1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Vapor de Guerra Comandante Freitas ex-Itapeva Classe ?
D a t a s
Batimento
de Quilha: ? Baixa:
1915
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
450 ton (padrão) e 750 ton (carregado). Eletricidade: ? Velocidade: 8 nós. Raio de Ação: ? Equipamentos: dois paus de carga, dois guinchos e uma oficina mecanica. Código
Internacional de Chamada: ?
H i s t ó r i c o
O Vapor de Guerra Comandante Freitas, ex-Itapeva, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Capitão-de-Fragata José de Freitas. Foi adquirido da Companhia Nacional de Navegação Costeira e submetido a Mostra de Armamento pelo Aviso de 4 de fevereiro de 1898, publicado na Ordem do Dia n.º 31 de 8 de abril de 1898. Seu primeiro comandante foi o Capitão-Tenente Eduardo Augusto Veríssimo de Mattos.
A lotação do Comandante Freitas era estabelecida em:
- Comandante - Imediato - 4 Oficiais de Convés
- 1 Mestre - 2 Cabos
- 4 Marinheiros de 1ª classe - 8 Grumetes - Chefe de Máquinas - 2 Ajudantes de Máquinas - 1 Praticante de Máquinas - 2 Sub-Ajudantes de Máquinas - 1 Carpinteiro - 1 Caldeireiro - 1 Serralheiro - 1 Cabo Foguista - 7 Foguistas de 1ª classe - 6 Foguistas de 2ª classe - 6 Foguistas de 3ª classe - 1 Médico - 1 Enfermeiro - 1 Comissário - 1 Fiél - 3 Cozinheiros - 2 Despenseiros - 10 Criados
1898
Foi submetido a reformas indispensaveis pela firma Lage & Irmãos, para convertê-lo ao serviço de faróis.
Em 28 de outubro, foi passado a subordinação da Repartição de Faróis, substituindo o Madeira dado baixa em 1893.
1899
Em 14 de abril, chegou a São Sebastião para substituir o Aviso Trindade, que regressou ao Rio de Janeiro no dia 22 de abril, na construção do farol da Ponta Boi que foi inaugurado em 1º de abril de 1900.
1902
Em 6 de março, zarpou do Rio de Janeiro, levando a bordo do Vice-Almirante Joaquim Antônio Cordovil Maurity, Chefe da Repartição da Carta Maritima; o 1º Tenente Arnaldo da Siqueira Pinto da Luz, representante do Ministro da Marinha, Contra-Almirante José Pinto da Luz e outras personalidades militares, para participar no dia 8 de março da cerimonia de inauguração do farol de Macaé, na Ilha de Santana (que deu nome aquele farol durante alguns anos). Regressou ao Rio de Janeiro em 10 de março.
Em 19 de julho, suspendeu do Rio de Janeiro para comissão de abastecimento trimestral dos farois da costa ao sul do Rio de Janeiro, e dar inicio a construção do Farol de Itajaí (Cabeçudas).
Em 26 de julho, atracou em Itajaí, depois de assistir os farois da Ilha Raza, Castelhanos, Ponta do Boi e Bom Abrigo.
Em 27 de julho, suspendeu para fundear na Enseada de Cabeçudas e dar inicio à construçào do farol. Permaneceu 24 dias não consecutivos fundeados em Cabeçudas.
Em 7 de setembro, chegou a Florianopolis e no dia 8 partiu para Naufragados, onde ficou até o dia 10 quando retornou para Florianopolis.
Em 12 de setembro, regressou para Itajaí, com um rapido fundeio em Cabeçudas. Em 13 de setembro, suspendeu de Itajaí, fundeando em Cabeçudas de onde suspendeu no dia seguinte e depois de rapida escala em Florianopolis, pernoitou em Naufragados.
Suspendeu no dia 15, escalando em Florianopolis e chegou a São Francisco do Sul no dia 16, onde permaneceu até o dia 22. Nesse dia desatracou e fundeou na barra para um reconhecimento da Ilha da Paz, onde um farol seria inaugurado quatro anos depois. Suspendeu da Ilha da Paz no dia 23 com destino a Conchas, onde fundeou no mesmo dia. No dia 25 suspendeu de Conchas e atracou em Paranaguá. Partiu em 29 de setembro e chegou ao Rio de Janeiro em 1º de outubro, tendo escalado em Bom Abrigo, Ilha da Moela e Castelhanos na travessia.
No dia 7 de novembro, suspendeu para Itajaí, com escalas no Farol da Ilha da Moela-SP no dias 8 e 9, para desembarcar operarios e material para construção de novas casas para os faroleiros ali lotados; e em Santos-SP.
No dia 14 de novembro, fundeou em Cabeçudas, onde inaugurou no dia 15 o farol, em cerimonia presidida pelo Diretor de Faróis, CF Frederico Kiappe da Costa Rubim. No regresso, escalou em São Francisco do Sul; Paranaguá; na Ilha de Bom Abrigo, em 2 de dezembro, de onde retirou a maquina de rotação do farol para reparos na sede, deixando-o com luz fixa; e na Ilha da Moela, onde desembarcou mais material, chegando ao Rio de Janeiro em 16 de dezembro.
