Oportunidades para indústria local na construção das fragatas classe ‘Tamandaré’

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SPE Águas Azuis detalhou itens de equipamentos e serviços já selecionados e a serem contratados pelo construtor e pelo estaleiro, em diferentes níveis. Entre itens em aberto, planta elétrica, tubulações e válvulas diversas.

Por Danilo Oliveira

O programa para obtenção de fragatas classe Tamandaré (PFCT) ainda apresenta uma série de oportunidades para empresas da base industrial naval e da base industrial de defesa do Brasil. A sociedade de propósito específico (SPE) Águas Azuis e o estaleiro Brasil Sul (SC), onde as quatro unidades contratadas pela Marinha serão construídas, já fechou alguns itens e continua a discutir e a buscar fornecedores de equipamentos e serviços, no Brasil e no exterior, conforme os critérios de competitividade e de conteúdo local especificados pela força naval. A expectativa é que o estaleiro inicie as atividades de construção no começo de 2022.

“Em todos os processos fazemos essa procura. É uma etapa de compliance que a empresa precisa fazer, onde buscamos fornecedores internacionais e alternativas. Comparamos e decidimos a melhor solução — com pilares e critérios diversos: comerciais, técnicos, engenharia, qualidade e conteúdo local”, afirmou o CEO Águas Azuis, Fernando Queiroz, na última semana, durante evento com representantes de fornecedores locais no estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC), promovido pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).

Na ocasião, ele ressaltou que, por mais que parte da engenharia dos itens contratados seja feita no exterior, as filiais brasileiras podem atuar pela troca de conhecimentos e oportunidades de ampliar o conteúdo local dos componentes do projeto. O CEO falou que a SPE Águas Azuis estimula empresas locais, com matrizes ou parcerias internacionais, a unirem esforços buscando a participação no programa e a trazer conteúdo e oportunidades para serem fabricados mais componentes no Brasil.

Fragata Tamandaré

“Peço que não sejam apenas a Thyssenkrupp, Embraer e a Águas Azuis brigando por esse conteúdo. Contamos com as empresas nacionais também brigando para trazer atividade para sua planta aqui para, uma vez aqui, trazermos maturidade para a indústria”, disse Queiroz. Ele acrescentou que existem pacotes de fornecedores estrangeiros que incluem fornecedores de componentes do Brasil.

Queiroz citou empresas brasileiras que foram competitivas e conseguiram ser selecionadas para o projeto em concorrências com participação, inclusive disputando com empresas estrangeiras. “Pedimos para que as empresas brasileiras aceitem o desafio e vejam com interesse as oportunidades geradas com essas quatro [unidades contratadas], mais a visão de futuro com potencial necessidade de mais navios e a operação com toda demanda durante 30 anos de operação e vida do navio”, elencou.

O PFCT prevê 31,75% de conteúdo local mínimo para a primeira fragata, passando para a meta de 40,50% nas demais unidades, considerando materiais, serviços e mão de obra. A Emgepron e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram acordo para o acompanhamento e aferição do conteúdo local utilizando a metodologia do banco. Além do conteúdo local, a Marinha especificou para os quatro navios gestão do conhecimento, transferência de tecnologia e inserção da mentalidade da gestão do ciclo de vida, bem como a retenção de conhecimento local para permitir autonomia quanto à gestão do navio.

A SPE Águas Azuis é formada pela thyssenkrupp Marine Systems, com 75% de participação na sociedade, e pelo grupo Embraer (25%), dos quais a Embraer Defesa & Segurança tem 12% e a Atech 13%. A Thyssenkrupp, líder da SPE, tem a maior parcela na parte de projeto, engenharia e conhecimento naval. Confira abaixo as oportunidades já selecionadas e outras que estão em aberto (sujeitas a modificações e/ou atualizações dos contratantes durante o processo):

Oportunidades fechadas

  • CMS e IPMS — Atech;
  • Propulsores principais — MAN do Brasil;
  • Raytheon do Brasil — Sistema de navegação;
  • Sistema de extinção de incêndio — Johnson Controls do Brasil;
  • Sistema de climatização — Heinen & Hopman do Brasil;
  • Sistema de comunicação interno e externo — Rohde & Schwarz;
  • Medidas de apoio à guerra eletrônica (MAGE) — Omnisys;
  • Guindaste de Hangar — Strauhs;
  • Embarcações miúdas — DGS;
  • Cilindros (vasos de pressão) — Cigtech;
  • Proteção catódica — ICM;
  • Compressores — Sauer;
    Bombas — Netzsch e Asvac;
  • Tintas — Jotun;
  • Isolamento térmico para tubulações e equipamentos — Acital;
  • Máquina de suspender, cabrestantes e RAS capstan — Strauhs;
  • Mesa cirúrgica e foco cirúrgico — AFAC;
  • Grupo gerador — MTU;

