1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

CTE Bauru - Be 4/D 18/U 28

Classe Cannon - DET/ Bertioga

 

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 17 de maio de 1943
Lançamento: 5 de setembro de 1943
Incorporação (USN): 11 de outubro de 1943
Baixa (USN): 15 de agosto de 1944
Incorporação (MB): 15 de agosto de 1944

Baixa (MB): 17 de setembro de 1981

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.309 ton (padrão), 1.623 ton (carregado).
Dimensões: 93.2 m de comprimento, 11 m de boca e 6.09 m de calado.
Propulsão: diesel-elétrica; 4 motores diesel General Motors Model 16-278A em tandem, gerando 6.000 shp, acoplados a dois eixos.

Eletricidade: ?

Velocidade: máxima de 21 nós.

Raio de ação: ?
Armamento: 3 canhões de 3 pol. (76.2 mm/50) em três reparos singelos Mk 22; 2 canhões Bofors L/60 de 40 mm em um reparo duplo Mk 1; 8 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 1 reparo triplo de tubos de torpedo de 21 pol. (533 mm); 1 lançador de bomba granada A/S (LBG) Mk 10; 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 8 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9 e 2 geradores de fumaça Mk 4.

Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SA; 1 radar de vigilância de superfície tipo SL; 2 diretoras óticas Mk 51, acopladas ao sistema de direção de tiro Mk 51 e sonar de casco QCS-1.

Código Internacional de Chamada: PXFA

Tripulação: 216 homens, sendo 15 oficiais e 201 praças.

Obs: Características da época da incorporação na MB.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Contratorpedeiro de Escolta Bauru - Be 4, ex-USS McAnn - DE 179, foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome(1) em homenagem a progressista cidade paulista de Bauru. O Bauru foi construído pelo estaleiro Federal Shipbuilding & Drydock Co., em Newark, New Jersey. Foi transferido por empréstimo e incorporado a MB em 15 de agosto de 1944, na Base Naval de Natal (RN), pelo Aviso n.º 1326 do MM, recebendo o indicativo de casco Be 3. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Sylvio Borges de Souza Motta.

 

1945

 

Em 4 de dezembro, a Esquadra foi restabelecida pelo Decreto n.º 8273, ficando o Bauru, assim como os demais navios da classe Bertioga subordinado à 2ª Flotilha de Contratorpedeiros.

 

1946

 

Em 15 de janeiro, foi efetivamente incorporado a Força de Contratorpedeiros.

 

1951

 

Entre 6 e 9 de junho realizou exercícios de guerra e tática anti-submarina com a presença de Aspirantes da Escola Naval e do qual participaram o CT Amazonas - D 12, os CTE Bocaina - Be 8, Bertioga - Be 1 e Bauru - Be 4, o CS Gurupi - G 2 e três aviões da FAB.

 

1952

 

O Bauru em 1952. (foto: ?)

 

1953

 

Em 20 de julho, foi retirado da lista de unidades pertencentes a Marinha dos Estados Unidos, sendo definitivamente transferido para Marinha do Brasil.

1955

 

Com a nova padronização dos indicativos de casco da MB, teve seu indicativo alterado para D 18.

 

Entre as diversas comissões que participou, tiveram destaque o socorro ao Navio-Auxiliar Duque de Caxias e ao Navio Mercante "Madalena".

 

O CTe Bauru - D 18, no inicio dos anos 60. (foto: A Marinha em Revista, via José Henrique Mendes)

 

1964

 

Em 25 de março, terminou sua última comissão como Contratorpedeiro de Escolta.

 

Em 5 de junho, foi transferido para o Esquadrão de Avisos Oceânicos, quando foi reclassificado como Aviso Oceânico, teve todo seu armamento A/S removido, e seu indicativo visual foi alterado para U 28. Nos mais de 15 anos como AvOc realizou diversas comissões de patrulha, reabastecimento do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT), viagens de instruções de alunos do Colégio Naval e Escolas de Aprendizes-Marinheiros.

 

1966

 

Em junho, efetuou viagem em GT, na companhia dos AvOc Baependi – U 27, Benevente – U 30 e Bocaina – U 32, visitando os portos de Florianópolis-SC e Santos-SP.

