1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NOc Antares - H 40

Classe Antares

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 12 de março de 1983
Lançamento: 27 de novembro de 1983
Incorporação: 1984

Incorporação (MB): 6 de junho de 1988

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 855 ton (leve), 1.076 ton (grt), 1.248 ton (carregado).
Dimensões: 55 m de comprimento, 10.3 m de boca e 4.3 m de calado.
Propulsão: diesel; 1 motor diesel Burmeister & Wain Alpha, gerando 1.860 bhp, acoplado a 1 eixo com um hélice de quatro pás de passo controlável. Equipado com Bow Thruster.

Eletricidade: geradores acionados por dois Motores de Combustão Auxiliar (MCA), Volvo Penta, modelo TD-120 AHC, com potência 195 KW a 1800 RPM, cada.

Velocidade: máxima de 13.5 nós.

Raio de Ação: 10.000 milhas náuticas à 12 nós.
Armamento: nenhum.
Sensores: 1 radar de navegação tipo Decca RM 914C e um tipo Decca tipo RMS 1230 com computador de navegação ARPA para controle e acompanhamentos de contatos.

Equipamentos: Piloto automático tipo Decca Autopilot 757; Ecobatimetros tipos Atlas Krupp DESO 20, SIMRAD EA500 e Side Scan Sonar EG&G260, capazes de medir profundidades de até 11.000 metros; Batitermógrafo descartável XBT;  Perfiladores CTD, para aquisição de dados em tempo real ou em unidade de memória (Searam); Rosette para coleta de amostras de água em diferentes profundidades; Sistema de posicionamento GPS tipo NT 200 D; Sistema de Aquisição Automática de Dados Racal 960; Perfilador Vertical de Correntes ADCP RDInstruments.

Código Internacional de Chamada: PWAN
Tripulação: 58 homens, sendo 12 oficiais; capacidade extra para 12 pesquisadores.

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Oceanográfico Antares - H 40, ex-Lady Harrison, é o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem à mais brilhante estrela da Constelação de Escorpião. Foi construído pelo estaleiro Mjellem & Karlsen A/S, em Bergen (Noruega), para empresa Racal Energy Resources Ltd., entrando em serviço em 1984. Classificado como Navio de Pesquisa Sísmica, o M/V "Lady Harrison", de bandeira inglesa, efetuou inúmeros levantamentos de pesquisa sísmica na área do Mar do Norte, Mar Báltico e Mar Mediterrâneo, foi colocado à venda em 16 de setembro de 1986, sendo oferecido à diversos países, inclusive ao Brasil. Em 10 de fevereiro de 1988 foi assinado o contrato para sua aquisição junto a Racal Geophysics Ltd, sendo incorporado a Marinha do Brasil pela Portaria n.º 0143 de 11/02/88 do MM Almirante-de-Esquadra Henrique Sabóia, permanecendo na condição de navio isolado até ser submetido a Mostra de Armamento em 4 de março de 1988 no porto de Immingham (Inglaterra). Em 25 de abril chegou ao Rio de Janeiro, sendo incorporado a Armada em 6 de junho de 1988, em cumprimento a Portaria Ministerial n.º 0483/88 de 31/05/88, com a presença do Chefe do Estado-Maior da Armada, em cerimônia conjunta com a do NOc Alvaro Alberto - H 43, realizada na Base Naval do Rio de Janeiro, passando a subordinação da Diretoria de Hidrografia e Navegação, sendo classificado como navio de 2ª classe.

 

A oficialidade do recebimento do Antares foi a seguinte:

 

     - CF ? - Comandante

     - CC ? - Imediato

     - CT ? - Chefe Depto Hidroceanografia

     - CT ? - Enc. Div. Hidroceanografia

 

1988

 

Em 8 de julho, recebeu a visita do Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Henrique Sabóia.

