1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NAux/NHi Vital de Oliveira ex-Itaúba Classe Ita
D a t a s
Batimento
de Quilha: ? Baixa: 19 de julho de 1944
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
1.300 ton (padrão). Combustível: Carvão. Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 9 nós. Raio
de Ação: ? Equipamentos: paus de carga nos mastros, junto aos três porões. Código
Internacional de Chamada: ?
H i s t ó r i c o
O Navio Auxiliar Vital de Oliveira, ex-Itaúba, da Companhia Nacional de Navegação Costeira, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Capitão-de-Fragata (post-mortem) Manuel Antônio Vital de Oliveira, morto na Guerra do Paraguai em 2 de fevereiro de 1867, no bombardeio a Curupaiti, a bordo do Monitor Encouraçado Silvado, do qual era Comandante. Foi construído pelo estaleiro Ailsa S.B. Co., em Troon, Inglaterra. Como Vapor Itaúba(1), foi incorporado pela primeira vez como transporte das forças que foram enviadas ao Paraguai em 1911. O Itaúba foi o primeiro e único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. Em 29 de outubro de 1931, pelo Aviso n.º 3.785, o MM informou ao CEMA sua decisão de mandar incorporar a Esquadra, temporariamente os Paquetes Itajubá, Itaúba e Itapema, da Companhia de Navegação Costeira. Em 2 de dezembro de 1932, pelo Aviso 3.139 o MM resolveu mudar o nome do Itaúba para Vital de Oliveira, e o classificou como Navio Auxiliar de 2ª classe.
1932
Após sua incorporação, foi classificado como navio de Instrução ligado à Diretoria de Ensino Naval, mas por pouco tempo.
Em 14 de novembro, passou a subordinação de Navegação, por trinta dias; voltou à Diretoria de Ensino.
1933
Em 3 de junho, pelo Aviso n.º 1.914 voltou a subordinação da Diretoria de Navegação e foi reclassificado como Navio Faroleiro.
1934
Por ocasião da substituição do farol de ferro por um outro de cimento armado, o navio de serviço dos faróis, Vital de Oliveira, fez um longo reconhecimento hidrográfico das ilhotas no Atol das Rocas, e levantou uma nova carta de n.º 51.
1935
Passou por grandes reparos.
1936
Realizou comissão de apoio aos faróis da costa norte.
Em 13 de maio, o Comandante do Vital de Oliveira sugeriu a transferência do farol Gurupy/Apeú.
Em 21 de maio, partiu do Rio de Janeiro para Natal, com a missão de transportar material para o radiofarol que ali se construía, de inspecionar as obras que se realizavam em Abrolhos e de entregar o Suprimento Anual para os Faróis da Bahia. Escalou em Recife, Natal, Fernando de Noronha e Atol das Rocas.
No retorno, recebeu a missão complementar de realizar um levantamento hidrográfico expedito no porto de Tamandaré, em Pernambuco. Ao demandar a barra desse porto, encalhou nos baixios existentes nas proximidades. Safou-se sem maiores danos, com o pronto auxilio do NAux José Bonifácio.
Após esse acidente voltou ao Rio de Janeiro, rebocado pelo Rebocador "Comandante Dorat" do Lloyd Brasileiro. Os reparos necessários, foram realizados nas oficinas do Lloyd Brasileiro, na Ilha de Mocanguê Pequeno, e só terminaram no fim de 1939.
1937
No final do ano realizou a substituição das bóias de espera das barras norte e sul de Paranaguá-PR.
1939
Tão logo ficou pronto dos reparos, decorrentes de seu acidente ocorrido em Pernambuco, partiu do Rio de Janeiro para os Rochedos de São Pedro e São Paulo, a fim de recolher o material abandonado naqueles penedos. No regresso inspecionou os faróis e balizamentos da costa norte e leste e recolheria as sucatas de ferro que encontrasse.
1940
Em 1º e 3 abril, esteve nos Rochedos de São Pedro e São Paulo para desmontar o radio-farol ali instalado pelo Tender Belmonte entre os anos de 1930 e 1932, em faina que teve como encarregado o 1º Ten. Miguel Floriano Peixoto de Abreu.
1941
Durante todo o ano esteve desligado da Diretoria de Navegação, na Esquadra, a fim de participar do abastecimento da Ilha da Trindade e operações de guerra.
1944
Em 8 de abril, foi reclassificado como Navio Hidrográfico pelo Aviso n.º 1276. Retornou depois a categoria de Navio Auxiliar.
Em julho, suspendeu de Natal, escalando em Cabedelo, Recife, Salvador e Vitória, onde chegou no dia 18.
No dia 19 de julho, às 10:00 hs suspendeu de Vitória-ES rumo ao Rio de Janeiro, ao fim de mais uma comissão de reabastecimento de bases e transporte de pessoal, tendo na escolta o CS Javarí - CS 51. Trazia a bordo um total de 270 pessoas entre oficiais, graduados e praças da MB (dos quais 120 da guarnição) e um menor de 8 anos de idade, irmão de um Grumete, embarcado como passageiro em Salvador; além de carga de madeira.
Foi torpedeado por boreste a popa e posto a pique às 22:30 hs pelo submarino alemão U-861, quando se encontrava a 25 milhas ao sul do Farol do Cabo de São Tomé. Com a explosão, o mastro de ré, tombou sobre o convés esmagando embarcações, retorceu turcos e partiu as talhas dos escaleres.
Um grande rombo no costado deixava a água entrar em grande quantidade, tornando inútil qualquer providencia a fim de salvar o navio. Soçobrou em apenas 6 minutos, perecendo 99 homens entre tripulantes e passageiros e o menor.
No dia 20 apareceu o B/P "Guanabara" e dois aviões norte-americanos que sobrevoaram o local. Recolhidos pelo Pesqueiro, foram mais tarde transferidos para o CT Mariz e Barros - M 1, que os transportou para o Rio de Janeiro, onde chegou no dia 21 de julho.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.268 e 140-141.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 503, jul. 1985; n.º 564, ago. 1990; n.º 659, mai. 1997.
- Atol das Rocas – www.rocas.speedlink.com.br/naufragio.htm (1)
Em tupi-guarani, significa "pau-ferro". |
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