1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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CS Jacuí - CS 57/J 7 Classe SC 497/J
D a t a s
Batimento
de Quilha: 27 de julho de 1942 Baixa
(MB): 1951
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
98 ton (padrão), 130 ton (carregado). Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 21 nós. Raio de ação: 1.500 milhas náuticas à 12 nós. Armamento: 1 canhão de 3 pol. (76.2 mm/23); 2 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 2 lançadores quadruplos de bomba granada A/S (LBG) de 7.2 pol. Mousetrap Mk 20 na proa; 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 2 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9. Sensores: 1 radar de vigilância de superfície tipo SF ou SL; 1 sonar de casco. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 27 homens, sendo 3 oficiais e 24 praças. Obs: Características da época da incorporação na MB.
H i s t ó r i c o
O Caça Submarino Jacuí - CS 57, ex-USS SC 1288, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a vários rios homônimos(1) do Brasil. O Jacuí foi construído pelo estaleiro W. A. Robinson Inc., de Ipswich, MA. Foi lançado em 24 de dezembro de 1942 e incorporado a Marinha dos EUA em 12 de fevereiro de 1943. Foi transferido e incorporado a MB em 19 de maio de 1943 em cerimonia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Carlos Roberto Perez Paquet.
O custo de aquisição dos Caça Submarinos dessa classe em 1942-43 era de US$ 500.000.
No livro "A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial", do Almirante Arthur Oscar Saldanha da Gama, há uma breve descrição da vida a bordo dos Caça-Submarino da classe "J", também conhecidos "Caça-Pau".
1943 Em 29 de março, deixou Miami (Florida), rumo a Key West (Florida), em operação de escolta de comboio, integrando um Grupo-Tarefa sob o comando do Capitão-Tenente Arthur Oscar Saldanha da Gama, do qual também faziam parte o CS Juruena - CS 54 (capitânia) e Jundiaí - CS 58. Em 11 de junho, quando viajava ao largo da costa cubana, o CT Saldanha da Gama ordenou a chamada dos CS Jundiaí e Jacuí, por holofote, lhes transmitindo a seguinte mensagem: "Comemora-se hoje a Batalha Naval do Riachuelo. Congratulo-me convosco por termos a honra de festejar este glorioso dia em efetivas operações de guerra". Entre 8 e 12 de junho, o mesmo GT participou de escolta mista americano - brasileira do comboio Key West - Guantanamo Bay (KG 638). O comboio era composto pelos Navios Mercantes Suffolk, Cearalóide, APC-71, Rita, Oldhara, Gallant Fox, Juno, Coverbrook, Domino, Willian J. Bryan, Far e Robert Lowry. O Grupo de Escolta, além dos Caça Submarinos brasileiros era composto também pelos USS SC 675, SC 656, SC 500, SC 1276. SC 1277 e SC 1034, Caça Submarinos norte-americanos. Em 13 de junho, partiu integrando um GT em serviço de escolta mista americano – brasileira do comboio Guantânamo Bay - Aruba - Trinidad - GAT 68, chegando em Trinidad em 19 de junho. Em 27 de junho, recebeu ordens para escoltar o N/M Pelotaslóide, comandado pelo Capitão-de-Longo-Curso Jony Pereira Máximo, que devido a sua baixa velocidade de cerca de 6 nós não conseguia acompanhar o seu comboio, além de fumegar em excesso. O Pelotaslóide foi escoltado pelo Jacuí até Recife, via Georgetown (Guiana), Belém-PA e Cabedelo-PB. A escala na Guiana se deveu à necessidade de reabastecimento dos Caça-Submarinos de escolta, pois não havia aguada suficiente dado ao tempo necessário para a viagem a 6 nós em sua travessia para o Brasil. No Pelotasloide, embarcou o CT Arthur Oscar Saldanha da Gama, assumindo a função de Comodoro do Comboio. No decorrer da viagem o Pelotasloide, devido a correntes favoráveis, desenvolveu 8 nós, não sendo necessário a sua escala em Georgetown, demandando diretamente o farol de Salinas-PA. Em 4 de julho, chegaram a Salinas. O Jacuí teve instruções para ir buscar o prático para a manobra de fundeio do mercante que iria aguardar as escoltas irem abastecer em Belém, pois a Praticagem de Belém tinha tido problemas com suas lanchas de embarque. As 11:00 hs, emparelhou à contrabordo do mercante para o prático embarcar ao largo do Farol de Salinas. Logo em seguida os caças já haviam tomado a formação de entrada no canal de Belém, quando às 12:45 hs, explodia um torpedo a BE do Pelotasloide, recebendo logo em seguida um segundo impacto na popa, adernando e indo a pique na posição 0º 24' S e 47º 36' W. O Jacuí, encostou a contrabordo do Pelotasloide, nele embarcando o CT Saldanha da Gama, para iniciar a caça ao submarino inimigo. Os CS lançaram bombas de profundidade, e apesar do CS Jundiaí - CS 58, sob o comando do CT Pedro Borges Lynch, ter um contato positivo, acabaram revolvendo às águas permitindo assim ao submarino se esquivar. O ataque foi interrompido por ordem do Comandante Naval em Belém, além do que os caças por estarem chegando do estrangeiro em primeira viagem, desconheciam os antecedentes das operações de guerra daquele porto nacional. Após a 2ª Guerra Mundial foi reclassificado J 7.
Participação do CS Jacuí na 2ª Guerra Mundial, dividida por comandantes.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
1951
Deu baixa do serviço.
I m a g e n s
Não disponível no momento
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.144.
- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.
- Splinter Fleet – The Wooden Subchsers of the World War II - www.splinterfleet.org
- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.
- Martins, Hélio Leôncio e Gama, Arthur Oscar Saldanha da. História Naval Brasileira, 5º volume - Tomo II. SDGM. Rio de Janeiro, 1985.
- Arquivos pessoais de Reginaldo José da Silva Bacchi e Márcio Simioni, pesquisadores de assuntos militares e navais de São Paulo - SP. (1) Em Tupi, significa "Rio dos Jacus". |
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