1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Aviso Fluvial/Canhoneira

Oyapock

 

ex-Cidade de Belém

ex-Amapá

Classe ?

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 1906
Lançamento: 30 de abril de 1907
Incorporação: 4 de novembro de 1908
Baixa: ?

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 177.5 tons (leve) e 195 ton. (carregado)

Dimensões: 41.75 m de comprimento, 5.18 m de boca, 3.01 de pontal e 1.82 m de calado.

Propulsão: vela e vapor, com dois mastros e quatro conjuntos de velas; e duas maquinas de tripla expansão e 1 caldeira Babcock & Wilcox de 180 psi, acionando dois eixos com hélices de três pás de passo fixo.

Geração de Energia e Auxiliares: um motor a vapor Emerson Walker & Thompson Bros. Ltd., Type D para os molinetes dos cabos de proa; máquina do leme a vapor e gerador DC a vapor.

Combustível: 50 tons. de carvão.

Velocidade: 14 nós.

Raio de ação: ?

Armamento: 1 canhão de 3 libras na proa.

Código Internacional de Chamada: PXCK

Tripulação: 44 homens, sendo 4 oficiais e 40 praças.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Aviso Fluvial Oyapock, ex-Cidade de Belém, ex-Amapá, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio localizado na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Foi projetado e construído por Thornycroft Ltd., seguindo especificações do Governo Brasileiro para cumprir duas missões. Apesar de destinado principalmente a função de Cruzador Aduaneiro ou Navio Patrulha, era equipado com cinco cabines com dois leitos e salão de jantar a fim de, quando surgi-se a ocasião, pude-se servir como Iate Presidencial. A quilha do então casco 459 foi batida em 1906, no estaleiro Thorncroft Ltd, de Woolston, em Southampton, Reino Unido. Foi lançado ao mar em 30 de abril de 1907, e depois de ser submetido a testes de maquinas em Stokes Bay em 28 de maio, quando atingiu 266.8hp e 11.46 nós de velocidade, partiu para o Brasil em 4 de junho. Serviu ao Ministério da Fazenda com o nome de Aviso-Aduaneiro Cidade de Belém. Em 4 de novembro de 1908, foi trocado com o Ministério da Marinha pelo Aviso Tocantins. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Corveta José Monteiro de Moura Rangel.

 

1908

 

Em 20 de novembro, foi incorporado a Flotilha do Mato Grosso.

 

1909

 

Em abril, seguiu para o Mato Grosso, passando a integrar a Flotilha do Mato Grosso com sede em Ladário.

 

Nesse ano teve o seu armamento alterado, sendo substituído o canhão de 3 libras por dois canhões Hotchkiss de TR de 37 mm na proa e duas metralhadoras Maxim no tombadilho superior.

 

1912

O Aviso Fluvial/Canhoneira Oyapock (ex-Cidade de Belém, ex-Amapá) fundeado ao largo do Arsenal de Marinha de Ladário. (Álbum Gráfico do Estado de Mato Grosso, de 1912, via Luiz Eduardo Silva Parreira)

 

1913

 

Em outubro, fez experiência de maquinas e auxiliares.

 

Encontrava-se em bom estado.

 

1918

 

Seu armamento foi mudado mais uma vez, com os canhões de Hotchkiss de 37 mm da proa sendo substituídos por duas metralhadoras Nordenfelt de 25 mm, as metralhadoras Maxins do tombadilho superior por dois canhões Hotchkiss de 47 mm e foi construída uma plataforma no teto da cozinha, entre os barcos, para um morteiro Armstrong de 87 mm.

 

1926

 

Em 16 de setembro, pelo Aviso n.º 3.740 do MM teve sua designação alterada de Aviso Fluvial para Canhoneira.

 

1932

 

Durante um período de reparos teve os seus canhões de 47 mm colocados em reparos de duplo emprego com grande angulo de conteira.

 

Acompanhado do M Pernambuco, combateu contra forças rebeldes em Porto Esperança e Porto Murtinho, atirando contras suas posições e tendo inclusive sofrido ataque aéreo, sem entretanto, ser atingido.

 

1934

 

Seu equipamento de radio, junto com os geradores sofreu considerável melhoria.

 

1937

 

Passou por amplos reparos, que incluíram melhorias nas partes habitáveis e o passadiço foi fechado com painéis de madeira.

 

1938

 

O morteiro Armstrong de 87 mm e a plataforma foram removidos, e no seu lugar, foi instalado um terceiro canhão Hotchkiss de 47 mm.

 

1943

 

Transportou uma comissão de oficiais do Exercito dos EUA até o Rio Taquari, para fazerem observações astronômicas.

 

Em setembro, auxiliou na recuperação dos corpos de um naufrágio na região do Rebojo.

 

1964

 

Em 19 de novembro, deu baixa do serviço ativo da Armada na Base Naval de Ladário. Nesses quase 56 anos de serviço, atingiu a marca de 105 comissões, navegou 15.376 milhas e serviu sob o comando de 77 Comandantes !

 

A oficialidade da baixa da Canhoneira Oyapock foi a seguinte:

 

     - CT ? – Comandante

     - CT ? – Imediato

     - 1º Ten. Engº. Maquinista ? - Chefe de Maquinas

     - 1º Ten. ? - Encarregado de Armamento

     - 2º Ten. (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal

     - 2º Ten. Engº. Maquinista ? - 2º Maquinista

 

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

Canhoneira Fluvial Oyapock de perfil. É uma pena que a reprodução esteja escura, impossibilitando o aparecimento dos detalhes com clareze. (foto: National Maritime Mseum Archives)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CC José Monteiro de Moura Rangel  04/11/1908 a __/__/1909
CT Manuel de Lamare __/__/1909 a __/__/191_

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.189-190.

 

- Revista Model Shipwright.

 

- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.