 

1989

 

Atracados na antiga ponte da DHN, vistos da Ilha Fiscal, parte do NOc Almirante Câmara – (H 41), então com o casco pintado em vermelho, os NOc Antares – H 40 e Almirante Álvaro Alberto – H 43, e mais ao fundo, os NHi Orion – H 32 e Taurus – H 33. (foto: Coleção Pessoal de Gustavo Rocha – maio de 1989) Atracados na antiga ponte da DHN, vistos da Ilha Fiscal, parte do NOc Almirante Câmara – (H 41), então com o casco pintado em vermelho, os NOc Antares – H 40 e Almirante Álvaro Alberto – H 43, e mais ao fundo, os NHi Orion – H 32 e Taurus – H 33. (foto: Coleção Pessoal de Gustavo Rocha – maio de 1989)

 

Em novembro, realizou a comissão de reabastecimento ao Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade - POIT II/89.

 

1990

 

Entre março e junho, realizou a Operação OCEANOMARTE I, com o levantamento oceanográfico entre Maceio-AL e São Tomé-RJ, numa faixa com largura média de 240 milhas. Em continuidade foi realizada uma Pesquisa de Perigo nas proximidades de Porto Seguro-BA (Banco Royal Charlotte) com o emprego do Sistema de Aquisição Automático de Dados e do Side Scan Sonar (Sonar de Varredura Lateral).

 

Em setembro, uma comissão de adestramento, a Operação SINO/90, em apoio ao Departamento de Ensino da DHN e aos alunos do Curso de Aperfeiçoamento em Hidrografia para Oficiais (CAHO) e do Curso de Especialização para Praças (ESP-HN).

 

Entre outubro e novembro, realizou a Operação OCEANOMARTE II, com o levantamento oceanográfico entre Cabo Frio-RJ e Cabo de Santa Marta-SC, numa faixa com largura média de 300 milhas.

 

1991

 

Entre 21 de outubro e 9 de dezembro, realizou a Operação OCEANOMARTE III, na área do 3º Distrito Naval, abrangendo os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Arquipélago de Fernando de Noronha e Penedos de São Pedro e São Paulo, com o propósito de contribuir no apoio às Operações Navais, ao Programa da Comissão Oceanográfica Interministerial de do Nível Médio do Mar, ao auxílio às previsões meteorológicas e à atualização cartográfica da área de aproximação do Porto de Macuripe-CE e Baía de Santo Antônio (Fernando de Noronha). Nessa comissão, de quase dois meses, o navio atingiu as marcas de 33 dias de mar e 8.318,5 milhas navegadas.

 

1992

 

Entre os meses de março e junho, realizou comissão hidroceanografica, na área marítima entre os Estados do Espírito Santo e São Paulo, com as Operações PROSOM I e OCEANO-MARTE IV. A PROSOM I teve como propósito a realização de um levantamento detalhado do fundo do mar, em uma área contígua à Raia Acústica da Marinha nas proximidades da Ilha de Cabo Frio, a fim de permitir estudos de absorção do som para aferição dos sonares dos navios. A Operação OCEANO-MARTE IV, em sua primeira fase, realizou coleta de dados oceanográficos com modernos equipamentos, para obtenção de perfis verticais de temperatura, salinidade e pressão. Por fim, o navio efetuou sondagem, simultaneamente com varredura sonar lateral, tendo, como eixo, a rota de maior trafego de navios mercante, no trecho compreendido entre a Ilha Grande e a Ilha de São Sebastião. Durante essa comissão, foram feitos 59 dias de mar r percorridos 9.224,1 milhas náuticas.

 

Entre 30 de maio e 1 de julho, realizou, pela primeira vez , com sucesso medições de marés e correntes num período contínuo de trinta dias na costa do litoral próximo a Ilha Grande-RJ. A medição se realizou por meio de equipamentos fundeados a cerca de 30 milhas da costa numa profundidade de 60 metros. Entre 22 e 25 de maio esteve em Santos-SP.

 

1993

 

Entre 21 e 24 de maio esteve em Santos-SP.

 

1994

 

Entre 8 de junho e 20 de julho, realizou a Operação NAMÍBIA, realizando levantamento oceanográfico e meteorológico na África Austral. Foram 34 dias de mar e 7.300 milhas navegadas, visitando os portos de Walvis Bay (Namíbia) e Capetown (África do Sul).

