1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NPo Almirante Maximiano

H 41

Classe Theriot Offshore V

 

"Tio Max"

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 20 de agosto de 1973
Lançamento: 13 de fevereiro de 1974
Entrega: junho de 1974

Incorporação (MB): 3 de fevereiro de 2009

Baixa (MB): ?

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 5.450 ton (máximo), 3865 ton (gross tonnage), 1159 ton (net tonnage) e 1764 (dwt).
Dimensões: 93.4 m de comprimento total e 82.21 m entre pp, 13.4 m de boca, 6.59 m de calado.
Propulsão: diesel; 2 motores diesel de 12 cilindros Caterpillar modelo 3612TA, transmissão direta, gerando 4.262 bhp cada, acoplados a dois eixos com hélices de passo fixo. É equipado com um Bow Thruster transversal.

Velocidade: 10 nós (cruzeiro) e 13 nós (máxima).

Raio de Ação: 20.000 milhas náuticas e 90 dias de autonomia.
Armamento: nenhum.
Sensores: ?.

Equipamentos: ecobatímetro multifeixe para grandes profundidades; guincho oceanográfico (coletas de amostra de água a até 8.000 metros de profundidade) e geológico (coletas de amostra do assoalho marinho a até 10.000 metros de profundidade); perfilador doppler de corrente; sistema DP (posicionamento dinâmico; sistema de aquisição e análise de dados oceanográficos, meteorológicos e geológicos; sistema de comunicações mais moderno; instalação de rede interna com acesso à Internet; laboratórios para pesquisa científica, conforme seguinte distribuição: 3 laboratórios secos, com 50 m² cada; e 2 laboratórios molhados, com 20 m² cada. Dois laboratórios secos deverão dispor de repetidoras de ecobatímetro, giro e GPS. Possui também quatro pequenas embarcações para serviços diversos.

Aeronaves: 2 helicópteros Hélibras UH-12/13 Esquilo.

Código Internacional de Chamada: ?
Tripulação: 106 homens, sendo 76 militares e 30 pesquisadores.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Polar Almirante Maximiano - H 41, ex-Ocean Empress, ex-Naeraberg, ex-American Empress, ex-Maureen Sea, ex-Scotoil I, ex-Theriot Offshore I, é o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, hidrógrafo de destaque e Ministro da Marinha de março de 1979 a março de 1984, no Governo do Presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo. Foi construído pelo estaleiro Todd Pacific Shipyards Corp., em Seattle, Washington, onde o então casco n.º 58 teve a sua quilha batida em 20 de agosto de 1973, foi lançado ao mar em 13 de fevereiro de 1974 e foi entregue em junho de 1974, mas só iniciou suas operações comerciais em 19 de dezembro de 1978.

 

Desenho mostrando o aspecto geral de como ira fica o NPo Almirante Maximiano já com as cores de serviço polar usadas pelos navios da DHN. (foto: Marinha do Brasil).

 

O Almirante Maximiano sendo convertido em Navio Polar em Bremerhaven, Alemanha. (foto: C.Eckardt, via ALIDE). O Almirante Maximiano sendo convertido em Navio Polar em Bremerhaven, Alemanha. (foto: C.Eckardt, via ALIDE). O Almirante Maximiano sendo convertido em Navio Polar em Bremerhaven, Alemanha. (foto: C.Eckardt, via ALIDE). O Almirante Maximiano sendo convertido em Navio Polar em Bremerhaven, Alemanha. (foto: C.Eckardt, via ALIDE). O Almirante Maximiano sendo convertido em Navio Polar em Bremerhaven, Alemanha. (foto: C.Eckardt, via ALIDE).

