Helicóptero H225M da Marinha do Brasil

No dia 23 de agosto, comemora-se o Aniversário da Aviação Naval, cuja história iniciou-se em 1916, com a criação da Escola de Aviação Naval (EAvN), na cidade do Rio de Janeiro

A história da Aviação Naval Brasileira se inicia em 23 de agosto de 1916, com a assinatura, pelo Presidente Wenceslau Braz, do Decreto de criação da Escola de Aviação Naval, primeira escola militar de aviação do país e, portanto, o berço da nossa aviação militar e o marco do nascimento da Aviação Naval.

Das suas instalações iniciais na carreira do antigo Arsenal de Marinha, a Escola de Aviação Naval passou depois para a ilha das Enxadas, e posteriormente para a ponta do Galeão, onde funcionou até 1941, quando, em função da criação do Ministério da Aeronáutica, a Marinha se viu privada do seu componente aéreo.

Esse período inicial de vinte e cinco anos – 1916 a 1941 – conhecido como a primeira fase da Aviação Naval, registra a ocorrência de diversos fatos marcantes, pelo pioneirismo das atividades desenvolvidas, tais como: realização dos primeiros “raids” aéreos entre as cidades do Rio de Janeiro e Angra dos Reis, e entre o Rio de Janeiro e Campos; transporte da primeira mala aérea civil e da primeira mala aérea militar; primeiro voo de Santos Dumont, como passageiro, em uma aeronave militar brasileira; primeiro voo de um Presidente da República em uma aeronave militar brasileira; e a participação de aviadores navais brasileiros em operações reais de patrulha, durante a Primeira Guerra Mundial, integrando o 10° Grupo de Operações de Guerra da Royal Air Force (RAF).

Com a extinção da Aviação Naval em 1941, a Marinha participou da Segunda Guerra Mundial sem o seu componente aéreo orgânico, componente esse que se mostrou indispensável para a condução das operações de guerra no mar, como a história daquele conflito tão bem demonstrou.

Somente em 1952, portanto após um intervalo de onze anos, ressurge a Aviação Naval, dando início à sua segunda fase, com a criação da Diretoria de Aeronáutica da Marinha, prevista na Lei nº1658, de 04 de agosto de 1952, que estabelecia uma nova organização administrativa para o Ministério da Marinha. Mais do que uma simples ação de reestruturação ditada apenas por questões administrativas, aquela Lei na verdade refletia o reconhecimento da necessidade da Marinha voltar a possuir a sua Aviação Naval Orgânica.

Somente em 1958 a Marinha receberia suas primeiras aeronaves e em 1961 chegaria ao Brasil o NAeL “Minas Gerais”. Até então, não havia na MB um Comando Operativo Superior que centralizasse as tarefas inerentes à Aviação Naval. Essa falta foi suprida, quando em 5 de junho de 1961, pelo aviso Ministerial nº 1003, foi criada a Força Aérea Naval. Por esse aviso, o Comandante em Chefe da Esquadra exercia, cumulativamente, o Comando da então Força Aérea Naval, ficando sediado a bordo do NAeL “Minas Gerais”.

NAeL Minas Gerais

Essa segunda fase se estendeu até 1965, quando, por força de Decreto Presidencial, a Marinha ficou restrita às aeronaves de asa rotativa, os helicópteros.

De 1965 até 1998 a Aviação Naval viveu a sua terceira fase, com muito orgulho, pois a Marinha do Brasil era uma das poucas marinhas do mundo que operava com helicópteros embarcados, inclusive no período noturno, em navios de porte relativamente pequeno.

A partir de 08 de abril de 1998, com a assinatura do Decreto Presidencial nº 2538, deu-se início à quarta fase da Aviação Naval, quando a Marinha passou a ter novamente o direito de operar aeronaves de asa fixa.

Mais uma vez pôde a Marinha contar com o idealismo e a abnegação de uma nova geração de pioneiros que, partindo praticamente do nada, construíram as bases sólidas da estrutura técnico-operativa de que hoje dispõe a Aviação Naval. A criação e a construção do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN) em um terreno no quilômetro 11 da Avenida Brasil; a formação de pessoal; a construção do Complexo Aéreo Naval em São Pedro da Aldeia, para onde foi posteriormente transferido o CIAAN; a criação de unidades aéreas; a incorporação do NAeL “Minas Gerais” e posteriormente do NAe “São Paulo”, são apenas alguns poucos exemplos do muito que foi feito.