 

1995

 

Em 25 de maio, encerrou a Operação REVIZEE-NORTE I, abrangendo toda a região costeira e oceânica adjacente entre o Cabo Orange-AP e a Foz do Rio Parnaíba-PI, totalizando 203 estações de coleta de dados físicos, químicos, biológicos e geológicos. Durante a operação houve a participação de equipes de pesquisadores de diversas instituições entre elas: Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI); Centro de Pesquisa e Extensão Pesqueira do Norte (CEPNOR) e o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM). Após três meses de comissão, o navio retornou ao Rio de Janeiro, tendo feito 67,5 dias de mar e 11.351,0 milhas navegadas, sendo 4.770,0 milhas ao longo de 24 perfis, realizando ainda durante o transito entre as estações, linhas de sondagem oceânica, com vistas ao enriquecimento da base de dados das Cartas Batimétricas Gerais dos Oceanos, além das atividades de Controle do Trafego Marítimo e verificação do balizamento da Costa Norte.

 

Entre 2 de agosto e 28 de outubro, realizou, junto com NPq "Riobaldo", do IBAMA, a comissão REVIZEE-NORDESTE I, que constou do levantamento de dados físicos, químicos, geológicos e biológicos ao longo do litoral em uma faixa que se estendeu até as 200 milhas marítimas, desde a Foz do Rio Parnaíba até Salvador-BA. Foram visitados os portos de Fortaleza-CE, no dia 5 de outubro, em Cabedelo-PB, em 19 de outubro e de Ilhéus-BA, em 28 de outubro.

 

1996

 

Em 25 de junho, iniciou a avaliação operacional do ECDIS (Electronic Chart Display and Information System), produzido pela SIMRAD.

 

Em 31 de outubro, foi ativado na Ilha Fiscal, o Grupamento de Navios Hidroceanograficos (GNHo), criado pela portaria n.º 0323, do MM, de 02/09/1996, ao qual o Antares passou a ser subordinado.

 

1997

 

Entre 15 de janeiro e 19 de abril, realizou a comissão REVIZEE-NORDESTE II, perfazendo um total de 70 dias de mar e 10.234,60 milhas navegadas. Durante as sete singraduras componentes da comissão, foram coletados dados oceanográficos, físicos, químicos e biológicos, meteorológicos, batimétricos e cenográficos, abrangendo a área compreendida entre a foz do Rio Paraíba e a cidade de Salvador, até o limite de 200 milhas da costa. Participaram da comissão 84 pesquisadores de diversas universidades do pais.

 

1998

 

Entre 9 de janeiro e 10 de fevereiro, realizou a comissão PIRATA I, perfazendo 32 dias de comissão, com 26 dias de mar e mais de 5.000 milhas navegadas.

 

O Programa PIRATA, consiste numa rede de coleta de dados oceanográficos e meteorológicos, que usa um sistema composto por 12 bóias ATLAS, para coleta e transmissão, via satélite, em tempo real. Coube ao Brasil, o lançamento de seis dessas bóias, sendo que nessa comissão foram lançadas as três primeiras a oeste do paralelo 020º W.

 

Em 1º de junho, prestou apoio ao RbAM Alte. Guilhem - R 24 e ao NPa Goiana - P 43, nas operações de busca e salvamento de três mergulhadores profissionais em águas próximas ao Arquipélago de Fernando de Noronha. Essa operação se iniciou no final da tarde de 31 de maio, quando o Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Nordeste – SALVAMAR NORDESTE, recebeu o comunicado do desaparecimento dos mergulhadores.

 

Em 17 de dezembro, realizou os lançamentos das duas primeiras bóias de deriva barométricas (DBC-B) do PNBOIA, nas posições Lat 013ºS/Long 034ºW e Lat 015ºS/Long 036ºW.

 

1999

 

Entre 13 de abril e 10 de julho, realizou a Comissão REVIZEE Norte III, realizando operações oceanográficas na região norte da ZEE (SCORE/NORTE). Foram visitados os portos de Natal -RN de 19 a 22 de abril, Belém-PA de 27 a 30 de abril, 14 a 18 de maio e 2 a 6 de junho, Itaqui-MA de 20 a 23 de junho e Fortaleza-CE de 3 a 7 de julho.