Oportunidades em aberto

  • Planta elétrica (em discussão) — Queiroz contou que existe um pré-contrato com um grande fornecedor elétrico, que precisará aliar o conhecimento com demanda e necessidade de conteúdo local (componentes);
  • Grupo gerador* — MTU (fechado), com previsão de alternador Weg (em análise);
  • Tubulações e acessórios (flanges e colares);
  • Proteção balística;
  • Válvulas diversas;
  • Escadas em geral e escadas tipo prancha (gangway);
  • Casulo para balsas salva-vidas, balsa salva-vidas e equipamentos de salvatagem diversos;
  • Fundição de aço e usinagem (peças pra montagem dos navios em si);
  • Módulos para sistemas de comunicação;
  • Escotilhas e porta de visita;
  • Sinos e gongos;
  • Âncoras e amarras;
  • Espaços habitáveis e espaços de cozinha (nível industrial);
  • Espaços de lavanderia (nível industrial);
  • Workshop (equipamentos, ferramentas e maquinários diversos);
  • Sistema de reabastecimento em mar;
  • Manufatura e instalação de sistemas de exaustão (mão de obra, fabricação, instalação);
  • Ammunition crane (guindaste para movimentação de munição);
  • Torpedo Stowage System;
  • Equipamentos de controle de avarias;

Oportunidades estaleiro (serviços)

  • Calibração de instrumentos;
  • Serviços de medição de ruído e vibração;
  • Ensaios não destrutivos – ultrassom;
  • Ensaios não destrutivos – gamagrafia;
  • Ensaios não destrutivos – líquido penetrante;
  • Ensaios não destrutivos – partículas magnéticas;
  • Usinagem de corpos de prova para ensaios mecânicos;
  • Testes de carga (guindastes e pontes);
  • Serviços de mergulho – inspeção de sistema de propulsão e casco;
  • Serviços para indústria metal-mecânica (usinagem, estruturas, etc) para navio e estaleiro;
  • Mão de obra – pintura (tubulação, elétrica, carpintaria);
  • Ativos (alguns galpões modulares, elementos metálicos, equipamentos etc);

FONTE: Portos e Navios, via SINAVAL

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Tomcat

Fiquei curioso com o item guindaste de hangar. Os navios modernos tem isso ainda? E para quê?

EricWolff

Movimenta-se cargas com eles no hangar, q dependendo da missão, pode transportar várias toneladas de carga geral…
Mas a missão principal dele, vai ser mesmo a de possibilitar a substituição do motor da aeronave embarcada no mar!

Henrique

Esse guindaste de hangar seria isso aqui? por exemplo

Tomcat

Vlw EricWolf, Henrique e Dalton,não sabia disso.

Dilbert_SC

O nome disso é ponte rolante. É um equipamento de elevação de carga mas (obviamente) não é um guindaste.

Esteves

Toda ponte rolante é um guindaste.

OSEIAS

seria mais parecido com isso aqui

Dalton

Se for o que estou pensando e mesmo já vi em hangares Tom, trata-se da “ponte rolante”
que é uma estrutura no teto do hangar que move cargas na horizontal e vertical.

Grozelha Vitaminada Milani

Tá complicado cortar e soldar as primeiras chapas … vai atrasar o cronograma para 2030 …

Vamos rever as compras de oportunidades, se não ficaremos com botes infláveis e canoas de madeira.

Last edited 3 anos atrás by Grozelha Vitaminada Milani
Jean Jardino

Duvido que comece em 2022……

Camargoer.

Caro Jean. Apesar dos problemas, o cronograma está sendo cumprido e os recursos para o programa assegurados na Emgepron. Por que o a construção do primeiro navio começaria depois de 2023?

Thor

Fontes dentro de uma cabeça cheia de groselha…(que aliás se escreve com s).

Renato de Almeida

Deus te ouça Camargoer.
Não aguento mais a sucessão de notícias negativas.
Brasil merece uma boa notícia de vez em quando

Camargoer

Ola Renato. Deus tem feito pouco das minhas preces. Ele ignorou os poucos pedidos que fiz nos últimos anos.

