1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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S Humaitá - S 20 Classe Oberon
D a t a s
Batimento
de Quilha: 3 de novembro de 1970
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
1.620 ton (padrão), 2.040 ton
(carregado na superfície) e 2.410 ton (carregado em mergulho). Velocidade: máxima de 17.5 nós (superfície) e 15 nós (imersão). Raio
de ação: 11.000 milhas náuticas
à 11 nós (superfície ou com snorkel), e 56 dias de autonomia. Controle de Armas: sistema de direção de tiro Ferranti TIOS 24B. Sensores: sonar de casco THORN EMI Type 197CA de media freqüência, passivo/ativo para busca e ataque; hidrofone lateral BAC Type 2007AA de baixa freqüência, para busca; hidrofones de interceptação (goniômetros) DUUG-1 e AUUD-1; ecobatimetro Type 773/776; 1 radar de navegação Kelvin Hughes Type 1006; MAGE UA-4; rádios HF SSA-2 de 500W e SATNAV MAGNAVOX MX 1102. Foi a primeira classe a ser equipada na MB com periscópios capazes de fazer "perifoto". Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 74 homens, sendo 7 oficiais e 67 praças.
H i s t ó r i c o
O Submarino Humaitá - S 20, foi o quinto navio e o terceiro submarino a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem a vitória que a 3ª Divisão da Esquadra obteve sobre a mais poderosa Fortaleza da América no rio Paraguai, em 19 de fevereiro de 1868, Fortaleza de Humaitá. Construção aprovada na revisão do Programa de Construção Naval de 1968, Aviso 1502 (confidencial) de 16/05/1968 MM. Contrato assinado em 27 de agosto de 1969. Foi construído pelo estaleiro Vickers Limited, em Barrow-in-Furness, Lancashire. Teve sua quilha batida em 3 de novembro de 1970 em cerimônia que contou com as presenças do Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Adalberto de Barros Nunes, do Chefe de Gabinete do MM, Contra-Almirante Elmar de Mattos Dias, do Adido Naval do Brasil em Londres e do Presidente da Comissão de Fiscalização e Recebimento de Submarinos na Inglaterra, respectivamente, Capitães-de-Mar-e-Guerra Fernando Ernesto Carneiro Ribeiro e Alfredo Karam. Foi lançado ao mar em 5 de outubro de 1971, tendo como madrinha a Sra. Scylla Nogueira Medici, esposa do Presidente da República Emílio Garrastazu Medici, representada pela Sra. Maria Carolina de Barros Nunes. Foi foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado à Armada em 18 de junho de 1973, pelo Aviso 0466 de 25/05/1973 do MM/EMA e OD 0034/73 de 18/06/73 do CEMA. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata Günter Henrique Üngerer.
A oficialidade do recebimento do Humaitá foi a seguinte:
- CF Günter Henrique Üngerer - Comandante - CC Wintcéas Villaça Barbosa de Godois - Imediato - CC João Paulo Moreira Brandão - CheMaq - CT Pedro Gomes de Paiva - CheOpe - CT Marcos Alberto Barbosa Honaiser - Enc.Div. M - CT Rodin Dantas de Sá - Enc.Div. T - CT José Fernando Ermel - Enc.Div. O
1972
Em julho, foram realizadas as provas de cais.
Em 21 de outubro, foi feita a primeira imersão estática.
1973
Entre fevereiro e junho, foram conduzidas as provas de mar, de superfície e de imersão.
Em 14 de junho, foi assinado o Certificado de Aceitação do navio (Acceptance Form), pelo CMG Alfredo Ewaldo Rutter Mattos.
Depois de incorporado, foi submetido à inspeção de eficiência (work-up), para verificação do funcionamento, adestramento, e inspeção de segurança, realizando também corrida em raia acústica, desmagnetização e verificação do sistema de Direção de Tiro (weapons sea trials).
Em 16 de outubro, suspendeu de Barrow-in-Furness, iniciando a viagem inaugural com destino ao Brasil, fazendo escala em Portsmouth (Inglaterra), Lisboa (Portugal), Las Palmas (Ilhas Canárias), Dakar (Senegal), chegando em Recife-PE em 30 de novembro. A travessia Dakar-Recife, foi a primeira realizada, em imersão, por um submarino brasileiro, com a duração de doze dias e meio. Depois de Recife seguiu para Salvador, onde na Base Naval de Aratu foi visitado pelo Exmo. Sr Presidente da Republica Ernesto Geisel, acompanhado do MM e comitiva.
Em 12 de dezembro, chegou ao Rio de Janeiro, atracando no cais da Base Almirante Castro e Silva (BACS).
