1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NV/NAux Juruá - M 13/U 19

Classe YMS 1

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 28 de dezembro de 1942
Lançamento: 29 de janeiro de 1944
Incorporação (USN): 29 de abril de 1944

Baixa (USN): 1º de janeiro de 1960

Incorporação (MB): 18 de janeiro de 1963

Baixa (MB): 25 de maio de 1982


 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 270 ton. (padrão) e 320 ton (carregado).
Dimensões: 41.45 m de comprimento, 7.49 m de boca e 2.43 m de calado.
Propulsão: 2 motores diesel General Motors 8-268A de 880 bhp cada, acoplados a dois eixos com hélices de passo fixo através de um engrenagem redutora Snow and Knobstedt.

Eletricidade: dois geradores diesel G.E., 120cc, 60kw e 30 kw, para fornecimento de energia elétrica e um gerador diesel de emergência G.E., 250cc e 540kw para operações de varredura.

Velocidade: máxima de 12 nós.

Raio de ação: 2.500 milhas à 8 nós.
Armamento: 4 metralhadoras em dois reparos duplos Oerlikon Mk 12 de 20 mm.
Sensores: 1 radar de vigilância de superfície SPS-10 e um sonar AN/QUS-1B de alta definição para operações de caça-minas.

Código Internacional de Chamada:
Tripulação: 33 homens, sendo 4 oficiais e 29 praças.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Varredor Juruá - M 13, ex-USS Jackdaw - MSC 21, foi o quarto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo(1) na Amazônia. Foi construído no estaleiro Weaver Shipyards, de Orange, Texas, EUA, sendo lançado ao mar em 29 de janeiro de 1944 e incorporado a U.S. Navy em 29 de abril de 1944. Durante a 2ª Guerra Mundial, participou da invasão da França, recebendo inclusive a Medalha de Combate com uma Estrela. Foi tranferido para o Brasil em 18 de janeiro de 1960 e incorporado a MB em 18 de janeiro de 1963.

 

Os navios dessa classe foram incorporados na U.S.Navy com a classificação de YMS, que foi alterada para MSC em 1955.

 

1963

 

Em 6 de agosto, chegou ao Rio de Janeiro, atracando no cais sul da Ilha das Cobras, após uma travessia de 8.494 milhas e 40 dias de mar. Foi incorporado a 1ª Divisão de Navios Varredores da Força de Minagem e Varredura, criada pelo Aviso Ministerial n.º 0818 de 12 de maio de 1961, tendo desde então participado de várias Operações DRAGÃO e UNITAS, além de ter participado de patrulhas na entrada da baía da Guanabara, vigilância de navios hidrográficos, navio de socorro e salvamento, além de servir de navio de treinamento para oficiais da Escola de Marinha Mercante.

 

Nesse ano a Força de Minagem e Varredura, deixou de ser subordinada ao Comando do 1º Distrito Naval e passou para a Esquadra.

 

1967

 

A Força de Minagem e Varredura passou a chamar-se Esquadrão de Minagem e Varredura.

 

1968

 

Realizou viagem de adestramento, compondo Grupo-Tarefa com os NV Javarí - M 11, Jutaí - M 12 e Juruena – M 14 e os NPa Piranha - J 30 e Piraquê - J 32, visitando os portos de Santos-SP, Ilha Bela-SP, Angra dos Reis-RJ e Vitória-ES.

 

Viagem de adestramento em GT, com os navios acima, para representar a MB no Rio Grande do Sul na Semana da Pátria. Portos visitados: Santos-SP, Itajaí-SC, Rio Grande-RS, Porto Alegre-RS e Paranaguá-PR.

 

1971

 

Em 7 de março, foi transferido junto com a Força de Minagem e Varredura para a Base Naval de Aratu, em Salvador-BA.

 

1974

 

Em 26 de julho, por ato ministerial foi reclassificado como Navio Auxiliar, e foi transferido do Esquadrão de Minagem e Varredura para o Grupamento Naval do Leste, subordinado ao Comando do 2º Distrito Naval.

 

1977

 

Em 9 de setembro, com o Presidente da Republica, General Ernesto Geisel, embarcado na F Niterói – F 40, participou da revista naval em sua homenagem, junto com o CT Pará – D 27 e Alagoas – D 36, Cv Purus – V 23 e Caboclo – V 19, NV Aratu – M 15, Anhatomirim – M 16, Atalaia – M 17, Araçatuba – M 18 e Albardão – M 20, e o NA Javari – U 18.

 

1980

 

Em abril, participou da Operação APERIBÊ, realizada pelo Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN). A manobra consistia em um exercício de defesa das instalações portuárias e plataformas marítimas da Petrobrás no litoral sergipano, contou também com a participação das Corvetas Caboclo - V 19 e Purus – V 23, do Navio Auxiliar Javarí - U 18 do Grupamento Naval do Leste (GrupNLeste), e dos Navios Varredor Aratu - M 15 e Anhatomirim – M 16 da Força de Minagem e Varredura (ForMinVar). A Purus em companhia do Rebocador "Subauna" da Petrobrás, representou a força inimiga nesse exercício.

 

Participou de diversas operações DRAGÃO e UNITAS, além de terem executado tarefas especiais, como socorro e salvamento, patrulhamento da entrada da Baia da Guanabara, vigilância de navios hidrográficos e até mesmo viagens de adestramento de oficias da Marinha Mercante.

 

1981

 

Participou da Operação APERIPÉ realizada no litoral sergipano com o propósito de defesa das instalações portuárias, terminais e plataformas marítimas naquela região, incluindo desembarque anfíbio, varredura de minas e controle do trafego marítimo. Os navios formaram dois Grupos-Tarefa, um do Grupamento Naval do Leste comandado pelo CMG Alberto Lima do Amaral composto pela Cv Purus, NV Araçatuba e Albardão e NA Juruá e Javari; e outro, do Grupamento Naval do Nordeste, comandado pelo CMG Jorge Ponsati da Silva Pereira,  com a Corveta Forte de Coimbra e os NaPaCo Poti e Pirajá.

 

1982

 

Em 25 de maio, foi submetido a Mostra de Desarmamento dando baixa do serviço ativo da Armada em cerimônia conjunta com o NAux Javari, realizada no cais Alfa da Base Naval de Aratu, presidida pelo Comandante do 2º Distrito Naval, VA Bernard David Blower, em cumprimento a um Aviso de 17/02/82.

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Navio Varredor Juruá, em operação. (foto: SDM) O Navio Auxiliar Juruá, atuava na área do 2º DN operando a partir de Salvador. (foto: SRPM) O Navio Varredor Juruá, com a tripulação formada na proa. Notar o radar de superfície SPS-10. (foto: SRPM, coleção de José Henrique Mendes) O Navio Varredor Juruá, cruzando a Baia da Guanabara. (foto: SRPM, via José Henrique Mendes) O Juruá deixando a Baía da Guanabara. (foto: SDM, via José Henrique Mendes)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT José Júlio Pedrosa __/__/196_ a __/__/196_
CT Gaspar de Souza Dias __/__/1969 a __/__/1970
CT José Roberto Loureiro Pimentel de Mello __/__/1977 a __/__/1978

 

H i s t ó r i c o  A n t e r i o r

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.153.

 

- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 412, out. 1977; n.º 443, mai. 1980; n.º 460, out. 1981.

 

- Revista Marítima Brasileira. Rio de Janeiro, SDGM, n.º 10/12, out/dez 1981.

 

- YMS 425 - www.ussyms425.com

 

- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.

 

- Colaboração de José Henrique Mendes.


(1) Em Tupi, significa "Embocadura Larga".