1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Fragata a Vapor Amazonas
D a t a s
Batimento
de Quilha: ?
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
1.800 ton. Blindagem:
? Velocidade: 10 nós. Raio
de ação: ? Tripulação: 462 homens, sendo 25 oficiais e 437 homens.
H i s t ó r i c o
A Fragata a Vapor Amazonas, foi o quarto navio a ostentar esse nome em homenagem ao Rio e Estado do mesmo nome, na Marinha do Brasil. A Amazonas foi construída pelo estaleiro Thomas Wilson, em Birkenhead, Liverpool, Inglaterra, a um custo de £ 41.061. Foi lançada em 25 de setembro de 1851 e incorporada em 7 de abril de 1852. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-Tenente Elisiário Antônio dos Santos, mais tarde Barão de Angra.
1852
Em 2 de junho, chegou ao Rio de Janeiro.
1865
Em abril, partiu de Buenos Aires, sob o comando do Capitão-de-Fragata Theotônio Raimundo de Brito, acompanhada por outros dois navios, como capitânia do Almirante Francisco Manoel Barroso da Silva (Barao do Amazonas), encarregado de comandar a Força Naval Brasileira incumbida do bloqueio às posições ocupadas pelos paraguaios.
Em 30 de abril, partiu de Buenos Aires, como capitania da Esquadra comandada pelo Almirante Barroso, que era composta pelas Corvetas Beberibe, Belmonte e Parnahyba e pelas Canhoneiras Araguary, Mearim, Ipiranga, Iguatemy e Jequitinhonha. A Esquadra subiu o rio Paraná a fim de bloquear efetivamente o inimigo na localidade de Três Bocas.
Depois de vencer os paraguaios no combate naval de Corrientes em 10 de junho, a Força Naval Brasileira, composta por duas Divisões formadas por um total de 9 navios, guarnecidos por 1.113 homens, sendo 80 oficiais e 1.033 praças, fundeou nas proximidades de um pequeno afluente do rio Paraná, chamado Riachuelo.
O inimigo também tinha um plano: partindo de Humaitá, na noite do dia 10 de junho, seus navios deveriam graduar a velocidade de modo a atingir a esquadra brasileira, de surpresa, nas primeiras horas da madrugada do dia seguinte. Cada navio deveria abordar um dos navios brasileiros e, se algum deles conseguisse repelir a abordagem, teria sua retirada cortada pelas baterias de foguetes e canhões formadas sobre o canal do Riachuelo. Contudo, uma avaria em um dos navios inimigos permitiu que as duas esquadras se avistassem já às 09:00 horas da manhã do dia 11, domingo de Santíssima Trindade, o que atrapalhou os planos inimigos. Parte da guarnição brasileira fora à terra em busca de lenha para suprir a escassez de carvão, e o restante descansava, com exceção dos vigias e dos homens de guarda da tolda. Repentinamente o grito - “Navio à proa!”
Em 11 de junho, doa Esquadra de Barroso travou com o inimigo a Batalha Naval do Riachuelo. Segundo consta por ocasião da batalha o navio tinha uma tripulação de 14 oficiais e 149 praças.
Em 15 minutos os navios adversários estariam em combate com a nossa Esquadra. Rompia a marcha, o inimigo comandado por Robles. O navio capitânia da esquadra inimiga, fechava a linha. Ao começar a batalha, nossos oponentes se surpreendem! O Almirante Barroso, sem hesitar, resolve ir ao encontro dos navios inimigos, sob fogo vivo, investindo a proa da fragata Amazonas e, sucessivamente, pondo a pique, o nosso antigo Marquês de Olinda, o Salto e o Taquari, decidindo com isso nossa sorte na Batalha, tendo no momento mais agudo do combate mandado desfraldar no mastro da Amazonas os célebres sinais "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever", "Atacar e destruir o inimigo o mais perto que puder" e "Sustentar o fogo que a vitória é nossa".
Acompanhada pela Corveta Parnahyba, a Amazonas perseguiu os restante da Esquadra inimiga, capturando o Vapor Salto, que, momentos antes, teve a ousadia de tentar o apresamento da Parnahyba.
Em 18 de junho, realizou a passagem do passo de Mercedes.
Em 12 de agosto, realizou a passagem do passo de Cuevas.
1867
Em 22 de janeiro, retornou ao Rio de Janeiro, proveniente do Teatro de Operações do Paraguai.
1884
Foi designada como navio de Instrução da Escola Pratica de Artilharia e Torpedos.
1893
Na Revolta da Armada, foi ocupada pelos rebeldes. Encalhada a oeste da Ilha das Enxadas, ela terminou indo a pique. Então, retiraram os seus mastros, a figura de proa, a roda do leme, e outros reliquias, antes que seu casco fosse destroçado por uma mina, em 1897.
1898
A Amazonas, tornou-se o primeiro navio de guerra de grande porte a navegar no rio Amazonas.
Até o final dos anos 90 um de seus mastros ainda se encontrava preservado, como o mastro principal da Escola Naval, localizada na Fortaleza de Villegagnon, no Rio de Janeiro.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.19-20.
- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.
- Jornal O LIBERAL. Belém, 4/07/2004.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 502, abr./mai./jun. 1985; n.º 562, jun. 1990; n.º 686, jun. 1999. |
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