1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
NB Faroleiro Nascimento - H 30 Classe Santana
D a t a s
Batimento
de Quilha: ? Baixa: 1º de março de 2001
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
109.96 ton (padrão), 173 ton (carregado) Eletricidade: 1 motor gerador de 110V. Velocidade: 10 nós. Raio
de Ação: ? Equipamentos: porão, com capacidade para 8 bóias tipo BL-1 sem mangrulhos e contrapesos, quatro com esses componentes desmontados ou 2 completas e montadas; e pau-de-carga de 2 ton. Código
Internacional de Chamada:
PWEQ obs: caracteristicas da época da incorporação.
H i s t ó r i c o
O Navio Balizador Faroleiro Nascimento - H 30, é o primeiro navio a ostentar esse nome em homenagem ao Faroleiro João Nascimento, Aviso Ministerial n.º 1.886 de 21 de agosto de 1958, que faleceu afogado quando em serviço de sondagem da barra do Rio Doce, no Estado do Espírito Santo. Foi construído pelo estaleiro São José, na Ponta da Areia, em Niterói, sendo lançado ao mar em maio de 1957 e foi submetido a Mostra de Armamento e entregue a Base Almirante Moraes Rego em 15 de julho de 1957. Foi seu primeiro comandante (destacado) o 1º Tenente Armando Moraes e Mello Filho, que assumiu em fevereiro de 1959.
Depois de entrar em serviço passou a operar baseado no Rio de Janeiro.
1959
Em 26 de fevereiro, partiu do Rio de Janeiro transportando 20 acumuladores de acetileno para Santos-SP e 30 outros para Paranaguá-PR. Na viagem de ida escalou também em Angra dos Reis, São Sebastião e Ilha de Bom Abrigo. Chegou a Paranaguá no dia 6 de março. Em 9 de março, recuperou a bóia de Espera do Canal Norte de Paranaguá e em 11 de março seguiu para Antonina onde tratou de todas as bóias do balizamento local.
Entre os 17 e 19 de março, de manutenção as bóias do canal Sueste de Paranaguá. Nos dias 23 e 24 de março, transportou o Capitão dos Portos do Paraná para inspeção no farol da ilha de Bom Abrigo.
Em 25 de março, zarpou de Paranaguá, recolocando na passagem a bóia cega da Laje Alagada. Na travessia para Santos, o navio foi castigado por violento temporal, por mais de 12 horas, que provocou balanços de até 38º para cada bordo e serios danos no casco.
Próximo de Conceição de Itanhaém, no litoral paulista, encalhou o N/M nacional "Santa Helena", a 30 milhas a sudoeste de Santos, para onde seguia com uma carga de 4.100 t de trigo proveniente da Argentina. Estavam no local o RbAM Triunfo - R 23 e a Cv Caboclo - V 19, sendo mandado em apoio, e em razão de seu diminuto calado o Faroleiro Nascimento foi capaz de lançar um dos grandes ferros e o cabo de "beach gear". O "Santa Helena", ficou encalhado de 17 de março a 16 de abril, e do seu salvamento também participaram a Cv Angostura - V 20 e o Rb Audaz - R 30.
Em 3 de abril, foi dispensado da faina e retornou para Santos, fazendo água em conseqüência do agravamento das avarias. Permaneceu em Santos por duas semanas para sofrer os reparos necessários no Estaleiro Internacional, na Ponta da Praia.
Em 20 de abril, zarpou de Santos, escalando em São Sebastião no dia 20, em Angra dos Reis no dia 21 e em Mangaratiba no dia 22, zarpando no mesmo dia para Rio de Janeiro.
Foi submetido a um PNR - Período Normal de Reparos na Base Almirante Moraes Rego.
1960
No inicio dos anos 60, conduzido por um Mestre Militar (Sargento), já que na época, assim com seus irmãos de classe o navio tinha guarnição mista civil/militar e nem sempre um oficial (destacado) como Comandante, atravessou os limites da bóias e foi de encontro as pedras das Feiticeiras, na baía da Guanabara.
No final dos anos 60, foi totalmente recuperado na carreira, já do Centro de Sinalização Náutica e Reparos Almirante Moraes Rego. Teve seu motor principal substituído por um MAN de 250 hp e o gerador por um MWM de 19 KvA e um 1 MWM de 30 KvA.
1971
Em serviço de balizamento atingiu o Chuí, no Rio Grande do Sul, ponto extremo ao sul do pais.
1973
Em 9 de julho, em cerimônia realizada no CAMR, foi finalmente incorporado a Armada por força do Aviso N.º 0526 de 12/06/1973 (Bol. do MM N.º 25 de 22/06/1973). Recebendo o indicativo de casco "H 30", e passando a existir como uma OM com comando próprio e não destacado.
1974
Em serviço de balizamento atingiu a Ilha Rata, no Arquipélago de Fernando de Noronha, um dos pontos mais a leste do território nacional.
1976
Em serviço de balizamento atingiu o farol Calçoene, no Amapá, e deu assistência ao balizamento do porto de Manaus-AM.
1986
Em 1º de janeiro, entra em vigor a Portaria Ministerial n.º 1024, de 26 de novembro de 1985, transferindo a subordinação do CAMR para o Serviço de Sinalização Náutica do Leste - SSN-2, sediado em Salvador-BA.
1994
Em 9 de julho, ao completar 21 anos de sua "segunda" incorporação havia atingido as marcas de 83.894,0 milhas navegadas e 919.5 dias de mar.
2001
Em 1º de março, deu baixa do serviço ativo pelo Aviso de 06/02/2001, tendo atingido as marcas de 44 anos de serviço, sendo 28 incorporado a Armada, 1.444 dias de mar e 115.000 milhas navegadas.
Foi casco do ex-Faroleiro Nascimento, foi vendido a particulares e foi transformado em restaurante, fundeado ao largo da praia da Preguiça em Salvador-BA.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 404, fev. 1977; n.º 509, jan. 1986; n.º 692, dez. 1999; n.º 708, abr. 2001. Agradecemos
as colaborações de Marcelo Lafayette, que nos informou
sobre o destino final do navio, e do Comandante Carlos Dufriche, sobre
o caso do N/M Santa Helena, em email de 05/03/2007. |
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||