1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NPa Guanabara - P 48

Classe Grajaú

 

"Lince dos Mares"

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 20 de dezembro de 1996(1)
Lançamento: 5 de novembro de 1997
Incorporação: 9 de julho de 1999

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 197 ton (padrão), 217 ton (carregado).
Dimensões: 46.5 m de comprimento, 7.5 m de boca e 2.3 m de calado.
Propulsão: 2 motores diesel MTU 16V 396 TB94 de 2.740 bhp cada, acoplados a 2 eixos com hélices de três pás e passo fixo.

Combustível: 23 tons.

Eletricidade: 3 geradores no total de 300 Kw.

Velocidade: máxima de 26.5 nós e máxima mantida de 22 nós.

Raio de ação: 2.200 milhas náuticas à 12 nós (10 dias).
Armamento: 1 canhão Bofors L/70 de 40 mm; 2 metralhadoras BMARC-Oerlikon GAM BO1 de 20mm em dois reparos singelos.
Sensores: 1 radar de navegação Decca 1290A, banda I. Equipado com GMDSS - Global Marine Distress and Safety e equipamento de visão noturna.
Equipamentos: 1 lancha de casco semi-rigido (RHIB), com capacidade para 10 homens e 1 bote inflável para seis homens, usados para salvamentos e abordagens. Um guindaste eletro-hidraulico com capacidade para 620kg.

Código Internacional de Chamada: ?

Tripulação: 29 homens, sendo 4 oficiais e 25 praças.

Obs:Características da época da incorporação.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Patrulha Guanabara - P 48, foi ordenado em 1995 como parte do 5º lote de duas unidades da classe, junto ao estaleiro INACE - Industria Naval do Ceará S/A, em Fortaleza. O Guanabara é o sétimo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a Baía do Rio de Janeiro. Foi construído seguindo o projeto da Vosper-QAF Ltd, de Singapura. O casco 531, casco foi desemborcado e foi realizada a cerimônia de batimento de quilha pelo Ministro da Marinha em 20 de dezembro de 1996(1), pelo Ministro da Marinha, AE Mário César Rodrigues Pereira, foi batizado e lançado ao mar em 5 de novembro de 1997, tendo como madrinha a Sra. Rose Marie Neves de Sabóia, esposa do Almirante-de-Esquadra Henrique Sabóia, ex-Ministro da Marinha no Governo José Sarney. Na cerimonia de lançamento ao mar também compareceram diversas autoridades civis e militares, entre elas os Almiorantes Valdir Bastos Pontes e Estanislau Façanha, cearenses assim como o Almirante Sabóia, o Diretor Geral de Material da Marinha, o Diretor de Engenharia Naval, o Coordenador do Programa de Reaparenhamento da Marinha e os então Comandantes dos 2º e 3º Distritos Navais. Foi incorporado em 9 de julho de 1999.

O casco Guanabara, assim como do Guarujá, foi construído emborcado e em um único bloco, possibilitando, assim, melhores resultados nas soldagens e carenagem do chapeamento. Foi lançado ao mar emborcado, utilizando-se do elevador de navios do estaleiro, e, a seguir, o seu desemborcamento, com segurança, empregando-se guindastes. Após a manobra, o navio retornou ao elevador de navios e foi transferido, novamente para a oficina, para continuação dos serviços, com ênfase, agora, na instalação das linhas de eixo e dos equipamentos.

 

Casco do Guanabara, dentro da doca antes de ser virado para ter sua construção concluída. (foto: INACE) Sequencia de virada do casco do Guanabara, para posição normal a fim de ter sua construção concluída. (foto: INACE) O NPa Guanabara, ainda na carreira do Estaleiro INACE, em Fortaleza, Ceará. (foto: INACE) O Guanabara no elevador de navios antes de ser lançado ao mar. (foto: SRPM) A Senhora Rose Marie Sabóia, madrinha do navio, durante a cerimônia de batismo e lançamento ao mar do Guanabara. (foto: SRPM)

 

Os NPa classe Grajaú tinham a previsão de receber a diretora Radamec 1000N, mas esse projeto foi temporariamente suspenso.

 

1999

 

Em setembro, passou a subordinação do 4º Distrito Naval, integrando o Grupamento Naval do Norte (GrupNNorte). Tem como área de atuação o litoral dos Estados do Pará, Maranhão, Amapá e também os rios da Amazônia, operando a partir de Belém-PA.