 

2000

 

Realizou a Comissão PIRATA III, perfazendo um total de 38 dias de mar (54 dias de comissão) e mais de 7000 milhas navegadas. Nessa Comissão, foram recolhidas cinco bóias fixas e lançadas outras seis, cujas profundidades variam de 4100 a 5800 metros. O Programa PIRATA (Programa Internacional de Pesquisa com Redes de Bóias Fixas no Atlântico Tropical) é uma iniciativa tripartite de instituições do Brasil, EUA e da França, que conta com o apoio da Marinha. A rede de coleta do Programa PIRATA é constituída por um sistema de doze bóias "ATLAS", para coleta e transmissão, via satélite, em tempo real, de dados meteorológicos e oceanográficos, com vistas ao monitoramento e ao estudo da atmosfera e da troposfera oceânica e sua interação com a massa líquida. Cabe ao Brasil, por meio da MB, a responsabilidade pelo lançamento e manutenção de seis bóias situadas a oeste do meridiano de 20º W.

 

Em 30 de abril, participou da Parada Naval dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Participaram também dessa Parada, as F Rademaker - F 49, Bosisio - F 48, Defensora - F 41, Independência - F 44 e União - F 45, CT Paraná - D 29, Cv Jaceguai - V 31, S Tonelero - S 21, NDCC Mattoso Maia - G 28, NVe Cisne Branco - U 20 e o Navio Museu Laurindo Pitta. As unidades estrangeiras que participaram, foram NOc SAS Protea - A 324, da África do Sul; Cv ARA Spiro - P 43, da Argentina; F SMS Victoria - F 82, da Espanha; F USS Estocin - FFG 15, dos EUA; F HrMS Van Speijk - F 828, da Holanda; NE ORP Wodnik - 251, da Polônia; NE NRP Sagres - A 520, de Portugal; CT HMS Southampton - D 90 e NT RFA Grey Rover - A 269, do Reino Unido; NE ROU Capitan Miranda - 20, do Uruguai; e a F ARV Almirante José García - F 26, e o NDCC ARV Esequibo - T 62, da Venezuela.

 

O NOc Antares - H 40, durante a Parada Naval dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, em 30 de abril de 2000. (foto: Edson Lucas) O NOc Antares - H 40, durante a Parada Naval dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, em 30 de abril de 2000. (foto: SRPM)

 

2001

 

Entre 30 de março e 19 de maio, realizou a comissão PIRATA IV, afim de fazer a substituição e manutenção do sistema de bóias ATLAS ao largo do litoral nordestino.

 

Realizou a Operação NORDESTE IV.

 

Em junho, enquanto realizava a travessia Rio – Recife recebeu mensagem do Com2ºDN informado o avistamento por um Navio Mercante de uma baleeira emborcada nas proximidades do Banco Rodger, litoral da Bahia. O Antares prontamente se dirigiu ao local recolhendo a embarcação que colocava em risco a navegação.

 

Em dezembro, encerrou a comissão OCEANO LESTE I, que se constituiu na coleta de dados oceanográficos no litoral entre Maceió-AL e Vitória-ES, em beneficio do Plano de Desenvolvimento do Programa Oceano, em conjunto com equipes cientificas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Santa Ursula do Rio de Janeiro e Universidade Federal da Bahia.

 

Recebeu o Prêmio Contato CNTM/2000 DHN, do Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo – COMCONTRAM, relativo ao período 1º de maio de 2000 a 30 de abril de 2001.

 

2002

 

Realizou a Operação NORDESTE I.

 

2003

 

Entre 23 e 25 de fevereiro, participou das buscas a um tripulante do M/V "Anangel Express" de bandeira grega, que caiu ao mar a cerca de 195 milhas náuticas de Rio Grande-RS, sob a coordenação do SALVAMAR-SUL.

 

2004

 

Entre 26 de outubro e 21 de dezembro, realizou a comissão OCEANO NE II, com 94 estações oceanográficas.