Renato de Almeida

Camargoer,
Uma pergunta:
Caso a propulsão nuclear do submarino brasileiro seja exitoso, seria possível a construção de destroyers brasileiros com propulsão nuclear?
Tecnicamente, penso eu que os ganhos de longevidade e velocidade seriam.extraordonárias.

Hcosta

Oportunidades para sinos e gongos?

Camargoer.

Cabong (e não se esqueça disso, Babalu)

Esteves

De 31% a 40%. Materiais, serviços e mão de obra. Mestre Camargo apostou em torno de 25% para mão de obra.

A diferença é cabongs, tubos e tampas.

Daniel

Gostaria de saber quantos metros vai ter cada fragata

Camargoer

Olá Daniel. Comprimento de 107 metros, boca de 16 metros e 5,2 metros de calado. 3,5 mil ton de deslocamento.

Carlos Gallani

Parece aquela enchida de linguiça quando a redação fica curta!

FabioB

Lei clássica da economia: oferta e procura.

Talvez se a contratação fosse 4, com clara intenção de + 2 (em 20…) + 2 (em 20…), o interesse de outras indústrias em participar seria maior, visando inclusive contratos de apoio logístico e manutenções futuras.

Realmente espero que essa vez seja diferente, mas tudo leva a crer que, mais uma vez, será feito um investimento “monstro”, para depois não ter continuidade, como projetos anteriores da Marinha.

Esteves

A Marinha pediu o dinheiro de 4. Levou 10 bilhões para entregar 4. Se o dinheiro (está com a Emgepron) será suficiente para as 4 saberemos quando Estiverem aprontadas e incorporadas.

Continuidade depende de investimentos em conhecimento e capacitação além, por óbvio, de muita grana.

Veremos o que virá.

Vovozao

13/09/2021 – segunda-feira, btarde, mestre Esteves, quando da elaboração dos contratos, o preço para cada fragetas, foi estipulado em US dólares, ENGEPROM, recebeu em Reais, e, empresa que construirá é um grupo Alemão; ou seja, uma verdadeira salada..
Dolar/real/euro, acredito que esses 10 bilhões estejam aplicados em dolares. Não esquecendo que este dinheiro ainda terá que pagar a construção do novo navio que ira levar tripulacao/cientistas para o continente antártico.

Esteves

Estimados. Preços estimados. O Comando Naval que partiu pediu 7 bilhões de reais. Não teriam sido suficientes.

Terão que fazer o melhor possível com os 10 bilhões. Ou conversar convencendo o presidente do momento que serão necessários mais.

A opinião do Esteves é que 10 bilhões são suficientes para começar a fazer.

EduardoSP

Tomara que a Engepron possa fazer, e tenha feito, aplicações indexadas ao dólar, senão a coisa ficará muito complicada.

Esteves

Acho que estatal não faz. Poderiam ter hedgeado…mas quem faz essa operação tem ativos à proteger…o que não é o caso da Emgepron. Olhando para o PROSUB que assinamos por 8 bilhões de euros equivalentes a 27 bilhões de reais em 2008/9 e que passarão dos 50 bilhões fácil fácil…ainda tem juros anuais…se atrasar ou ficar inadimplente…multas…o Jungmann renegociou o contrato… A situação atual do câmbio favorece o agronegócio e as reservas usadas para vender e evitar muita especulação…e quanto mais elevados (os juros) maior remuneração do capital especulativo. Para quem importa, caso das Tamandarés, vida dura com esse câmbio.… Read more »

Camargoer.

Olá Esteves. Estatais e fundações podem fazer aplicações sim. A Finep e a Fapesp tem seus recursos aplicados. Quem não pode fazer aplicações são os órgãos de administração direta, porque nestes casos quem faz a aplicação é o próprio tesouro.

Esteves

Olhando para as necessidades + as urgências…acho que a MB deve Estar fechando os contratos ainda que para entrega futura. Deixa com o fornecedor ou recebe cá…mas paga logo para evitar a corrosão dos valores do contrato.

Não parece ao Esteves, do jeito que os custos vão nos dias atuais, olhar para o rendimento no banco e botar o outro olho nas oportunidades, um exercício fácil.

Um Gol por 90 mil. Pode um Gol custar 90 mil?

