Em uma sociedade desigual, onde as oportunidades dependem das condições econômicas e sociais nas quais ela nasce, é muito difícil que as recompensas ocorram apenas por esforço próprio. É como uma corrida na qual… Read more »
Sou filho de retirantes nordestinos, já passei necessidade na vida. O maior problema na sociedade brasileira é o vitimismo. Tem que correr atrás. Hoje em dia qualquer um pode acessar um canal de estudo e, diga se de passagem, tem ótimos no YouTube e até na TV aberta, para passar em concurso ou processo seletivo, mas preferem acessar canais de funk e orgias.
correto
Caro Johan. Antes de tudo, parabéns pela sua história de vida. Contudo, é preciso tomar cuidado para não transformar a experiência individual como fato estatístico. Os exemplos de sucesso como o seu são a exceção que confirmam a regra. Há na pedagogia um conceito chamado “aprendizado afetivo” que ocorre na primeira infância. Neste período, o ambiente familiar tem enorme impacto sobre a formação da criança. Os estímulos que a criança ganha em sua primeira infância serão responsáveis por grande parte do desenvolvimento do indivíduo para o resto da vida. Neste contexto, a condição de miséria se repete geração após geração.… Read more »
Resumo do texto.
Sou responsável pelas escolhas erradas das outras pessoas.
Olá Soldado. Não entendi seu comentário. Seria possível explicar?
Assino embaixo.
É assim que dividem o povo. “Você é petista??” Aqui por exemplo, a tal esquerda foi substituída por tribos de gays, negros, mulatos, hispanicos, meio a meios, maconheiros, trans, alienígenas, etc, etc. Todos lutando pelo seu niche imaginário, e caminhando juntos a miseria.
Oi Camargoer. Só para constar. Não me considero nem perto de ser de esquerda, mas aprecio a democracia e pontos de vista diferentes, principalmente aqueles que trazem excelentes argumentos. No final das contas, estamos todos tentando atingir o mesmo objetivo (desenvolvimento social, econômico, segurança, crescimento humano, etc.) através de caminhos diferentes. Se todos tivéssemos pelo menos um pouco mais de boa vontade em ouvir outros pontos de vista, acho que estaríamos em um Mundo bem melhor, e beeeeem mais tranquilo hehehehe
“Camargoer
Reply to Joao Moita Jr
A elite proprietária das riquezas (seja o latifúndio ou os meios de produção ou os bancos) irá apelar ao golpe toda vez que sentir que a democracia passa a ameaçar os seus privilégios.”
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“O que é meu é meu, o que é vosso é negociável”
Joseph Stalin.
Caro Agressor. A questão da desigualdade social no Brasil aparece como uma das principais discussões. A maioria dos problemas brasileiros passa necessariamente pela questão da desigualdade social.
“Nem o comunismo nem o capitalismo pode satisfazer o homem, porque ambos lutam pelo TER, enquanto o que torna o homem feliz é o SER e esta conquista não está ao alcance de nenhuma das duas políticas econômicas.”
Francis Iacona
No marxismo temos a igualdade, todos são igualmente pobres…
Atualmente no Brasil. Sempre que se começa um debate com alguem qualificado, e não se tem argumentos.
Começa-se a rotular o outro de comunista, e outros “istas”.
MK48.
Um fraterno abraço.
Exatamente, sr. Camargoer. Sem mais!
Tudo que vinga por aqui os eua tomam pra si ou destroem. Os eua primeiro derrubam o governo do teu país, depois menosprezam tua cultura e por fim te faz comprar o “bom” lixo estadunidense, sejam eletrônicos, cinema ou o material de refugo deles. Quem sabe se não houve dedo estadunidense na queda da nossa Monarquia? E hoje temos uma sucessão de governantes que batem continência pra esse pessoal que nos tratam feito vira-latas por sermos parte do que eles mesmos cunharam como “terceiro mundo”.
Nessa época a Armada Imperial, tinha capacidade de enfrentar a US Navy.
Seria custoso demais tentar derrubar a Monarquia Brasileira a base da força.