 

2005

 

Realizou a comissão OCEANO LESTE I/05.

 

Entre fevereiro e março, realizou a comissão OCEANO LESTE II/05, com 112 estações oceanográficas.

 

2006

 

No dia 28 de janeiro, durante a comissão Oceano Sudeste IV, lançou uma bóia alvo nas proximidades da ilha de Alcatrazes, em apoio ao Centro de Sinalização Náutica e Reparos Almirante Moraes Rego. O sinal náutico é uma bóia cega cônica, pesando cerca de 1.300 kg, fundeada entre as ilhas de Alcatrazes e Sapata, que servirá de auxílio à Esquadra em exercícios na região.

 

Em 10 de maio, tornou-se o primeiro navio a empregar a barreira de contenção de hidrocarbonetos pertencente a Base de Hidrografia da Marinha, em Niterói (BHMN).

 

2007

 

Realizou de 26 de março a 10 de maio, a Comissão OCEANO SUL III, na área marítima compreendida entre os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, em atendimento ao 2º Plano de Desenvolvimento do Programa Oceano (PLADEPO), da DHN. As tarefas executadas englobaram a coleta de dados meteorológicos e oceanográficos ao longo de todo o deslocamento do navio e a realização de 98 estações oceanográficas até a profundidade limites de 3.000 metros. Adicionalmente, durante as travessias, foram lançadas 8 bóias de deriva, pertencentes ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA), para dotar a área marítima de responsabilidade do Brasil de uma rede observacional baseada em bóias fixa (fundeadas) e bóias de deriva, para monitoramento meteorológico/oceanográfico e estudos climáticos. Coube, também, ao Antares o lançamento da bóia meteorológica MINUANO, no litoral do Rio Grande do Sul. Os dados coletados por essa bóia são: velocidade e direção do vento (em dois níveis), umidade relativa e temperatura da superfície do mar, altura e período de ondas e radiação solar. A bóia possuiu um GPS, que fornece a posição e faz a sincronia do horário do modulo de processamento; uma agulha que referencia a direção dos anemômetros; uma luz de navegação; e uma memória interna para armazenar os dados adquiridos.

 

2008

 

Entre 15 de julho e 8 de agosto realizou a Operação LEPLAC XIV. Nessa comissão foram feitos levantamentos batimétricos em apoio ao Programa de Levantamento da Plataforma Continental, que tinha por propósito auxiliar na determinação dos limites da nossa plataforma, além da Zona Econômica Exclusiva. O Brasil preiteava o direito de estender o limite da ZEE nas seguintes áreas: Cone do Amazonas, Cadeia Norte Brasileira, Cadeia Vitória-Trindade, Margem Sul Brasileira e Platô de São Paulo, em uma área total de cerca de 950.000 Km2. Até essa ocasião somente a ultima área teve seus limites proposto legitimado integralmente pela Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), o que ocorreu em abril de 2007. Entre 25 e 28 de julho, escalou em Rio Grande-RS.

 

2009

 

Recebeu o Prêmio "Contato-CNTM/ DHN", relativo ao período de 1º de maio de 2008 a 30 de abril de 2009.

 

O Antares atracado na Base Naval do Rio de Janeiro em 20 de abril de 2009. (foto: Diario Portuário - César T. Neves)

 

Na primeira quinzena de agosto, esteve por duas vezes no porto de Belém-PA, enquanto realizava a comissão de levantamento OCEANO-NORTE IV, em conjunto com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

 

Em 7 de setembro, participou do Desfile Naval alusivo ao Dia da Independência na orla do Rio de Janeiro, junto com os seguintes navios: NDCC Garcia D’Avila - G 29 e Almirante Sabóia - G 25, F Constituição - F 42, Cv Frontin - V 33, NT Almirante Gastão Motta - G 23, S Timbira - S 32 e Tikuna - S 34, NF Almirante Graça Aranha - H 34 e NPa Guajará - P 44.

