1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NB Faroleiro Arêas - H 27 Classe Santana
D a t a s
Batimento
de Quilha: ? Incorporação:
1954 Baixa: 1º de março de 2001
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
109.96 ton (padrão), 173 ton (carregado) Eletricidade: 1 motor gerador de 110V. Velocidade: 10 nós. Raio
de Ação: 1.500 milhas náuticas. Equipamentos: porão, com capacidade para 8 bóias tipo BL-1 sem mangrulhos e contrapesos, quatro com esses componentes desmontados ou 2 completas e montadas; e pau-de-carga de 2 ton. Código
Internacional de Chamada:
PWZB obs: caracteristicas da época da incorporação.
H i s t ó r i c o
O Navio Balizador Faroleiro Arêas - H 27, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Faroleiro João Arantes Arêas, que faleceu no Farol de São Tomé, vítima de acidente, enquanto o pintava no ano de 1948. O Faroleiro Arêas fazia parte de um numeroso clã de Faroleiros, naturais de Campos-RJ, que começou com Udgero Rodrigues Arêas, avô dos primos João Arêas e Raul Bragelone Arantes Arêas, este último, pai do brilhante Hidrógrafo Almirante Ivan Pereira Arêas. Foi segundo de uma série de três construidos pelo estaleiro Luna Projetos e Construções Ltda., na Ponta da Areia, em Niterói. Foi submetido a Mostra de Armamento em 1954. Foi seu primeiro comandante o 1º Tenente Francisco de Paulo Galvão França, que assumiu em 30 de novembro de 1956.
Iniciou o serviço na Marinha do Brasil na década de 50.
A guarnição de recebimento do Faroleiro Arêas foi a seguinte:
- 1º Ten. Francisco de Paulo Galvão França – Comandante - SG Diógenes - Mestre do Navio
- Motorista Felix - ?
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1956
Em novembro, partiu do Rio de Janeiro com destino a Belém-PA, onde foi incorporado ao Serviço de Sinalização Náutica do Norte (SSN-N).
1957
Em janeiro, chegou a Belém, sob o comando do 1º Tenente Vicente de Paula Galvão França, iniciando operações em proveito do Serviço de Sinalização Náutica do Norte (SSN-4).
Em 9 de junho, encalhou num banco de areia nas proximidades de Ilha Atuá, e mesmo tendo sido socorrida pela Cv Iguatemi - V 16 sofreu sérias avarias estruturais.
1957-60
Ficou imobilizado para reparos no estaleiro de Raimundo Brito Palheta, em Icoaraci.
1960-73
No período de 1957 a 1973, o NB Faroleiro Arêas operou sem que constituísse um Comando, porém mantendo-se subordinado ao Serviço de Sinalização Náutica do Norte. Naquela ocasião, devido ao constante trabalho em áreas próximas aos perigos à Navegação, que lhe compete demarcar e sinalizar, o Arêas sofreu novas graves avarias, permanecendo longo tempo em reparos na Base Naval de Val-de-Cães.
1973
Foi reconstruído na Base Naval de Val-de-Cães (BNVC), em Belém, no Pará, tendo inclusive o seu velho motor Bolinder, sido substituido por um novo motor MAN de 250 hp e instalados um gerador MWM de 19 KvA e um 1 MWM de 30 KvA.
Em 4 de julho, em cerimonia realizada na Base Naval de Val-de-Cães, foi finalmente incorporado a Armada por força do Aviso N.º 0526 de 12/06/1973 (Bol. do MM N.º 25 de 22/06/1973). Recebendo o indicativo de casco "H 27", e passando a existir como uma OM com comando proprio e não destacado.
Em setembro e outubro, seguiu para o rio Calçoene-AP, onde em 11 dias de faina mudou de posição o farol de mesmo nome que vinha sofrendo a ação das marés sobre as sapadas de sustentação e ameaça cair. O farol de Calçoene foi reacendido no dia 18 de outubro de 1973.
1976
Realizou comissão para reabastecer o farol de Calçoene-AP, quando constatou que o mar voltava a ameaçar a sua estrutura.
1982-83
Foi submetido a um PGR - Período Geral de Reparos, na BNVC. Tendo o casco todo em madeira, recebeu um tijupá de alumínio, mais um motor auxiliar (gerador) MWM de 30 KvA e mudanças na chaminé.
1983
Em agosto, realizou comissão de sinalização náutica e balizamento na Barra Norte do Rio Amazonas, nas proximidades do Porto de Manaus e nos cursos dos rios Tapajós e Amazonas, regressando ao fim da mesma para Belém-PA.
1984
Suspendeu de Val-de-Cães, para uma comissão de três meses no apoio ao balizamento na barra norte do Rio Amazonas.
Encalhou e sofreu avaria durante comissão hidrográfica no furo do Jaburu, sendo resgatado pela Cv Solimões - V 24.
1986
Em 1º de janeiro, teve sua subordinação transferida do Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego para o SSN-4, pela Portaria do MM n.º 1.023.
2001
Em 1º de março, deu baixa do serviço ativo, pelo Aviso de 06/02/2001, tendo atingido as marcas de 1.747 dias de mar e 102.644,3 milhas navegadas. Em seus 47 anos de serviço, sendo 27 incorporado a Armada, o Faroleiro Arêas, realizou a manutenção do balizamento fixo e flutuante dos rios Amazonas, Pará, Tocantins, Negro, Solimões, Tapajós e Trombetas e deve destaque em diversas fainas como o balizamento do porto de Itaquí, , reconstrução dos Faróis Mandií, e Calçoene (braço norte do Rio Amazonas), recuperação da torre do Farol do Espadarte e a construção dos faroletes Tapará, Capela, Juriti e Porto Equador.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 707, mar. 2001.
- Revista Tecnologia & Defesa, São Paulo, Editora Aquarius, n.º 6, agosto de 1983; n.º 15, 1984. |
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