 

Recebeu o Prêmio Contato CNTM/1999 Distrital/4º DN, do Comando Naval de Controle do Trafego Marítimo, pela sua destacada participação no Sistema de Informações sobre o Tráfego Marítimo em proveito da segurança e da salvaguarda da vida humana no mar, em áreas de responsabilidade da Marinha do Brasil.

 

Participou da Operação ADERIB Norte I/99.

 

Participou da Operação DEPORTEX Norte II/99.

 

2000

 

Durante uma comissão de patrulha, recebeu pedido de socorro do veleiro sul-africano "Nightjar", que se encontrava encalhado em um banco de areia no litoral do Maranhão, próximo à cidade de Turiaçu. Uma hora depois já se encontrava na area do sinistro, resgatando os quatro tripulantes que foram transportados para São Luis-MA.

 

Participou da Operação CARIBEX I/00.

 

Participou da Operação ADEGT 2000.

 

2001

 

Recebeu do Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo – COMCONTRAM, o Prêmio Contato CNTM/2000 Distrital/4º DN, relativo ao período 1º de maio de 2000 a 30 de abril de 2001.

 

2004

 

Em 9 de julho, completou 5 anos de Serviço Ativo, tendo atingido até essa data a marca de mais de 500 dias de mar. O Guanabara foi o primeiro da classe a navegar na calha principal do Rio Amazonas até a cidade de Manaus e o primeiro a ser homologado para condução de Operações Aéreas.

 

2005

 

Entre 31 de outubro e 4 de novembro, realizou a Operação CONVÉS, na Baía de Marajó em conjunto com aeronaves UH-1H do 1º/8º GAv da FAB.

 

2006

 

Em 4 de junho, atracado em Belém-PA, participou das comemorações alusivas ao aniversario da Batalha Naval do Riachuelo, tendo ficado aberto a visitação.

 

2007

 

Em 11 de junho, data alusiva ao 142º Aniversario da Batalha Naval do Riachuelo, realizou ação de presença em Santana-AP.

 

2011

 

Entre ? de abril e 11 de maio participou da Operação CARIBEX-2011 integrando o Grupo de Adestramento CARIBE formado pelo RbAM Triunfo e o NPa Grajaú do Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste e pelos NPa Bracuí e Guanabara do Grupamento de Patrulha Naval do Norte.

 

A primeira atividade da Comissão foi a execução de exercícios Navio-Patrulha francês La Capricieuse – P 684. Os navios fizeram visitas a diversos portos da costa das Américas Sul e Central. De 14 a 16 de abril, eles estiveram no porto de Georgetown, na Guiana, onde receberam as visitas do Chefe de Estado-Maior das Forças de Defesa da Guiana, Comodoro Gary Anthony Rodwell Best, e do Comandante da Guarda Costeira, Coronel Jullian Brewster Lovell, além de 233 alunos da rede escolar da cidade. Ainda nesse porto, dois militares da Guarda Costeira embarcaram no Rebocador de Alto-Mar Triunfo, com o propósito de participar da comissão até Paramaribo, no Suriname.

 

De 21 a 25 de abril, os navios atracaram no porto de San Juan, em Porto Rico. Durante a estadia na cidade, os militares dos navios brasileiros visitaram a base da Guarda Costeira dos Estados Unidos, no intuito de ampliarem os conhecimentos sobre as tarefas executadas por aquela Força, já que suas atividades se assemelham às desempenhadas pelos navios distritais da Marinha do Brasil.

 

Na noite de 26 de abril, quando atracaram no porto de St. John’s, os navios participantes da Comissão se tornaram as primeiras embarcações da Marinha do Brasil a visitarem a nação caribenha de Antígua e Barbuda. Os navios foram recebidos pelo embaixador brasileiro no País, Brian Michael Fraser Neele, que promoveu diversos eventos para a tripulação. Em retribuição à acolhida, o Rebocador de Alto-Mar Triunfo ofereceu um almoço às autoridades militares antiguanas e o Navio-Patrulha Grajaú recebeu a visita do Primeiro-Ministro de Antígua e Barbuda, Sr. Baldwin Spencer.

 

Foram ainda visitados os portos de Fort-de-France, em Martinica, e Paramaribo, no Suriname.

 

Entre os dias 10 e 12 de junho participou dos eventos comemorativos em homenagem ao 146° Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo atracado em Belém-PA.

