1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NB Faroleiro Mário Seixas - H 26 Classe Faroleiro Mário Seixas
"Bode Aguerrido"
"Balizar para Melhor Navegar"
D a t a s
Batimento
de Quilha: 1962 Incorporação (MB): 31 de janeiro 1984
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento: 234 toneladas. Dimensões: 35.45 m de comprimento, 6.65 m de boca, 2.51 m de calado leve e 4.8 m de calado carregado. Propulsão: 2 motores diesel Scania DST-14 MO3 de 354 hp cada, acoplados a dois eixos com hélice de passo fixo. Eletricidade: 2 geradores diesel de 60 KvA. Velocidade: 8 nós (sustentada) Raio
de Ação: 1.400 milhas náuticas,
com 10 dias de autonomia. Equipamentos: pau de carga com capacidade para até 10 toneladas. Código
Internacional de Chamada: PWMX
H i s t ó r i c o
O Navio Balizador Faroleiro Mário Seixas - H 26, ex-Mestre Jerônimo, ex-Brasil I, ex-Cabana, foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem ao Faroleiro Mário Seixas dos Santos. Foi construído em 1962, como navio de pesca, em Vigo, Espanha e batizado com o nome "Cabana". Já denominado "Brasil I", foi empregado como navio de pesca em Recife-PE até 1964, quando foi arrestado pelo Banco Central, em troca de uma divida dos seus proprietários, e enviado para o Rio de Janeiro. Em 1967, o Banco Central doou a embarcação à SUDEPE - Superintendência do Desenvolvimento da Pesca, que a rebatizou como “Mestre Jerônimo”.
Até 1979 foi empregada pela SUDEPE em pesquisa de pesca. Em 25 de outubro de 1979, foi doada à MB, sendo recebida pelo Serviço de Sinalização Náutica do Sul (SSN-5) em 14 de novembro do mesmo ano. Em 11 de fevereiro de 1982, o Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, em visita ao Porto de Rio Grande, determinou verbalmente ao Comandante do 5º Distrito Naval, Vice-Almirante Fernando Mendonça da Costa Freitas, que fossem realizados estudos de viabilidade para a transformação do Navio Pesqueiro em Navio Balizador, já que o casco se encontrava em avançado estado de desmontagem.
Em 21 de janeiro de 1983, foi assinado o Contrato nº 760/002 com a CORENA – Metalurgia e Construções Navais S/A, para realização dos serviços em seu estaleiro em Itajaí-SC, iniciados em 28 de janeiro de 1983. No CORENA, teve sua propulsão modificada de um motor/um eixo para dois motores/dois eixos, aumento da superestrutura para acomodar uma tripulação maior, remodelação do passadiço e a instalação de um mastro de proa com pau de carga. O custo de sua conversão foi 1/3 do custo de um NB classe Comandante Varella. Depois de realizar as provas de cais, realizou as provas de mar nos dias 17 e 19 de janeiro de 1984.
Foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado à Armada em 31 de janeiro de 1984, segundo a Portaria n.º 1512 de 04/11/83 e a O.D. 0001/84 de 31/01/1984, em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, AE Alfredo Karam. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-Tenente Francisco Carlos Ortiz de Holanda Chaves.
A oficialidade do recebimento do Faroleiro Mario Seixas foi a seguinte:
- CT Francisco Carlos Ortiz de Holanda Chaves - Comandante
1984
Em janeiro, passou a operar na manutenção, apoio e inspeção da Sinalização Náutica da Costa Sul, pintura e apoio a faróis e faroletes, apoio ao IBAMA e Inspeção Naval, com atuação em especial nos portos de Paranaguá-PR, São Francisco do Sul-SC e Itajaí-SC, todos na área do 5º Distrito Naval, operando a partir de Rio Grande-RS.
1985
Entre 18 de abril e 6 de maio, foi docado no Estaleiro EBRASA, em Santa Catarina.
1986
Em 1º de janeiro, entra em vigor a portaria n.º 1025, de 26 de novembro de 1985, transferindo a sua subordinação para o Serviço de Sinalização Náutica do Sul - SSN-5, passando assim a operar a partir de Paranaguá-PR.
Em 9 de dezembro, iniciou Período de Manutenção Geral - PMG/86, sendo docado em 22 de dezembro.
1987
Em 20 de fevereiro, saiu da doca, encerrando o PMG/86 em 21 de abril, tendo como principal modificação a redução da escotilha do porão de bóias.
1988
Entre 14 e 29 de abril, foi docado para reparos no Estaleiro EBRASA.
1989
Entre 4 de abril e 1º de junho, passou por um Período Docagem Extraordinária - PDE no Estaleiro EBRASA.
1990
Entre 12 de abril e 11 de maio, foi submetido a um PDE no Estaleiro EBRASA.
1991
Entre março e junho, foi submetido a um PDE Estaleiro EBRASA.
1992
Entre 2 de março e 3 de abril, foi docado no Estaleiro PREMOLNAVI, em Itajaí-SC.
1993
Em 31 de janeiro, comemorou 9 anos de serviço ativo, tendo atingido até essa data as marcas de 287 dias de mar e 23.000 milhas navegadas.
Entre 7 de maio e 14 de junho, foi docado no Estaleiro SÓ, Poá-RS, para um PDE.
Em 10 de julho, sofreu avaria no hélice de BB, durante serviço de manutenção de bóia luminosa no canal do porto de São Francisco do Sul.
Em 20 de agosto, entrou em PDE sendo docado no Estaleiro CORENA, Itajaí, onde sofreu reparos, sendo o seu eixo e hélice refeitos nas oficinas desse estabelecimento.
Em 3 de novembro, saiu da docagem no CORENA, realizando testes de mar nesse mesmo dia entre às 09:45 hs e 12:30 hs.