Compra tudo o que pode, paga com tudo que tem e depois vai ajustando o que faltar. Sobrar nunca sobra.

Camargoer

Olá Esteves. Lembro que uma kombi custava R$ 44 mil. Pode?

Roberto Bozzo

Mestre Esteves, o contrato já foi redigido e assinado, em contratos deste tipo se estabelece o valor para conversão real/euro. O valor já empenhado na Engepron é o suficiente pras 4 unidades.

Esteves

De 30% a 40% do contrato serão gastos locais com mão de obra, serviços, materiais. Quem aposta no preço da mão de obra, da solda, dos combustíveis que transportam, de todos os insumos locais para daqui 4/6 anos? Em 2026.

Os outros 2/3 do contrato estão sendo contratados com fornecedores europeus. Radares, mísseis, sistemas, eletrônica, propulsão. Qual será a cotação do euro em 2026?

Vide PROSUB.

Last edited 3 anos atrás by Esteves
Camargoer

Olá Esteves. A minha conta é mais ou menos essa.

Dilbert_SC

Das oportunidades em aberto, Weg tem excelência de sobra pra fornecer a planta elétrica e o alternador.

Na parte de serviços (que eu me lembro de cabeça) em Santa Catarina existem empresas extremamente competentes pra fornecer a maioria dos serviços. E certamente em outras regiões do Brasil é o mesmo.

Seria de grande valia pra todo o país se a MB escolhesse fornecedores nacionais.

Jadson Cabral

Sim, problema é se os produtos nacionais forem muito mais caros que os importados. Eu defendo a indústria nacional, mas tbm não sou otário. Esse protecionismo ao invés de desenvolver a indústria nacional, faz com que ela continue ineficiente

Esteves

Entrar em contrato grande…precisa ser parceiro grande. O contratado deve mostrar fôlego construtivo em montagens industriais, mecânica pesada, metalurgia, elétrica.

Provavelmente…abrir uma linha de montagem para atender o contrato evitando contaminar a rotina dos pátios.

Crédito e capital. Talvez pagar na frente. Padrões de qualidade. Certificações. Não é operação para pequenos.

MMerlin

Concordo. A MB não deve deixar projetos importantes na mão de empresas sem eficiência produtiva e construtiva comprovada. E a WEG conseguiria suprir todas essas necessidades.

Ted

Existe a fundição Tupi, próximo do estaleiro. A maior do Sul do Brasil

Maurício Veiga

Fico preocupado quando vejo fotos da Fragata Tamandaré com apenas 4 mísseis antinavio no deck…

Cadillac

Tubos de mísseis se colocam facilmente no navio. Certa vez perguntei quantos mísseis elas poderiam levar e o editor deste site me respondeu que poderiam ser 16, como as Meko argelianas. Mas é óbvio que no nosso cenário, não tem necessidade de colocar tantos lançadores assim para navegar, então quatro é o suficiente. Não dá pra ficar colocando um monte de míssil para perder a vida útil mais rapidamente se não estamos em guerra, mas capacidade pra levar uns 16 a Tamandaré vai ter sim

Mk48

×2!!

Hcosta

E ainda tem helicópteros que podem levar misseis anti navio.
E muitos navios levam 4 misseis. É quase padrão.

Last edited 3 anos atrás by Hcosta
Foxtrot

Corrigindo as oportunidades para indústria local.
Portaria e segurança
Limpeza
Pintura
Ramo alimentício
Transporte de valores
Etc.
Não que essas profissões não sejam dignas, mas podem ver que não há tecnologia alguma nacional nisso.
Aí a gente lê a piada do século “navios com alto conteúdo nacional “.
A MB está repleta de comediantes !

Esteves

Havia o projeto nativo. CCT do Vard Promar com a Ficantieri. Preferiram esse do alemão.

Na Alemanha dão preferência aos dinamarqueses.

Vida estranha.

Foxtrot

Pois é Esteves.
Até os Alemães vira a “furada” que essa embarcação.
A MB que descasque mais esse abacaxi !

Camargoer

Olá Esteves. Creio que o processo de licitação levou em contar o projeto, o preço e também os parceiros brasileiros. Acredito que o fato da Atech e da Embraer comporem o consórcio com os alemães pode ter pesado muito a favor. O consórcio foi escolhido, não o projeto exclusivamente.

