1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
José Bonifácio de Andrada e Silva
Nome
O NOME
José Bonifácio de Andrada e Silva, estadista, literato, cientista e poeta brasileiro, nasceu no dia 13 de Junho de 1763, em Santos, São Paulo. Seu pai, homem de relativa cultura, percebendo as possíveis carreiras intelectuais, que o filho apresentava, tratou logo de sua educação. Tendo terminado seus estudos preliminares apenas com 14 anos de idade, transferiu-se para São Paulo.
Dedicou-se à arte de escrita, filosofia latim e francês. Terminando o curso de humanidades no Brasil aos 17 anos embarcou para Portugal onde se bacharelou em direito na Faculdade de Coimbra em 1786. Dotado de uma inteligência rara, dedicou-se as literaturas clássicas e modernas e também à filosofia teórica. Em 1792 fez uma viagem a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos adquiriu conhecimentos de metalurgia, teve oportunidade de conviver com Lavoisier Jusieu Davy, etc. Retornando ao Brasil em 1800 foi nomeado, Desembargador Honorário da Relação do Porto, Intendente Geral das Minas do Dimo, e condecorado em 1802 pela Universidade de Coimbra, com o título de “Doutor em Filosofia Natural”; foi o primeiro catedrático de Metalurgia da Universidade de Coimbra, Portugal (1801-1806).
Quando Major e Tenente-Coronel, se deu contra a invasão Francesa em Portugal.
Chegando ao Brasil, é designado em 1820 para o conselho. O primeiro ministério organizado pelo Príncipe Regente, por ocasião do Fico, é investido na pasta do Interior e Estrangeiras.
Teve destaque na organização da nossa defesa e foi um dos principais responsaveis pela contratação do Almirante Lorde Thomas Cochrane, por sugestão de Felisberto Caldeira Brant Ponte, o Marquês de Barbacena, para o comando da recém-criada Esquadra Brasileira.
Foi preso e deportado, ao desentender-se com o Imperador Dom Pedro I. Mais tarde reconhecendo Dom Pedro a sua injustiça contra o político, demonstrando-lhe confiança, entregou-lhe a tutoria de seu filho, depois de haver abdicado. Acusado de tentar promover a volta de Dom Pedro I, com intuito de tornar este regente durante a adolescência de Dom Pedro II, foi preso em 15 de dezembro de 1833, e deportado para a Ilha de Paquetá. Em 1834, essa condenação foi confirmada pela Assembléia Geral, sendo absolvido mais tarde, passando a residir em Niterói, onde morreu, sendo consignado o “Patriarca da Independência”.
Faleceu em Niterói no dia 6 de Março de 1838. - NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 458, ago. 1981; n.º 459, set. 1981. |
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