1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Cruzador-Escola Benjamim Constant Classe Benjamim Constant
"Cisne Branco"
"Beijoca"
D a t a s
Batimento
de Quilha: 1891
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.311 ton. (leve) e 2.750 ton. (carregado). Blindagem:
convés protegido com chapas de 0.30 a 0.50 mm; passadiço
com 0.80 mm, casco em aço com duplo fundo de madeira, revestido
com chapas de cobre. Velocidade: máxima de 14 nós. Raio
de ação: ? Tripulação: ?
H i s t ó r i c o
O Cruzador-Escola Benjamim Constant, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao General Benjamim Constant Botelho de Magalhães, um dos fundadores da Republica, e seu primeiro Ministro da Guerra. Foi construído pelo estaleiro Sociètè dês Forges et Chantiers de La Mediterranèe, em La Seyne (Toulon), França, sob supervisão do Contra-Almirante (EN) João Cândido Brasil. Teve sua quilha batida em 1891 e foi lançado ao mar em 1892. Seu primeiro Comandante foi o Capitão-de-Fragata Henrique Pinheiro Guedes.
Ainda na França, recebeu a guarnição do Cruzador Almirante Barroso, que havia naufragado no Mar Vermelho.
A oficialidade de recebimento do Cruzador Escola Benjamim Constant:
- CF Henrique Pinheiro Guedes – Comandante - CC ? - Imediato - CT ? - Chefe de Máquinas - CT ? - Enc. de Artilharia - CT ? - Enc. do Destacamento - CT ? - Enc. de Navegação - CT ? - Enc. de Torpedos - CT ? - Enc. de Sinais - CT ? – Enc. do Casco - CT (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal - 1º Ten. ? - 2º Maquinista - 1º Ten. ? - Enc. da Eletricidade - 2º Ten. (Ph) ? - Farmacêutico
1893
Em 16 de maio, realizou seu primeiros testes de mar em 8 percursos atingindo velocidade de 14 a 15,5 nós com um consumo de 47 kg de carvão por milha/hora.
1895
Partiu de Toulon com destino ao Rio de Janeiro.
1897
Em 24 de janeiro, sob o comando do Capitão-de-Fragata Joaquim Rodrigues Torres, erigiu um marco de bronze na Ilha de Trindade, assinalando a presença do Brasil naquela parte insular do território nacional contra a cobiça britânica.
Realizou vários cruzeiros de instrução à Europa e Estados Unidos. Nessa época fazia parte da Divisão de Instrução que foi comandada pelos Contra-Almirantes Afonso de Alencastro Graça e Joaquim Marques Leão. Entre 1895 e 1900, as viagens de instrução eram apenas pelo litoral brasileiro, sendo sua primeira viagem com visita a portos no estrangeiro em 1901.
Em 1902, não realizou cruzeiro de instrução ao exterior, que voltaram a ser realizados anualmente entre 1903 e 1906.
1898
1901
Durante Viagem de Instrução, que incluiu escalas em Recife-PE, Barbados, New York (EUA), Plymouth (Reino Unido) e Cherbourg (França), o comandante Capitão-de-Fragata José Martins de Toledo adoeceu, assumindo o Imediato Capitão-Tenente Carlos Pereira Lima.
1906
Em 24 de dezembro, chegou ao Rio de Janeiro, encerrando a Viagem de Instrução de 1906. Nessa viagem foram visitados os portos de Salvador, São Vicente, São Miguel dos Açores, Plymouth, Anvers, Kristiansand, Copenhagen, Stockholm, Kiel, Willenshaven, Amsterdam, Le Havre, Cherbourg, Lisboa e Las Palmas. A escala em Kronstadt, foi cancelada devido a acontecimentos que ali se produziram.
1908
Em 22 de janeiro, partiu do Rio de Janeiro para Viagem de Instrução com 14 Segundos-Tenentes recém formados na Escola Naval. Essa foi a terceira viagem com circunavegação realizada por um navio de guerra brasileiro, sendo navegadas 30.465 milhas ao longo de 10 meses e 23 dias de comissão. Os portos visitados foram: Montevideo (Uruguai), Punta Arenas (Chile), Talcahuano (Chile), Valparaiso (Chile), Callao (Peru), Honolulu (Havaí), Yokohama (Japão), Nagasaki (Japão), Sasebo (Japão), Shanghai (China), Hong Kong, Singapura, Colombo (Ceilão), Aden, Suez (Egito), Ismail (Egito), Alexandria (Egito), Nápoles (Itália), La Spezia (Itália), Toulon (França), Gibraltar, Recife-PE, retornando ao Rio de Janeiro em 16 de dezembro. Neste viagem, recolheu 20 náufragos japoneses perdidos na Ilha de Wake, no Oceano Pacífico. Na escala em Toulon, foi docado para reparos entre 7 de outubro e 8 de novembro.