1974
Entre agosto e setembro, participou da operação UNITAS XV, em conjunto com unidades da Marinha dos EUA. Depois de participar dessa operação, na qual teve um ótimo desempenho retornou ao porto do Rio de Janeiro, entrando na Baia da Guanabara em imersão, vindo a superfície somente na Ilha de Villegagnon, onde se localiza a Escola Naval.
1975
Tornou-se o primeiro submarino a efetuar medição do nível de ruídos na Raia Acústica de Cabo Frio-RJ.
Entre outubro e novembro, participou da operação UNITAS XVI, em conjunto com unidades da Marinha dos EUA.
1977
Em janeiro, participou da Operação READEX-I/77, junto com unidades das Marinhas dos EUA, Canadá e Holanda, na área maritima do Caribe, integrando um GT composto também pelo NDCC Duque de Caxias - G 26 e pelos CT Marcilio Dias - D 25 e Mariz e Barros - D 26, sob o comando do CMG Ivan da Silveira Serpa, que transportava um GptFN sob o comando do CMG (FN) Coaraciara Bricio Godinho. Dentre outros navios participaram dessa operação o Cruzador Nuclear USS Truxtun - CGN 35.
1978
Entre fevereiro e março, participou da operação READEX 78 realizada em conjunto com unidades das marinhas dos EUA, Inglaterra, Holanda, Canadá e Alemanha.
Em agosto, participou da operação UNITAS XIX, em conjunto com unidades da Marinha dos EUA.
1983
Em dezembro, iniciou seu primeiro Período Normal de Reparos (PNR), sendo também o primeiro Oberon a fazê-lo no Brasil.
1985
Em 27 de junho, participou de uma desfile naval, junto com a F Defensora - F 41 e o CT Rio Grande do Norte - D 37, nas proximidades da Ilha Rasa, no Rio de Janeiro, para o Presidente da República José Sarney, a bordo do NAeL Minas Gerais - A 11.
1987
Tornou-se recordista de dias em imersão, com 23 dias imersos, feitos durante a travessia Africa-Brasil.
Em 13 de dezembro, participou junto com a F Defensora - F 41, e o NDCC Duque de Caxias - G 26, das comemorações do Dia Marinheiro em Itajaí.
1988
Em janeiro, participou da Operação ASPIRANTEX 88/TROPICALEX I/88 realizada na área marítima entre o Rio de Janeiro e Alagoas, integrando a Força-Tarefa 10, sob o comando do ComenCh, Vice-Almirante José do Cabo Teixeira de Carvalho. Participaram da operação o NAeL Minas Gerais - A 11, as F Niterói - F 40, Constituição - F 42 e Independência - F 44, os CT Marcilio Dias - D 25, Maranhão - D 33, Piauí - D 31, Sergipe - D 35 e Espírito Santo - D 38, o NDCC Duque de Caxias - G 26, o NTrT Custodio de Mello - G 20, o NT Marajó - G 27 e os S Riachuelo - S 21 e S Goiás - S 15. Foram visitados os portos de Salvador-BA, Recife-PE.
Entre 4 e ? de abril, participou da Operação TEMPEREX-I/88, integrando a FT-48 sob o comando do ComenCh, VA José do Cabo Teixeira de Carvalho. Também participaram dessa comissão o NAeL Minas Gerais – A 11 (capitânia); F Niterói – F 40, Defensora – F 41, Constituição – F 42 e União – F 45; CT Marcilio Dias – D 25, Mariz e Barros – D 26, Sergipe – D 35 e Mato Grosso – D 34; NT Marajó – G 27 e o S Goiás – S 15.
Realizou Ciclo de Adestramento Completo, com o apoio do Centro e Apoio de Sistemas Navais (CASOP), recém estabelecido.
1991
Entre 22 e 25 de novembro, esteve em Santos-SP durante o intervalo de exercícios de Salvamento Submarino com o NSS Felinto Perry - K 11.
Entre 12 e 16 de dezembro, esteve em Santos junto com o NSS Felinto Perry - K 11 e o S Amazonas - S 16, no intervalo de exercícios de Salvamento Submarino. O Amazonas entrou e saiu no mesmo dia depois de reabastecer permanecendo na barra.
1992
Em 10 de abril, realizou exercícios de demonstração com a F União - F 45, para um grupo de parlamentares ao largo do Rio de Janeiro.
