1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
||||||||||||||||||||||||||||
Submarino F 5 Classe Foca
D a t a s
Batimento
de Quilha: ?
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento: 250 ton (padrão),
370 ton (carregado). Velocidade: máxima de 13.5 nós (superfície) e de 8.5 nós (imersão). Raio de ação: na
superfície 800 milhas náuticas
à 13.5 nós; 1.600 milhas
à 8.5 nós, ou submerso 18 milhas à 13.5 nós; 100
milhas à 4 nós. Código Internacional de Chamada: PXZD (GBHY)(1) Código Radiotelegráfico: SOZ(1) Distintivo Numérico: 95(1) Tripulação: 23 homens, sendo 2 oficiais e 21 praças.
H i s t ó r i c o
O Submarino F 5, foi construído pelo Cantieri Navale Fiat San Giorgio, em La Spezia, Itália. Foi lançado ao mar em 4 de janeiro de 1914, tendo como madrinha a Sra. Maria Nogueira da Gama, e foi incorporado em 6 de junho de 1914. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Álvaro Nogueira da Gama.
1911
Em 30 de dezembro, pelos Avisos n.º 6439 e 6441, o então Ministro do Negócios da Marinha, Vice-Almirante Joaquim Marques Baptista de Leão, designou o Capitão-de-Corveta Felinto Perry, Chefe da Sub-Comissão Naval na Europa, com sede em La Spezia(2), encarregado de fiscalizar a construção dos submarinos F 1, F 3 e F 5. O Comandante Perry tinha como auxiliares o CT Américo Ferraz e Castro, 1º Ten. (Comissário) Lindozo Marinho Guimarães, o Escrevente de 2ª classe Gastão Urbino de Souza Guimarães, e como fiscais os CT Paulo Pires de Sá (Construção Naval) e 2º Ten. Leopoldo Antônio Ribeiro (Maquinas), mais tarde se juntando o CC José Machado de Castro e Silva.
O F 5 realizou provas de mar na superfície e em imersão no Golfo de La Spezia, sendo entregue à Comissão de Recebimento em 6 de junho de 1914, quando foi incorporado.
A oficialidade de recebimento, era composta pelos:
- CT Álvaro Nogueira da Gama - Comandante - 1º Ten. Antônio Segadas Vianna - Imediato
Sobre a dificuldade da MB em manter seus meios, no livro - A vida nos FF (1914 - 1934) -, o Almirante Castro e Silva cita: "entenderam os nossos governantes que, para salvar as finanças do Brasil, deviam vender os navios de guerra que, pouco tempo antes, eles mesmos haviam julgado absolutamente necessários à defesa nacional. E devido à resistência, energia e firmeza do CF Felinto Perry, a venda dos nossos submarinos não se efetuou."
Em 14 de julho, foi criada pelo Aviso n.º 3447, de 17/07/1914 MM (OD 84/1914/507, do EMA), a Flotilha de Submersíveis composta pelos submarinos F 1, F 3 e F 5 e com sede no Comando da Defesa Móvel na Ilha de Mocanguê Grande, Rio de Janeiro.
Em 10 de agosto, tendo a bordo a Comissão Fiscal nomeada pelo Governo, realizou prova final de aceitação, sendo entregue a Esquadra em 20 de agosto.
Ainda em 1914, foi instituído o "Prêmio Independência" (precursor dos nossos atuais TORPEDEX e ECHO) pelo CT Alberto Lemos Basto. Era agraciado o navio que maior número de acertos obtivesse em lançamentos de torpedos, de acordo com o regulamento da época. O troféu alusivo, um brasão em prata de lei, hoje decora a galeria de peças históricas do Edifício Almirante Felinto Perry, sede do comando da Força de Submarinos na Ilha de Mocanguê. Nele, acham-se inscritos os nomes dos submarinos e os respectivos anos do concurso.
Os submarinos classe F dedicavam-se basicamente ao adestramento da tripulação no manuseio e manutenção dos equipamentos, operando na maioria das vezes dentro da Baia da Guanabara. Foram realizadas também algumas comissões na Baia da Ilha Grande, e nas áreas de Cabo Frio-RJ e São Sebastião-SP, sempre com o apoio de navios de superfície(3). Ao que se sabe, único porto visitado fora dessa área, foi o de Santos-SP.
1915
Conquistou o "Prêmio Independência".
1916
Enquanto se encontrava atracado no caís de Mocanguê, ocorreu um disparo acidental que causou uma pequena avaria em seu tubo de torpedos.
1917
Em 26 de setembro, com a declaração do estado de guerra contra o Império Alemão, proclamada pelo Presidente Wenceslau Braz, os submarinos classe F tomaram parte em comissões de vigilância e patrulhamento nas proximidades do porto do Rio de Janeiro.
1918
Conquistou o 'Prêmio Independência".
1922
Conquistou o "Prêmio Independência".
1923
Em 13 de outubro, sofreu um acidente de imersão, quando teve um compartimento alagado através de um vazamento na válvula de esgoto, tendo ido até o fundo, e depois permanecendo parada a 23 metros antes de regressar a superfície. Nesse acidente foram contaminados com água salgada 36 acumuladores nos compartimentos 7 e 8.
1924
Em 4 de novembro, integrando a Esquadra de Exercícios, fez-se ao mar para atacar o Encouraçado São Paulo, que se rebelou, tendo feito três imersões e navegado a noite toda pronto para combate.
1925
Conquistou o "Prêmio Independência".
1928
Em 22 de agosto, pelo Decreto 18.365, a Flotilha de Submersíveis teve sua denominação mudada para Flotilha de Submarinos.
1933
Em 28 de dezembro, em virtude da desativação dos três submarinos da classe F, a Flotilha de Submarinos foi extinta pelo Decreto 23.656, passando a funcionar apenas os serviços do Tender Ceará e do Submarino de Esquadra Humaytá.
Em 30 de dezembro, deu baixa do serviço ativo, segundo o Aviso n.º 4232, de 18/11/1933 MM (Bol. 47/33/1987 MM). Na cerimônia de baixa os submarinos F 1, F 3 e F 5 foi realizado desfile naval e todos os tripulantes prestaram continência ao MM Almirante Protógenes Pereira Guimarães e demais autoridades a bordo do Tender Ceará, que se encontrava atracado no cais norte do AMRJ, onde atracaram a contrabordo ao final do desfile. Na ocasião era comandante da Flotilha o Capitão-de-Fragata Adalberto Landim, que foi o primeiro imediato do submarino F 3 e ex-comandante do F 1 e do F 3.
Partes do casco do F 5, foram usadas para alicerce dos pilares da ponte dos escaleres da Escola Naval na Ilha de Villegagnon.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Souza, Marco
Polo Áureo Cerqueira de; Nossos Submarinos - sinopse histórica;
1ª edição; Rio de Janeiro; SDGM; 1986; pág.: 25-32.
- Submarinos do Brasil - www.planeta.terra.com.br/relacionamento/submarinosbr
- Jane's Fighting Ships 1931. London: Jane's Publishing Company Limited, 1931.
- Colaboração Pedro Caminha. (1) As designações dos distintivos não correspondem aos usados hoje. (2) A
Comissão Naval na Europa na época, era sediada em Newcastle-on-Tyne,
Inglaterra. |
||||||||||||||||||||||||||||