 

O Ocean Empress, pertencia a empresa russa ASK Subsea/Isis Viking Ltd e estava no estaleiro Bredo Bremerhavener Dock GmbH, de Bremerhaven (Alemanha) onde sofria obras de reconstrução para voltar a operar como Navio de Apoio a Plataformas para emprego no Mar Báltico. Pela Portaria n.º 245 de 08/08/2008 do CM foi criado em caráter temporário o Grupo de Recebimento do Navio Polar Almirante Maximiano (GRNPOM), subordinado a Diretoria-Geral do Material da Marinha, inicialmente funcionando no Brasil e depois transferido para Bremerhaven na Alemanha. O GRNPOM composto por oficiais e praças da tripulação de recebimento teve como Encarregado o então Capitão-de-Fragata Sérgio Ricardo Segóvia Barbosa que foi efetivado no comando quando o navio foi incorporado a Marinha do Brasil na condição de Navio Isolado, quando o Grupo foi extinto. Em 27 de agosto de 2008 foi assinado convenio entre a Marinha, o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT (por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP) com recursos não-reembolsáveis no valor de R$ 69 milhões para o projeto e o navio foi adquirido 3 de setembro de 2008.

 

Foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Armada em 3 de fevereiro de 2009, em cumprimento as Portarias n.º 389 de 19/12/2008 e n.º 4 de 12/01/2009 e a Ordem do Dia n.º 1/2009 do EMA, em cerimônia realizada em Bremerhaven (Alemanha), presidida pelo CEMA AE Aurélio Ribeiro da Silva Filho. Naquela ocasião assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Sérgio Ricardo Segovia Barbosa.

 

Cerimônia de Incorporação a Armada do NPo Almirante Maximiano, em 3 de fevereiro de 2009, em Bremerhaven, Alemanha. (foto: CCSM). Cerimonial a Bandeira por ocasião da cerimônia de incorporação a Armada do NPo Almirante Maximiano, em 3 de fevereiro de 2009, em Bremerhaven, Alemanha. (foto: CCSM).

 

O Almirante Maximiano sofreu diversas modificações estruturais, incluindo a adição de um hangar climatizado e convôo com capacidade para receber duas aeronaves do porte de um Esquilo ou Jet Ranger, novas acomodações (ampliando de 50 para 106 homens) e instalações de pesquisas e laboratórios (cinco sendo sendo dois “secos”, dois “molhados” e um misto) para suas futuras operações polares. O navio será empregado prioritariamente na coleta de dados oceanográficos na Região Antártica (em apoio aos projetos científicos do Programa Antártico - PROANTAR) e apoio à Estação Antártica Comandante Ferraz, podendo ser utilizado também em levantamentos hidroceanográficos em regiões “não-polares”. Sua aquisição ocorreu em tempo recorde (comparando-se com outros projetos da MB) e as obras de conversão andaram em ritmo acelerado. Em parte, isto deveu-se aos recursos disponibilizados pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, através da FINEP. Incluindo-se o valor de aquisição do navio, o governo brasileiro gastou até o final de 2008 perto de R$ 140 milhões.

 

Ainda em 2009, serão instalados no navio: ecobatímetro multifeixe para grandes profundidades; guinchos oceanográficos e geológicos; perfilador doppler de corrente; sistema DP (posicionamento dinâmico; sistema de aquisição e análise de dados oceanográficos, meteorológicos e geológicos; sistema de comunicações mais moderno; instalação de rede interna com acesso à Internet e academia de ginástica.

 

O NPo Almirante Maximiano ainda na Alemanha, mas já ostentando as cores da DHN. (foto: Marinha do Brasil).

 

2009

 

Em 7 de abril, chegou ao Rio de Janeiro, concluindo sua travesia da Europa para o Brasil, procedente de Bremerhaven (Alemanha), com escalas em Brest (França), Lisboa (Portugal), Lãs Palmas (Espanha), Recife-PE (26 de março) e Arraial do Cabo-RJ.

 

Em 13 de abril, pela OD n.º 1/2009 do DGMM, AE Marcus Vinicius Oliveira dos Santos teve sua subordinação transferida da Diretoria-Geral do Material da Marinha para a Diretoria-Geral de Navegação.

