1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NPaOc Apa - P 121 Classe Amazonas
D a t a s
Batimento
de Quilha: 16 de fevereiro de 2009
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento: 1.815 ton (leve), 2.450 ton (carregado). Propulsão: 2 motores diesel (MCP) MAN 16V28/33D de 7.350 hp cada, acoplados cada um a uma linha e eixo com hélice Wärstila de passo controlado. Equipado com Bow Thruster (propulsores laterais de proa). Combustível: ?. Eletricidade: 3 grupos diesel geradores (MCA) Caterpillar C18, acoplados a geradores Leroy Somer SR4B, de 550kW/450V/trifasico/60Hz e um Diesel Gerador de Emergência Caterpillar C9, acoplado a um gerador de 200kW/450V/trifásico/60Hz. Velocidade: máxima de 25 nós, máxima mantida de 21 nós e de cruzeiro de 14,5 nós. Raio
de Ação: 4.000 milhas náuticas a 12 nós e autonomia de 35 dias. Sistema
de Dados Táticos: Ultra Electronics OSIRIS Combat & Mission Management System. Aeronaves: convôo capaz de receber (sem hargar) e reabastecer um helicóptero dos modelos Sikorsky MH-16A Seahawk, Westland AH-11A Super Lynx ou Helibras UH-12/13 Esquilo. Código Internacional de Chamada: PWAP Tripulação: 81 homens (podendo operar com apenas 36), sendo 12 oficiais, 21 suboficiais e sargentos e 48 cabos e marinheiros, com acomodações para o transporte de tropa de até 50 fuzileiros navais. Obs: Características divugadas na época da entrada em serviço.
H i s t ó r i c o
O Navio Patrulha Oceânico Apa - P 121, ex-Scarborough - CG 51 (1), é o quarto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a esse Rio no Mato Grosso, na divisa do Brasil com o Paraguai. Foi construído pela BAe Systems Maritime - Naval Ships em Scotstoun, Glasgow, teve sua construção iniciada em 10 de setembro de 2008, sua quilha foi batida em 16 de fevereiro de 2009, foi lançado ao mar em 19 de novembro de 2009 e sua construção finalizada em julho de 2010. Em 7 de setembro de 2010 completou os testes de mar de forma bem sucedida na costa da Escócia e tinha previsão de entrega para outubro. Em janeiro de 2012 o Governo do Brasil assinou contrato no valor de cerca de £ 133,8 milhões, adquirindo junto a BAe Systems três navios-patrulha oceânicos construídos originalmente para a Guarda Costeira de Trinidad e Tobago, segundo um contrato assinado com a então Vosper Thornycroft Shipbuilding, em abril de 2007 no valor de £ 150 milhões e que acabou sendo cancelado pelo governo desse país em 22 de setembro de 2010. Em 3 de agosto de 2011 foi movimentado para Portsmouth para aguardar definição em relação a sua venda ou o resultado da arbitragem de uma Corte Internacional. Pela Portaria nº 313, de 27 de junho de 2012, do Comandante da Marinha, foi instituído o Grupo de Recebimento do Navio-Patrulha Oceânico Amazonas (GRNPaOcAPA), funcionando inicialmente no Brasil e depois em Portsmouth, no Reino Unido em caráter temporário, entre 3 de julho de 2012 e a incorporação do navio. Foi nomeado seu Encarregado o Capitão-de-Corveta Carlos Marcelo Fernandes Considera. O GRNPaOcAPA composto pelo Encarregado, Oficiais e Praças componentes da Tripulação de recebimento teve como missão executar as tarefas referentes ao recebimento do navio, a fim de incorporá-lo à MB, na condição de navio solto e era subordinado a DGMM – Diretoria Geral do Material da Marinha que supervisionava o processo de obtenção da clase Amazonas. O Grupo de Recebimento, quando no Reino Unido, foi apoiado pelo Grupo de Fiscalização do Recebimento, Apoio Técnico e Administrativo (GFRATA) que foi criado pela Portaria nº 184, de 3 de abril de 2012. O GFRATA ficou responsável pelo relacionamento local com a BAe Systems, o gerenciamento dos cursos, treinamentos, sobressalentes e atividades de Apoio Logístico Integrado (ALI), a fiscalização técnica do Contrato, a obtenção de equipamentos e serviços, além da parte administrativa relacionada a todo pessoal envolvido no recebimento dos navios. O Grupo de Recebimento, quando no Reino Unido, foi apoiado pelo Grupo de Fiscalização do Recebimento, Apoio Técnico e Administrativo (GFRATA) que foi criado pela Portaria nº 184, de 3 de abril de 2012. O GFRATA ficou responsável pelo relacionamento local com a BAe Systems, o gerenciamento dos cursos, treinamentos, sobressalentes e atividades de Apoio Logístico Integrado (ALI), a fiscalização técnica do Contrato, a obtenção de equipamentos e serviços, além da parte administrativa relacionada a todo pessoal envolvido no recebimento dos navios. No dia 30 de novembro de 2012, às 11:00h, em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Fernando Eduardo Studart Wiemer, realizada nas dependências da Base Naval de Portsmouth, no Reino Unido e que contou com o Primeiro Lorde do Almirantado Britânico, Almirante Mark Stanhope, foi batizado, submetido a Mostra de Armamento e Incorporado à Armada da Marinha do Brasil, sendo sua madrinha Sra. Lúcia de Almeida Rêgo Florêncio Chagastelles. Naquela ocasião assumiu o comando o Capitão-de-Corveta Carlos Marcelo Fernandes Considera.
