1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NM/Cv Camaquã - C 6

Classe Carioca

 

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 22 de outubro de 1938(1)
Lançamento: 16 de setembro de 1939
Incorporação: 7 de junho de 1940

Baixa: 21 de julho de 1944

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 550 ton (padrão).
Dimensões: 57 m de comprimento, 7.80 m de boca e 2.50 m de calado.
Propulsão: 2 caldeiras e 2 maquinas alternativas gerando 1.300 hp.

Combustível: 85 toneladas.

Eletricidade: ?

Velocidade: máxima de 15 nós.

Raio de Ação: 2.500 milhas náuticas.
Armamento: 1 canhão de 4 pol. (102 mm/28), 2 metralhadoras Oerlikon Mk 10 de 20 mm/70 em reparos singelos, 44 minas.
Sensores: ?

Código Internacional de Chamada:
Tripulação: 70 homens, sendo 5 oficiais e 65 praças.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Mineiro Camaquã - C 6, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo do Rio Grande do Sul. Foi construída no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Teve sua quilha batida em 22 de outubro de 1938, foi lançada ao mar em 16 de setembro de 1939 e foi incorporada em 7 de junho de 1940. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Nereu Chalréu Correia.

 

1940

 

Foi incorporada a Flotilha de Navios Mineiros com sede na Ilha de Mocanguê Grande, comandada pelo então Contra-Almirante Gustavo Goulart.

 

A Camaquã, em uma de sua poucas fotos. (foto: SRPM) A Camaquã, cruzando as águas da Baia da Guanabara. (foto: SRPM)

 

Os Navio Mineiros da classe Carioca foram logo reclassificados como Corvetas, para serviço no 2ª Guerra Mundial.

 

1942

 

Em 5 de outubro, passou a subordinação da Força Naval do Nordeste (FNNE), criada pelo Aviso n.º 1661, do mesmo dia, para substituir a Divisão de Cruzadores, comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Alfredo Carlos Soares Dutra, e subordinada ao Comandante da 4ª Esquadra Norte-Americana e das Forças Navais do Atlântico Sul, Contra-Almirante (USN) Jonas H. Ingram. A Força Naval do Nordeste era originalmente composta pelos Cruzadores Rio Grande do Sul – C 11 e Bahia - C 12, Navios Mineiros Carioca - C 1, Cabedelo - C 4 e Caravelas - C 5 e pelos Caça Submarino Guaporé - G 1 e Gurupi - G 2. Essa força foi depois acrescida de outros navios adquiridos nos Estados Unidos, além dos submarinos classe T, do Tender Belmonte, e dos Contratorpedeiros da classe M, constituindo assim Força-Tarefa 46, da Força Naval do Atlântico Sul, sendo dissolvida apenas no final da guerra.

 

Foi submetida no mesmo ano a um processo de modificações no AMRJ, partindo do Rio de Janeiro, já na escolta de um comboio. Na seqüência realizou patrulhas A/S no trecho Bahia - Pernambuco - Rio Grande do Norte - Fernando de Noronha.

 

1944

 

Às 08:30h do dia 18 de julho, suspendeu da Ilha das Cobras, Rio de Janeiro como capitânia do Grupo de Escolta do comboio JT-18, que também incluía CS Jutaí - CS 52 e Graúna - G 8.

 

Às 09:00h do dia 21 de julho, chegou ao ponto de encontro com a escolta norte-americana, ao largo de Recife, que iria conduzir o comboio até Trinidad. Depois de entregar a escolta e já demandando o porto a Corveta foi atingida por três grandes ondas que a fizeram adernar violentamente para boreste. As duas primeiras fizeram o navio adernar perigosamente levando-a a perder velocidade e recuperar momentaneamente o equilíbrio, mas o terceiro vagalhão a fez soçobrar às 09:30h a cerca de 12 milhas a nordeste de Recife, 48 horas depois do naufrágio do NA Vital de Oliveira. O Jutaí, mais rápido, chegou a área do naufrágio em cerca de meia hora e por pouco na abriu fogo contra o casco emborcado, confundindo-o com um submarino.

 

Além de seu comandante, Capitão-de-Corveta Gastão Monteiro Moutinho, perecerem 33 homens, inclusive um Oficial do Exercito e dois civis, sendo os sobreviventes resgatados pelos CS Jutaí - CS 52 e Graúna - G 8, que faziam parte do mesmo Grupo de Escolta. Até essa data havia escoltado em serviço de guerra mais de 600 navios mercantes.

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

A Corveta Camaquã ainda com o indicativo visual grande ao contrario do menor e mais discreto usado em operações de guerra. (foto: DPHDM, via José Henrique Mendes)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CC Nereu Chalréu Correia 07/06/1940 a __/__/194_
CC Hugo Bussemeyer Caminha  __/__/194_ a __/__/194_
CC Celso A. de Macedo Soares Guimarães __/__/194_ a __/__/194_
CC José Pereira Cotta Filho __/__/194_ a __/__/194_
CC Gastão Monteiro Moutinho __/__/194_ a 21/07/1944

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.60-61.

 

- Almte.Saldanha da Gama, Artur Oscar. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra
Mundial
. Rio de Janeiro, ed. Capemi.

 

- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 503, jul. 1985; n.º 539b, jul. 1988; n.º 590, out. 1992.


(1) No Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira, consta como data de batimento de qulha 2 de outubro de 1938.