1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Cv Angostura - V 20 Classe Imperial Marinheiro
D a t a s
Batimento
de Quilha: 30 de outubro de
1953 Baixa: 13 de janeiro de 2004
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
911 ton (padrão), 1.025 ton (carregado). Tração Estática: 18 toneladas; e cabo de reboque de 500 metros e esta aparelhada para efetuar o lançamento do sistema "Beach Gear". Eletricidade: 2 geradores diesel de 160 kW e 1 gerador diesel de reserva de 75 kW. alternadores. Combustível: 135 tons. Velocidade: máxima de 16 nós; máxima constante 14 nós. Raio
de Ação: 15.000 milhas náuticas. Equipamentos: Maquina de reboque instalada no convés principal; equipamento de Combate a Incêndios e Controle de Avarias fixo e móvel. Código
Internacional de Chamada: PWC?
H i s t ó r i c o
A Corveta Angostura - V 20, é o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem as baterias paraguaias forçadas por uma Divisão Naval brasileira constituída dos Encouraçados Tamandaré, Bahia, Barroso e Silvado. As Corvetas classe Imperial Marinheiro foram idealizadas e mandadas construir pelo Almirante Renato de Almeida Guillobel, em sua gestão a frente do Ministério da Marinha. Foi construída pelo estaleiro N.V. Werf Gust V/fa A.F. Smulders, em Rotterdam, Holanda. Teve sua quilha batida em 30 de outubro de 1953, foi lançada ao mar em 2 de fevereiro de 1955 e foi incorporada em 1º de agosto de 1955, pelo Aviso 2150 do Ministro da Marinha. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Orlando Braga Cruzeiro.
As Corvetas classe Imperial Marinheiro, foram originalmente concebidas, como navio guarda-costas, rebocador, mineiro e varredor. Já nos anos noventa, as unidades remanescentes mantinham apenas as características de unidade de patrulha (guarda-costas) e salvamento (rebocador). Seus trilhos para lançamentos de minas e paravanas de varredura não existem mais a bordo. Atualmente a maior restrição das Corvetas nas missões de patrulha é a sua baixa velocidade em relação às velocidades atuais dos navios mercantes. A Corveta tem uma velocidade máxima mantida de apenas 12 nós.
1956
Em 25 de janeiro, chegou ao Rio de Janeiro.
1958
Em junho a Angostura foi enviada para resgatar o N/M "Comboinhas" que encalhou na Praia de Itaipu, Niterói, depois deste ter uma avaria em suas maquinas e ser levado pelo mar. Durante uma das tentativas de salvamento, a corveta se aproximou demais da praia e acabou encalhando, também.
A Marinha, então, abandonou o salvamento do "Camboinhas" e se concentrou no salvamento da Angostura. Várias tentativas foram feitas, sem sucesso. A Marinha trouxe uma equipe especializada da Marinha dos EUA que armou um trem de desencalhe na praia. Após várias tentativas infrutíferas, a Angostura foi finalmente desencalhada numa operação que contou com a participação dos rebocadores de alto mar Tritão - R 21, Tridente - R 22 e Triunfo - R 23, além das corvetas Imperial Marinheiro - V 21 e Solimões - V 24.
1959
Passou a compor a Força de Patrulha Costeira.
Participou do salvamento do N/M “Santa Helena”, que ficou encalhado nas proximidades de Itanhaém-SP, entre 17 de março e 16 de abril, em viagem da Argentina para Santos, com uma carga de 4.100 t de trigo. Participaram da faina a Cv Caboclo – V 19, RbAM Triunfo – R 23, Rb Audaz – R 31 e o NB Faroleiro Nascimento – H 30.
1969
Em 26 de fevereiro, através da Ordem do Dia 0012/69 do Comando do 4º Distrito Naval (Com4ºDN), foi incorporada a Flotilha do Amazonas (FlotAM), com sede em Manaus-AM.