Falando em “Theodore Roosevelt” para quem não conheça sobre a chamada “Grande Frota Branca”, em janeiro de 1900 a US Navy tinha apenas 6 encouraçados divididos igualmente entre o Atlântico e o Pacífico, mas, o crescimento era inevitável. . Em dezembro de 1907, Roosevelt deu ordens para que 17 dos encouraçados, quase a totalidade, fossem enviados em uma viagem ao redor do globo que durou mais de um ano e o termo “Frota Branca” derivou do fato de que os cascos então eram pintados de branco. . Os navios já eram um tanto quanto obsoletos,o equivalente americano do “Dreadnought” projetado… Read more »
Eu que agradeço Bruno. O blog é exatamente para isso, trocarmos informações sobre temas que aqui temos em comum, sempre que possível de maneira civilizada, afinal de contas, somos tão poucos
ainda mais quando dentro do assunto defesa, navios é o que interessa menos, muito atrás do “aviaozinhum” como costumava escrever o
Marcelo “MO”.
Ola Dalton. O PN é o melhor dos três. Sempre foi o meu favorito.
Dalton.
Trocar ideias. Mesmo com enfoque diferente sobre o mesmo assunto.
Para discordar não precisa desagradar nem rotular.
Um fraterno abraço.
O lixo da cultura estadunidense vc compra que é uma beleza…
Ninguém consome cultura americana porque quer, as pessoas consomem cultura americana porque é um monopólio. Ninguém que tenha acesso a cultura de qualidade consome as porcarias americanas, a começar pelos próprios americanos, que tem um absoluto nojo se dia indústria de entretenimento.
Muito da insatisfação popular contra o império foi pela não anexação do Paraguai após a guerra, essa não anexação só não aconteceu por intervenção americana. É até historicamente plausível falar em dedo americano, mas dessa vez de forma alguma teve as intenções diabólicas que estamos acostumados.
“maior democracia mundial”
Talvez isso sim existiu algum dia. Mas hoje, aqui no Norte o que existe é mais bem uma oligarquia Sionista Corporativa, aonde os dois “partidos” existentes se revezam no poder, e apenas os mais ingênuos ainda acham alguma diferença entre os mesmos. Questões como gênero, raça, religião, aborto, drogas entre outras servem como a grande cortina de fumaça.
Talvez seja karma? Ou como dizemos aqui, Poetic Justice, pelos séculos de maldades feitas na America Latina e além.
Abs
Olá João. Os EUA ainda refletem as ideias de sua fundação. Havia um grupo social que dominava a riqueza mas não o poder político, que era monopólio da aristocracia. Foi um enorme avanço em relação ás monarquias absolutistas no Sec XVIII. A luta pelos direitos civis nas décadas de 60/70 mostrou os limites daquele modelo de democracia, que precisarão ser superados mais cedo ou mais tarde. De tempos em tempos, a sociedade civil mostra a sua insatisfação, ás vezes de forma violenta. Sobre a América Latina, a maior parte dela ainda espera a sua revolução burguesa. Apenas como exemplo, a… Read more »
Aqui está um muito bom estudo de Princeton, feito há uns anos…
Não achei em português.
https://www.bbc.com/news/blogs-echochambers-27074746
“Power is always dangerous. It attracts the worst, and corrupts the best. Power is only given to those who are prepared to lower themselves to pick it up”
Ragnar Lothbrook
“O problema não está nem no Comunismo e nem no Capitalismo. O problema está no homem, na sua ambição e no seu servilismo. Talvez por isso tenhamos o mundo que temos; 1% de donos e 99% de servos.”
Filipe de Sousa
Amen
João.
Obrigado. Tudo que reconhecemos, assimilamos e aceitamos verdadeiramente. Porém ficamos sozinhos. Porque a propaganda contrária é muito poderosa. Hoje no Brasil não temos mais o direito de ser reflexivo.
Aqui também não amigo. Sim temos no papel a tal “Liberdade De Expressão”…
Mas, arque com as consequências.
O Brasil vive nessa mesma IMENSA cortina de fumaça, enquanto a usura dos “barões importados” se AGIGANTA em ritmo irreversível.
João.
Voce foi muito feliz neste quesito.
Enxergou nas linhas e entre linhas o que é a sociedade americana hoje.
Que deixou de ser o baluarte da moral e dos bons costumes. Os impérios começam declinar quando são perdidas as boas práticas da fé, prática e estudo, disciplina consciente e temperança.
Só uma correção, para beneficiar meia dúzia de latifundiários não, para manter o poder de meia dúzia de latifundiários, o Brasil império era tão governo marionete dos fazendeiros quanto a república velha. Foi a possibilidade de ter gente de cabeça mais moderna no trono, como a Princesa Isabel e o Conde D’eu que levou ao golpe.
