1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Vapor/Corveta Recife

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 29 de setembro de 1849
Incorporação: 7 de novembro de 1850
Baixa: 1880

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: ?
Dimensões: 50.59 m de comprimento, 7.01 m de boca, 4.15 m de pontal e ? m de calado.

Propulsão: motor de 150 hp, acionando rodas de propulsão lateral.

Velocidade: ?

Raio de ação: ?
Armamento: 2 colubrinas Paixhans de calibre 30 e 2 caronadas de calibre 30(1).

Tripulação: ?

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Vapor Recife, foi o primeiro navio a ostentar esse nome(2) na Marinha do Brasil em homenagem a essa cidade, capital de Pernambuco. Foi construído no estaleiro da Ponta da Areia, no Rio de Janeiro, para o governo. Foi lançado ao mar em 29 de setembro de 1849 e submetido a Mostra de Armamento e incorporação em 7 de novembro de 1850. Foi seu primeiro comandante o 1º Tenente Tomas da Cunha Vasconcelos.

 

O Recife, também figurou nas listas oficiais como Corveta.

 

1851

 

Em 17 de dezembro realizou o forçamento do Passo do Tonelero integrando a Esquadra do Chefe-de-Esquadra John Grenfell, composta pela Fragata a Vapor Dom Afonso – capitânia (Capitão-de-Fragata Jesuíno Lamego Costa - futuro Barão da Laguna, pelas Corvetas a Vapor Dom Pedro II (Capitão-Tenente Joaquim Raimundo de Lamare) e Recife (Capitão-Tenente Antônio Francisco da Paixão), Vapor de Rodas Dom Pedro (Capitão-Tenente Vitório José Barbosa de Lomba), Corvetas Dona Francisca (Capitão-de-Mar-e-Guerra Guilherme Parker) e União (Capitão-Tenente Francisco Vieira da Rocha) e o Brigue Calíope (Primeiro-Tenente Francisco Cordeiro Torres e Alvim).Em 17 de dezembro, integrando a Esquadra do Chefe John Grenfell na guerra contra Rosas, forçou o Passo de Tonelero.

 

1864

 

Durante a Guerra do Paraguai fez algumas viagens como Transporte. Foi o navio em que viajou preso, para o sul, o celebre Bispo de Pernambuco Dom Frei Vital Maria de Oliveira (Questão Religiosa).

 

Em 4 de dezembro, em Divisão com as Corvetas Belmonte, Recife, Parnahyba e as Canhoneiras Araguaya e Ivahy, desembarcou forças brasileiras, que incluíram 100 Imperiais-Marinheiros, 100 soldados do Batalhão Naval e 200 Praças do 1º Batalhão de Infantaria de Linha, mais peças de artilharia. Essas forças sitiaram e iniciaram as tentativas de tomada da Praça Forte de Paysandú. Ainda em dezembro, as tropas brasileiras receberam o reforço de uma Divisão do Exército, sob o comando do Marechal Mena Barreto, mas a posição vantajosa da Praça Forte e as manobras do General (Blanco) João Sáa em defesa de seus compatriotas retardaram a vitória brasileira. A bordo da Recife, ia o contingente de fuzileiros navais comandado pelos Tenentes da Silva Freitas e Antônio Manoel Perdigão Fernandes, que desembarcou ao sul de Paysandú, na vanguarda das tropas do General Flores, e na manhã do dia 5 de dezembro marchou contra o Forte de Sebastopol. Enfrentando um oponente numericamente maior e cantando com cavalaria, em terreno desconhecido e cheio de obstáculos, os fuzileiros lutaram durante oito horas seguidas, levando o inimigo ao ultimo reduto - Sebastopol. No dia 6, o assédio recrudesceu, culminando, no dia 7, com sua tomada definitiva, durante a qual a coragem do Sargento Borges, herói dos fuzileiros navais, ante o fogo redobrado pelo adversário, decidiu a luta. Mesmo ferido, o Sargento Borges avançou à frente do pelotão que comandava, apesar do fogo cerrado, e penetrou no Forte. A bandeira inimiga foi arriada, o restante do destacamento assaltou a posição e consolidou a vitória.

 

Em 31 de dezembro, iniciou-se o assalto final a Paysandú.

 

1865

 

Em 2 de janeiro, após 52 horas de combate ininterrupto os defensores de Paysandú, sob a liderança do Coronel Dom Leandro Gomes, entregaram-se às forças brasileiras e orientais, comandadas pelo Almirante Tamandaré e pelo General Dom Venâncio Flores, respectivamente.

 

1880

 

Após servir como quartel da Companhia de Aprendizes-Marinheiros em Pernambuco, deu baixa definitiva do serviço, sendo mandado vender em hasta pública.

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
1º Ten. Tomas da Cunha Vasconcelos 07/11/1850 a __/__/185_
1º Ten. Antônio Carlos Mariz e Barros __/__/186_ a __/__/186_
1º Ten. Delfim Carlos de Carvalho __/__/18__ a __/__/18__

 

 

I m a g e n s

 

Não disponível no momento

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.220-221.

 

- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 501, mar. 1985.


(1) Armamento mais tarde reduzido para duas bocas de fogo.

(2) Um ou mais rochedos à flor da água.