 

O Guanabara atracado em Belém durante as comemorações do 146º Aniversario da Batalha Naval do Riachuelo. (foto: CCSM)

 

Entre os dias 1º e 18 de novembro realizou com a Fragata Independência – F 44 do comando da Força de Superfície a Operação VIGIAR ATLÂNTICO 2011, da qual também participaram o NPa Bocaina – P 62 e meios aeronavais. A operação foi conduzida pelo Grupo-Tarefa 710.2, sob o comando do Contra-Almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, Comandante da 2ª Divisão da Esquadra (ComDiv-2), na área marítima compreendida entre os Estados do Amapá e do Maranhão. Essa operação teve como propósito a realização de ações de Patrulha Naval nas Águas Jurisdicionais Brasileiras, implementar ações de presença nessas áreas marítimas e incrementar o adestramento em ação de Interdição Marítima.

 

2012

 

Entre 5 e 22 de novembro participou da Operação RIBEIREX-AMAZONAS realizada pelo
Grupamento de Patrulha Naval do Norte, Comando da Flotilha do Amazonas, tropas
do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém e do Batalhão de Operações Ribeirinhas, além de helicópteros do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, na região de Santarém-PA, com o propósito  adestrar a tripulação dos Navios e Tropas de Fuzileiros Navais em Operações Ribeirinhas.

 

A Força-Tarefa ribeirinha foi formada por um GT composto pelos NPa Bocaina – P 62, Guanabara – P 48, Parati - P 13 e Pampeiro – P 12 e o NA Pará – U 15 do Comando do 4º Distrito Naval r o GT Fluvial 420 composto pelos NPaFlu Pedro Teixeira – P 20, Raposo Tavares – P 21 e Roraima – P 30 e o NAsH Soares de Meirelles – U 21.

 

2013

 

Em 22 de abril realizou a apreensão do B/P “Milagre de Deus do Tucunduba”, nas proximidades do Cabo Cassiporé, na costa do Estado do Amapá, pelo descumprimento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário, uma vez que nenhum tripulante estava habilitado, e por suspeita de crime de descaminho.

 

A embarcação, um barco de pesca de 20 metros, adaptado para o transporte de carga, transportava grande quantidade de caixas de cigarros, bebidas alcóolicas, sacos de roupas e equipamentos eletro-eletrônicos no convés, coberto por lona e camuflado com redes de pesca, e no porão, grande quantidade de mercadorias que não pôde ser verificada no momento da apreensão por obstrução do acesso.

 

O Guanabara escoltou e depois rebocou o B/P “Milagre de Deus do Tucunduba” até Belém-PA, tendo sido inspecionado em sua chegada, no dia 24 de abril, por agentes da Polícia Federal e da Receita Federal, a fim de verificar a legalidade da mercadoria e a situação dos tripulantes a bordo da embarcação. Os tripulantes foram presos pela PF e a mercadoria, que encheu quatro caminhões, foi apreendida pela Receita Federal. No total, foram apreendidos cerca de 700 caixas de cigarros, 65 fardos de roupas, 50 caixas de vodka, condicionadores de ar, assessórios automotivos e um motor marítimo.

 

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O NPa Guanabara, é subordinado ao Grupamento Naval do Norte. (foto: SRPM) O NPa Guanabara, nas águas do norte do Brasil. (foto: SRPM)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Paulo Renato Rohwer Santos 09/07/1999 a 26/07/2000
CT Estevão Gomes Pinto de Abreu 26/07/2000 a 19/07/2001
CT Iunis Távora Said 19/07/2001 a __/__/2002
CT __/__/2002 a __/07/2003
CT Ricardo Jaques Ferreira __/07/2003 a 20/07/2004
CT Sérgio Renato Dantas Pinto 20/07/2004 a __/__/2005
CT __/__/2005 a __/__/2006
CT __/__/2006 a __/__/2007
CT __/__/2007 a __/__/2008
CT Marcelo Nascimento Ribeiro da Silva 17/07/2008 a 16/07/2009
CT Marcio Vitor Dias 16/07/2009 a 27/01/2010
CT Marcos Brezinski 27/01/2010 a __/__/201_
CT Romivaldo Silva Vasques __/__/201_ a __/__/201_
CT Luis Carlos Alves Júnior 20/07/2011 a __/__/201_
CT Ronaldo de Almeida Miranda Júnior 20/07/2012 a __/__/201_

Fonte:

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.115-116.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 646, abr. 1996; n.º 657, mar. 1997; n.º 668, dez. 1997; n.º 700, ago. 2000; n.º 713, set. 2001.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, CCSM, n.º 770, jun. 2006.

 

- INACE - Industria Naval do Ceará S/A.


(1) No NOMAR N.º 646, aparece como tendo sido realizado em 22 de abril de 1996.