A princesa Isabel tinha planos de dar terras aos ex escravos. Lamentavelmente não pode fazer. Acho ela não tinha tato político. Não que ela foi uma pessoa ruim, quem vê a história sem devaneios, sabe que ela mesma ajudava a esconder escravos dentro da própria casa dela. Na minha opinião o Brasil precisava naquele período de alguém no comando com mãos fortes para conciliar os mais variados interesses daquela sociedade hipócrita, preconceituosa, oligárquica e patriarcalista, enfim coisas do convívio social da sociedade brasileira que permanecem até os dias de hoje.
Esse mãos fortes seria assassinado, vide atentado sofrido por Dom Pedro II o qual o autor foi libertado “por falta de provas” pelos republicanos. A “proclamação” nada mais foi que um golpe da oligarquia que não aceitou a lei áurea. Usou um medíocre de judas, pois sabia que Dom Pedro II não iria usar de forças contra o próprio povo.
De lá pra cá, só ladeira abaixo…
A família imperial desde o primeiro reinado defendia a abolição da escravidão, Dom Pedro II buscou a todo custo investir em educação, até mesmo com o próprio salário. O Liceu Sagrado Coração de Jesus foi fundado pela Princesa Isabel em 1885 para oferecer educação gratuita aos negros e um dos motivos do golpe da república, foi a revolta da elite escravocrata com o anúncio da Princesa Isabel de uma reforma agrária para os ex-escravos que teria início no dia 20 de novembro, com a abertura do novo Parlamento, onde teria mais apoio, deram o golpe 5 dias antes, no maldito… Read more »
Concordo..hj sou totalmente a favor da volta da monarquia… república do México pra baixo não funciona
Mestre Agressor´s, Tenho D. Pedro II na mais alta conta, bem como a princesa. Sim. Foi um golpe…..e todo golpe e ruptura é em principio errado…. As verdadeiras revoluções não são percebidas pois elas se completam após gerações. São aquelas que surgem da aspiração do povo e que paulatinamente se materializam, por meio de seus filhos e netos. Estas se consolidam, pois são verdadeiras, do consenso de todos assim que estejam todos para aquilo maturado. Uma Monarquia já aquela época não tinha poder de mando, tanto quanto as monarquias atuais. Mesmo que a tivesse, seria uma concentração de poder. Ora… Read more »
No Brasilistão, o governo da vez ( seja ele qual for ) não pode ver uma crise ( muitas vezes causada por eles mesmos ) que já se torna uma “desculpa perfeita” pra rasgar a Constituição e pra beneficiar meia dúzia de coronéis.
E fico imaginando como seria no Império, onde um mandava e todos obedeciam.
Evidentemente que em 1910, ainda tínhamos todo o ranço das atitudes imperiais (digamos assim).
A Princesa Isabel pretendia indenizar os ex-escravos! Tudo isto está na carta da Princesa ao Visconde de Santa Victória. Ela falava em um empréstimo para indenizar os libertos para que eles comprassem terras e delas tirarem seus próprios proventos, promover para eles uma reforma agrária e, ainda, falava em sufrágio feminino! Dizia ela: “Se a mulher pode reinar, também pode votar”. Pesquisem na internet e leiam a carta completa!..
A República não nos tirou somente o passado, mas também o futuro!..
Sem falar que depois que a princesa Isabel assinou a lei áurea, onde teve o golpe da República ela repassou uma boa quantia para que alguns ex-escravos pudessem viver com dignidade, porém a República não repassou essa quantia para eles!!…
Recomendo esse vídeo sobre esse episódio: https://www.youtube.com/watch?v=9pYEs_9Cj6k
tem inclusive um trecho de uma entrevista do João Cândido no final.
Bom dia, a todos, então, não fazendo apologia a este ou aquele, depois que eu li as argumentações da Marinha, fiquei em dúvida se realmente foi uma ato de racismo, preconceito ou sistema de punição inadequado. Geralmente temos aquela argumentação da Escola, e quase sempre é esquerdista. Mas, acredito que o sistema de punição dos praças na época era muito abusivo e claro ouve excesso dos oficiais na época. Na realidade discordo de muita coisa em relação ao atual governo, mas, concordo numa coisa, quase toda Universidade Brasileira está impregnada de ideias esquerdistas. Ontem estava assistindo no History Channel um… Read more »
Bastava colocar à ferros? Mas, em 1910, 22 anos após a abolição da escravatura
, ainda existia, além da chibata, o costume de colocar alguém à ferros??
