1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Cv Ipiranga - V 17 Classe Imperial Marinheiro
D a t a s
Batimento
de Quilha: 17 de outubro de
1953
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
911 ton (padrão), 1.025 ton (carregado). Tração Estática: 18 toneladas; e cabo de reboque de 500 metros e esta aparelhada para efetuar o lançamento do sistema "Beach Gear". Eletricidade: 2 geradores diesel de 160 kW e 1 gerador diesel de reserva de 75 kW. alternadores. Combustível: 135 tons. Velocidade: máxima de 16 nós; máxima constante 14 nós. Raio
de Ação: 15.000 milhas náuticas. Equipamentos: Maquina de reboque instalada no convés principal; equipamento de Combate a Incendios e Constrole de Avarias fixo e móvel. Código
Internacional de Chamada: PWB?
H i s t ó r i c o
A Corveta Ipiranga - V 17, foi o quarto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, ao riacho histórico de São Paulo. As Corvetas classe Imperial Marinheiro foram idealizadas e mandadas construir pelo Almirante Renato de Almeida Guillobel, em sua gestão a frente do Ministério da Marinha. Foi construída pelo estaleiro C.C. Sheepsbower & Gashonder Bedriff Jonker & Stans, em Rotterdam, Holanda. Teve sua quilha batida em 17 de outubro de 1953, foi lançada ao mar em 26 de junho de 1954 e foi incorporada em 6 de janeiro de 1955. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Ediguche Gomes Carneiro.
As Corvetas classe Imperial Marinheiro, foram originalmente concebidas, como navio guarda-costas, rebocador, mineiro e varredor. Já nos anos noventa, as unidades remanescentes mantinham apenas as características de unidade de patrulha (guarda-costas) e salvamento (rebocador). Seus trilhos para lançamentos de minas e paravanas de varredura não existem mais a bordo. Atualmente a maior restrição das Corvetas nas missões de patrulha é a sua baixa velocidade em relação às velocidades atuais dos navios mercantes. A Corveta tem uma velocidade máxima mantida de apenas 12 nós.
1962
Em 2 de janeiro, apresou o barco lagosteiro francês "Cassiopé", que se encontrava a cerca de 10 milhas da foz do Rio São Gonçalo, no litoral do Ceará, em atividade ilegal de captura de lagosta, forçando-o a suspender suas atividades e aguardar em Fortaleza, instruções do Estado-Maior da Armada. No dia seguinte o B/P foi liberado para retornar as águas de seu pais.
Em agosto, apresou o B/P franceses "Folgor" e "Françoise Christine", que estavam em atividade de captura de lagosta, ilegal, segundo as leis vigentes a época, no litoral do Ceará.
1963
Realizou comissão nos penedos de São Pedro e São Paulo.
1966
Em setembro, rebocou o NB Faroleiro Santana - H 28, que havia sofrido avaria do motor proximo ao farol da Ponta do Mel, de Macau-RN para Recife-PE.
1968
Em 15 de dezembro, sob o comando do Capitão-de-Corveta Heitor Alves Barreira Júnior, partiu de Recife para realizar comissão nos penedos de São Pedro e São Paulo. Nessa comissão foi montada a estação da qual foi realizada a primeira transmissão de radio amador.
1971
Em março, durante patrulhamento do Mar Territorial Brasileiro na área do 3º Distrito Naval, a Cv Ipiranga apresou o B/P “Yeon Kwang”, de bandeira da China Nacionalista (Taiwan), que estava pescando ATUM, a 25 milhas do litoral sul do Rio Grande do Norte. Em seguida, conduziu o pesqueiro até Recife que, na época, era a sede do 3º DN. O Barco Pesqueiro depois de permanecer apresado em Recife por 15 dias, e de pagar uma pesada multa foi liberado. É interessante notar, que o Decreto-Lei que estabeleceu o Mar Territorial de 200 Milhas havia sido assinado a apenas alguns dias, e esse Barco Pesqueiro foi o primeiro estrangeiro preso nas 200 Milhas brasileiras após a entrada em vigor do novo Mar Territorial. Esse apresamento, realizado pela Ipiranga, foi noticia nos principais jornais do pais, e foi alvo de uma reportagem da revista semanal “Cruzeiro”, o mais importante semanário da época.
1978
Foi o Navio Socorro do Ano de 1978 (ou 77?).
1979
No segundo trimestre, foi colocada como navio de prontidão permanente do SALVAMAR na área do 3º Distrito Naval.
Em agosto, resgatou quatro sobreviventes do veleiro sul-africano "Mon Amie", encalhado no Atol das Rocas, a cerca de 140 milhas de Natal. O veleiro havia deixado a Ilha de Fernando de Noronha com destino a Fortaleza. Os sobreviventes foram removidos para o 3º Distrito Naval.
1980
No segundo trimestre, foi colocada como navio de prontidão permanente do SALVAMAR na área do 3º Distrito Naval.
1981
Realizou viagem a GuinéBissau no continente africano.
Até o final desse ano havia atingido as marcas de 237.000 milhas navegadas e 1048,5 dias de mar.
1982
Participou da Operação "COSTEIREX-NORDESTE 82" realizada ao longo do litoral de Alagoas e no porto de Maceió. Também tomaram parte na operação, as Cv Purus e Forte de Coimbra, os NaPaCo Poti e Pirajá, e os NV Aratu, Araçatuba e Anhatomirim, além de tropas dos Grupamentos de Fuzileiros Navais de Salvador-BA e Natal-RN, helicópteros da Força Aeronaval (ForAerNav) e membros do Grupo de Mergulhadores de Combate (GruMec), num total de aproximadamente 600 homens.
Foi o "Navio Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval.
1983
Em outubro, naufragou, durante uma comissão em Fernando de Noronha. Seus destroços encontram-se numa profundidade de aproximadamente 62 metros.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.133-134.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Moore, John. Jane's Fighting Ships 1980-1981. London: Jane's Publishing Company Limited, 1980.
- Braga, Cláudio da Costa. A Guerra da Lagosta, Rio de Janeiro, SDM, 2004.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 435, set. 1979; n.º 443, mai. 1980; n.º 502, abr./mai./jun. 1985.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, CCSM, n.º 790, fev. 2008.
- Revista Marítima Brasileira. Rio de Janeiro, SDGM, n.º 10/12, out/dez 1981.
- Folheto Bem-Vindo à Bordo da Corveta Purus - V 23.
- Colaboração Especial do VA (RRm) Roberto de Oliveira Coimbra. (1) Segundo o Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira, foi incorporada em 06/01/1955, já no Jane's Fighting Ships 1980-1981 consta como 22/09/1955. Na RMB de diz que foi incorporada em 26/05/1955. |
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