A oficialidade do recebimento do Apa foi a seguinte:
- CC Carlos Marcelo Fernandes Considera - Comandante - CT ? - Imediato - CT ? - CheOp - CT ? - CheMaq - 1º Ten ? - 2º Ten ?
Esses navios são uma versão aumentada da classe River usada pela Royal Navy e um outro projeto semelhante medindo 75 metros de comprimento foi construído pelo estaleiro Bangkon Dock para a Marinha Real da Tailândia. Se destinam ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras, devendo executar diversas tarefas, dentre elas as de, em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e, em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.
2012
Depois de incorporado e antes de suspender para o Brasil, o navio, e sua tripulação, passaram por um extenso programa de treinamento realizado entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, com apoio do FOST (Flag Officer Sea Training), unidade da Royal Navy que tem algumas atribuições semelhantes as do nosso CAAML, incluindo navegação e vigilância, assim como a familiarização com procedimentos operacionais de segurança, em áreas como combate a incêndios, controle de danos e emergências mecânicas, alagamento, combate à pirataria e salvamento de pessoas no mar, habilitando o navio para realizar comissões operacionais. No caso brasileiro o FOST forneceu a tripulação um programa de adestramento voltado a Patrulha Naval e a Ações Anti-Pirataria.
2013
Em 11 de março suspendeu de Portsmouth, escalando em Lisboa (Portugal), Las Palmas (Ilhas Canárias-Espanha), Nouackchott (Mauritânia), Dakar (Senegal), Luanda (Angola), Walvis Bay (Namibia), Rio Grande-RS (8 a 13/05) e Itajaí-SC.
Nos dias 9 e 10 de maio, em Rio Grande, foi submetido a sua primeira Vistoria de Segurança de Aviação (VSA) , realizada pela equipe do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAAerM), apoiada pela Diretoria de Engenharia Naval (DEN), pelo 5º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-5), pelo Centro de Perícias Médicas da Marinha e pelo Serviço de Sinalização Náutica do Sul. No dia 9 foram realizadas a homologação do Convôo e a VSA Estática. Já no dia 10, o navio suspendeu para a realização da VSA Dinâmica com apoio da aeronave Esquilo – N-7051. Na ocasião, foram efetuados exercícios de pousos e decolagens diurnos, "pick up", VERTREP e homem ao mar.
Em 24 de maio chegou ao Rio de Janeiro, sendo recebido pelo Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, e outras autoridades civis e militares.
Em 16 de agosto, em cumprimento da Portaria N.º 416/MB de 30 de julho de 2013, foi extinto o Grupo de Fiscalização do Recebimento, Apoio Técnico e Administrativo (GFRATA) dos Navios-Patrulha Oceânico Classe Amazonas tendo em vista o encerramento de suas tarefas.
Entre os dias 27 e 30 de setembro visitou pela primeira vez o porto de Santos-SP.
2014
No período de 15 a 22 de janeiro, realizou a Operação MARLIM-RJ/ES, nas águas sob jurisdição do Comando do 1º Distrito Naval, com ênfase nas Bacias Petrolíferas de Campos-RJ e do Espírito Santo-ES. Nesse período, o navio fiscalizou o cumprimento das leis e regulamentos, coibindo ilícitos e fazendo cumprir as normas de navegação.
Durante a operação, o navio contou com o apoio de uma aeronave UH-14 Super Puma, do 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqHU-2), que pela 1ª vez operou com o navio e realizou o esclarecimento da área de patrulha.
Entre os dias 17 e 19 de janeiro, esteve atracado no porto de Vitória-ES.
No dia 22 de janeiro, foi submetido a uma Verificação Setorial de Segurança de Aviação (VSA-Setorial), a fim de homologar o sistema de reabastecimento de aeronave do navio. Na ocasião, o navio operou com uma aeronave UH-12 Esquilo do 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqHU-1), que realizou seu 1° pouso a bordo do navio. Ao final da VSA-Setorial, foram conduzidos exercícios em proveito da qualificação dos pilotos nesta classe de navio e na manutenção da qualificação da Equipe de Manobra (EQMAN) e Crash.
Em Agosto/Setembro, participou de parte da Operação ATLASUR realizada na área marítima entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro. A Operação foi conduzida por grupos-tarefa das marinhas do Brasil, Argentina, África do Sul e Uruguai, que incluíram as F Greenhalgh – F 46, Niterói – F 40, Rademaker – F 49 e União – F 45 e o NT Marajó – G 27 da Marinha do Brasil, a Corveta ARA Rosales – P 42, da Armada da República Argentina, a Fragata AROU Uruguay ROU 1, da Armada do Uruguai e a Fragata SAS Isandlawana – F 146, da Marinha da África do Sul. Também participaram nas diversas fases da operação o Submarino Tapajó – S 33, o Navio-Patrulha Oceânica Apa – P 121, o Navio Patrulha Guaporé – P 45, além das aeronaves AH-11A Super Lynx e MH-16 Seahawk, da Marinha do Brasil, e aeronaves de ataque AMX (A-1) e de patrulha P-3AM e P-95, da Força Aérea Brasileira.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- CCSM - Centro de Comunicação Social da Marinha.
- RFD - Revista Forças de Defesa (Poder Naval Online) - 29/11/2012.
- DGMM - Diretoria Geral do Material da Marinha. (1) Scarborough é a capital de Tobago. |
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