Olá Fernando. Também gosto do Laurentino. A séria 1808, 1822 e 1889 é muito boa. Eu li o Vol.1 do “escravidão”. O vol.2 está aqui na estante esperando a vez dele. Sobre o racismo, eu recomendo o “Racismos Estrutural”. É um livro muito bom e esclarecedor. A grande sacada do autor é separar o racismo individual (que pode se expressar por um grupo), do racismo institucional (como as leis de segregação nos EUA e na África do Sul), do racismo estrutural, que permeia a sociedade e acaba invisível para nós que nascemos e crescemos imersos nele. Há um documentário francês,… Read more »
Hoje com 75% de aumento para oficiais e 0,75% para soldados não tem reclamação. a evolução do Brasil é emocionante.
E de lá para cá, pouco mudou…..
Tem razão só deixaram de pendurar as cabeças dos opositores em praça pública.
Caro Wilson. Infelizmente, o recente vídeo da PM comemorando a execução do psicopata de Brasília mostra que ainda tem muita coisa para ser mudada no país.
Não cheguei a ver esse vídeo, mas tem uma diferença entre o que se fazia no passado e o que foi feito recentemente, antigamente o objetivo não era comemorar a morte de alguém, mas passar uma mensagem ao povo, para saberem o que aconteceria se alguém agisse contra os governantes.
Ola Wilson. Concordo com voce. O livro “Vigiar e punir” faz uma excelente abordagem dessa transição.
Ola Mk48. Exato. Quem celebra assassinatos são bandidos e milicianos.
Olá Mk48. O importante é que até o momento temos 9 que concordam conosco.
Todo dia passo em frente a esse monumento quando vou trabalhar.
Há cerca de um ano e meio, estava sendo realizada uma peça em homenagem a João Cândido no Paço Imperial.
Assisti uma parte, do lado de fora, sem entrar.
É muito importante manter viva essas memórias que refletem a ainda realidade nacional.
Espero que não tentem apagar o fato de que João Cândido, foi integralista e que ele apoiou o regime/ditadura militar.
O foco da revolta, sempre foi apenas a abolir os castigos físicos, melhorar a alimentação e melhorar os soldos, pagaram um alto preço mas conseguiram atingir seus objetivos.
Mas o mais importante, pelo menos do posto de vista social, é a questão de classes e racial, ainda presentes hoje em dia.
Impor esse tipo de narrativa nesse episódio, é alterar o que ele realmente foi, até mesmo a hora do começo da revolta foi planejado, pois sabiam que naquele momento os oficiais estariam fora dos navios, os que morreram foi porque voltaram para os navios antes do esperado pelos marujos.
A Revolta da Chibata, nunca objetivou essa questão e só fizeram isso por não serem ouvidos.
Wilson
Estou analisando do ponto de vista de como o oficialato tratava a questão e como a sociedade ainda trata, hoje, os pobres, os subalternos e as minorias.
Não estou considerando o posicionamento de João Cândido ou outro participante dessa Revolta.
Então deveria saber que somente os aristocráticos eram oficiais naquela época, muito raramente alguém de fora dos círculos aristocráticos conseguia se tornar um oficial.
Não se analisa um período histórico com os olhos atuais.
Não seria muito diferente do que ocorreria em outro país naquele período.
Prezado
Grande parte de setores da sociedade como Oficialato, Membros dos Poderes Judiciário, algumas carreiras como Medicina, o empresariado e etc. ainda mantêm essa situação de reserva de mercado para a elite.
Quantos Desembargadores negros vc conhece, sabendo que mais da metade da população é negra ou parda?
Quantos Promotores?
Oficiais superiores?
Médicos?
Engenheiros?
Empresários? Filhos de empresários que assumem as empresas dos pais.
E por aí vai.
O rosário é enorme e reflete o que todos vemos atualmente em nossa sociedade.
Aqui temos 2 coisas que contribuem para isso, a primeira é cultura, para se chegar nessas carreiras é preciso uma carga cultural(conhecimentos gerais no caso), que para pessoas que já as possuem é mais fácil passar para os filhos e direciona-los a se prepararem melhor, para pessoas de classes mais baixas além de terem que descobrir isso e correr atrás para conseguir, tem a dificuldade de não ter acesso fácil a esses conhecimentos. O segundo é o racismo mesmo.