1974
Foi criado o Grupamento Naval do Norte, desmembrado da Flotilha do Amazonas, pelo Aviso n.º 0373/74 de ??/??/1974, sendo formado então pelas Cv Angostura – V 20, Iguatemi – V 16, Mearim – V 22 e Solimões V 24, e, os NPa Pampeiro – P 12, Parati – P 13 e Piratini – P 10.
Em 23 de abril, passou a integrar o Grupamento Naval do Norte (GruNNorte), também subordinado ao Com4ºDN, tendo como área de atuação o litoral dos Estados do Pará, Maranhão, Amapá e também os rios da Amazônia, operando a partir de Belém-PA.
1980
No segundo trimestre, foi colocada como navio de prontidão permanente do SALVAMAR na área do 4º DN.
1982
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1981.
1983
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1982.
Entre 1º de julho e 3 de agosto, integrando GT com o NPa Pampeiro - P 12, realizou adestramento e visita a paises amigos, escalando nos portos de Cartagena (Colômbia), La Guaira (Venezuela) e Port of Spain (Trinidad e Tabago).
1984
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1983.
Em agosto, completou completou 29 anos de serviço, tendo atingido as marcas de 1.850,5 dias de mar e 363.868,0 milhas navegadas.
Participou do salvamento da Plataforma de Construção de Terminais Marítimos "Iemanjá I", que emborcou e encalhou na Baía de São Marcos-MA. Nessa faina foi acompanhado por um Rebocador civil do tipo "off-shore" e contou com o apoio do NHi Canopus - H 22, que realizou levantamento hidrográfico em volta da plataforma.
Entre as comissões realizadas esse anos estavam as Patrulha Costeira, com apresamento e reboque de um Barco de Pesca estrangeiro; uma de Patrulha Fluvial; participação nas Operações LEÃO II e OCEANEX II; escolta do NASH Oswaldo Cruz, que viajava do Rio de Janeiro para Manaus onde seria incorporado a FlotAM; socorro aos náufragos do B/M "Aires de Costa" e reboque do B/P "Nadja I".
1985
Em janeiro, integrando o GT 45.1 com o NPa Pampeiro - P 12, realizou adestramento e visita a paises amigos, escalando nos portos de Fort-de-France (Martinica), São Domingos (Republica Dominicana) e Caiena (Guiana Francesa).
Participou da Operação LEÃO I/85, junto com outras unidades do Grupamento Naval do Norte, da Flotilha do Amazonas e do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém-PA.
Em maio e junho, participou da Operação LEÃO II/85, na região de Almeirim, próximo a Santarém-PA, integrando uma FT ribeirinha, comandada pelo CF (FN) Hiron, Comandante do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém (GptFNBe), e que era composta pelos NPaFlu Pedro Teixeira - P 20, Raposo Tavares - P 21, Rondônia - P 31, Roraima - P 30 e Amapá - P 32, Cv Angostura - V 20 e o NPa Pampeiro - P 12, além de meios aeronavais, um Destacamento de FN da Estação Naval do Rio Negro, uma Companhia Reforçada de FN do GptFNBe e a Força de Oposição, formada ao redor de um Destacamento de FN do GptFNBe.
Realizou exercício de "Beach Gear" com outra unidade do GNN.
Participou da Operação SALVANORTE 85, com unidades do 3º DN.
Rebocou a Barca-Oficina "Alecrim" e a Chata "Rainha de Cametá".
Resgatou os tripulantes do Iate "Ramatohr".
Entre outros portos visitados nesse ano estavam Macapá, Itaquí, Fortaleza, Bréves, Manaus e Santarém.
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1984.
1986
Em 5 de setembro, a Cv Angostura e a Mearim, subordinadas ao Grupamento Naval do Norte, desencalharam, o Navio Catamarã "Roraima", da Empresa de Navegação da Amazônia, que estava preso nas margens do rio amazonas, em frente a cidade de Prainha, com 550 passageiros e 400 toneladas de carga.