Jonas

Projeto louvável,mas a carência de naves de escolta , é urgentíssima. Esses vasos, provavelmente, só estarão operacionais , por volta de 2035. Infelizmente, já obsoletos e
defasados tecnologicamente .Como os Gripen e Guarani . Quando todos os Gripen “NG”forem disponibilizados, figthers de 6a. geração, já estarão operacionais em nações de 1o. mundo. Compras de oportunidade,seriam mais viáveis.Desenvolvimento nacional ,ficaria para meados da década de 2020.

Hcosta

Não me parece que seja assim tão rápido o desfasamento.
A não ser que haja uma guerra…

rinaldo nery

Defasagem…

Camargoer.

Caro Jonas. Tanto o F39 quando as FCT, SBR, KC390 são o estado da arte. Levarão 20 anos para estarem defasados, mas é preciso lembrar que são plataformas flexíveis que receberão atualização do software permanentemente. Daqui 35 ou 45 anos estarão obsoletos (em função da fadiga do material e problemas de hardware). Por outro lado, se um equipamento novo é defasado, um equipamento usado seria obsoleto.

Esteves

Pois é. O que importa é o que se faz com o que se sabe.

Mais vale o que se aprende que o que te ensinam.

Ok?

Esteves

Olha…é a história velha. Cadê o inimigo?

Meios de escolta, ok, escoltas são as missões…podem escoltar comboios e navios como o Atlântico na falta de outro…mas vamos escoltar o que?

ZEE. Proteger e evitar a guerra e suas ameaças na ZEE. Nosso litoral. Nossa navegação.

O tempo e o prazo não tem sido nossos aliados.

Camargoer

Olá Esteves. As forças armadas brasileiras estão organizadas em torno de cenários anacrônicos. No último século, as duas maiores operações militares foram expedicioárias (FEB e MINUSTAH). As operações militares próximas ao território foram na combate aos submarinos alemães durante a II Guerra e na Guerra da Lagosta, além de operação MOMEP. O EB esta estruturado para responder a uma guerra de agressão com tropas mal equipadas e mal treinadas dispersas em todo o território nacional, consumindo 2/3 dos recursos. No atual cenário, se um dia ocorrer uma invasão do território brasileiro é porque a FAB e a MB caíram. As… Read more »

Franklin jr

Sei não mas, ate essas ” belezuras¨” estarem prontas e navegando aqui, acho q não vai ter mais nenhuma embarcações da MB ainda navegando ou q preste senão pra alvo . Mas tem nada não, é só requisitar a 2a frota do Nordeste brasileiro, mais de uma centena de jangadas de todo os calados, bem armadas(redes, azoes, facões, etc). Garanto q gente especializada e coragem é o q n falta.

Camargoer

Caro Franklin. Até 2028, quando for entregue a última FCT deste contrato, provavelmente estarão navegando em boas condições as três Amazonas, a Barroso, o Atlântico, o Bahia e os Scorpenes.

Leonardo Guerreiro

O Ozawa morreu?

Esteves

Morreu?

Adriano Madureira

Espero poder estar vivo para vê-las navegando…

Camargoer.

Olá Adriano. Acho que todos desejamos isso e bem mais. Torço para estarmos vivos para ver uma prova definitiva de vida extraterrestre, mesmo que tipo bactéria.

Carlos Gallani

Galho de arruda pq a uruca que vem do almirantado é forte!

Carlos Gallani

Esse negócio de “sinos e gongos” me deixou preocupado!

Camargoer.

“Cabong”

Adriano Madureira

A parte mais cara de um navio são seus computadores, sensores e armamento, que obviamente serão em dolar e euro, mas quanto ao corpo do navio, as chapas de aço?!

Também serão estrangeiro ou será nacional?

Camargoer.

Olá Adriano. Provavelmente, o aço naval será nacional. Ele representa uma fração muito baixa do valor do navio. A maior parte do valor nacionalizado será para custear a mão de obra no estaleiro (20~25% do valor). Claro que os sensores e armas serão todos importados, mas considerando que a integração dos sistemas será feita pela Atech e pela Embraer, isso vai demandar muitos recursos de prestação de serviços.

Adriano Madureira

Huuuum,obrigado pelo esclarecimento Camargoer…

Camargoer.

Olá Adriano. O preço do aço em bobina está em torno de US$ 4 mil a tonelada. Mesmo que estivesse a US$ 10 mil e que o aço representasse 2/3 do peso de uma FCT, o seu custo não ultrapassaria 5% do valor total. Eu diria que deve ficar ente 2 e 3%.