E sobre empresas, não misture com empresas familiares.
Eu sempre enxergo mais a coisa à partir de um ponto de vista parecido com o seu. Na verdade não acho que tenhamos tanto racismo quanto temos elitismo. A pessoal mal tratada e com menos oportunidades é o pobre, independente de raça, cor, credo ou o que seja. Por mais que eu acho que o racismo existe sim, e é bem maior do que se imagina, na realidade existe um preconceito social que é bem maior do que isso. Acho (sem opinião formada ainda), que separando as pessoas menos favorecidas em grupos, fazendo legislações especiais, etc., acaba produzindo o efeito… Read more »
Tudo isso começou com um Golpe Militar de Estado, sem apoio popular, seguido de uma ditadura, censura, perseguições, fuzilamentos, exílios, coisa nunca vista na História do Brasil até a chegada da República. Não vou falar nem das carnificinas promovidas por Deodoro e Floriano Peixoto. Esse último de tão sádico rebatizou uma cidade com seu nome para comemorar as degolas de seus opositores. Era tudo que os antigos senhores de escravos queriam após a terrível Lei Áurea. Já que a coroa se negava a indenizar os ex-escravocratas, ao contrário, queria indenizar os ex-escravos, trataram imediatamente de apoiar a República. Os plenos… Read more »
De lá paca cá o que mudou foi só a abolição do castigo físico, pois até hoje não há nas FAAs nacionais um oficial de alta patente negro. A MB não nomeia seus navios com nomes de marinheiros ou suboficiais, muito menos os negros. Quando digo que vivemos cheirando o tra#@+iro de europeus e norte americanos, está aí um bom exemplo. Espelhado na doutrina de castigo físico na Royal navy (mesmo após isso ter sido banido na mesma), a MB manteve essa prática. O Brasil, sua sociedade e consequentemente suas instituições se negam racistas, mas na prática o racismo velado… Read more »
Obrigado pela resposta caro MK-48.
Porém desde que me lembro por gente, não vi empossado um só ministro do EB/MB/FAB ou mesmo comandante (após criação do MD).
Prezado
No EB, há inúmeros Of Sp negros e Gen negros.
Alem deles, há também brancos, q como eles, os pais eram sargentos, cabos, feirantes, frentistas etc
Muitos, bem dizer a maioria, vem de classes não mais altas q C.
Saudações
Engraçado que esses inúmeros oficiais negros nunca chegaram ao comando supremo, como nos racista E.U.A por exemplo.
Que além de ter tido Collem Power também teve Condoleza como secretaria de defesa, a segunda posição mais poderosa do país.
Aqui no Brasil?????
calma com os discursos…..Mourão não é um “pescoço Vermelho”…. O Brasil é miscigenado…aquilo que é branco para nós é considerado negro nos EUA…. Entre o Leite e o Café, existe o Café com Leite….distorções existem sim, mas devemos diferenciar aquilo que seria um principio ou um resquicio social… Achar que o Brasil não é racista não é negar que não tenha racismo. è uma injustiça ao povo Brasileiro creditar que os erros de visão de um minoria mancham por completo os valores e cultura de uma maioria. Tornou-se comum lastimar a herança portuguesa mas, se existe um dos maiores valores… Read more »
Mourão não é um “pescoço vermelho”, mas também não se considera um negro.
Lembra- se dá frase que o mesmo soltou?
“Olha meu sobrinho que lindo ! Embranquecimento da raça”.
Outra pérola de Mourão, “No Brasil não há rascimsmo”.
Tenha dó.
Com todo respeito que tenho a todo mundo, mas na melhor das hipóteses, Mourão e um “Negro drama” kkkkkk.
Um museu de grandes novidades….
Esses artigos de historia são legais pq o cara lê e percebe q atualmente acontece quase a mesma coisa, daí ele percebe q é feito de otário ha mto tempo e não percebeu.
No que deu navios do último tipo do começo do século XX comandados por homens com mentalidade do começo do século XIX… A chibata já tinha sido banida da Royal Navy desde 1881. No Brasil, só seria banida em 1910, e mesmo após uma rebelião. Compraram navios de elevada sofisticação sem um corpo técnico naval correspondente – do praça ao almirante. O resultado eram navios com sérias limitacões, que nunca operaram com tripulação completa, por exemplo. A Marinha aprendeu? Aprendeu. Mas ainda ia levar mais algumas décadas. Só uma observação: bem antes do século XXI, a marinha teve um almirante,… Read more »
Falando em “São Paulo”. Será que o NAe também vai afundar durante seu trajeto até o destino final?
