1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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CS Gurupi - G 2/CS 2/J 17 Classe PC 461
D a t a s
Batimento
de Quilha: 16 de abril de 1942 Baixa
(MB): 1959
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
280 ton (padrão), 450 ton (carregado). Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 20 nós. Raio de ação: 3.000 milhas náuticas à 12 nós. Armamento: 2 canhões de 3 pol. (76.2 mm/50); 3 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 2 lançadores óctuplos de bomba granada A/S (LBG) de 7.2 pol. Mousetrap Mk 20 na proa; 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 2 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9. Sensores: 1 radar de vigilância de superfície tipo SF ou SL; 1 sonar de casco. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 65 homens, sendo 5 oficiais e 60 praças. Obs: Características da época da incorporação na MB.
H i s t ó r i c o
O Caça Submarino Gurupi - G 2, ex-USS PC 547, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo situado na divisa do Pará com o Maranhão. O Gurupi foi construído pelo estaleiro Defoe Boat and Motor Works, em Bay City, MI. Foi lançado em 22 de maio de 1942 e foi incorporado a Marinha dos EUA em 24 de julho de 1942. Junto com o CS Guaporé, foi um dos primeiros navios de guerra transferidos pelos EUA, e incorporados à Marinha do Brasil após o declaração de guerra aos países do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Foi transferido e incorporado a MB em 24 de setembro de 1942 em cerimônia realizada na Base Naval de Natal-RN. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Mauro Ballousier.
O custo de aquisição dos Caça Submarinos dessa classe em 1942-43 era de US$ 1,7 milhões.
A oficialidade do Gurupi cursou a primeira turma da Fleet Sound School em Key West, Florida.
1942
Em 5 de outubro, passou a subordinação da Força Naval do Nordeste (FNNE), criada pelo Aviso n.º 1661, do mesmo dia, para substituir a Divisão de Cruzadores, comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Alfredo Carlos Soares Dutra, e subordinada ao Comandante da 4ª Esquadra Norte-Americana e das Forças Navais do Atlântico Sul, Contra-Almirante (USN) Jonas H. Ingram. A Força Naval do Nordeste era originalmente composta pelos Cruzadores Rio Grande do Sul – C 11 e Bahia - C 12, Navios Mineiros Carioca - C 1, Cabedelo - C 4, Caravelas - C 5 e Camaquã - C 6 e pelo Caça Submarino Guaporé - G 1. Essa força foi depois acrescida de outros navios adquiridos nos Estados Unidos, além dos submarinos classe T, do Tender Belmonte, e dos Contratorpedeiros da classe M, constituindo assim Força-Tarefa 46, da Força Naval do Atlântico Sul, sendo dissolvida apenas no final da guerra.
Iniciou sua vida operacional sendo utilizado junto com o CS Guaporé - G 1, como navio de treinamento para às futuras guarnições dos outros CS's da classe G que viriam a ser entregues nos Estados Unidos.
Em seu livro "A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial", o Almirante Arthur Oscar Saldanha da Gama, descreve o serviço e a vida a bordo dos Caça-Submarino, carinhosamente chamado pelo pessoal da Armada de "Caça-Ferro", em artigo compilado da Revista do Clube Naval, n.º 252, de maio de 1978, de autoria do Almirante Rubens José Rodrigues de Mattos, intitulado "A Vida nos Caça-Ferro, durante a II Guerra Mundial".
Participou, sob o Comando do Capitão-Tenente João Faria de Lima, do serviço de escolta ao navio lançador de cabo Cambria, que fazia a manutenção dos cabos submarinos de comunicação entre os Estados Unidos - Brasil - Europa, em um serviço que constituía girar em torno do Cambria por quatro horas em um sentido, alternado em outras quatro horas no sentido contrario, pois o navio em sua tarefa de inspeção de cabos, que passavam através de roldanas por seu convés, navegava vagarosamente, constituindo em um alvo precioso para os submarinos inimigos.
1943
Verificou nas localidades de Guagerutina, Urumaru, Retiro, Bate-Vento, Aracaju e Curuparu da Mota, na costa do Maranhão, denuncias de presença de submarinos inimigos.
Em fevereiro escoltou comboios na costa Brasileira, em conjunto com o C Bahia e CV Cabedelo.
Entre 16 e 24 de outubro, participou da escolta mista (americana/brasileira) de um comboio Recife - Trinidad - (JT).
Entre 2 e 16 de novembro, participou da escolta mista (americana/brasileira) do comboio Trinidad - Recife (TJ) - TJ 13.
1944
Entre 2 e 11 fevereiro, participou da escolta mista (americana/brasileira) do comboio Recife - Trinidad (JT) - JT 21.
Entre 20 de fevereiro e 5 de março, participou de escolta mista (americana/brasileira) do comboio Trinidad - Recife (TJ) - TJ 24.
Entre 2 e 12 de abril, participou da escolta mista (americana/brasileira), do comboio Recife - Trinidad (JT) - JT 27.
Entre 20 de abril e 4 de maio, participou de escolta mista (americana/brasileira) do comboio Trinidad - Recife (TJ) - TJ 30.
Entre 23 de dezembro e 2 de janeiro de 1945, participou do comboio Recife - Trinidad (JT) - JT 54, em conjunto com o CTE Bracuí – Be 3, compondo a 2a escolta de comboio JT exclusivamente brasileira, de um comboio JT.
1945
Entre 10 e 19 de janeiro, participou da escolta do comboio Trinitad - Recife (TJ) - TJ 59, em conjunto com o CTE Bracuí – Be 3, sendo a 4a escolta exclusivamente brasileira de um comboio TJ.
Entre 21 de fevereiro e 2 de março, participou da escolta do comboio Recife - Trinidad (JT) - JT 66, em conjunto com o CTE Bracuí – Be 3, sendo a 8a escolta de comboio exclusivamente brasileira.
Em 13 de março, partiu de Trinidad, após suspensão dos serviços de comboio no Atlântico Sul, devido a quase inexistência de atividade submarina inimiga na área, em um GT composto pelo CTE Baependi – Be 5 e o CS Guaíba – G 3, chegando em Natal-RN em 20 de março.
Participação total de comissões de escolta de comboios regulares pelo CS Gurupí durante a 2ª Guerra Mundial.
Participação do CS Gurupi na 2ª Guerra Mundial, dividida por comandantes.
1951
Entre 6 e 9 de junho realizou exercícios de guerra e tática anti-submarina com a presença de Aspirantes da Escola Naval e do qual participaram o CT Amazonas - D 12, os CTE Bocaina - Be 8, Bertioga - Be 1 e Bauru - Be 4, o CS Gurupi - G 2 e três aviões da FAB.
1955
Com a nova padronização dos indicativos de casco da MB, teve seu indicativo alterado para CS 2.
1959
Deu baixa do serviço ativo e foi para desmanche.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.119.
- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 590, out. 1992.
- Splinter Fleet – The Wooden Subchsers of the World War II - www.splinterfleet.org
- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.
- História Naval Brasileira – Quinto Volume – Tomo II – Serviço de Documentação Geral da Marinha – SDGM – Rio de Janeiro - 1985. |
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