Participou da Operação TEMPEREX-I/92, integrando Força-Tarefa 48, sob o comando do ComenCh, VA José Julio Pedrosa. A FT-48 era formada também pelo NDD Rio de Janeiro - G 31 (capitania), F Niterói - F 40, os CT Paraíba - D 28 e Pernambuco - D 30, que visitaram o porto de Montevideo (Uruguai), e pelas F Defensora - F 41 e União - F 45, pelos CT Marcilio Dias - D 25 e Sergipe - D 35, NT Marajó - G 27 e o S Tupi - S 30, que visitaram o porto de Buenos Aires (Argentina).
1993
Em março, participou da Operação TROPICALEX-I/93, junto com o NDD Rio de Janeiro - G 31, as F Niterói - F 40, Constituição - F 42, Independência - F 44 e União - F 45, CT Marcilio Dias - D 25, Mariz e Barros - D 26, Pará - D 27 e Paraíba - D 28, Cv Jaceguai - V 31, S Humaitá - S 20 e o NT Almirante Gastão Motta - G 23.
Em abril, na seqüência da TROPICALEX-I/93, participou da Operação CARIBEX, ficando 50 dias fora de sede.
Em 20 anos de serviço, navegou mais de 14.000 horas em imersão e conquistou pela primeira vez Troféu Eficiência, relativo ao ano de 1993.
Participou da Operação FRATERNO XIII.
Participou da fase 9 da UNITAS XXXIV.
Participou da DRAGÃO XXIX.
Realizou durante um ano, 102 dias de mar e 1.391 horas e 32 minutos de imersão.
1994
Em janeiro, participou da Operação ASPIRANTEX-SUL, integrando um Grupo-Tarefa sob o comando do CMG Carlos Afonso Pierantoni Gamboa, Chefe do Estado-Maior da Força de Submarinos, junto com o NDD Rio de Janeiro - G 31, as F Defensora - F 41 e Liberal - F 43, os CT Paraíba - D 28 e Espirito Santo - D 38 e o NT Marajó - G 27. Estavam embarcados, distribuidos nos navios, 170 Aspirantes da Escola Naval. Foram visitados os portos de Itajaí e Santos (21 a 24/01).
Em 18 de junho, completou 21 anos de sua incorporação à Armada, tendo atingido até essa ocasião as marcas de mais de 1.000 de mar e mais de 14.000 horas de imersão.
Participou da Operação TROPICALEX e da avaliação operacional da Corveta Inhaúma, ficando 47 dias fora do porto do Rio de Janeiro. Também, participou de exercício com o Submarino argentino ARA San Juan - S 42 e lançou MEC na de Biri , no nordeste do Estado do Rio de Janeiro.
1995
Em 26 de abril, realizou encontro oceânico com uma aeronave C-115 Búfalo do 1º GTT, ao sul da Ilha Grande. Nesse exercício foi lançada de pára-quedas uma equipe de MEC composta de 7 homens, que embarcou no submarino e, que posteriormente, foi realizar, com sucesso, um ataque simulado ao NSS Felinto Perry - K 11, que se achava fundeado em uma enseada na parte norte da Ilha Grande.
Em setembro participou de exercícios da Esquadra, sob o comando do ComemCh, VA Carlos Edmundo de Lacerda Freire, do qual tomaram parte o NAeL Minas Gerais – A 11 os CT Mariz e Barros – D 26, Pará – D 27, Paraíba – D 28 e Paraná – D 29, F Niterói – F 40, Liberal – F 43, Independência – F 44 e União – F 45, Cv Inhaúma – V 30 e Jaceguai – V 31, S Humaitá – S 20 e Riachuelo – S 22, NT Marajó – G 27 e o NA Trindade – U 16. Esteve em Santos entre os dias 15 e 18.
1996
Em 8 de abril, deu baixa do serviço ativo, tendo atingido as marcas 151.258.7 milhas navegadas, 1.193.5 dias de mar e 14.000 horas de imersão e lançou 173 torpedos.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
-
Souza, Marco Polo Áureo Cerqueira de; Nossos Submarinos - sinopse
histórica; 1ª edição; Rio de Janeiro; SDGM; 1986; pág.:
94-100.
- Submarinos do Brasil - www.planeta.terra.com.br/relacionamento/submarinosbr.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 503, jul. 1985; n.º 533, jan. 1988; n.º 535, mar. 1988; n.º 537, mai. 1988; n.º 539b, jul. 1988; n.º 585, mai. 1992; n.º 587, jul. 1992; n.º 601, mai. 1993; n.º 605, out. 1993; n.º 617, mai. 1994; n.º 619, jul. 1994; n.º 635, jun. 1995.
- Revista Tecnologia & Defesa, São Paulo, N.º 36, 1988. |
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