NAe São Paulo e NAeL Minas Gerais
NAe São Paulo na chegada ao Brasil em 2001, sendo recebido pelo NAeL Minas Gerais

Atualmente, a Aviação Naval envolve a Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM), o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” (NAM Atlântico), os Esquadrões de Helicópteros sediados em: Manaus, subordinado ao Comando do 9º Distrito Naval; Ladário, subordinado ao Comando do 6º Distrito Naval; Rio Grande, subordinado ao Comando 5º Distrito Naval; e Belem, subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval, além do Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav), que se encontra sediado em São Pedro da Aldeia, a quem estão subordinados: o Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval Almirante José Maria do Amaral Oliveira (CIAAN), a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), o Grupo Aéreo Naval de Manutenção (GAerNavMan), os cinco Esquadrões de Helicópteros, um Esquadrão de Aviões e um esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas de Esclarecimento sediados em São Pedro da Aldeia, o Centro de Intendência da Marinha em São Pedro da Aldeia (CeIMSPA) e a Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia (PNSPA).

Os helicópteros do ComForAerNav, além dos exercícios operativos que realizam embarcados nos navios da Esquadra e das Forças Distritais ou com os Fuzileiros Navais, também participam de comissões hidrográficas em navios da Diretoria de Hidrografia e Navegação, nas Operações Antárticas e, ainda, em diversas missões de apoio, destacando-se as de caráter humanitário, tais como as de busca e salvamento, as de transporte em programas sociais do governo federal e as de assistência hospitalar às comunidades ribeirinhas.

A Aviação Naval está, portanto, presente sobre a imensidão azul dos nossos mares, no mundo verde da Amazônia, no Continente Branco, no Pantanal, e em qualquer outro cenário onde a sua atuação se faça necessária.

Jato AF-1 Skyhawk
AH-15B ((H225M ASuW)) Super Cougar lançando míssil antinavio AM39 Exocet
SH-16 Seahawk lançando míssil antinavio Penguin
PHM Atlântico
Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico – A140

FONTE: Marinha do Brasil

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Bosco

Acho essa composição helicóptero/Exocet excelente. Capaz de molestar qualquer navio isolado que não faça parte de uma força de superfície nucleada em um porta-aviões

Rudi PY3TO

Concordo em parte….acho que o ideal seria se os AF-1 disparasse o AM-39…mas os Helis podem operar embarcado e ir mais longe com a embarcação…

Felipe Silva

o AF-1 ou qualquer asa fixa, voa mais longe e mais rápido que helicópteros. vantagens: maior raio de ação, maior velocidade de deslocamento até o ponto de disparo e durante a fuga, maior velocidade ao disparar. uma pequeno Nae que leve 8 ou 12 aeronaves dá uma boa vantagem a uma força de superfície

carvalho2008

Se v estiver na praia sim…se voce estiver afastado no Oceano não…. e a premissa é voce estar bem longe afastado…como não temos Nae, o A-4 não faria a missão…

BK117

Melhor ainda: AF-1 com Harpoon. Já foi cogitado pela MB. Imagina ter um vetor de asa fixa empregando um míssil antinavio com bem mais que 200km de alcance?
Somado então com os AH15B com Exocet (e quem sabe, Manaer) e os SH16 com Penguin, uma força de respeito!

Integração do míssil antinavio Harpoon aos caças AF-1 da MB – Poder Naval – A informação naval comentada e discutida

Dilbert_SC

Melhor mesmo seria não ter comprado o AF-1.

Cadillac

Na medida do que é possível, os H225M com Exocets é que temos pra janta, e eu diria que é uma baita e deliciosa janta.

carvalho2008

Literalmente…quem não tem cão caça com gato….e sim, são excelentes….para contrapor, somente um Nae…

é por isto que teimo que vale mais investir nos elementos aereos (helis, misseis de ataque e antiaereos) do que necessariamente no casco….

materializando os absurdos da atualidade:

  • Uma banheira de aço como um Makassar com 4 a 6 H-225M, arrasa qualquer fragata Sul Americana e colocaria muito medo em Fragatas modernas sem seus Nae….elas podem até se defender, mas não conseguem atacar na distancia que este braço armado possibilita….
Adriano Madureira
  • “Uma banheira de aço como um Makassar com 4 a 6 H-225M, arrasa qualquer fragata Sul Americana e colocaria muito medo em Fragatas modernas sem seus Nae….elas podem até se defender, mas não conseguem atacar na distancia que este braço armado possibilita”….
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    Acredito que ele não comporte 4 H-225 no convés… apesar do infográfico dizer que ele pode comportar cinco aeronaves de transporte.

