1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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S Riachuelo - S 15 Classe Gato
D a t a s
Batimento
de Quilha: 1º de abril de 1942 Incorporação
(MB): 18 de janeiro de 1957
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
1.475 ton (carregado na superfície)
e 2.370 ton (carregado em mergulho). Velocidade: máxima de 20 nós (superfície) e 8.75 nós (imersão). Raio
de ação: 12.000 milhas náuticas à 10 nós (superfície ou com
snorkel), e ?? dias de autonomia. Direção de Tiro: TDC- Target Data Computer (Computador de Dados do Alvo - Eletro-mecânico) Mk 3 mod.5. Equipamento Eletrônico: um sonar passivo JP 1; um sonar WCA; um telefone submarino UQC; 2 telefones submarinos de emergência BQC; um radar de superfície SJA; 1 transmissor-rádio TBL-6 e um TED; e os radioreceptores AN/URR-13, RAL-7, RAL-5, RBS-1, RBH-2 e RBO. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 70 homens, sendo 6 oficiais e 54 praças.
H i s t ó r i c o
O Submarino Riachuelo - S 15, ex-USS Paddle - SS 263, foi o quinto navio e o primeiro submarino a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao riacho do rio Paraná, em cujas proximidades travou-se a batalha naval de 11 de junho de 1865, entre a esquadra paraguaia e parte da esquadra brasileira, sob o Comando do Almirante Barroso. Foi construído pelo estaleiro Electric Boat Co., em Groton, Connecticut, e em 6 de abril de 1956 foi aprovada no Congresso Norte-Americano a Lei n.º 484 que autorizava sua cessão ao Brasil, sendo transferido e incorporado a MB na Base de Submarinos de New London, Groton, CT em 18 de janeiro de 1957, pelo Aviso 0082 de 08/01/1957 MM (Bol. 04/57/680 MM). Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Fragata Fernando Gonçalves Reis Vianna.
A oficialidade do recebimento do Riachuelo foi a seguinte:
- CF Fernando Gonçalves Reis Vianna – Comandante - CC José Portella Passos Autran - Imediato
- CC Nelson Riet Côrrea
- CheMaq - CT Zaven Boghossian - Enc.Div. M
- CT Paulo Nogueira Pamplona Corte Real – Enc.Div. O
1957
Em 9 de março, partiu de New London em companhia do Submarino Humaitá - S 14, incorporado na mesma data, fazendo escala em Havana (Cuba), San Juan (Porto Rico), Port of Spain (Trinidad e Tobago), Recife em 5 de abril, Salvador, e Rio de Janeiro onde chegou em 16 de abril, atracando no caís Norte do AMRJ.
Conquistou o "Prêmio Alte. Felinto Perry", de eficiência.
1960
Participou da operação UNITAS I.
1961
Participou da UNITAS II.
1962
Em setembro, participou da Operação UNITAS III, integrando um GT composto pelos CT Pará - D 27, Paraíba - D 28 (capitânia), Paraná - D 29 e Pernambuco - D 30 e o S Humaitá - S 14. Em Recife-PE reuniu-se com o GT americano formado pelo CT USS Mullinnix - DD 944 (capitânia), F USS Lester - DE 1022 e o S USS Picuda - SS 382, sob o comando do USCOMSOLANT, CA (USN) John A. Tyree Jr.; e o GT uruguaio formado pelo CT ROU Uruguay - DE 01 e o ROU Artigas - DE 02, que se juntou a FT-76 no caminho para o Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro a FT-76 (Força-Tarefa UNITAS) recebeu a adição do GT argentino composto pelos CT ARA Almirante Brown - D 20 (capitânia), ARA Espora - D 21 e ARA Rosales - D 22 e o S ARA Santa Fé - S 11, na travessia Rio-Montevideo juntou-se a FT o NT ARA Punta Medanos - B 11. Prestaram apoio aéreo aeronaves de patrulha P-2V7 Neptune e de transporte R-4Y. Mesmo sem integrar a FT-76 o NAeL ARA Independencia - V 1, também prestou apoio aéreo com suas aeronaves S-2F Tracker. A fase Atlântico da UNITAS encerrou-se na Base Naval de Belgrano, com os navios norte-americanos seguindo para o Estreito de Magalhães onde em Punta Arenas juntou-se aos navios da Armada do Chile.