 

O Almirante Maximiano na manhã de 2 de junho de 2009, quando esteve fundeado defronte a Praia de Copacabana junto com o NOc Cruzeiro do Sul - H 38. (foto: Edson Lucas). O Almirante Maximiano na manhã de 2 de junho de 2009, quando esteve fundeado defronte a Praia de Copacabana junto com o NOc Cruzeiro do Sul - H 38. (foto: Edson Lucas). O Almirante Maximiano na manhã de 2 de junho de 2009, quando esteve fundeado defronte a Praia de Copacabana junto com o NOc Cruzeiro do Sul - H 38. (foto: Edson Lucas).

 

julho/agosto, foram instalados novos equipamentos da Kongsberg, incluindo uma ecosonda multifeixe EM-302, um perfilador de fundo SBP 300, uma ecosonda de feixe único EA 600, além de sensores externos, durante Periodo de Manutenção realizado na Base Naval de Aratu.

 

Em 19 de outubro suspendeu do cais do AMRJ dando inicio a sua primeira comissão ao continente gelado durante a Operação ANTARTICA XXVIII.

 

Em 15 de novembro, encoutrou-se pela primeira vez com o Ary Rongel no continente Antartico.

 

Em 6 de dezembro, deixou Ushuaia (Argentina) para iniciar mais uma travessia final até o continente antartico.

 

O Almirante Maximiano deixando Ushuaia em 6 de dezembro de 2009 e seguinto para EACF. (foto: Walter Travaglini)

 

2010

 

Em 10 de abril, retornou ao Rio de Janeiro encerrando a sua participação na Operação ANTARTICA XXVIII.

 

Em 17 de julho, enquanto estava passando por Periodo de Manutenção no AMRJ para preparar o navio par campanha antartica 2010-2011, sofreu a queda de um guindaste veicular sobre o convôo.

 

Guindaste tombado sobre o convôo do Ary Rongel em 19 de julho de 2010. (foto: via BlogMercante) Guindaste tombado sobre o convôo do Ary Rongel em 19 de julho de 2010. (foto: via BlogMercante) Guindaste tombado sobre o convôo do Ary Rongel em 19 de julho de 2010. (foto: via BlogMercante) Guindaste tombado sobre o convôo do Ary Rongel em 19 de julho de 2010. (foto: via BlogMercante) Guindaste tombado sobre o convôo do Ary Rongel em 19 de julho de 2010. (foto: via BlogMercante)

 

2011

 

Em 21 de abril, retornou ao Brasil, encerrando a Operação ANTARTICA XXIX, depois de escala na Argentina, ateacando no porto de Rio Grande para descarregar material da Estação de Apoio Antártico (ESANTAR).

 

Em 9 de outubro suspendeu do Rio de Janeiro junto com o NApOc Ary Rongel – H 44. para participar da XXX Operação ANTARTICA. Entre os dias 11 e 14 de outubro os navios estiveram em Rio Grande, na Estação de Apoio Antártico da Universidade Federal do Rio Grande (ESANTAR/FURG), aonde carregaram roupas para mais de 140 pessoas, entre tripulantes e pesquisadores, assim como praticamente todo o material necessário para o trabalho a ser realizado no Continente Antártico: água, alimentos, barracas, equipamentos de alpinismo e sobrevivência, medicamentos, gás e até veículos como motos de neve e quadriciclos.

 

O material já saiu organizado e dividido em caixas de marfinite ou madeira que foram encaminhadas para a EACF e os diversos acampamentos formados por grupos de pesquisa, no próprio Continente Antártico ou em ilhas próximas, onde são realizados os trabalhos de pesquisa.