    Se fosse um HNLMS Karel Doorman, certamente receberia os H-225,e anos atrás ele foi até cogitado na MB.
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Last edited 3 anos atrás by Adriano Madureira
carvalho2008

Dario tranquilo Mestre Adriano, basta a magia de apenas 1 elevador….e todo o convés inferior torna-se hangar…acho que nem precisaria de uma doca molhada….

Adriano Madureira

Makassar Class :

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Adriano Madureira

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Adriano Madureira

No japão foi apresentado um conceito de navio LPD na MAST Asia 2017,sendo usado como base um navio civil. como você disse, quem não tem cão caça com gato…

Na MAST Asia 2017 (Maritime Air Systems & Technologies), a exposição de defesa naval realizada atualmente em Tóquio, a empresa japonesa Mitsui Engineering & Shipbuilding (MES) revelou seu conceito de Plataforma de Pouso Móvel (MLP).
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Satyricon

Olha, um desses aí, equipado com aw609, e a MB volta a operar aviação de asa fixa embarcada.

carvalho2008

Acho que poderiam redesenhar o Makassar ao estilo dos pequenos italianos San Giorgio. Eles tem o mesmo deslocamento mas com o conves desimpedido e um elevador…comment image

carvalho2008

Ele tambem tem apenas 142 metros e 7500 toncomment image

carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

E esta é a versão alterada dele San Giusto. Notar que o conves é reto e existe um 76 mm na proacomment image

carvalho2008

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Dalton

Um “Makassar” tem hangar para apenas 2 helicópteros e no caso de substituir a doca para embarcações por um segundo hangar como sugerido para outros 2 helicópteros, um elevador paiol para os mísseis, etc, então se teria um navio diferente pouco flexível. . Um “Makassar” mesmo assim modificado seria um alvo fácil para uma série de plataformas não apenas um NAe justamente por ter pouca capacidade defensiva afinal trata-se de um “pequeno” navio anfíbio. . Como o Mestre enfatizou que um “Makassar” poderia arrasar “fragatas sul americanas” as duas mais novas chilenas, por exemplo seriam um “osso duro de roer”… Read more »

carvalho2008

Mestre Dalton, e quantos % o amigo acharia que um elevador ou um elevador de carga munição custaria a mais no projeto? 5%, 10%, 20%, 50%?? Não parece coerente achar que uma fragata cabem 2 helis e num LPH deste todo oco, caberiam dois…basta o elevador, a exemplo dos San Giorgio… Heli maior como o H225M tem muito mais alcance…e isto significa aumentar a probabilidade de alcançar o adversário sem ser alcançado….mesmo num hipotetico empate…ganha o valor perdido de cada meio….e neste caso, perderiamos menos que o adversário…. Seria possivel fazer um comparativo mais militarizado como o San Giusto vendido… Read more »

carvalho2008

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Dalton

Oi Carvalho ! Certamente improvisações são importantes, mas, colocar um elevador não é algo tão simples assim que se possa fazer do dia para a noite e em tempo de guerra essa modificação indisponibilizaria o navio e em tempo de paz não faz muito sentido apenas para provar um conceito e prejudicar o uso para qual o navio foi designado.
.
O San Giusto que você citou não tem hangar e o elevador serve apenas para trazer veículos e demais equipamentos do “porão” para o convés, os
helicópteros de transporte permanecendo estacionados no convés de voo.

carvalho2008

Mestre….não é tão simples….nem tão complicado…tão pouco de dia para a noite…ninguem defende isto….apenas acomodação do requisito que se espera dele, a exemplo da grande modificação de convés alargado entre o San Giorgio e o San Giusto…fizeram os dois…é uma questão do que se desejar… Alguem queria um pequeno LPD de 7500 ton com doca e Ilha a Proa…Fizeram o Makassar… Alguem queria um pequeno LPD de 7500 ton com conves livre e Ilha na lateral…fizeram o San Giorgio… Alguem queria encorpar mais a missão de um pequeno LPD de 7500 ton com um 76 mm SR, radares e eletronica… Read more »

Last edited 3 anos atrás by carvalho2008
Zorann

O problema é não ter a escolta que comporte o helicoptero.