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1985.
1988
Entre 23 e 29 de janeiro, realizou comissão de reboque à contra-bordo do DFl Jerônimo Gonçalves – G 26, da Estação Naval do Rio Negro (Manaus) para a Base Naval de Val-de-Cães (Belém). A comissão foi realizada em GT com a Cv Mearim – V 22, que rebocava a Barca-Oficina Alecrim, com o NaPaCo Parati - P 13 na escolta, abrindo caminho entre o grande trafego de embarcações nessa região.
Em agosto, realizou faina de socorro e salvamento, rebocando o navio mercante "Alioth" (9.600 dwt) de bandeira cipriota que se encontrava sem propulsão no litoral do Amapá, para Base Naval de Val-de-Cães, em Belém.
1989
Em 3 de agosto, embarcou na BNVC, uma comitiva de Deputados Estaduais do Pará para visita ao Municipio de Soure, na Ilha do Marajó.
1992
Entre 12 de janeiro e 9 de fevereiro, formando o GT-10.1 com a Cv Mearim - V 22, participou da Operação CARIBEX-I/92. Nessa comissão, foram realizados 19 dias de mar e 4.397,0 milhas navegadas, visitando os portos de Georgetown (Guiana), Santo Domingo (Republica Dominicana) e Bridgetown (Barbados).
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1992.
1994
No período de 25 de agosto a 02 de setembro, participou da Operação RIBEIREX-II/94, que foi realizada na área de Santo Antonio do Iça, no Rio Solimões, distante 682 milhas de Manaus. A Força-Tarefa ribeirinha foi integrada pelos NPaFlu Pedro Teixeira – P 20, Roraima – P 30 e Rondônia – P 31, NTrT Ary Parreiras – G 21, Cv Solimões – V 24, NAsH Carlos Chagas – U 19 e o NPaCo Piratini – P 10, 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3) e contingentes da Força de Fuzileiros da Esquadra e dos Grupamentos de Fuzileiros Navais de Belém e Manaus. Na operação foram realizados exercícios de reconhecimento e esclarecimento, patrulha fluvial, controle de hidrovias, ação de presença e assistências às populações ribeirinhas.
1996
Em agosto, participou da Operação RIBEIREX-AMAZONAS-II/96, nas proximidades da cidade de Coari, às margens do rio Solimões, distante cerca de 230 milhas de Manaus. A Força-Tarefa ribeirinha era formada pelo NTrT Custodio de Mello, NPaFlu Raposo Tavares e Rondônia, Cv Mearim e Angostura, NAsH Carlos Chagas e os NPa Pampeiro, Piratini e Penedo, três aeronaves UH-12 Esquilo do Esquadrão HU-3, assim como tropa da Força de Fuzileiros da Esquadra, Grupamentos de Fuzileiros Navais de Manaus e Belém.
1997
Entre 5 de março e 3 de abril, participou da Operação CARIBE-I/97, integrando um GT composto pela Cv Solimões - V 24, pelos NPa Parati - P 13 e Penedo - P 14, subordinados ao Grupamento Naval do Norte, e, pelo NPa Graúna - P 42, do Grupamento Naval do Nordeste. Visitou o porto de Caiena (Guiana Francesa) com os demais navios do GT e La Guaira (Venezuela), St.Tomas (Ilhas Virgens), Bridgetown (Barbados) e Paramaribo (Suriname), com a Cv Solimoes.