 

Esse material é recebido, conferido, re-acondicionado, armazenado e novamente distribuído pela ESANTAR, ano após ano, em um trabalho rotativo que não cessa. Embora as Operações Antárticas se realizem durante os meses mais quentes do Hemisfério Sul (outubro a abril), vale lembrar que em todos os meses ocorrem vôos de apoio, também organizados pela Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM) e executados pela Força Aérea Brasileira (FAB).

 

2012

 

Na primeira etapa de sua participação na Operação ANTARTICA XXX o navio empregou toda sua capacidade de apoio ao lançamento de projetos em áreas bem diversas de pesquisa, tais como: geologia e análise de solos nas ilhas ao largo do Mar de Weddell, arqueologia e antropologia da presença humana na Ilha Livingston, monitoramento e coleta de macroalgas na região das Shettland do Sul e reabastecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz. Foram realizadas visitas protocolares as bases cientificas da Bulgária, do Chile e da Espanha.

 

Foram percorridas cerca de 2.200 milhas náuticas (aproximadamente 4.100 km) em 27 dias de mar, promovendo atividades nas Ilhas Rei George, Livingston e Deception. Por fim, pela primeira vez nesta comissão, alcançou o Mar de Weddell, onde realizou atividades nas Ilhas Seymour e Paulet, como também na Península Antártica.

 

Em 3 de janeiro suspendeu de Punta Arenas com destino ao continente antártico, chegando a Enseada de Martel na madrugada de 6 de janeiro. No dia 7 o navio inicou a descarga de material e recebeu a bordo 15 pesquisadores que a partir dali, depois de concluir seu periodo na EACF, iniciaram seu retorno ao Brasil, sendo transportado pelo navio para Base Aérea chilena Presidente Eduardo Frei.

 

Em 10 de janeiro recebeu a visita do MD Embaixador Celso Amorim, que estava acompanhado pelo CM AE Moura Neto, pelo CAer Junito Saito e pelo Embaixador do Brasil no Chile, Frederico Cezar de Araujo.

 

Os Esquilos UH-13 N-7063 e N-7069 realizando o translado da EACF para o Almirante Maximiano da comitiva do Ministro da Defesa em 10 de janeiro. (foto: CCSM)

 

Entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro, durante a OPERANTAR XXX, esteve atracado em Punta Arenas (Chile), onde, onde foram realizados o reabastecimento de combustível e gêneros e o embarque de material e pesquisadores que farão parte dos projetos que foram desenvolvidos na etapa seguinte da operação. Depois de suspender de Punta Arenas o navio inciou outra etapa com duração de 14 dias.

 

Em 7 de abril suspendeu da Antártica junto com o NApOc Ary Rongel, iniciando a viagem de regresso ao Brasil.

 

Entre 24 e 26 de abril estiveram em Rio Grande-RS, onde foi descarregado e devolvido a Estação de Apoio Antártico (ESANTAR) parte do material usado nessa campanha. Outra parte do material que os navios trouxeram, incluindo lixo resultante do incêndio de grandes proporções ocorrido na base brasileira - Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) - em 25 de fevereiro, seguiu para o Rio de Janeiro. Muito do material que voltaria com os navios, como motos de neve e quadriciclos, se perderam no incêndio.

 

Entre o material que veio nos navios e vai para o Rio de Janeiro, estão dois tanques de etanol, do projeto de implantação de produção de energia limpa na estação brasileira, que se encontravam em Punta Arenas e seriam levados para a EACF. Os outros quatros tanques, que foram para o continente gelado em outubro, ficaram na área da estação. Eles não foram atingidos pelo incêndio. Já o gerador deles foi parcialmente destruído.

 

Em 30 de abril chegou ao Rio de Janeiro encerrando a sua participação na XXX OPERANTAR.