Guilherme Gabriel Lins

exatamente Bosco, além é claro do maravilhoso custo/benefício desta composição.

Nilson

Realmente, Bosco, somando-se os P3/R99 e A4 para vigilância à distância com os AH15-B/Exocet no Atlântico e Bahia, a costa fica razoavelmente bem protegida contra forças de superfície de pequeno tamanho e em porta-aviões (ou seja, tudo que há por perto daqui). Melhor seria se somássemos alguns Gripen para ataque anti-navio. Agora, contra grande potência, só com guarda-chuva de outra grande potência.

Nilson

*…tamanho e sem porta-aviões*

BK117

Essa pintura do Skyhawk modernizado é um xuxuzinho viu
Bravo Zulu aos aviadores navais!

Last edited 3 anos atrás by BK117
Fers

Verdade

Satyricon

Bj, concordo contigo, os A4 ficaram realmente bonitos. Pena que a modernização veio pouca (6 unidades) e tardiamente. Se pensarmos que o país não possui defesa de costa, faria algum sentido, exceto pelo fato de só lançarem bombas burras, de queda livre. Teoricamente, poderiam operar algum míssil tipo o Penguin (Mk3), cuja versão MK2 a MB já opera nos SH-16.

Pedro Bó

Essa foto do Minas Gerais com o São Paulo é sensacional!!!!

Kornet

“Essa segunda fase se estendeu até 1965, quando, por um decreto presidencial, a Marinha ficou restrita às aeronaves de asa rotativa, os helicópteros.”
DP 2538/98 Art 1º A Marinha disporá de aviões e helicópteros destinados ao guarnecimento dos navios de superfície e de helicópteros de emprego geral, todos orgânicos e por ela operados, necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional.”
Até quando essa insanidade vai durar?
Enquanto isso o DPF vai adquirir 2 EMB 175 e o EB não pode ter um teco teco e a MB tem que seguir esse decreto absurdo.

Allan Lemos

Pois é, o individualismo e o corporativismo reinam nas forças armadas. Mas a MB também não pode reclamar já que ela começa a chiar toda vez que alguém sugere a criação de uma guarda costeira. Então é o sujo falando do mal lavado.

Kornet

Verdade,essa questão da GC entra tb na seara da segurança pública.
Já a questão da asa fixa para a MB e o EB é falta de bom senso.

Satyricon

Concordo plenamente. Cada força deveria ter autonomia para definir os equipamentos que julgar necessário à missão.

Camargoer

Olá Satyricon. Discordo. É preciso unificar as cadeias logísticas e as estruturas de manutenção e treinamento. Os ganhos obtidos em pulverizar os equipamentos para cada força é menor que o ganho resultante da padronização e unificação dos grandes equipamentos. Claro que os Clanfs dos fuzileiros são um equipamento específico para desembarque anfíbio, bastante especializado. Por outro lado, não faz sentido cada força adquirir um modelo de helicoptero para fazer transporte. O exemplo do F35 nos EUA mostra a importância de focar na padronização dos equipamentos.

carvalho2008

concordo

Allan Lemos

A única coisa que o F-35 mostra é que nem sempre a padronização é a melhor opção, em outras palavras: o barato sai caro.

Camargoer

Caro Allan. Os problemas com o custo do F35 estão relacionados com as tecnologias disruptivas adotadas, não com a padronização.

