1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NB Mestre João dos Santos - H 13 Classe ?
D a t a s
Batimento
de Quilha: 1944 Baixa: 1º de março de 2001
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
195 ton. (padrão) e 250 ton. (máxima). Velocidade: 6 nós. Raio
de Ação: ? Equipamentos: Porão de carga e pau de carga. Código
Internacional de Chamada:
? obs: características da época da entrada em serviço.
H i s t ó r i c o
O Navio Balizador Mestre João dos Santos - H 13, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Mestre João dos Santos, velho operário do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, ao qual prestou serviços ininterruptos por mais de meio século, até vir a falecer como Mestre da Oficina de Carpintaria. Foi último navio construído no antigo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, ainda no continente, na época em que era seu Diretor o GMG Renato de Almeida Guillobel. Teve sua quilha batida em 1944, foi lançado ao mar em 28 de julho de 1950 e foi submetido a Mostra de Armamento em 1952. Foi seu primeiro comandante o 1º Tenente Ewaldo Lopes de Freitas.
Depois de sua entrada em serviço, seguiu-se um longo período em que se julgou condenado a não sair da Baía da Guanabara, por razões de segurança, e em que se tornou o sustentáculo da manutenção do balizamento da Guanabara, sob a responsabilidade do recém criado Serviço de Sinalização Náutica sediado na então BAMR - Base Almirante Moraes Rego.
Em seus primeiros anos de serviço, onde substituiu o NB Santos Porto, não possuía Comandante e Guarnição permanente, sendo os primeiros em geral destacados da BAMR.
A guarnição de recebimento do Mestre João dos Santos foi a seguinte:
- 1º Ten. Ewaldo Lopes de Freitas – Comandante - 1º Ten. ? - Imediato
- Motorista Adenir Canavezes - ?
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1952
Sob o comando do 1º Ten. Ewaldo Lopes de Freitas, seguiu para o litoral sul da Bahia onde construiu novas casas para os faroleiros em Abrolhos.
1954
Em novembro, construiu os faróis de Alcobaça e Barreiras do Prado.
1955
Construiu o farol do Bom Abrigo e o radiofarol da Ilha da Moela.
1957
Realizou comissão no litoral sul da Bahia.
1964
Entre 17 de setembro e 5 de outubro, realizou o reparo do farolete Xaréu, no interior da Baía da Guanabara.
1967
Nessa ano sua tripulação era quase toda formada por militares, restando apenas um civil, que era o Mestre do Navio.
Entre 19 de maio e 8 de junho, prestou apoio à manutenção do balizamento de Angra dos Reis -RJ.
Entre 3 de julho e 14 de setembro, realizou comissão de manutenção de faróis e balizamentos entre o Rio e Janeiro e Paranaguá-PR.
Entre 21 de setembro e 27 de dezembro, realizou comissão de manutenção de faróis e balizamentos entre o Rio e Janeiro e Paranaguá-PR.
1968-71
Entre 1968 e 1970, realizou quatro comissões ao sul do País, sem nunca ultrapassar Florianópolis, uma em 1968, duas em 1970 e uma em 1971, navegando um total de 5.140 milhas náuticas. Nessas comissões, além dos serviços normais de manutenção e tratamento de faróis e bóias, e de transporte de suprimento aos faróis e balizamentos, construiu novos faróis em Caiobá, na boca da baía de Guaratuba, entre Paranaguá e São Francisco do Sul; torre de alinhamento Ponta de Armação n.º 4, no canal de acesso a Paranaguá; o farolete Laje Grande de Baixo, em São Francisco do Sul, com o auxilio de mergulhadores da BACS; o farol Ponta do Varrid, na Armação de Itapecoroi, ao norte de Itajaí; e reconstruiu o farol da Ponta das Selas, no extremo oeste da ilha de São Sebastião.
1973
Em 12 de junho, foi finalmente incorporado a Armada por força do Aviso N.º 0526 (Bol. do MM N.º 25 de 22/06/1973). Recebendo o indicativo de casco "H 13", e passando a existir como uma OM com comando próprio e não destacado.
1974
Realizou comissão no Rio Grande do Sul, onde fez a manutenção das balizas articuláveis existentes no porto de Rio Grande. Na viagem de volta, o 1º Tenente QC-CA Amoin Guidalevich foi designado pela Ordem de Serviço N.º 0099/74 do CAMR, para embarcar no navio a fim de auxiliar seu Comandante na travessia de Rio Grande para Florianópolis, um dos trechos mais perigos do litoral sul brasileiro, onde inclusive se situa o famoso Cabo de Santa Marta.
1975
Realizou comissão no Rio Grande do Sul, onde mais uma vez fez a manutenção das balizas articuláveis existentes no porto de Rio Grande. Na viagem de volta, lançou 12 novas balizas articuláveis no canal de acesso ao porto de Santos, onde seu Comandante, o então CT Calazans deu inicio a providencias para a futura instalação do Núcleo de Balizamento daquele porto em área até então utilizada pelo Grupamento de Fuzileiros Navais de Santos.
1978
No inicio de 1978, foi submetido a um PNR - Período Normal de Reparos na carreira do CAMR.
Sob o Comando do CT Palmer, recebeu Ordem de Movimento do CAMR, sendo definitivamente transferido para Santos-SP, passando a atuar no balizamento de todo o litoral de São Paulo. Na viagem de transferência o navio transportou e fundeou em Alcatraz, bóias demarcatórias da raia de tiro para exercícios da Esquadra. O Núcleo de Balizamento de Santos inicialmente ficou sediado no próprio Mestre João dos Santos até ser definitivamente instalado no antigo GptFNSantos. Um dos primeiros serviços em Santos foi a retirada das balizas articuláveis, que foram substituídas por cinco pares de bóias luminosas indicativas do canal de acesso ao porto.
1986
Em 28 de julho, suspendeu do Porto de Santos com a finalidade de inspecionar e efetuar a manutenção na sinalização náutica na área de Santos, Cananéia, São Sebastião, Guaraguatatuba e Ubatuba.
2001
Em 1º de março, deu baixa do serviço ativo, pelo Aviso de 06/02/2001, sendo submetido a Mostra de Desarmamento, tendo atingido até essa data às marcas de 49 anos de serviço, sendo 28 incorporado a Armada, 66.523 milhas navegadas e 938,5 dias de mar.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
I m a g e n s
B i b l i o g r a f i a
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 517, set. 1986.
- Colaboração de José Henrique Mendes. Nota: Agradecemos a gentil colaboração do CF Carlos Roberto da Silva. |
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