1998
Entre 26 de fevereiro e 9 de março, integrando um Grupo-Tarefa ribeirinho, sob o comando do Comandante do Grupamento Naval do Norte, participou da Operação ADERIB-I/98, realizada na confluência dos rios Amazonas e Tapajós. O GT ribeirinho foi formado pela Cv Angostura (capitânia), NPa Piratini, Pampeiro e Penedo e pelos NPaFlu Pedro Teixeira e Raposo Tavares, com o apoio de um helicóptero UH-12 do Esquadrão HU-3; já o Grupo de assalto Ribeirinho foi formado ao redor de uma Companhia do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém. O inimigo figurativo, ou força de oposição (OPFOR), foi representado pelos NPaFlu Rondônia e Roraima, um helicóptero do HU-3 e um pelotão do Grupamento de Fuzileiros Navais de Manaus. Ao final do exercício, foi realizada ACISO na localidade de Arapixuna, nas margens do rio amazonas, próximo à cidade de Santarém.
1999
Em outubro e novembro, participou junto com a Angostura, o Amapá, Almirante Jerônimo Gonçalves e a Alecrim da Operação MOBLOG, um exercício de mobilização logística que consistiu na transferência de material e pessoal da Base Naval de Val-de-Cães para Estação Naval do Rio Negro, dotando, rapidamente, aquela Estação com capacidade total de docagem e reparos de navios, dentro de um cenário de operação real. No inicio do exercício rebocou o Dique Flutuante de Belém para ENRN em Manaus.
2000
Entre 23 e 30 de maio, participou da Operação RIBEIREX AM-2000, realizada na região de Coari. Com a missão de conquistar e manter as localidades de Livramento, Itapeuá e o Bairro de Pêra, a Força-Tarefa Ribeirinha (ForTaRib) foi constituída além da Angostura, pelos NPaFlu Pedro Teixeira, Raposo Tavares, Rondônia, Roraima e Amapá; NPa Bocaina; Cv Angostura, NTrT Custódio de Mello e pelos destacamentos do Grupamento de Fuzileiros Navais de Manaus (GptFNMN), 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-3), Companhia de Comunicações dos Fuzileiros Navais (CiaComFN), Companhia de Guerra Eletrônica dos Fuzileiros Navais (CiaGEFN), Batalhão de Engenharia dos Fuzileiros Navais (BtlEngFuzNav) e do Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais "Btl Tonelero" (BtlOpEspFuzNav). Integraram o figurativo inimigo a Cv Solimões e o NPa Pampeiro.
2004
Em 13 de janeiro, depois de 49 anos, foi submetida a Mostra de Desarmamento, segundo o Aviso de 05/01/2004, em cerimônia realizada na Base Naval de Val-de-Cães, presidida pelo Comandante do 4º Distrito Naval.
O casco do ex-Cv Angostura, foi colocado em leilão pela EMGEPRON por R$ 224.167,00.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
Fonte: Marinha do Brasil
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.23.
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Moore, John. Jane's Fighting Ships 1980-1981. London: Jane's Publishing Company Limited, 1980.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 443, mai. 1980; n.º 499, jan. 1985; n.º 500, fev. 1985; n.º 502, abr./mai./jun. 1985; n.º 510, fev. 1986; n.º 519, nov. 1986; n.º 530, out. 1987; n.º 536, abr. 1988; n.º 541, set. 1988; n.º 544, dez. 1988; n.º 553, set. 1989; n.º 583, mar. 1992; n.º 584, abr. 1992; n.º 627, dez. 1994; n.º 654, jan. 1997; n.º 660, jun. 1997; n.º 674, mai. 1998; n.º 699, jul. 2000.
- O ANFÍBIO - Assessoria de Relações Públicas do CGCFN - Fortaleza de São José, Ilha das Cobras, Rio de Janeiro - RJ, N.º 2, Ano VI - 1985.
- Folheto Bem-Vindo à Bordo da Corveta Purus - V 23.
- Revista Tecnologia & Defesa, n.º 5, julho de 1983.
- Revista Marítima Brasileira, Rio de Janeiro, n.º 1/3, jan/mar 2000.
- Carlos Dufriche - Arquivos Pessoais - e-mail de 01/dez/2009. Agradecimento
Especial ao Comandante Carlos Dufriche, que nos forneceu alguns detalhes
sobre o caso do N/M Santa Helena, em email de 05/03/2007. |
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