1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Rb/NF/NB Santos Porto Classe ?
D a t a s
Batimento
de Quilha: ? Baixa: 19 de maço de 1953
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
? Eletricidade: um gerador de energia elétrica. Velocidade: ? Raio
de Ação: ? Capacidade de Carga e Equipamentos: Dispunha de um pau de carga na proa, com guincho acionado por motor diesel “Bolinder” tipo cabeça quente e um porão na proa, entre o castelo e a superestrutura. Código
Internacional de Chamada: ?
H i s t ó r i c o
O Navio Faroleiro Santos Porto, foi o primeiro e único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Capitão-de-Corveta José Augusto dos Santos Porto, vitima da explosão do Encouraçado Aquidabã, em 1906. Com casco de madeira, construído no AMRJ. Aparece em serviço em 1931.
1931
Entre 13 e 23 de agosto, auxiliou o levantamento hidrográfico da Ilha Grande. Nesse ano ainda realizou 19 abastecimentos ao farol da Ilha Raza e três assistências ao balizamento da Ilha Grande.
1932
Aparece pela primeira vez subordinado a Diretoria de Navegação, como Navio Faroleiro.
1934
Em 17 de agosto, pelo Aviso n.º 2.395, foi oficialmente classificado como Navio Faroleiro e teve sua lotação fixada.
1936
Foi empregado exclusivamente no serviço de balizamento da Baía da Guanabara e outros serviços de emergência.
1937-1938
Realizou comissão a costa sul, transportando material para o farol de Santa Marta e prestando apoio a construção dos faroletes de Galés e Araras, todos em Santa Catarina.
1939-1950
Continuou basicamente prestando apoio ao balizamento e transportando material para áreas próximas ao Rio de Janeiro.
Esteve muito tempo fundeado nas proximidades do CAMR.
1951
Em 4 de maio, pelo Aviso n.º 1.222 foi mandado finalmente incorporar a Armada, como Navio Balizador, já que operava desde a década de 30, sem estar oficialmente incorporado. Passou a ter uma dotação de:
1 1o SG-MR – Mestre 1 2o SG-EF 1 2o SG-MO 1 3o SG-MA 1 CB-SI 1 CB-TL 1 CB-EL 1 CB-MR 1 MN-SI 3 MN-SC 3 MN-SM 1 TA-CO
Em agosto de 1951 começou a ser guarnecido e preparado para levar material para construção de novas casas para faroleiros em Abrolhos.
1952
Em janeiro, o navio estava pronto para a viagem, abastecido de água, óleo e mantimentos. No porão foram colocados, vergalhões, cimento, carrinhos e baldes para obra, uma betoneira, duas bóias e no convés, um flutuante que serviria para transportar o material do navio para a ilha, uma vez que em Abrolhos não havia local para atracar. No dia 31 de janeiro, o navio partiu do cais do CAMR com destino a Caravelas com escala em Vitória, sob o comando do então Primeiro-Tenente Maurício Lúcio Tarrisse da Fontoura e do Primeiro-Tenente José Ribamar dos Reis Castelo Branco. A viagem transcorreu normal e o navio realizou escala em Vitória e Caravelas. De Caravelas para Abrolhos, o Comandante teve a assessoria de um Prático da Agência da Capitania, que esteve também nas demais viagens feitas nos três meses que o navio esteve por lá. Em Abrolhos, a primeira operação foi colocar bóias e passar um cabo de vai e vem para guiar o flutuante do navio até perto da praia, para o desembarque do material. A partir daí, foi um trabalho árduo para levar todo o material para terra.
Observou-se que a cada dia aumentava a quantidade de água a ser bombeada
do porão da praça de máquinas. O fato foi comunicado ao CAMR/DHN que
enviou um oficial para realizar uma perícia e, com o navio parcialmente
encalhado verificou-se que a chapa de metal que forrava o casco estava
bastante danificada pela ação do flutuante e a madeira do casco
deteriorada. Ficou decidido que após a descarga da areia que estava a
bordo o navio regressaria ao Rio com escala em Vitória, comboiado.
Enquanto isso, o eletricista restabeleceu as condições do gerador e ficou decidido que arribaríamos em Barra de São João, para melhor avaliação. Ao amanhecer, fundeamos e foi feito o reparo na bomba elétrica que passou a funcionar com uma toalha de feltro no ralo, que seria trocada periodicamente e assim seguimos viagem até Vitória e posteriormente Rio, aonde chegamos em 29 de abril de 1952, e após breve período no cais da DHN o navio seguiu para o CAMR onde subiu à carreira. Lá se verificou que a madeira do casco abaixo da linha de água estava toda podre. Consta que o navio foi desmontado e o motor principal, que era muito bom, foi instalado no Rebocador Mearim.
No link se encontra a narrativa do CT (AA-Refº) Salom Benguigui, que como MN-SM, embarcou no navio em 11/08/1951 e desembarcou em 12/05/1952, tendo exercido as funções de serviços gerais de máquinas e encarregado do guincho. Esta narrativa que foi enviada pelo autor agregou mais algumas informações que não batem com o pouco que possuíamos até então, mas, serve para aos poucos podermos reconstruir um pouco da historia desse navio pouco conhecido e de seus tripulantes, que prestaram importantes serviços a nossa Marinha e ao Pais.
Esse trecho iniciado em 31 de janeiro faz parte do Termo de Viagem 1 de 31 de janeiro a 28 de fevereiro; Termo de Viagem 2 de 1º a 31 de março e Termo de Viagem 3 de 1º a 29 de abril.
Naufragou na praia de Garopaba, durante comissão em Santa Catarina.
1953
Em 19 de março, teve sua baixa determinada pelo Aviso n.º 0644.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
I m a g e n s
Não disponível no momento
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.233.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Colaboração Especial do CT (AA-Refº) Salom Benguigui. |
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