1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

CS Juruena - CS 54/J 4

Classe SC 497/J

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 9 de abril de 1942
Lançamento: 27 de outubro de 1942
Incorporação (USN): 11 de novembro de 1942
Baixa (USN): 30 de dezembro de 1942
Incorporação (MB): 30 de dezembro de 1942

Baixa (MB): 1951

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 98 ton (padrão), 130 ton (carregado).
Dimensões: 33,52 m de comprimento, 5,18 m de boca e 1,52 m de calado.
Propulsão: diesel; 2 motores diesel de 16 cilindros General Motors Model 184A "Pancake" gerando 1.200 bhp, acoplados a dois eixos com hélices de três pás.

Eletricidade: ?

Velocidade: máxima de 21 nós.

Raio de ação: 1.500 milhas náuticas à 12 nós.

Armamento: 1 canhão de 3 pol. (76.2 mm/23); 2 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 2 lançadores quadruplos de bomba granada A/S (LBG) de 7.2 pol. Mousetrap Mk 20 na proa; 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 2 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9.

Sensores: 1 radar de vigilância de superfície tipo SF ou SL; 1 sonar de casco.

Código Internacional de Chamada: ?

Tripulação: 27 homens, sendo 3 oficiais e 24 praças.

Obs: Características da época da incorporação na MB.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Caça Submarino Juruena - CS 54, ex-USS SC 766, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo no Mato Grosso que é tributário do Tapajós. O Juruena foi construído pelo estaleiro W. A. Robinson Inc., de Ipswich, MA. Foi lançado em 27 de outubro de 1942 e incorporado a Marinha dos EUA em 11 de dezembro de 1942. Foi transferido e incorporado a MB em 30 de dezembro de 1942 em cerimonia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Manoel João de Araújo Neto.

 

O custo de aquisição dos Caça Submarinos dessa classe em 1942-43 era de US$ 500.000.

 

No livro "A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial", do Almirante Arthur Oscar Saldanha da Gama, há uma breve descrição da vida a bordo dos Caça-Submarino da classe "J", também conhecidos "Caça-Pau".

 

1943

 

O navio ficou algum tempo em Miami, para servir como navio de treinamento para as guarnições brasileiras, antes do recebimento das novas unidades, sendo também, eventualmente utilizado, por ordem do Chefe da Comissão Brasileira, Capitão-de-Fragata Harold Reuben Cox, em missões de vigilância e caça a submarinos.

 

Em 29 de março, deixou Miami (Florida), rumo a Key West (Florida), como o capitânea de um Grupo-Tarefa comandado pelo Capitão-Tenente Arthur Oscar Saldanha da Gama, composto também pelos CS Jacuí - CS 57 e Jundiaí - CS 58, em operação de escolta de comboio.

 

Entre 8 e 12 de junho, o mesmo GT participou de escolta mista americano - brasileira do comboio Key West - Guantanamo Bay (KG 638). O comboio era composto pelos Navios Mercantes Suffolk, Cearalóide, APC-71, Rita, Oldhara, Gallant Fox, Juno, Coverbrook, Domino, Willian J. Bryan, Far e Robert Lowry. O Grupo de Escolta, além dos Caça Submarinos brasileiros era composto também pelos USS SC 675, SC 656, SC 500, SC 1276. SC 1277 e SC 1034, Caça Submarinos norte-americanos.

 

Em 11 de junho, quando viajava ao largo da costa cubana, o CT Saldanha da Gama ordenou a chamada dos CS Jundiaí e Jacuí, por holofote, lhes transmitindo a seguinte mensagem: "Comemora-se hoje a Batalha Naval do Riachuelo. Congratulo-me convosco por termos a honra de festejar este glorioso dia em efetivas operações de guerra".

 

Em 13 de junho, partiu junto com o GT em serviço, também misto, na escolta do comboio Guantânamo Bay - Aruba - Trinidad (GAT 68), chegando em Trinidad em 19 de junho.

 

Em 3 de julho, partiu finalmente de Trinidad, rumo ao Brasil, como parte do GT misto americano - brasileiro no serviço de escolta do primeiro comboio Trinidad – Recife (TJ 1), chegando em Recife (PE) no dia 14 de julho.

 

Após a 2ª Guerra Mundial foi reclassificado J 4.

 

Participação total de comissões de escolta de comboios regulares pelo CS Juruena durante a 2ª Guerra Mundial.

 

Comboios

Comissões

Trinidad/Recife (TJ) 1
Rio/Recife 17
Recife/Rio 17
Outros Comboios 15
Total 50

 

Participação do CS Juruena na 2ª Guerra Mundial, dividida por comandantes.

 

Comandante Milhas Navegadas Dias de Mar Navios Comboiados Comboios
CT Manoel João de Araújo Neto 22.005 99,5 238 18
CT Hélio Leôncio Martins 28.706 114 140 15
CT João Botelho Machado 9.591 41 10 4

 

1945

 

Em 29 de dezembro, passou a subordinação da Diretoria de Hidrografia e Navegação.

 

1946

 

Foi mandado ao Sul em comissão de inspeção de faróis e para planejar o reacendimento dos mesmos, que permaneceram apagados durante a 2ª GM. Nessa comissão esteve Florianópolis, Naufragados, Ilha da Paz, Conchas, Bom Abrigo, Moela e outros.

 

1951

 

Deu baixa do serviço.

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Manoel João de Araújo Neto 30/12/1942 a __/__/19__
CT Hélio Leôncio Martins __/__/19__ a __/__/19__
CT João Botelho Machado __/__/19__ a __/__/19__
CT Júlio Gonzalez __/__/1946 a __/__/19__

 

 

I m a g e n s

 

Não disponível no momento

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.153-154.

 

- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.

 

- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.

 

- Confraria do Bode Verde - http://www.bodeverde.hpg.ig.com.br

 

- Splinter Fleet – The Wooden Subchsers of the World War II - www.splinterfleet.org

 

- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.

 

- Martins, Hélio Leôncio e Gama, Arthur Oscar Saldanha da. História Naval Brasileira, 5º volume - Tomo II. SDGM. Rio de Janeiro, 1985.