Satyricon

Camargoer, já discutimos isso no passado, e eu acho que você está misturando coisas distintas. Seguindo essa linha, diversas unidades já são duplicadas nas FA hj. Vamos otimizar todas elas? Vamos começar por onde, talvez pela infantaria da FAB, extinguindo-a? Retirar do exército todas as embarcações, balsas, etc que operam na amazônia, e entregá-las à MB? Vamos retirar do CFN o sistema Astros? Vamos extinguir os mergulhadores do EB? Vamos repassar os A4 para a FAB? Vamos extinguir o centro de defesa cibernética que a FAB opera, visto que pela EDN (estratégia de defesa nacional), isso cabe ao EB? A… Read more »

EduardoSP

Mas depois não podem ficar reclamando que o orçamento não dá para nada. Três escolas de pilotagem militar quando poderíamos ter uma. Dois modelos de helicópteros de treinamento quando poderíamos ter um. 3 modelos de fuzil com 2 calibres diferentes, quando poderíamos ter um fuzil com calibre único. 3 forças fazendo cada uma sua folha de pagamento, quando uma organização poderia fazer essa tarefa para as três. 3 estruturas de gestão/operação dos serviços de saúde, quando isso poderia ser unificado. E por aí vai. Mas se fizer isso e aumentar a eficiência das forças, vai ficar cada vez mais difícil… Read more »

Marcelo Baptista

Bom dia Satyricon, acho que o comentário dele não está relacionado as operações, mas a equipamentos, tentar padronizar o máximo possível, obvio dentro da doutrina.
Helis, Armas, munição, equipamentos de comunicação, veículos, botes, paraquedas, peças de uniforme, estas coisas.

Rinaldo Nery

A FAB não possui Centro de Defesa Cibernética. Só tem um do EB, e fica em Sobradinho, DF. E, assim como o COMAE, é um comando conjunto.

BK117

Caro amigo, isso depende muito. Certamente cada força deve poder operar os tipos de meios necessários para a garantia da soberania nacional em seu teatro de operações, mas isso deve ser feito com cautela. Deve haver um equilíbrio, senão os custos operacionais se tornam um massivo ralo de dinheiro. Não podemos nos dar ao luxo de de individualizar demais, deve haver uma coordenação de perto do Ministério da Defesa, ele é responsável por coordenar a defesa nacional como um só. Além disso, autonomia demais resulta em competição interna (especialmente por orçamento), vide o caso da asa fixa da marinha, numa… Read more »

Satyricon

Veja bem BK, o que vocês estão falando é de programas conjuntos entre as 3 forças, e sou 100% à favor, principalmente se vier junto com uma política de fomento industrial, o que ajudaria nossa BID. Aumentaria os investimentos, rateados entre as forças, e aumentaria a escala de fornecimento, o que poderia viabilizar a nacionalização de alguns (mas não todos) equipamentos. Mas para isso, as 3 precisariam entrar em acordo. É diferente do problema em questão, que se trata de puro melindre.

Vitor

Quantas unidades de A-4 ainda estão modernindo ?
Quando irão entregar o AH-15B ?
Não se falou nada dos Tracker.

Pampapoker

O Tracker e a vergonha da esquadra xiiiii, fala baixinho.,

Flanker

4 entregues. Operacionais: Monopostos N-1001 e 1008 e o biposto N-1022. O monoposto N-1013 aguarda recuperação após varar a pista ao decolar de São Pedro da Aldeia. Duas unidades, o biposto N-1021 em vias de ser entregue e o monoposto N-1004 com entrega para começo de 2022.

Alex Barreto Cypriano

Justamente por ter esses helis com ASMs o Atlântico, tornado em alvo de alto valor e prioritário, precisa de escoltas de proteção ASW e AAW. Com grandes poderes vem grandes responsabilidade e risco…

Marco Antonio Elias França

Moradores da cidade de Cumaru Do Norte – PA tiveram o prazer de ver essa belíssima aeronave e os fuzileiros bem de perto. Está relacionado a uma operação federal contra o crime ambiental em uma reserva indígena. O engraçado é que os índios estão lá protestando contra o fim dos garimpos, sua fonte de renda paralela.

carvalho2008

É inerente a dinamica humana querer evoluir e acessar conforto, comodidade, crescimento, etc…

Indio não é bicho de zoologico nem reserva….todo mundo quer e pode acessar a comodidade de vida mais moderna…eles, querem trabalhar e comercializar e tem todo direito….quem quiser ficar numa aldeia fique, quem desejar integrar-se, integre-se…

O fundamentalismo ecologico é que pretende aprisionar Indios de forma isolada contra a propria vontade deles….e onde existe o homem, branco ou indígena, o meio ambiente é alterado…

Marco Antonio

Não subtraio uma palavra sequer da sua linha de raciocínio. Quando se está perto dessa realidade é que vemos como o vácuo constutucional criou um montro sociológico em relação a população indígena. Aqui, bem perto, acontecem coisas que deixaria qualquer “intelectual” sociólogo da USP confuso até a quinta geração de graduandos.

