1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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S Tupy - T 1/S 11 Classe Perla
D a t a s
Batimento
de Quilha: 1936
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
615 ton (padrão), 853 ton (carregado). Velocidade: máxima de 14 nós (superfície) e 7.5 nós (imersão). Raio
de ação: 2.150 milhas náuticas
à 8.5 nós (superfície) ou 72 milhas à 4 nós (imersão). Equipamentos: ? Código
Internacional de Chamada:
?
H i s t ó r i c o
O Submarino Tupy - T 1, mais tarde S 11, foi o segundo navio e o primeiro submarino a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao guerreiro Tupi. Foi construído pelo Cantieri Navale Odero Terni Orlando, Muggiano, em La Spezia, Itália. Teve sua quilha batida em 1936 com o nome Neghelli, da Marinha Italiana, foi lançado ao mar em 28 de novembro de 1936. Em 10 de março de 1937 a Marinha do Brasil firmou contrato de aquisição junto ao estaleiro, sendo incorporado em 10 de outubro de 1937. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Armando Pinto de Lima.
A oficialidade do recebimento do Tupy foi a seguinte:
- CC Armando Pinto de Lima - Comandante - CT Aristides Francisco Garnier - Imediato - CT Heitor de Almeida Sá - Enc.Div. de Convés - CT Hélio Garnier Sampaio - Enc.Div. de Maquinas
1937
Em 14 de março, a Comissão Naval Brasileira encarregada do recebimento dos submarinos começou a se instalar.
Em 27 de julho, com o falecimento do Comandante Ouro Preto, foi nomeado para substitui-lo o Capitão-de-Fragata Fernando Cochrane e o Capitão-Tenente Mário Pinto de Oliveira para o cargo de Comandante Militar do Navio Transporte Mandú e Secretario da Comissão.
O NTr Mandú pertencia ao Lloyd Brasileiro e foi cedido à Marinha, temporariamente, pelo seu Diretor-Presidente, o Almirante Graça Aranha. Foi empregado como escolta dos submarinos durante a viagem para o Brasil e como transporte dos sobressalentes pesados e armamento. A presença do NTr Mandú tornou-se necessária, porque se desenrolava, na ocasião, a sangrenta Guerra Civil da Espanha, cuja facção insurreta, a dos franquistas, contava com o apoio militar da Alemanha e da Itália, havendo o risco de nossos submarinos serem confundidos pelas forças legais espanholas. Também, como medida de segurança, foram escolhidos, para travessia do Mediterrâneo, portos de escala ao Norte da África, evitando-se a zona de conflito.
Em 10 de outubro, foram entregues ao Governo Brasileiro e incorporados os três submarinos da classe T, pelo Aviso 001 de 10/10/1937 do Comandante da Flotilha de Submarinos, CF Fernando Cochrane, e também foi recriada e ativada a Flotilha de Submarinos, segundo os Avisos 0360 e 0361 de 14/03/1938 (Bol. 12/38/675 MM)(1).
Em 14 de dezembro, partiu de La Spezia, em companhia de seus irmãos Tamoyo e Tymbira, e do Navio Transporte Mandú, realizando escalas em Livorno (Itália), Cagliari (Sardenha), Alger (Argélia), Oran (Argélia), Gibraltar, Casablanca (Marrocos), Las Palmas (Ilhas Canárias), São Vicente (Cabo Verde), Recife-PE, onde chegaram em 14 de fevereiro de 1938, Salvador-BA, Vitória-ES e Rio de Janeiro em 12 de março. A escala em Alger não estava prevista, mas o NTr Mandú teve de arribar nesse porto para debelar uma combustão espontânea em seu deposito de carvão, sendo acompanhado pelos submarinos. Na chegada ao Rio de Janeiro, os submarinos atracaram na Doca 11 de Junho(2), e foram visitados pelo Presidente da Republica Getúlio Vargas e comitiva.
1938
Em 14 de novembro, houve explosão na praça de baterias, motivada por falha no sistema de extração de gases, causando a morte de um praça e ferimento em outros.
1942
Durante a 2ª Guerra mundial, a Flotilha de Submarinos, então composta pelos três classe T e o Humayta, foi incorporada à Força Naval do Nordeste, baseada em Recife, participando ativamente dos adestramento das unidades escolta e aéreas que operavam em conjunto com a 4º Esquadra dos EUA, contra as forças do Eixo. A admirável atuação de nossa Flotilha foi expressa pelo Comandante das Forças Navais do Atlântico Sul, Vice-Almirante Jonas Howard Ingram, em carta endereçada ao Ministro da Marinha.
1947
O Tupy marcou o inicio do funcionamento da Base Almirante Castro e Silva (BACS), sendo o primeiro a atracar na nova base.
Os submarinos classe T, segundo depoimento de antigos submarinistas(3), tiveram sua baterias substituídas por baterias nacionais, do modelo Durex Sub-I, fabricadas pela firma Alto-Asbestos, de São Paulo, e consta obtiveram excelente desempenho.
1951
Conquistou o "Prêmio Alte. Felinto Perry", de eficiência.
1952
Conquistou o "Prêmio Alte. Felinto Perry", de eficiência.
1954
Conquistou o "Prêmio Alte. Felinto Perry", de eficiência.
1957
Conquistou o "Prêmio Alte. Felinto Perry", de eficiência.
1959
Em 26 de agosto, deu baixa do serviço ativo, pelo Aviso 0837 de 10/04/1959 MM/EMA (Bol. 16/59/2103 MM), em cerimônia realizada na Base Almirante Castro e Silva (BACS), presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Almirante-de-Esquadra Jorge da Silva Leite, tendo atingido as marcas de 35.993 milhas navegadas, 506 dias de mar e 1.540 horas de imersão e 24 torpedos lançados(4).
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
-
Souza, Marco Polo Áureo Cerqueira de; Nossos Submarinos - sinopse
histórica; 1ª edição; Rio de Janeiro; SDGM; 1986; pág.: 39-47.
- Submarinos do Brasil - www.planeta.terra.com.br/relacionamento/submarinosbr. (1) Os atos pertinentes a recriação da Flotilha e a incorporação dos submarinos, só foram assinados posteriormente. (2) A Doca 11 de Junho serviu de cais de atracação para os classe T durante o tempo em que a Flotilha ficou sediada na Ilha das Cobras. (3) Citado no livro Nossos Submarinos, pag. 114. (4) No Livro Força da Submarinos 90 Anos - 1914-2004, aparecem as marcas: de 37.186 milhas navegadas, 467 dias de mar e 1.544 horas de imersão. |
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