1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NHi/NAux José Bonifácio - H 12 ex-Itapema Classe Ita
"Juca Bonifacio"
D a t a s
Batimento
de Quilha: ? Baixa:
?
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
1.707 ton (padrão). Combustível: Carvão. Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 9 nós. Raio
de Ação: ? Equipamentos: paus de carga nos mastros, junto aos três porões. Código
Internacional de Chamada: PXBC
H i s t ó r i c o
O Navio Auxiliar José Bonifácio, ex-Itapema, da Companhia Nacional de Navegação Costeira, foi o segundo navio(1) a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao santista José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da Independência. Foi construído na Inglaterra. Em 29 de outubro de 1931, pelo Aviso n.º 3.785, o MM informou ao CEMA sua decisão de mandar incorporar a Esquadra, temporariamente os Paquetes Itajubá, Itaúba e Itapema, da Companhia de Navegação Costeira. Como Vapor Itapema, foi o primeiro e único navio a ostentar esse nome(2) na Marinha do Brasil, em homenagem a Vila de São Paulo e uma povoação da Bahia, homônimas. Em 2 de dezembro de 1932, pelo Aviso 3.139 o MM resolveu mudar o nome do Itapema para José Bonifácio, e o classificou como Navio Auxiliar de 2ª classe.
Já no serviço da Armada teve seus motores de tríplice expansão substituídos por motores diesel.
1931
Em 29 de outubro, pelo Aviso n.º 3.783 foi subordinado a Esquadra, classificado como Navio Hidrográfico.
1932
Em 4 de janeiro, pelo Aviso n.º 001 foi transferido pela primeira vez para a Diretoria de Navegação, para ser empregado na manutenção de faróis e balizamentos.
1933
Em 27 de julho, pelo Aviso n.º 2.612, voltou a ser subordinado a Esquadra, voltando logo depois a Diretoria de Navegação.
1934-1935
Foi submetido a um período de reparos.
1936
Em 16 de julho, partiu do Rio de Janeiro com destino a Belém-PA com a missão de assistir os faróis intermediários, transportar suprimento anual para os faróis da costa norte e o material para a construção do novo farol de Salinas.
Em setembro, encontrava-se em Belém para iniciar a desmontagem do segundo farol de Salinas em Gurupy/Apeú e o inicio da montagem do terceiro em nova posição.
Na madrugada de 12 de setembro, tentou sem sucesso, prestar auxilio ao NAux Calheiros da Graça, que avançou a marcação de segurança do farol dos Reis Magos, na entrada de Natal e encalhou nas Pedras Cabeças de Negro.
Prestou auxilio ao NAux Vital de Oliveira, que encalhou nos baixios na entrada do Porto de Tamandaré, em Pernambuco.
1937
Realizou comissão de apoio aos faróis e ao balizamento entre o Rio de Janeiro e Recife-PE, ajudando também na construção do novo farol de Salinas-PA.
Realizou mais duas comissões de apoio aos faróis e balizamento da região norte, subindo o rio Amazonas até Manaus, sendo que em uma dessas, em 23 de agosto, o comandante do José Bonifácio inaugurou o terceiro farol de Salinas (Salinópolis), em Capanema-PA a 1.7 milhas da posição da torre anterior.
1938
Zarpou do Rio de Janeiro em comissão de Apoio aos faróis e ao balizamento na costa de Santa Catarina.
Zarpou do Rio de Janeiro em comissão de Apoio aos faróis e ao balizamento na costa do Paraná.
Zarpou do Rio de Janeiro em comissão de Apoio aos faróis e aos balizamentos no litoral norte e nordeste, entre julho e outubro, estando em Recife e São Luis.
1939
Realizou comissão em Paranaguá.
Realizou comissão ao Maranhão e ao Rio Grande do Norte, nessa comissão recolheu grande quantidade de sucata de ferro de Fortaleza e Natal, trazendo-a para o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
Realizou o transporte de 300 Aprendizes-Marinheiros do Rio de Janeiro para a Escola da Enseada Baptista das Neves, em Angra dos Reis, onde hoje se localiza o Colégio Naval.
1940
Seguiu para Natal transportando material para a construção da nova torre do farol em Calcanhar e o Iate Rubim para servir ao transporte de material entre Natal e Calcanhar e para serviços gerais de faróis e balizamento no Rio Grande do Norte.
Transportou material para os faróis de Abrolhos e Fernando de Noronha e para construção da Base Naval de Natal.
1944
Em 8 de abril, foi reclassificado como Navio Hidrográfico pelo Aviso n.º 1276. Retornou depois a categoria de Navio Auxiliar.
1947
Transportou suprimento para os faróis da costa Norte e Nordeste.
Com a mudança do padrão dos indicativos de casco da MB nos anos 50 o navio recebeu no seu costado o "H 12".
1956
Realizou comissão levantamento hidrográfico e de conclusão do Curso de Especialização para oficiais nessa área na costa sul.Ao fim dessa comissão no sul, o José Bonifácio recebeu ordens de prestar auxilio ao RbAM Tritão – R 21, que encalhou durante a faina de salvamento do B/P "Tokai Maru" à 21 milhas ao norte do Porto de Rio Grande, próximo ao Farol do Cabo de Santa Marta.
1959
Realizou comissão de levantamento no sul do Brasil, como parte do do Curso de Hidrografia de 1959.
Em 14 de agosto, pelo Aviso n.º 1.832, foi definitivamente reclassicado como Navio Faroleiro.
1960
Realizou Viagem de Instrução de Guardas-Marinha com a turma de formandos de 1959.
1962
Em janeiro e fevereiro, realizou testes de mar junto com uma comissão a São Sebastião-SP, realizando reparos nos faroletes de Canas e de Selas, construiu os da Ponta do Viana e Pontinha e abasteceu o da Ponta do Boi.
Em março, suspendeu do Rio de Janeiro, em comissão de assistência aos faróis e ao balizamento entre o Rio de Janeiro e Belém.
Em setembro, retornou ao Rio de Janeiro
Entre setembro e novembro, realizou comissão de apoio a faróis e balizamentos da costa sueste e sul, incluindo Angra dos Reis, São Sebastião, Ilha da Moela, Santos, Ilha do Bom Abrigo, Paranaguá, Ilha da Paz, São Francisco do Sul, Itajaí, Florianópolis e Ilha do Arvoredo.
1963
Em 13 de junho, realizou sua ultima viagem, quando esteve em Santos participando das comemorações do bicentenário do nascimento do Patriarca da Independência José Bonifácio de Andrada e Silva, natural daquela cidade onde nasceu em 13 de junho de 1763.
Antes de sua baixa, voltou a servir a Esquadra como sede do Esquadrão de Contratorpedeiros.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.139 e 151.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Confraria do Bode Verde - http://www.bodeverde.hpg.ig.com.br
- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 459, set. 1981. (1) ver também o Cruzador Andrada. (2) Em Tupi, significa "Pedra Angulada". |
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