1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
Almirante Antônio Luiz von Hoonholtz Barão de Teffé
Nome
O NOME
O Barão de Teffé, Almirante Antônio Luiz Von Hoonholtz, oficial da Marinha, hidrógrafo, astrônomo, explorador e diplomata, nasceu em 9 de maio de 1837, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Era filho de Frederico Guilherme von Hoonholtz e de Dona Joana Cristina van Engel Alt von Hoonholtz.
Ingressou na Academia de Marinha aos quinze anos de idade. Foi nomeado Guarda-Marinha em 1854. Em 1859, como 1º Tenente, na Corveta Bahiana, e professor de Guardas-Marinha em viagem de instrução à Europa, escreve o Compêndio de Hidrografia, que veio a ser publicado em 1864, no Rio de Janeiro. Foi a primeira obra sobre hidrografia, no Brasil, trabalho premiado e de grande importância histórica.
De 1862 a 1864, realizou levantamentos no canal de Santa Catarina, em Laguna e em Porto Belo.
Comandou a Canhoneira Araguari na Batalha Naval do Riachuelo, em 11 de junho de 1865, e vários outros navios, em combates diversos. Ainda como Capitão-Tenente, comandou, ainda durante a Guerra, a Corveta Niterói e o Encouraçado Bahia. Casou-se aos 28 de março de 1868 com Maria Luísa Dodsworth, filha do inglês Georges John Dodsworth e de Leocádia do Nascimento Lobo Dodsworth, e irmã de Jorge João Dodsworth, segundo barão de Javari. Baronesa Maria Luísa pertencia à uma família tradicional do Rio de Janeiro. Tiveram quatro filhos. Findas as hostilidades e já de volta ao Rio de Janeiro, foi promovido a Capitão-de-Fragata em 1869.
Chefiou a comissão demarcadora de limites do Império com o Peru, explorando as coordenadas geográficas no Rio Javari, em condições extremamente árduas, resgatando para o País muitas centenas de quilômetros de terras férteis. Por esse importante serviço prestado a nossa pátria foi agraciado em 11 de junho de 1873 com o título nobiliárquico de Barão de Tefé e posteriormente recebeu o segundo baronato, este com honras de grandeza, e o título de Grande do Império.
O Capitão-de-Fragata Hoonholtz foi o organizador e primeiro Diretor da Repartição Hidrográfica, criada por Decreto de 2 de fevereiro de 1876, cientista e escritor, representou o Brasil em diversos congressos internacionais. Nessa época também era Ajudante de Ordens da Imperatriz Tereza Cristina. Pertenceu a um grande número de instituições científicas, nacionais e estrangeiras, entre as quais o Instituto de França, ao lado do Imperador Pedro II, foi membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia de Ciências de Madrid, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, da Sociedade de Geografia Comercial de Paris, do Conselho Diretor da Sociedade Central de Imigração do Trinity Historical Society of Dallas (Texas), e presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, no Rio, e da Liga Marítima Brasileira. Além de ter sido vice-presidente do Instituto Politécnico do Rio de Janeiro.
Foi promovido a capitão-de-mar-e-guerra em 1878 e, posteriormente, a almirante (chefe de divisão), em 1883. Recebeu a promoção a vice-almirante em 1891, quando foi transferido para a reserva. Renomado hidrógrafo teve seu levantamento hidrográfico de Santa Catarina anexado por Mouchez ao Atlas da Costa do Brasil.
Em 1912, foi reformado no mesmo posto tornando-se Almirante. Dirigiu mais tarde, a comissão que observou a passagem de Vênus pelo disco solar foi membro do conselho diretor da Sociedade de Imigração. Representou o Brasil como Ministro Plenipotenciário na Bélgica, Itália e Áustria. Foi Senador pelo Estado do Amazonas.
Entre a condecorações que recebeu estão a Imperial Ordem da Rosa, Imperial Ordem do Cruzeiro, Grã-Cruz da Imperial Ordem de São Bento de Avis e da Ordem de Isabel a Católica, Medalha de Prata do Riachuelo, a Medalha do Mérito Militar e a Medalha da Campanha Geral do Paraguai.
O Almirante Hoonholtz, Barão de Teffé, viveu os últimos anos de sua vida em Petrópolis, em um dos solares da rua Silva Jardim, onde faleceu em 6 de fevereiro de 1931. - Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.hpg.ig.com.br - Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luis von Hoonholtz, Rio de Janeiro. SDGM, 1977. |
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