 

Em 11 de outubro, interceptou junto com o CT Pernambuco – D 30, o Navio Mercante "Brigite" de bandeira Liberiana, suspeito de contrabando, ao largo do litoral de São Paulo.

 

1973

 

Entre 12 e 17 de dezembro, estiveram em Santos o AvOC Bocaina – U 32.

 

1974

 

Integrava o Grupamento Naval do Sul, junto com os AvOc Benevente – U 30 e Bocaina – U 32, Cv Imperial Marinheiro – V 15, Bahiana – V 21, RbAM Tritão – R 21, Tridente – R 22 e Triunfo – R 23.

 

1977

 

Em 15 de agosto, operando na área do 1º Distrito Naval, completou 33 anos de incorporação a Esquadra, tendo atingido até essa ocasião as marcas de 5.336 dias de mar e 942.000 milhas navegadas(2)..

 

1980

 

Entre 22 e 28 de abril, realizou sob o comando do Comandante do 1º Distrito Naval (Com1ºDN), a Operação DEPORTEX, no TEBAR – Terminal Almirante Barroso no porto de São Sebastião, junto com os CT Alagoas – D 36 e Mariz e Barros – D 26, o S Goiás – S 15 além dos RbAM Triunfo – R 23 e Tridente – R 22 do GrupNavSul e homens do GptFN-RJ do 1 º Distrito Naval.

 

1981

 

Deu baixa do serviço ativo em 17 de setembro, tendo navegado 295.405 milhas náuticas e completando 1.423 dias de mar.

 

O AvOc Bauru - U 28, passando em frente as praias cariocas. (foto: SRPM) O AvOc Bauru - U 28, navegando no interior da Baia da Guanabara. Notar o indicativo na posição padrão ,mais a proa, diferente da forma apresentada na foto de numero 1. (foto: SRPM, via José Henrique Mendes)

 

1982

 

Depois da sua baixa foi submetido a um processo de modificações na Estação Naval do Rio de Janeiro, para devolver-lhe as características originais, sendo inaugurado como Navio-Museu em 21 de julho, em cerimônia presidida pelo então Ministro da Marinha, Almirante de Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, voltando a recebeu o seu indicativo original de casco: "Be 4".

 

Concepção Artistica de como iria ficar o Navio-Museu Bauru na Marina da Glória, junto ao Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial. Com a inauguraçao do Centro Cultural da Marinha, o Bauru foi para lá transferido. (foto: SRPM) Aspecto da cerimônia de inauguração do Navio-Museu Bauru, em 21 de julho de 1982. (foto: reprodução de Cartão Postal) Aspecto da cerimônia de inauguração do Navio-Museu Bauru, em 21 de julho de 1982. (foto: reprodução de Cartão Postal) O Navio-Museu Bauru, atracado na Marina da Glória, no Parque do Flamengo. (foto: SRPM)

 

Passou a ficar em exposição atracado na Marina da Glória, no Parque do Flamengo no Rio de Janeiro.

 

1985

 

Em março, esteve aberto a visitação pública em Salvador-BA.

 

Em abril, esteve aberto a visitação pública em Vitória-ES.

 

1987

 

No mês de agosto, esteve atracado em Santos (SP), recebendo uma média diária de 1.100 visitantes. Em 15 de agosto, completou 43 anos de sua incorporação a Marinha do Brasil.

 

Em dezembro, esteve aberto a visitação pública nos portos de Rio Grande e Porto Alegre.

 

Atualmente se encontra atracado no Centro Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro junto ao Submarino-Museu Riachuelo - S 22.

 

1988

 

Entre 8 e 26 de junho, esteve aberto a visitação pública em Salvador e Aratu, tendo recebido um total de 14.000 visitantes.

 

Em 3 e 24 de julho, esteve aberto a visitação pública no Porto de Vitória, tendo recebido um total de 31.000 visitantes.

 

No inicio de agosto, retornou ao Rio de Janeiro, voltando a permanecer aberto a visitação em seu ponto tradicional na Marina da Glória.

 

Em setembro, seguiu para Santos.

 

Em novembro e dezembro esteve em Rio Grande e Porto Alegre, onde permaneceu aberto para visitação pública.

