1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

Almirante

Luiz Filippe Saldanha da Gama

Nome

O NOME

O Almirante Luiz Filippe Saldanha da Gama, filho de Dom José de Saldanha da Gama e de Dona Maria Carolina Barroso de Saldanha, nasceu em 7 de abril de 1846 em Campos, no Rio de Janeiro.

Foi Aspirante a Guarda-Marinha em 1861. Ainda Guarda-Marinha, tomou parte em campanhas no Uruguai e no Paraguai, desenvolvendo excepcionais virtudes de oficial de Marinha e cidadão.

As comissões que, na paz, lhe foram confiadas, desempenhou-as com raro brilho. Dentre elas destacam-se as seguintes: Adjunto da Comissão incumbida de representar o Império do Brasil na Exposição Internacional de Viena na Áustria; Membro da Comissão e Representação do Brasil na Exposição Internacional de Philadelphia, Estados Unidos da América do Norte; Bibliotecário da Marinha; Secretário do Almirante Arthur Silveira da Mota, em Missão Especial à China; Representante do Governo brasileiro na Exposição Continental em Buenos Aires; Delegado do Brasil ao Congresso Marítimo Internacional em Washington e Diretor da Escola Naval.

Como Capitão-de-Fragata, comandou o Cruzador Misto Parnahyba.

Era Diretor da Escola Naval quando irrompeu o movimento revolucionário chefiado pelo Almirante Custódio José de Meio, em 1893; a principio Saldanha se opôs a esse movimento, chegando mesmo a postar-se publicamente contra os revolucionários. Em dezembro daquele ano, porém, “na hora do naufrágio da classe, ele não poderia vê-la desaparecer, mantendo-se na orla da praia, aguardando os proventos que colhem os vencedores e teus amigos. Ligado como se achava por inúmeros laços à esquadra ativa, parecia-lhe que abandoná-la seria incidir na condenação inapelável da maioria dos companheiros de farda”, redige e lança o manifesto aderindo à causa revolucionária.

Chefia o sangrento combate da Ponta da Armação; asila-se a bordo dos navios portugueses surtos no porto; foge a bordo desses navios para o Rio da Prata; dirigi-se para a Europa; regressa ao Rio da Plata assumindo o comando supremo da revolução e morre em Campo Osório em 24 de junho de 1895.

Exemplo de coragem, de amor à Pátria e à Marinha, o Contra-Almirante Saldanha ofereceu a vida, em sacrifício, pelos princípios de honra que adotara.