1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Programa de Modernização das Fragatas - ModFrag Classe Niterói Mk 10
A necessidade de atualização dos sistemas de bordo das fragatas classe Niterói (Vosper Mk 10) surgiu já na segunda metade da década de oitenta, antes mesmo que a primeira embarcação da classe completasse dez anos de serviço. Isso ocorreu muito em função da rápida evolução do ambiente de guerra naval ocorrido após a concepção do projeto dessas embarcações.
O plano inicial, traçado pela MB no último semestre de 1989, previa a modificação/substituição/modernização dos seguintes itens2:
- Substituição do sistema de defesa aérea de ponto SAM Sea Cat, por outro sistema de mísseis capaz de engajar alvos tipo sea-skimmer;
- Substituição dos radares de controle de tiro RTN-10X por um novo modelo compatível com o sistema de mísseis a ser adotado;
- Melhoramento do sistema de defesa A/A secundário (canhões Bofors 40mm/L70) modernizando-o ou substituindo-o por outro sistema com capacidade anti-míssil;
- Substituição dos radares de defesa combinada (AWS-2) e de navegação (ZW-06);
- Instalação de sonar tipo towed array nas duas fragatas de emprego Geral;
- Modernização do equipamento de guerra eletrônica e CME, incluindo a instalação de lançadores tipo chaff e sistema de vigilância infra-vermelho;
- Modernização do Sistema de Comando e Informações Táticas.
A partir do final da década de oitenta, várias propostas de modernização de diferentes empresas estrangeiras (Estados Unidos, França, Grã Bretanha, Israel, Itália) foram submetidas à Marinha.
O calendário inicial previa a conclusão da primeira fase do processo, a seleção da proposta mais atraente, para o ano de 1990. Os serviços poderiam então iniciar em meados de 1991 e terminar por volta de 19952.
Durante a primeira metade da década de noventa o projeto sofreu modificações e atrasos principalmente por ausência de fundos, que foram negados em 19933.
O formato final do projeto ModFrag foi definido ao longo do ano de 1995. Em relação ao projeto original, foram introduzidas novas modificações, resultando numa modernização ampliada. Como efeito, os custos finais sofreram uma elevação, passando de US$ 385 milhões para US$ 420 milhões1.
Em março de 1995, a AESN Selenia foi selecionada para o fornecimento dos conjuntos de radares RAN-20S, RTN-30X e os sistemas de mísseis Albatross/Aspide3.
Através de um processo seletivo realizado pela MB em 1996, foi definido um consórcio responsável pela atualização e integração dos sistemas de armas e eletrônicos das belonaves. O contrato foi vencido pelo consórcio liderado pela Elebra Sistemas de Defesa e Controle Ltda. em 20 de setembro do mesmo ano. As outras empresas que participam do consórcio são: Consub Equipamentos e Serviços Ltda.; Dolphin; Holosys Engenharia de Sistemas Ltda (brasileiras) e DCNI (francesa). Coube a Engepron - Empresa Gerencial de Projetos Navais, a gerência executiva do projeto.
O início efetivo do projeto ModFrag ocorreu em 1º de outubro de 19971 quando a F-43 Liberal foi docada, aproveitando-se o seu PMG. Previa-se um período de trabalho de 21 meses para esse primeiro navio. No entanto, por problemas de integração do sistema, houve um atraso significativo e os primeiros testes de mar só ocorreram em 2001.
P r i n c i p a i s M o d i f i c a ç õ e s
M o d i f i c a ç õ e s R e a l m e n t e I m p l e m e n t a d a s
(1) Tecnologia & Defesa nº 73, ano 14 – 1997. (2) Segurança & Defesa nº32, p16-21 – 1990 (3) CFW98. (4) Somente na Defensora e na Liberal. (5) Somente na Independência. (6) Somente na Defensora. |
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