1994
Em 31 de janeiro, comemorou 10 anos de serviço ativo, tendo atingido até essa data as marcas de 313,5 dias de mar e 26.300 milhas navegadas.
Em 20 de agosto, entrou em PMG/94, realizado no Estaleiro CORENA, em Itajaí.
Em 1º de setembro, foi realizada a passagem de comando do CT Migliano para o CT Pieper, no salão de cerimônias do Estaleiro CORENA.
Em 13 de dezembro, recebeu a visita do Comandante do 5º Distrito Naval, VA Fernando Manoel Fontes Diegues.
1995
Em 17 de fevereiro, recebeu a visita do Comandante do 5º Distrito Naval, VA Fernando Manoel Fontes Diegues.
Em 22 em agosto, entrou em PMG/95 no Estaleiro EISA, em Itajaí-SC.
1996
Em 6 de fevereiro, recebeu a bóia luminosa 1A, da Draga holandesa "Lelystad", atracada a contrabordo, no porto de Paranaguá.
1997
Em maio, atingiu a marca de 500 dias de mar.
1998
Sob a coordenação da Capitania dos Portos do Paraná, prestou apoio a Universidade Federal do Paraná, no projeto de instalação de atratores de pesca, intitulado Regiões Artificiais Marinhos (RAM). Os RAM são constituídos de formações quadriláteras, submersas, de concreto, capazes de atrair, abrigar e alimentar peixes, algas e invertebrados, mantendo a biodiversidade. Até abril, o Mario Seixas já havia lançado trinta quadriláteros de concreto, pesando cerca de 600kg cada, formando o primeiro dos três recifes que serão depositados pelo navio.
Em 30 de outubro, foi visitado pelo Diretor da DHN, VA Marcos Augusto Leal de Azevedo.
1999
Em 23 de julho, foi realizada a passagem de comando do CT Palhota para o CT Giancarllo, em cerimônia presidida pelo Encarregado do SSN-Sul, CC Carlos Wagner Gomes.
2000
Em janeiro, realizou manutenção de sinais náuticos no litoral do Paraná e Santa Catarina.
Em 31 de janeiro, comemorou 16 anos de incorporação, tendo atingido até essa data as marcas de 678 dias de mar e 50.000 milhas navegadas. Nessa mesma data, atracou pela primeira vez no cais da Capitania dos Portos de Santa Catarina (CPSC) em Florianópolis, passando a contar com mais esse ponto de apoio em suas missões de balizamento. Essa foi também a primeira vez que um navio de porte demandou o porto pela barra sul.
Realizou o PMG/00, realizada na carreira C do Estaleiro SORENAV em Porto Alegre (RS), onde recebeu a visita do Com5ºDN, em 18 de abril. Durante esse PMG foi docado duas vezes, uma entre 11 e 19 de abril, e outra entre 17 de maio e 9 de junho.
2001
Realizou um Período de Docagem e Reparos.
2003
Em 5 de junho, recebeu a visita do Comandante do 5º Distrito Naval, VA José Eduardo Pimentel de Oliveira.
Entre 19 e 22 de setembro, visitou o porto de Santos-SP, durante comissão de manutenção do Farol da Ilha Queimada Grande.
Nos dias 15 e 16 de novembro, o navio participou junto com a LB Fomalhaut das buscas ao B/P "Só Pesca II", que pediu socorro quando encontrava-se em dificuldades próximo a praia de Matinhos-PR.
Entre 21 e 24 de novembro, visitou o porto de Santos-SP, durante comissão de manutenção do Farol da Ilha Queimada Grande.
2004
Entre 5 e 8 de março, visitou o porto de Santos-SP, durante comissão de manutenção de faróis e balizamento no litoral de São Paulo.
2005
Em 19 de janeiro, entrou no porto de Santos, no intervalo de comissão pelo litoral de São Paulo.
Entre 17 e 20 de junho, esteve no porto de Santos.
2007
Nos dia 29 e 30 de maio, rebocou o Veleiro "Bicho D’água" que se encontrava em pane, sem combustível e bateria a cerca de 30 milhas de Barra de Rio Grande para Rio Grande.
Em 11 de junho, data alusiva ao 142º Aniversario da Batalha Naval do Riachuelo, realizou ação de presença em Paranaguá-PR.
Na segunda quinzena de junho, realizou faina de manutenção, substituição e reposicionamento de algumas boias externas do canal do Porto de Santos-SP, que haviam garrado devido a ação das marés e do mau tempo. 2011
Em 12 de dezembro participou da Parada Naval alusiva a Semana da Marinha realizada ao largo da Praia do Cassino, em Rio Grande, junto com a Cv Imperial Marinheiro – V 15, o RbAM Tritão – R 21 e os NPa Benevente – P 61 e Babitonga – P 63, além de três helicópteros do Esquadrão HU-5.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 440, fev. 1980; n.º 509, jan. 1986; n.º 535, mar. 1988; n.º 599, mar. 1993; n.º 662, ago. 1997; n.º 673, abr. 1998; n.º 692, dez. 1999; n.º 695, mar. 2000; n.º 708, abr. 2001.
- CCSM - Centro de Comunicação Social da Marinha.
- Incidentes SAR do SALVAMAR SUL, Comando do 5º Distrito Naval.
- Revista Tecnologia & Defesa, São Paulo, Editora Aquarius, N.º 11, janeiro de 1984. Agradecemos a atenciosa colaboração dos Srs. Comandante, Imediato e Guarnição do Faroleiro Mario Seixas, em sua escala em Santos de 21 a 24/11/03, por sua colaboração nas informações dessa ficha.
(*) Promovido a Capitão-de-Corveta no posto. |
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