1903
Continuou dando apoio a construçào das casas para faroleiros na Ilha da Moela e na Ilha de Bom Abrigo.
1904-1905
Foi submetido a reparos, dos quais dependiam as proximas comissões.
1906
Construiu o Farol da Ilha da Paz, inaugurado em 20 de abril.
Em 31 de agosto, concluiu a transferencia do farolete da Ponta de João Dias para a Ponta do Sumidouro, ambos na barra de São Francisco do Sul.
Realizou a transferencia do farol de Belmonte da margem esquerda para margem direita da foz do rio Jequitinhonha.
1907
Realizou comissão hidrografica e de faróis, levando a bordo o 1º Tenente Braz Dias de Aguiar da Repartição da Carta Maritima.
Em 7 de novembro, o Vapor de Guerra Comandante Freitas, foi elevado a categoria de navio de 2ª classe pelo Aviso n.º 2.508.
1907-1908
No ultimo trimestre de 1907 e durante o ano de 1908, realizou levantamento hidrográfico na baía da Ilha Grande, apoiou os faróis da costa leste até Pernambuco, esteve em Fernando de Noronha, e nas Rocas para escolher locais para construção de um farol. Na escala em Recife-PE houve a transferencia de comando do CT Rodolfo Ramos Fontes para o CT Manuel Ferreira de Lamare.
De Recife, partiu para Natal, atravessou o Canal de São Roque onde, durante vários dias, realiza levantamentos hidrográficos e instalou bóias luminosas. Essas mesma fainas se repetiram em Macau-RN, Mossoró-RN, em Aracati-CE e em Fortaleza-CE. A seguir, pesquisou um banco ao largo Jericoacoara-CE, escalou em Camocim-CE, em Tutóia (Amarração) -MA, na Ilha de Santana-MA, e fundeou em São Luis do Maranhão. Recebeu pratico em Salinas, e ingressou no rio Amazonas, passou passando por Gurupá, Prainha, Santarém-PA, Óbidos-PA, Parintins-AM e fundeou em Manaus em 20 de maio de 1908, sete meses depois de ter suspendido do Rio de Janeiro.
Em 23 de maio, a Ordem do Dia n.º 43 do Comando da Flotilha do Amazonas o incorporou àquela Flotilha e o fez Capitânia.
Em 26 de maio, o 1º Tenente Braz de Aguiar assumiu a Imediatice e deu inicio à sua comissão volante para estabelecimento de estações meteorológicos termo-pluviometricos na região.
1910
Em 8 de outubro as 05h30, comandado pelo Capitão-de-Corveta Francisco da Costa Mendes, abriu fogo contra a cidade de Manaus, no golpe fracassado dado pelo vice-governador, contra o governador. Houve mortos, feridos e casas destruídas. O Palácio do Governo; o Teatro Amazonas; a Igreja dos Remédios; o Quartel General; o Ginásio (hoje Colégio Estadual D. Pedro II); o Hospital da Beneficência Portuguesa; o Hospital Militar; o Mercado Adolpho Lisboa entre outros, foram alvejados.
1913
Foi incorporado à Flotilha do Amazonas, com sede em Belém, para servir como Tênder e capitânia da mesma.
Em 13 de fevereiro, fez a mudança de amarração do Aviso Jutahy.
Em 5 de maio, suspendeu com destino a Boiassú, tendo ancorado em frente a Cocos Pereira durante 12 horas para reparar avarias nos motores e auxiliares; saiu e chegou a Boiassú nesse mesmo dia.
Em 12 de maio, suspendeu de Boiassú e amarrou a bóia, em Manaus, no mesmo dia.
Em 6 de julho, partiu de Manaus, levando a reboque a Canhoneira Juruá e chegou á colônia em Itacoatiara no dia 7, onde fundeou amarrando a margem do barranco.
Em 14 de agosto, saiu em experiência de maquinas, regressando no mesmo dia.
Em 4 de setembro, saiu do porto de Itacoatiara e chegou a Manaus no dia 5.
Em 23 de setembro, suspendeu de Manaus e chegou a Belém do Pará no dia 3 de outubro.
Precisava de reparos.
1915
Teve baixa do serviço ativo.
O Vapor Comandante Freitas, mesmo depois de dado baixa continuou servindo a sinalizaçào náutica na costa brasileira, tendo sido convertido em Barca-Farol para o baixio do Bragança no Pará. A conversão foi realizada em Belém sob a orientação do Capitão-Tenente Amaury Sadock de Freitas.
A oficialidade da baixa do Vapor Comandante Freitas foi a seguinte:
- CC ? – Comandante - CT ? – Imediato - 1º Ten. Engº. Maquinista - Chefe de Maquinas - 1º Ten. Engº. Maquinista - 2º Maquinista - 1º Ten. ? - Encarregado de Armamento - 2º Ten. Engº. Maquinista - Enc. da Eletricidade
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.72.
- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.hpg.ig.com.br
- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914. |
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