 

Em 6 de outubro suspendeu do cais do AMRJ, dando inicio a OPERAÇÃO ANTARTICA XXXI. Nessa edição, em virtude do incêndio ocorrido na EACF a operação será conduzida inicialmente a partir dos navios, assim como foi na OPERANTAR I, no verão Antártico 82/83. Além do Almirante Maximiano a OPERANTAR XXXI contou com a participação do NApOc Ary Rongel - H 44 e do NSS Felinto Perry - K 11. O navio apoiará projetos de ciência e tecnologia, realizando sondagens e levantamentos oceanográficos e realizara também a manutenção dos abrigos situados nas ilhas daquele continente.

 

Foram instalados módulos de emergência na Ilha Rei George, previstos para entrar em operação em fevereiro de 2013. Os módulos tem capacidade para abrigar até 65 pessoas e contam com dormitórios, banheiros, refeitórios, cozinha, laboratórios, enfermaria, geradores, além de estações de tratamento de esgoto e área de armazenamento de resíduos sólidos.

 

Ao mesmo tempo em que os módulos começaram a ser instalados, também foram iniciados os trabalhos de remoção dos escombros da estação incendiada. O desmonte dos destroços foi feito por pessoal do Arsenal da Marinha e pelos fuzileiros navais, com o apoio do navio mercante "M/V Germania" fretado pelo governo brasileiro e do Navio de Transporte de Pessoal e Carga da Armada Argentina ARA Bahia de San Blas – B 4.

 

Entre 9 e 12 de outubro, esteve em Rio Grande-RS aonde embarcou pesquisadores e 28 toneladas de material para ser transportado a Antártica. De Rio Grande o navio seguiu para Ushuaia (Argentina) aonde embarcou mais pesquisadores e material para ser transportado para Base Câmara (Argentina).

 

No trajeto entre Rio Grande e Ushuaia o navio passou pelas confluências das correntes do Brasil e das Malvinas, local onde ocorreu um fenômeno raro: a formação de dois vórtices de correntes, um frio (Malvinas) e outro quente (Brasil). Aproveitando essa grande oportunidade o navio realizou 5 estações oceanográficas, com coletas de amostras de água, lançamento radiossondas, para medição da atmosfera no local, e sondas XBT para a obtenção de dados do oceano, alem de efetuar sondagens com o seu perfilador de correntes marinhas (ADCP), instalado no casco, que documentou em imagens precisas a ocorrência dos vórtices, registrando esse fenômeno para estudos futuros.

 

Nos dias 30 e 31 de outubro realizou o desembarque de material e pessoal na Ilha Elefante. Os pesquisadores permaneceram 70 dias na Ilha, onde foram realizadas medições, recenseamento e anilhamento de aves.

 

Em 6 de novembro chegou à Baía Maxwell, onde se localiza a Base Chilena Presidente Eduardo Frei Montalva, para recebimento de material e pessoal transportados por via aérea pela Força Aérea Brasileira.

 

No período de 14 a 16 de novembro o navio navegou pela região conhecida como Confluência Brasil-Malvinas, em que se encontram as duas principais correntes marítimas de contorno do Atlântico Sudoeste: as correntes do Brasil e das Malvinas. Naquele local, ocorre, esporadicamente, o desprendimento de vórtices, que podem ser tanto quentes, quanto frios, dependendo da sua origem. Os pesquisadores do Programa INTERCONF (Estudo da Interação Oceano-Atmosfera na Região da Confluência Brasil-Malvinas) embarcados no navio tiveram a oportunidade de presenciar a ocorrência de um sistema chamado de dipolo, com o acoplamento de dois vórtices, ou seja, redemoinhos, um quente e um frio, girando de forma simultânea, em um movimento de translação. Foram realizadas cinco estações oceanográficas de 1.000 metros de profundidade e 12 lançamentos de sondas, possibilitando a medição do perfil de temperatura da água do mar. Também foram realizadas 17 radiossondagens, a fim de aferir parâmetros meteorológicos.

 

Em novembro lançou bóia de pesquisa em uma baía do arquipélago das Shetland do Sul.