Camargoer

Caro Carvalho. De fato, qualquer brasileiro tem a liberdade de viver onde quer e como quer. Eu já dei aulas para vários indígenas que optaram por um curso superior. Alguns tiveram dificuldades de adaptação na cidade. Outros não. Contudo, a reserva indígena é um direito que deve ser garantido para aqueles que optarem por viverem lá, segundo os costumes do grupo onde nasceram. Sem a proteção do estado para estas reservas, o direito daqueles de viverem na aldeia será retirado pela pressão do agronegócio e da indústria mineradora. A questão da modificação do ambiente esta relacionada com a sua intensidade.… Read more »

João Fernando

Como sempre sensato. Sou daqui próximo a SJC e tbm tivemos toda a cobertura usada para fazer carvão. É muito complicado esse assunto.

carvalho2008

Mestre João…eu realmente não sei quando foi isto….mas com certeza foi na época ou até antes dela em que a cultura social aplaudia no cinema o Fort Apache derrubando 500 indios no Oeste americano, quando se depunha ao Indio como bandido e vilão que chacinou General Custer…ou seja….valores graças a Deus mudaram e evoluiram…e com certeza, o que ocorreu não se admite ocorrer mais…..portanto, não vejo ninguem realmente queimando a Floresta para fazer carvão hoje em dia….

carvalho2008

Mestre Franco / Camargoer /Flanker, Se deu par o Indio, então do Indio é… Se Indio em terras brasileiras, então brasileiro é… Reserva indigena não é igual a reserva florestal…é terra sob a mesma legislação nacional… Pode explorar 20% da mata vegetal….mas não pode explorar 21%…é ilegal a gregos e troianos… Poderia minerar, dentro da legislação ambiental legalizada….e tudo o mais…. Porque não pode? Quem disse que não pode? é correto? Cuidado pois as vezes misturamos os assuntos…se o indio desejar integra-se ele tem de poder integrar…Estado não pode legislar sobre autonomia de direito do individuo… Faz lembrar das queimadas…cadê… Read more »

Marcelo Baptista

Concordo

Flanker

Concordo que os indígenas tem o direito de viver onde e como quiserem, como qualquer outro cidadão. Mas, mineração ilegal, com uso de mercúrio, que polui rios, contamina peixes e outros animais, não é meio de sustento para ninguém. É crime e deve ser punido.

Marco Antonio

Aqui no Sudeste do PA, onde são intensas as explorações ilegais de ouro em reservas indígenas, sempre permitidas pelos proprietários das terras, já pode ser notada a incapacidade do meio ambiente em se regenerar do estrago humano. A muitos anos, quando criança, tínhamos o hábito de nadar os riachos e igarapés menores da região. Hoje são inabitáveis até para a fauna marinha amazônica. E o mais interessante é que as lideranças indígenas patrocinam as explorações e dão todo o apoio de exploração. Onde essas operações ocorreram, a título de exemplo, existem 3 rios que desaguam em afluentes diretos do Xingu.… Read more »

carvalho2008

Isto é sempre fruto de não se enfrentar a questão abertamente…achar que Indio é um ser a parte, autoridade não entra em terra indigena, encobrir que Indio explora a Terra porque quer dar a ele uma figura de Iracema ou completo selvagem que não quer se aproximar do Branco e sociedade, sendo que existem diversos caciques de caminhonete, dente de ouro e avião…. Fica um vazio legal, um vazio de Estado, um vazio cultural entre romance e realidade e ninguem faz nada…então, Terra fertil para contravenção, contrabando e exploração ilegal… Voces sabiam que um dos problemas das queimadas é que… Read more »

carvalho2008

Se a mineração é ilegal, ilegal é para qualquer brasileiro….indio ou não…mas não é a mesma coisa que mineração legal…

Flanker

Concordo. E foi isso que eu escrevi. Índio pode ter reserva, mas não pode explorar, ou permitir a exploração, de minérios valiosos de forma ilegal e destrutiva. Foi isso que eu quis dizer.

carvalho2008

blz entendi Mestre Flanker!!