Só vai deixar de haver preconceitos contra negros quando metade mais um dos oficiais forem negros.
Salve, o “almirante” negro, que tem por monumento, as pedras pisadas do cais…
” Há muito tempo nas aguas da Guanabara o dragão do mar reapareceu…”
Quanta saudades da Elis Regina e da dupla João Bosco e Aldir Blanc.
“ Como a escravidão fora abolida sem que se garantisse aos negros indenização, terra, educação ou trabalho (a opção da lavoura pós-1888 foi por imigrantes europeus pobres), a imensa maioria deles teve que se contentar com os empregos que ninguém queria.” Esse trecho explica, de maneira clara, os problemas que temos hoje relacionados à desigualdade econômica e social dos negros em sua grande maioria. O processo de abolição da escravidão foi capenga. Apenas deu a liberdade aos escravos mas o Estado não proporcionou a devida assistência a eles. Foram abandonados, sem casa, sem alimentação, sem emprego. As favelas cariocas começaram… Read more »
E que país aboliu a escravidão e deu todas essas condições para os ex-escravos? Eu não conheço nenhum.
Só para entender como a escravidão estava impregnada na sociedade, a abolição seria similar a proibir o futebol no Brasil hoje.
Um país que não se envergonhou da escravidão.
E não procurou melhorar as condições de vida de homens, mulheres, crianças e velhos. “Que livre dos açoites nas senzalas, presos nas misérias das favelas”.
Abriu as portas das senzalas, colocou os negros para fora sem as mínimas condições de se manterem. Nas terras onde trabalhavam movidos a chibatadas, colocaram os europeus.
Este grande brasileiro chamado João Cândido.
Deveria ter seu busto em todas as escolas as brasileiras.
Até hoje se diz que a escravidão era problema da Monarquia.
Planos haviam para dar dignidade para os ex-escravos, então porque que na república não foram votados e executados?
A elite branca hegemônica sempre soube contornar o estorvo da violência nascida da sua desmedida, ora logrando os explorados e sacrificados, ora escondendo a evidência da maldade, ora cooptando intermediários pra pantomima reconciliatória. Mas, apesar de abominável, a mente dessa elite, ontem e hoje, se reproduz nos dominados a ponto destes agirem contra seus mais legítimos e próprios interesses. Eu acendo uma vela praquelas duas crianças do Morro do Castelo. E pro próprio Morro, mais tarde morto a pauladas hidráulicas em nome do progresso. A História é um matadouro.
Sempre o velho problema do racismo no nosso pais, considerado uma ” democarcia racial “…. Por mais que ignoramos, ele está sempre presente, em todas as camadas da sociedade, e até nas forças armadas.
Viva Prestes!
Viva Lott!
Viva o almirante Otto!
Viva João Cândido!
Viva Sérgio Macaco!
Viva os generais do Povo!
“Quero ir para o inferno, não para o céu. Lá gozarei da companhia de Papas, Príncipes e Reis. No céu só terei a companhia de mendigos, monges, eremitas e apóstolos”
Maquiavel.
AINDA HOJE, MTEMOS BONS COMANDANTES NA MARINHA, MAS EM COMPENSAÇÃO, TEMOS UM MONTE …. ( INCOMPETENTES )
Ainda hoje o racismo estrutural, basta ver o quadro do alto comando das 3 forças , tão branco quantos os alpes suíços.
É óbvio que a verdade incomoda, eu sei, vão dizer que não importa a cor da pele e sim a da farda, a velha baboseira de sempre.
Em tempo, Viva João Cândido!!
” porque será que até hoje não exista um almirante negro na MB ? “..
a quem defenda com veemência que não. mas ainda hoje existe certa discriminação em muitas patentes na MB.. é só fazer uma pesquisa
Alte. Saraiva Ribeiro era branco?
A expressão “chicote e sal grosso” ainda é bastante comum no linguajar de certas figuras aristocráticas da MB. Alguém que passou uns poucos trinta anos lá ouviu muito isso. E claro, a associação é inevitável.
Assunto fundamental para compreensão social e histórica da Marinha, e do Brasil. Assunto amordaçado até hoje nas cadeiras das EAM, CIAA e principalmente EN.