 

No dia 04 de dezembro, o grupo de mergulho destacado no navio, composto por três Praças e um Oficial da ForS, realizou o primeiro mergulho para ambientação em águas polares da OPERANTAR XXXI.

 

O mergulho polar, executado no interior da Ilha Deception, atingiu uma profundidade de 32 metros e teve duração de 15 minutos, permitindo o teste dos equipamentos, como a roupa impermeável e as válvulas anticongelantes, além daqueles itens de uso regular para o mergulho autônomo; a verificação de sua adequação ao ambiente gelado; e a avaliação dos procedimentos de segurança e operacionais para garantia do êxito de tal atividade.

 

No dia 08 de dezembro, executou a retirada do pessoal brasileiro e argentino que participou da Operação INTEGRAÇÃO ANTÁRTICA I, na ilha Meia Lua (Half Moon), arquipélago Shetlands do Sul. Essa operação conjunta entre a Marinha do Brasil, representada pelo Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), e a Armada Argentina (ARA), foi realizada com vistas ao guarnecimento conjunto da Base Antártica Camara, operada pela ARA, em proveito do Programa Antártico Brasileiro, conduzido pela SECIRM.

 

2013

 

Em 12 de abril atracou em Rio Grande-RS e em 18 de abril, chegou ao Rio de Janeiro encerrando a sua participação na OPERANTAR XXXI.

 

Nos dias 18 e 19 de setembro, esteve em Ilha Bela-SP.

 

Na manhã de 6 de outubro suspendeu da BNRJ, junto com o NApOc Ary Rongel, dando inicio a XXXII Operação Antártica (OPERANTAR). Nessa edição os navios devem fazer escalas em Rio Grande-RS, Buenos Aires e Ushuaia (Argentina), Punta Arenas (Chile) e Montevideo (Uruguai). Nesta comissão os navios irão dar apoio logístico aos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE) da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e às pesquisas de universidades brasileiras, realizando coletas de amostras de água e solo marinho, estudo das aves, pesquisas geológicas nas ilhas do arquipélago das Shetland do Sul e península antártica, além de observações meteorológicas e do comportamento das massas de água na região. O retorno do navio está previsto para 17 de abril de 2014, encerrando assim sua 5ª comissão ao continente gelado.

 

2014

 

Em 11 de outubro zarpou da Base Naval do Rio de Janeiro, na Ilha de Mocanguê, em Niterói, dando inicio a XXXIII Operação Antártica e a sua 6ª comissão ao continente gelado.

 

Serão realizadas escalas em Rio Grande-RS, Ushuaia (Argentina), Punta Arenas (Chile), Buenos Aires (Argentina) e Montevideo (Uruguai), e, o retorno é previsto para abril de 2015.

 

Nessa comissão o navio realizou tarefas de apoio logístico aos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE), da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e aos projetos de universidades brasileiras nas áreas de oceanografia e hidrografia, biologia, geologia, antropologia e meteorologia, fazendo levantamentos oceanográficos, coletas de amostras de água e de solo marinho, estudo das aves, pesquisas geológicas nas ilhas do Arquipélago das Shetland do Sul e na Península Antártica, além de observações meteorológicas e do comportamento das massas de água na região.

 

 

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CMG Sérgio Ricardo Segovia Barbosa 03/02/2009 a 04/05/2011
CMG Newton Calvoso Pinto Homem 04/05/2011 a __/__/2013
CMG José Benoni Valente Carneiro __/__/2013 a __/__/2015

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Internet Ships Register, do Lloyd´s Register Fairplay - acesso em  ? de ? de 2008.

 

- CCSM - Centro de Comunicação Social da Marinha.

 

- Informativo da Diretoria de Hidrografia e Navegação, Publicação da Base de Hidrografia da Marinha em Niterói (BHMN), Ano 2, n.º 2, janeiro de 2013.

 

- InfoCIRM - Informativo da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, Brasilia-DF, Set/Dez 2012.

 

- BYM Marine & Maritime News - 23/06/2009.