 

Entre 19 de outubro e 22 de dezembro, realizou junto com o NHo Cruzeiro do Sul a comissão Oceanográfica TRANS-ATLÂNTICO I, que proveu a coleta de dados meteorológicos e oceanográficos visando o monitoramento das principais feições oceânicas do Atlântico Sul, com aplicação direta em estudos climáticos. Participam da comissão 32 pesquisadores das seguintes instituições nacionais: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade de São Paulo (USP), e Fundação Universidade do Rio Grande (FURG), com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), da SECIRM e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

2010

 

Na manhã de 4 de março, participou junto com as F Niterói, Constituição e Independência, a Cv Jaceguai, NT Almirante Gastão Motta, RbAM Alte Guilhobel e os S Timbira, Tapajó e Tikuna, de uma Parada Naval no Rio de Janeiro, por ocasião da despedida do serviço ativo na Marinha do VA Álvaro Luiz Pinto (CEMA) e que contou com a presença do VA Eduardo Monteiro Lopes (ComemCh), ambos a bordo da F Liberal.

 

No dia 7 de setembro, participou de um Desfile Naval em comemoração a Independência do Brasil, realizado na orla do Rio de Janeiro, com a participação das F Independência, Constituição e Bosísio, o NT Almirante Gastão Motta, o NHo Cruzeiro do Sul, o NOc Antares, o RbAM Almirante Guillobel, o NPa Guajará, o S Tupi e o NVe Cisne Branco.

 

2011

 

Em 31 de maio recebeu a visita de graduados-alunos da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAer), em supervisão de estágio sob a responsabilidade do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA).

 

Entre 13 de junho e 21 de julho realizou um levantamento hidrográfico ao largo da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, entre as Ilhas Maricás e Tijucas. Nesse serviço, foi utilizado o novo sonar de varredura lateral instalado no navio, do modelo Teledyne Benthos C3D interferométrico, que coleta, simultaneamente, a batimetria e a intensidade do retroespalhamento acústico, permitindo gerar boas imagens tridimensionais do fundo oceânico. O trabalho inédito possibilitou certificar a potencialidade do sistema e qualificar os oficiais e praças hidrógrafos em sua operação.

 

Dentre as feições captadas por esse equipamento, destaca-se o casco soçobrado da carta náutica nº 1506, que se refere ao ex-Contratorpedeiro Paraíba - D 28, detectado com precisão na posição de latitude 23º 05,72’S e longitude 042º 59,73’ W.

 

Os resultados do levantamento hidrográfico terão aplicação dual, sendo utilizados tanto para a atualização da carta náutica 1506, como para a geração de produtos para apoio às operações navais nas proximidades da Baía de Guanabara. A DHN passou a contar com esse mesmo procedimento para utilizar nas áreas de aproximação de outros portos brasileiros.

 

Tripulantes do Antares manobrando o “peixe” do sonar de varredura lateral modelo Teledyne Benthos C3D. (foto: CCSM) Imagem obtida pelo sonar de varredura lateral Teledyne Benthos C3D do casco do ex-CT Paraíba – D 28, soçobrado no litoral do Rio de Janeiro. (foto: CCSM)

 

2012

 

No dia 29 de maio desatracou do cais da BHMN para realizar a comissão OCEANO LESTE III, tendo como tarefas contribuir para execução do Plano de Coleta de Dados da DHN e apoiar a produção de informações ambientais necessárias ao planejamento e condução das operações navais na área compreendida entre os estados do Espírito Santo e Alagoas. Entre as atividades realizadas estavam coletas de dados físicos-químicos da água do mar através do conjunto CTD-Rossete, correntometria com ADCP de casco, observações batitermográficas, sondagens GEBCO, coleta de dados meteorológicos, geomorfológicos, inspeção na estação maregráica do Porto de Maceió, trabalhos de topografia e geodésica, além dos lançamentos de bóias de deriva em apoio ao programa PNBOIA. Foram realizadas 103 estações oceanográficas, 44 observações batitermográficas, 13 coletas de amostras de fundo, 23 lançamentos de bóias de deriva e 9 rastreios de sinais náuticos. No trecho Vitória – Salvador o navio efetuou, com sucesso, testes com o equipamento L-ADCP acoplado ao conjunto CTD-Rossete. No dia 6 de junho, durante a primeira pernada da comissão o navio realizou cerimônia alusiva ao seu 24º Aniversario de incorporação. Em 20 de julho atracou na BNRJ, encerrando essa comissão, perfazendo um total de 34,5 dias de mar e 52 dias de comissão.

