1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh
Nome
O NOME
O Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, era filho de Guilherme Greenhalgh e de dona Agostinha Fróis, nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de junho de 1845, oriundo de uma familia que migrou da Escócia para o Brasil.
Matriculou-se na Escola de Marinha em fevereiro de 1862.
Pela ordem de merecimento, nos exames prestados, ocupava o quarto lugar numa turma de trinta e um aprovados.
Da sua turma, nove foram indicados para o acesso a Guarda-Marinha e, em acordo com o Conselho de Instrução, Greenhalgh foi classificado em primeiro lugar, como Chefe de Classe, porque obtivera “maior soma de melhores notas de aprovação nas matérias do terceiro ano e exibe melhor comportamento e respeito dos outros.”
Completou seu ciclo de instrução a bordo da Corveta Dona Januária. Nomeado Guarda-Marinha em 29 de novembro de 1864, foi designado para embarcar na Corveta Imperial Marinheiro, passando a seguir para a Fragata Constituição. Em princípios de 1865, passou para a Corveta Parnahyba, a fim de adquirir a necessária prática de serviço em operações de guerra.
Chegando ao Rio da Prata, apresentou-se a bordo da lendária corveta, ao mando de Aurélio Garcindo de Sã.
A 30 de abril, a Parnahyba partiu de Buenos Aires, juntamente com a Canhoneira Ivaí e a Fragata Amazonas, esta com a insígnia do Chefe-de-Divisão Francisco Manuel Barroso da Silva.
A 11 de junho de 1865 trava-se a memorável batalha naval do Riachuelo.
A bravura da tripulação da Parnahyba tornou-se célebre, destacando-se o Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, o Imperial-Marinheiro Marcilio Dias, os oficiais do Exercito Capitão Pedro Afonso Ferreira e Tenente Inácio de Andrade Maia, tombados na refrega.
A nossa bandeira que chegou a ser arriada por um oficial paraguaio, o qual também se apoderou do leme, foi defendida até à morte pelo Guarda-Marinha Greenbalgh e pelo Capitão do Exercito Pedro Afonso Ferreira, que morreram terrivelmente acutilados, mas emergiram para os esplendores da história.
Para homenagear sua memória, ainda nesse ano de 1885, o governo mandou dar o seu nome a uma Canhoneira, a qual prestou assinalados serviços na própria guerra contra o governo do Paraguai. Mais dois navios perpetuaram-lhe o nome: Um pequeno vapor de casco de madeira, transformado em torpedeira, um Contratorpedeiro líder de flotilha construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e a atual Fragata Greenhalgh – F 46.
DESCRIÇÃO DO BRASÃO
Num pentágono formado de cabos de ouro e encimado pela coroa naval; em campo cortado de vermelho e azul, uma faixa ondada de prata, da qual emerge um braço vestido de azul marinho empunhando a bandeira do Brasil, hasteada de ouro. A faixa ondada simboliza o rio, onde a 11 de junho, na abordagem da Corveta Parnahyba, o Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh deu a vida pela integridade da Pátria ao defender com indômita bravura o Pavilhão Nacional. - NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 502, abr./mai/jun. 1985; n.º 686, jun. 1999. - Folheto Bem-Vindo a Bordo da Fragata Greenhalgh - F 46 |
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