1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Canhoneira Afonso Celso

(depois Liberdade e Trindade)

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 1881
Lançamento: 23 de outubro de 1881
Incorporação: 22 de fevereiro de 1883
Baixa: 1900

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 327 ton
Dimensões: 30.80 m de comprimento, 6.65 m de boca e 2.80 m de calado.

Blindagem: casco de madeira.
Propulsão: mista; vela e vapor, armada em Escuna e máquina a vapor de tríplice expansão gerando 120 hp, acionando hélice.

Velocidade: 13 nós.

Raio de ação: ?
Armamento: 2 canhões Whitworth em rodízio de calibre 9 (retrocarga) e uma metralhadora Nordenfelt.

Tripulação: ?

 

H i s t ó r i c o

 

A Canhoneira Afonso Celso, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, ilustre estadista, jurisconsulto e parlamentar mineiro, ex-Ministro da Marinha e da Fazenda. Foi construída pela firma Barata Ribeiro & Cia, no estaleiro da Saúde, ou Prainha, onde hoje se encontra a Praça Mauá, no Rio de Janeiro, destinado ao serviço aduaneiro do Ministério da Fazenda, seguindo os planos do Engenheiro Barata Ribeiro. Foi lançada ao mar em 23 de outubro de 1881, em cerimônia que contou com a presença do Imperador D. Pedro II. Foi incorporado à Esquadra em 22 de fevereiro de 1883, por Aviso do Ministro da Marinha, publicado na Ordem do Dia n.º 14, sendo artilhado, classificado como Canhoneira e recebendo o distintivo n.º 34. Foi seu primeiro comandante o Capitão-Tenente Pedro Benjamin de Cerqueira Lima, então Diretor de Faróis.

 

1889

 

Com a Proclamação da República, seu nome foi mudado para Liberdade(1).

 

1893

 

Em 9 de dezembro, tornou-se capitânia do Contra-Almirante Saldanha da Gama, chefe rebelde durante a Revolta da Armada.

 

1894

 

Pelo Aviso de 5 de março de 1894, teve seu nome mudado para Trindade(2) e foi reclassificada como Aviso.

 

1896

 

Servia a Repartição da Carta Marítima para serviço de faróis.

 

1898

 

Em 8 de agosto, , o Diretor de Faróis, Capitão-de-Mar-e-Guerra Leopoldino José dos Santos Passos Júnior, embarcado no Trindade, seguiu para São Sebastião a fim de dar inicio a construção do farol da Ponta do Boi.

 

1899

 

Em 14 de abril, chegou a São Sebastião o Vapor Comandante Freitas para substituir o Trindade, que regressou ao Rio de Janeiro no dia 22 de abril.

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Aviso Liberdade, fundeado em frente a Ilha das Cobras. (foto: Marc Ferrez) O Aviso Liberdade fundeado. (foto: Marc Ferrez)

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Pedro Benjamin de Cerqueira Lima 22/02/1883 a 03/03/1883
CF Pedro Benjamin de Cerqueira Lima 03/03/1883 a 26/10/1883

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.13, 164 e 256.

 

- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.


(1) Foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, recordando a aspiração republicana.

(2) Foi o primeiro navio a ostentar esse nome em homenagem a Ilha homônima localizada ao largo da costa do Estado do Espirito Santo.