Em 1962, quando suas baterias chegaram ao fim da vida útil, pensou-se seriamente em mandá-lo para os EUA, para substituí-las, entretanto, tornou-se "ponto de honra" a execução dessa obra pelo AMRJ. O problema recebeu alta prioridade das autoridades navais e, apesar dos altos custos envolvidos no preparo do pessoal técnico e na obtenção, por via aérea, do material necessário, a obra foi executada com sucesso e dentro de um prazo razoável. Pouco tempo depois, com o Riachuelo já operativo, surgiram problemas de ordem estrutural em determinadas cavernas do submarino. Tornava-se claro que os submarinos daquela época (Humaitá, Riachuelo, Rio Grande do Sul e Bahia) careciam de uma tecnologia de manutenção e reparo inexistente no país. Esses dois problemas, o das baterias e o das cavernas do Riachuelo, ensejaram o envio de engenheiros e técnicos do AMRJ aos EUA, onde em estaleiros diversos realizaram cursos de reparo de submarinos, dando inicio assim a uma longa caminhada que nos levou ao domínio da tecnologia de reparos e construção de submarinos.
1963
Em 8 de maio, pelo Aviso 0191 (Reservado) do MM, a Flotilha de Submarinos teve sua denominação alterada para Força de Submarinos, como permanece até hoje.
1965
1966
Em 14 de outubro, na Base Almirante Castro e Silva foi submetido a Mostra de Desarmamento pela OD 0051/66 de 14/10/1966 do CEMA, Almirante-de-Esquadra Sylvio Monteiro Moutinho, sendo sua baixa do serviço ativo da Armada feita pelo Aviso 1276 de 01/07/66 MM/EMA (Bol. 28/66/3702 MM). A cerimônia foi presidida pelo Sub-Chefe de Organização do EMA Contra-Almirante Geraldo Azevedo Henning.
Em 9 anos e dez meses de serviço na MB, atingiu as marcas de 97.833 milhas navegadas, 695.5 dias de mar, 2.279 horas de imersão e lançou 20 torpedos (2).
Permaneceu, inicialmente na BACS, sob responsabilidade de um Grupo de Manutenção (GruMan). Posteriormente, foi rebocado para o AMRJ a fim de ser desmontado. Os equipamentos retirados foram destinados à Força de Submarinos. O grupo destilatório foi adaptado pelo AMRJ, próximo ao galpão de baterias de submarinos, localizados no caís Oeste, onde funcionava pelo menos até 1986. Em março de 1968, concluída a faina de desmontagem, foi o casco entregue à Missão Naval Americana no Brasil, a qual, por sua vez, vendeu-o a um estaleiro particular do Rio de Janeiro, para aproveitamento do material.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
H i s t ó r i c o A n t e r i o r
B i b l i o g r a f i a
- Souza, Marco Polo Áureo Cerqueira de; Nossos Submarinos - sinopse histórica; 1ª edição; Rio de Janeiro; SDGM; 1986; pág.: 57-65 e 115.
- Friedman, Norman. U.S. Submarines Through 1945: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1995.
- Comando da Força de Submarinos; Força da Submarinos 90 Anos - 1914-2004; Niterói; ComFors; 2004.
- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.
- Submarinos do Brasil - www.planeta.terra.com.br/relacionamento/submarinosbr
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 539, jul. 1988.
- SUBNET - www.subnet.com.
- Claude E. Erbsen, Ensign, USN. All Hands Magazine - USS Mullinnix during Unitas III Exercises of coast of South America 1962 Sailing with South America’s Navies, February 1963.
- Jornal Virginian-Pilot, 18 December, 1962.
- Warships of World War II - www.warshipsww2.eu/ - 12/12/2010
- USS Paddle - SS 263 - http://www.ibiblio.org/hyperwar/USN/ships/SS/SS-263_Paddle.html (1) fez parte de um grupo de 12 submarinos da classe Gato, construídos pela Electric Boat que recebeu originalmente quatro motores diesel de dupla ação Hooven-Owens-Rentschler (HOR) de 1.350 hp cada. O fabricante sofreu diversos problemas no projeto e construção desses motores que se provaram problemáticos em termos de operação e manutenção, sendo substituídos nessas 12 unidades na primeira oportunidade possível, pelo GM-Winton 16-278A. (2) No Livro Força da Submarinos 90 Anos - 1914-2004, aparecem as marcas: de 90.519 milhas navegadas, 656 dias de mar e 2.264 horas de imersão. |
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