 

O CTD-Rossete com L-ADCP acoplado. (foto: DHN/NOc Antares) Lançamento do CTD-Rossete com L-ADCP acoplado. (foto: DHN/NOc Antares)

 

 

2014

 

No mês de julho, suspendeu do cais da DHN, em Niterói-RJ, iniciando a Comissão PIRATA BR-XV, a qual teve como propósito manter a operacionalidade de 8 das 15 boias do Projeto Prediction and Research Moored Array in the Atlantic (PIRATA), por meio do recolhimento, manutenção e lançamento dessas boias, bem como coletar dados oceanográficos e meteorológicos na região compreendida entre Vitória-ES e o paralelo de 15ºN e entre os meridianos de 030ºW e 038ºW.

 

No período de 23 de julho a 5 de agosto, o navio realizou o recolhimento e lançamento das bóias números 1, 2 e 3, além do lançamento da bóia número 4. Por ocasião das atracações no Porto de Mucuripe, localizado em Fortaleza-CE, no período entre 17 a 22 de julho e 6 a 11 de agosto, recebeu a visita de 60 alunos da Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará (EAMCE).

 

Em 11 de agosto, suspendeu de Fortaleza rumo a Natal-RN, a fim de realizar o recolhimento e lançamento de mais duas bóias. Nessa última fase, o navio recolheu e lançou as duas ultimas bóias. Em 4 de setembro finalizou a comissão. Participaram da comissão diversos pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA-SP) e da Universidade Federal do Ceará (UFCE).

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O NOc Antares - H 40, fundeado. (foto: SRPM) O NOc Antares - H 40, fundeado. (foto: SRPM) O NOc Antares - H 40. (foto: ?) O NOc Antares - H 40, durante uma comissão oceanográfica. (foto: ?) O NOc Antares - H 40, tem um perfil peculiar em forma de bloco. (foto: ?) O NOc Antares - H 40, visto em 3/4 de popa. (foto: ?) O NOc Antares - H 40, visto em 3/4 de popa. (foto: SRPM) O NOc Antares - H 40, e uma bóia da rede PIRATA. (foto: SRPM) O NOc Antares - H 40, deixando o Porto de Rio Grande. (foto: Marcelo Vieira) O NOc Antares - H 40, deixando o Porto de Rio Grande. (foto: Marcelo Vieira) O NOc Antares - H 40, atracado em Salvador. (foto: ?)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CF Reinaldo Antônio Ferreira de Lima __/02/1999 a __/__/200_
CF Antônio Fernando Garcez Faria __/__/2005 a __/__/200_
CF Helber Carvalho Macedo 16/02/2012 a __/02/2014
CF Marcus Vinicius Almeida Silveira __/02/2014 a __/__/201_

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.org/

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 539, jul. 1988; n.º 539b, jul. 1988; n.º 571, mar. 1991; n.º 581, jan. 1992; n.º 588, ago. 1992; n.º 628, jan. 1995; n.º 636, jul. 1995; n.º 641, nov. 1995; n.º 648, jun. 1996; n.º 655, fev. 1997; n.º 660, jun. 1997; n.º 673, abr. 1998; n.º 677, ago. 1998; n.º 699, jul. 2000; n.º 711, jul. 2001; n.º 713, set. 2001; n.º 718, fev. 2002; n.º 766, fev. 2006; n.º 771, jul. 2006; n.º 782, jun. 2007; n.º 796, ago. 2008.

 

- Revista Tecnologia & Defesa, n.º 38, 1988.

 

- Revista Pesquisa Naval, Brasília, Estado-Maior da Armada, 2005.

 

- Informativo da DHN, Niterói, CAMR, Ano 1, n.º 1, setembro de 2012.

 

- Informativo CIRM, Brasília, CIRM, Vol.11 n.º 1, jan-jun. 1999.