1909
Segui para Newcastle, transportando parte daquela que viria a ser a primeira guarnição do E Minas Geraes, que ali estava sendo construído.
1910
Representou o Brasil nas festas comemorativas do centenário da Independência do México.
1912
Em 15 de novembro, escalou em Lisboa, durante a Viagem de Instrução desse ano.
1913
Entre 12 e 16 de fevereiro, foi docado no Dique Guanabara do AMRJ na Ilha das Cobras, para substituição de algumas chapas de cobre. No dia 13, recebeu Guardas-Marinha do 4º ano da Escola Naval, iniciando os preparativos para viagem de instrução ao nordeste.
Em 20 de fevereiro, zarpou do Rio de Janeiro, em viagem de instrução, com Guardas-Marinha e Aspirantes, regressando a 15 de março, tendo estado em Pernambuco e na Bahia.
Em abril, realizou o transporte de suprimentos para o Farol do Atol das Rocas, que na falta deles, devido ao atraso do navio encarregado de transportá-los, conseguiu entrar em contato através bandeiras do Código Internacional de Sinais, com um mercante inglês que comunicou o fato ao Governo Brasileiro.
Em 5 de maio, zarpou do Rio de Janeiro, em viagem de instrução, com a turma de Segundos-Tenentes recém promovidos; escalando em Recife de 12 a 16 de maio; em Belém 22 a 27 de maio; Barbados de 2 a 8 de junho; Santiago de Cuba de 14 a 21 de junho; em New York de 28 de junho a 13 de julho; Plymouth de 28 a 30 de julho, no dia 30 mudou de ancoradouro, indo para a Baia de Devonport. Suspendeu da Baia de Devonport a 2 de agosto e chegou a Portsmouth a 3 de agosto, onde ficou até o dia 24. Na seqüência da viagem escalou em Amsterdam de 25 de agosto a 2 de setembro; em Cherbourg de 4 a 13 de setembro; em Brest de 14 a 26 de setembro, em Lisboa de 30 de setembro a 10 de outubro,; em Las Palmas de 14 a 18 de outubro; em Recife de 1º a 7 de novembro, chegando de volta ao Rio de Janeiro em 12 de novembro.
Encontrava-se em estado regular.
1914
Ao final do ano, encontrava-se no Rio de Janeiro e em estado regular.
1916
A partir desse ano, passou a realizar apenas pequenos cruzeiros de treinamento a portos brasileiros.
1926
Em 2 de março, deu baixa do serviço, sendo submetido a Mostra de Desarmamento, segundo o Aviso n.º 578., de 22 de fevereiro de 1926.
Em 26 de fevereiro, segundo o Aviso n.º 643, foi designado para servir como sede das Escolas de Auxiliares-Especialistas.
1938
O casco do ex-NE Benjamim Costant, foi destruído por um incêndio.
1949
O casco do ex-Benjamim Constant foi desmanchado no Estuário de Santos, e a ponta do seu mastro de ré (mezena) foi comprada na gestão do pratico Teófilo Quirino e ficou instalada durante decadas no patio da antiga sede da Praticagem de Santos. Quando da construção da nova sede, no mesmo local, o mastro foi transferido para o estaleiro, localizado na Praia de Santa Cruz dos Navegantes, no Guarujá.
O desmonte do Cisne Branco, foi feito em frente a oficina de reparos navais da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo, que ficava entre o ferry-boat, na Ponta da Praia, e a bóia do Tijucupava, como era conhecida a bóia de sinalização que ficava no canal de acesso ao cais, próximo ao atual Armazém 39.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.47-48.
- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.
- Tavares, Aurélio de Lyra. Nosso Exército - Essa Grande Escola. 1ª edição. Rio de Janeiro, Bibliex, 1985.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Brasilia, SRPM, n.º 517, set. 1986; n.º 542, out. 1988; n.º 547, mar. 1989; n.º 659, mai. 1997.
- Costa, Dídio e Miguês Garrido, Carlos. Nas Águas da Gasconha.
- Atol das Rocas – www.rocas.speedlink.com.br/naufragio.htm
- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.
- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915.
- Arquivos pessoais de Laire José Giraud e texto de sua autoria no site Porto Gente. |
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