Marco Antonio

Cumaru do Norte – PA
Operação Ambiental. Foi um frenesi gigantesco de crianças e adolescentes fascinados na máquina de guerra e nos fuzileiros que de lá desembarcaram. Estão MUITO longe do mar.

Flanker

O HU-41, da Aviação Naval da MB, baseado em Belém/PA, dentro da Base Aérea de Belém (da FAB), opera os UH-15. Esse exemplar da foto é desse esquadrão.

Marco Antonio

Obrigado pelo esclarecimento, Flanker. Qual a capacidade de fuzileiros armados? A cidade tem um monte de botas marrons.

Flanker

28 soldados totalmente equipados.

Marco Antonio

E esse modelo? É um pantera do EB?

Fers

É um Black Hawk do Exército

Flanker

Pode ser. Mas, acho que é do 7⁰/8⁰ GAV da FAB. Os Black Hawk do EB tem o indicativo verde/amarelo no estabilizador vertical e o brasão colorido do EB logo atrás da porta do compartimento de carga, enquanto os Black Hawk do primeiro lote da FAB (8901 a 8906) possuem a pintura verde escuro igual aos do EB e todas as marcaçôes em baixa visibilidade.

Joao Moita Jr

Apesar da penúria, parabéns aos marinheiros que fazem o possível.

Abs

Last edited 3 anos atrás by Joao Moita Jr
rinaldo nery

O prédio do comando da BAGL era o prédio da Escola de Aviação Naval.

Tomcat4,2

Olhando a foto do A-11MG junto ao A-12SP creio eu que, pensando em Gripen E/F naval ,um PA do tamanho do A-11 já nos supriria muito bem para patrulhar nossos mares. Somando uns 12 Gripen’s e helicópteros já dá aquele caldo.

carvalho2008

Em teoria possível pelas dimensões no entanto, alguns aspectos já estavam datados. Um dos maiores problemas é a quantidade dimensionada de transporte de combustivel de aviação. Um Colossus transportava somente 400 ton AVGAS…como comparativo, mesmo um classe Invencible carregava mais que o dobro com 950 ton… Sempre dá de forma improvisada e pelas dimensoes, seria tecnicamente possivel pois projetos mais modernos como os Zumwalt VSS-1 tinham o mesmo porte. Então, como um auxiliar STOBAR, como um LPH teria sim utilidade…o problema era orçamento….mesmo navegando lento a 18-20 knots…. Eu chegava a imaginar por conta da limitação orçamentaria, dele ser escalpelado… Read more »

Cadillac

Eu estava pensando em algo parecido esses dias. Para até 2040 a MB pretende ter um “navio com capacidade de operar asas rotativas e fixas”, então por que não um navio com dimensões razoáveis, simples e que possa levar uma dezena de caças. Seria um porta-aviões bem modesto mas perfeitamente aceitável. O problema mesmo seriam os aviões, suspeito que seria mais econômico comprar algum já existente como o F/A 18.

Foxtrot

comment image
Está aí uma imagem que gostaria de ver até hoje.
Acredito que com um pouco mais de esforço a MB poderia manter os dois NAe,s operando juntos, para treinamento da tripulação, pilotos etc.
A Turquia irá modernizar o A-12 e não duvido muito, já está fazendo engenharia reversa para desenvolver e fabricar o seu próprio.
Aqui, operamos durante anos os equipamentos e não aprendemos nada !

Allan Lemos

Então eles mentiram dizendo que iriam desmontá-lo semelhante ao que os os chineses fizeram?

De todo modo, os custos seriam altos demais e trariam poucos benefícios à MB. Mas deveriam sim ter feito a engenharia reversa do navio as escondidas.