 

1989

 

Esteve em Santos no período de 10 de julho a 9 de setembro, recebendo uma média diária de 738 pessoas, totalizando 42.823 visitantes.

 

1990

 

Em 21 de julho, completou oito anos como Navio-Museu, tendo atingido a marca de 1.000.000 de visitantes, desde sua inauguração.

 

1992

 

Nesses mais de 20 anos como Navio-Museu, o Bauru esteve em portos como Santos, Rio Grande Porto Alegre, Vitória (abril de 1985) e Salvador (março de 1985). Atualmente se encontra atracado no Centro Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro junto ao Submarino-Museu Riachuelo - S 22.

 

2003

 

O Navio-Museu Bauru, atracado agora fica sediado no Centro Cultural da Marinha. (foto: Rogério Cordeiro, 10/2003) Raparo duplo L/60 de 40 mm de ré. (foto: Rogério Cordeiro, 10/2003) Meia nau do Bauru, onde pode-se notar em destaque o reparos triplo de torpedos e os reparos Oerlikon de 20 mm. (foto: Rogério Cordeiro, 10/2003) Meia nau do Bauru, onde pode-se notar em destaque o reparo triplo de torpedos e os reparos Oerlikon de 20 mm. (foto: Rogério Cordeiro, 10/2003) Meia nau do Bauru, onde pode-se notar em destaque o reparo triplo de torpedos e os reparos Oerlikon de 20 mm e uma das diretoras oticas Mk-51. (foto: Rogério Cordeiro, 10/2003) Meia nau do Bauru, onde pode-se notar em destaque o reparo triplo de torpedos de 21 pol. (foto: Rogério Cordeiro, 10/2003) Reparo de76 mm de ré. (foto: Rogério Cordeiro, 10/2003)

 

2009

 

Sofreu restaruração no AMRJ.

 

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Bauru, na época em que era Aviso Oceânico. (foto: SDM) O Bauru, já como Navio Museu atracado na Marina da Glória. (foto: SDM) O Bauru, já como Navio Museu atracado no Centro Cultural da Marinha. (foto: SDM) Desenho do CTE Bauru. (foto: JFS, via Pedro Caminha) O Bauru, já como Navio Museu atracado no Centro Cultural da Marinha. (foto: SDM)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CC Sylvio Borges de Souza Motta 15/08/1944 a 30/10/1944
CC Sylvio Azambuja Maurício de Abreu 30/10/1944 a 22/11/1944
CC Paulo Antônio Telles Bardy 22/11/19__ a __/__/19__
CC José Lopes Costa __/__/1961 a __/__/1962
CC Bernard David Blower __/__/196_ a __/__/196_
CC Luiz Modesto Reis __/__/1969 a __/__/1970
CC Guilherme Franco Moreira __/__/1971 a __/__/1972
CC Bernard David Blower __/__/196_ a __/__/196_
Encarregados do NMuseu Bauru Período
CT (QC-CA) Luiz Alves Fernandes Moreira __/__/199_ a __/__/1990

 

 

H i s t ó r i c o  A n t e r i o r

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.43.

 

- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001.

 

- Friedman, Norman. U.S. Destroyers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1980.

 

- Classe Cannon - www.de220.com

 

- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.

 

- Franklin, Bruce Hampton. The Buckley: Class Destroyer Escorts. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1999.

 

- Almte.Saldanha da Gama, Artur Oscar. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra
Mundial
. Rio de Janeiro, ed. Capemi.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 443, mai. 1980; n.º 464, fev. 1982; n.º 497, nov. 1984; n.º 502, abr./mai./jun. 1985; n.º 503, jul. 1985; n.º 530, out. 1987; n.º 533, jan. 1988; n.º 542, out. 1988; n.º 556, dez. 1989; n.º 564, ago. 1990; n.º 566, out. 1990.

 

- Jornal A Tribuna de Santos - 28/09/1974.

 

- Colaboração Especial do CMG (RRm) Egberto Baptista Sperling.


(1) Em Tupi, corruptela de "Yba-uru" que significa "Cesto de Frutas". Segundo outros estudiosos "Rio de Água Parada".

(2) Como consta no Nomar N.º 412.