1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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CS Jundiaí - CS 58/J 8 Classe SC 497/J
D a t a s
Batimento
de Quilha: 19 de agosto de 1942 Baixa
(MB): 1951
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
98 ton (padrão), 130 ton (carregado). Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 21 nós. Raio de ação: 1.500 milhas náuticas à 12 nós. Armamento: 1 canhão de 3 pol. (76.2 mm/23); 2 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 2 lançadores quádruplos de bomba granada A/S (LBG) de 7.2 pol. Mousetrap Mk 20 na proa; 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 2 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9. Sensores: 1 radar de vigilância de superfície tipo SF ou SL; 1 sonar de casco. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 27 homens, sendo 3 oficiais e 24 praças. Obs: Características da época da incorporação na MB.
H i s t ó r i c o
O Caça Submarino Jundiaí - CS 58, ex-USS SC 1289, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a cidade homônima(1) de São Paulo. O Jundiaí foi construído pelo estaleiro W.A. Robinson Inc., de Ipswich, MA. Foi lançado em 8 de fevereiro de 1943 e incorporado a Marinha dos EUA em 12 de março. Foi transferido e incorporado a MB em 26 de abril de 1943 em cerimônia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Pedro Borges Lynch.
O custo de aquisição dos Caça Submarinos dessa classe em 1942-43 era de US$ 500.000.
No livro "A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial", do Almirante Arthur Oscar Saldanha da Gama, há uma breve descrição da vida a bordo dos Caça-Submarino da classe "J", também conhecidos "Caça-Pau".
1943
Em 29 de março, deixou Miami (Florida), rumo a Key West (Florida), em operação de escolta de comboio, integrando um Grupo-Tarefa sob o comando do Capitão-Tenente Arthur Oscar Saldanha da Gama, do qual também faziam parte os CS Juruena - CS 54 (capitânia) e CS Jacuí - CS 57.
Em 11 de junho, quando viajava ao largo da costa cubana, o CT Saldanha da Gama, a bordo do CS Juruena, ordenou a chamada dos CS Jundiaí e Jacuí, por holofote, lhes transmitindo a seguinte mensagem: "Comemora-se hoje a Batalha Naval do Riachuelo. Congratulo-me convosco por termos a honra de festejar este glorioso dia em efetivas operações de guerra".
Entre 8 e 12 de junho, o mesmo GT participou de escolta mista americano - brasileira do comboio Key West - Guantanamo Bay (KG 638). O comboio era composto pelos Navios Mercantes Suffolk, Cearalóide, APC-71, Rita, Oldhara, Gallant Fox, Juno, Coverbrook, Domino, Willian J. Bryan, Far e Robert Lowry. O Grupo de Escolta, além dos Caça Submarinos brasileiros era composto também pelos USS SC 675, SC 656, SC 500, SC 1276, SC 1277 e SC 1034, Caça Submarinos norte-americanos.
Em 13 de junho, partiu integrando um GT em serviço de escolta mista americano – brasileira do comboio Guantânamo Bay - Aruba - Trinidad - GAT 68, chegando em Trinidad em 19 de junho.
Em 27 de junho, recebeu ordens para escoltar o N/M "Pelotaslóide", comandado pelo Capitão-de-Longo-Curso Jony Pereira Máximo, que devido a sua baixa velocidade de cerca de 6 nós não conseguia acompanhar o seu comboio, além de fumegar em excesso. O Pelotaslóide foi escoltado pelo Jacuí até Recife, via Georgetown (Guiana), Belém-PA e Cabedelo-PB. A escala na Guiana se deveu à necessidade de reabastecimento dos Caça-Submarinos de escolta, pois não havia aguada suficiente dado ao tempo necessário para a viagem a 6 nós em sua travessia para o Brasil. No Pelotasloide, embarcou o CT Arthur Oscar Saldanha da Gama, assumindo a função de Comodoro do Comboio. No decorrer da viagem o Pelotasloide, devido a correntes favoráveis, desenvolveu 8 nós, não sendo necessário a sua escala em Georgetown (Guiana), demandando diretamente o farol de Salinas-PA. Em 4 de julho, chegaram a Salinas. O Jacuí teve instruções para ir buscar o prático para a manobra de fundeio do mercante que iria aguardar as escoltas irem abastecer em Belém, pois a Praticagem de Belém tinha tido problemas com suas lanchas de embarque. Logo em seguida os caças já haviam tomado a formação de entrada no canal de Belém, quando às 12:45 hs, explodia um torpedo a BE do Pelotasloide, recebendo logo em seguida um segundo impacto na popa, adernando e indo a pique na posição 0º 24' S e 47º 36' W. O Jacuí, encostou a contrabordo do Pelotasloide, nele embarcando o CT Saldanha da Gama, para iniciar a caça ao submarino inimigo. Os CS lançaram bombas de profundidade, e apesar do CS Jundiaí - CS 58, sob o comando do CT Pedro Borges Lynch, ter um contato positivo, acabaram revolvendo às águas permitindo assim ao submarino se esquivar. O ataque foi interrompido por ordem do Comandante Naval em Belém, além do que os caças por estarem chegando do estrangeiro em primeira viagem, desconheciam os antecedentes das operações de guerra daquele porto nacional.
Após a 2ª Guerra Mundial foi reclassificado J 8.
Participação do CS Jundiaí na 2ª Guerra Mundial, dividida por comandantes.
1951
Deu baixa do serviço.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.152.
- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.
- Splinter Fleet – The Wooden Subchsers of the World War II - www.splinterfleet.org
- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.
- Martins, Hélio Leôncio e Gama, Arthur Oscar Saldanha da. História Naval Brasileira, 5º volume - Tomo II. SDGM. Rio de Janeiro, 1985. (1) Em Tupi, significa "Rio dos Jundiás". |
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