Leandro Costa

Allan, não havia muito o que fazer acerca de engenharia reversa do São Paulo. Temos as plantas dele, e se tivéssemos grana e estaleiro grande e com expertise em navios complexos, daria para construir uma versão moderna dele sem muito titubear. Mas o problema é justamente ter o estaleiro grande, com mão de obra qualificada e, principalmente, a grana para construir um treco desses de forma que ainda tenhamos uma esquadra relevante. O maior problema do Minas Gerais, além de espaço de convés, eram os motores, que estavam muito além dos limites aceitáveis até para se lançar algo como um… Read more »

Allan Lemos

Você está certo quanto à falta de mão de obra e um estaleiro qualificado. Quanto ao São Paulo, na minha opinião(de leigo), nenhuma modernização faria mais do que mantê-lo operacional por mais um tempinho. Pelo que eu li, ele tinha problemas gravíssimos nas caldeiras e nos motores, que aliados a sua idade já avançada, tornariam-no inútil em qualquer cenário de combate naval moderno. O problema foi a falta de planejamento da MB, o São Paulo deveria ter sido adquirido como uma solução paliativa, assim como os Mirage na FAB, enquanto um porta-aviões novo estaria sendo comprado, dessa forma a tripulação… Read more »

Leandro Costa

Eu concordo, em parte, Allan. O erro do oficial ato na época é patente hoje em dia. Não vão faltar culpados de verdade.

Mas mesmo sendo uma solução paliativa, ou até um pouco mais do que isso, é mesmo custando uma fortuna, ainda sairia mais barato do que um novo de mais ou menos a mesma tonelagem.

Mas a decisão de aposentá-lo foi corretíssima, na minha opinião. E não devemos pensar em NAe tão cedo. Primeiro precisamos refazer a esquadra, começando por baixo.

Rinaldo Nery

Numa matéria aqui, não me recordo qual, um engenheiro naval mostrou a real capacidade (ou incapacidade) dos nossos estaleiros, com falta de equipamentos até para corte de chapas de determinada espessura. Foi uma das melhores postagem que li no Poder Naval. Uma aula. Falamos muito em construir aqui ¨isso ou aquilo¨, mas, na realidade, de acordo com a postagem daquele forista, não possuímos capacidade industrial naval para fazer muita coisa. E, como ele dizia, nossos estaleiros pararam no tempo.

Foxtrot

Eu já acho o contrário caro Allan. Poderíamos usar as plataformas como demonstradores de tecnologias, como fizemos com as Niterois. Incluindo nós navios sistemas nacionais como Siconta Fênix, Radar Gaivota-X, SLQM, Magé defensor, quem sabe uma versão naval do Saber-M 200 etc etc etc. Concordo que os custos seria razoavelmente altos, mas quanto estamos gastando nas CCT,s/Meko ! Qual o verdadeiro valor estratégico as Meko trarão para o Brasil ? Temos capacidades para fabricar plataformas petrolíferas, mas não temos para modernizar um navio de grande porte ? Então que se busque parcerias internacionais com países como Perú, Colômbia, Turquia, Índia… Read more »

Allan Lemos

Acho que nem seria uma questão de capacidade, mas sim de descaso e falta de vontade política, olhe o caso dos navios Maracanã. Eu também defendo que parcerias deveriam ser feitas com países que estão emergindo como potências militares como a Turquia e a Índia. Eu queria muito que a MB elaborasse um projeto conjunto de porta-aviões com a China, por exemplo. Poderíamos ganhar muito. Mas infelizmente as nossas forças armadas nem mesmo consideram essas nações como possíveis parceiras. Na visão dos oficiais de alta patente, o mundo se resume à EUA e Europa. Isso faz com que muitas oportunidades… Read more »

Foxtrot

“oficiais de alta patente, o mundo se resume à EUA e Europa. ” Aí você escreveu o que canso de escrever aqui. Somos a eterna colônia de exploração das nações ocidentais, graças a políticos e militares modernos. Hoje não fabricamos um único parafuso sem a “benção” do Tio Sam e Europeus (e olha que não é por falta de capacidades técnicas). Deixaram vender nossas indústrias militares para continuarmos sob o domínio deles. Preferem comprar sucatas para dar demão de tinta localmente do que investir nos equipamentos locais. Quando compram alguma coisa nova, compram com uma balela de T.O.T que não… Read more »

Fers

O A12 ja foi levado a Turquia?

Fernando Veiria

Até duas semanas atrás estava onde sempre esteve nos últimos anos.

Foxtrot

Desculpa amigo, não sei.
Mas acredito que se não foi, deverá ir em breve !

carvalho2008

eu achava isto tambem…pena os destinos terem acabado de forma tão diferente….

Flanker

Quando a MB vai receber o primeiro AH-15B?

Koprowski

Até o fim deste ano.

Flanker

Valeu! ?