1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Cv Iguatemi - V 16

Classe Imperial Marinheiro

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 21 de dezembro de 1953
Lançamento: 17 de dezembro de 1954
Incorporação: 19(1) de setembro de 1955

Baixa: 9 de agosto de 1995

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 911 ton (padrão), 1.025 ton (carregado).
Dimensões: 55.72 m de comprimento, 9.55 m de boca e 3.6 m de calado.
Propulsão: 2 motores diesel Sulzer 6TD36 de 6 cilindros e 1.080 bhp cada, acoplados diretamente a 2 eixos com hélices de passo fixo.

Tração Estática: 18 toneladas; e cabo de reboque de 500 metros e esta aparelhada para efetuar o lançamento do sistema "Beach Gear".

Eletricidade: 2 geradores diesel de 160 kW e 1 gerador diesel de reserva de 75 kW.  alternadores.

Combustível: 135 tons.

Velocidade: máxima de 16 nós; máxima constante 14 nós.

Raio de Ação: 15.000 milhas náuticas.
Armamento: 1 canhão de 3 pol. (76,2 mm/50) Mk 26, 4 metralhadoras Oerlikon Mk 10 de 20 mm/70 em reparos singelos.
Sensores: 1 radar de navegação.

Equipamentos: Maquina de reboque instalada no convés principal; equipamento de Combate a Incêndios e Controle de Avarias fixo e móvel.

Código Internacional de Chamada:
Tripulação: 64 homens, sendo 6 oficiais e 58 praças.

 

 

H i s t ó r i c o

 

A Corveta Iguatemi - V 16, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo situado no Mato Grosso. As Corvetas classe Imperial Marinheiro foram idealizadas e mandadas construir pelo Almirante Renato de Almeida Guillobel, em sua gestão a frente do Ministério da Marinha. Foi construída pelo estaleiro Zaandamsche Scheepsbower Mig N.V., Holanda. Teve sua quilha batida em 21 de dezembro de 1953, foi lançada ao mar em 17 de dezembro de 1954 e foi incorporada em 19 de setembro de 1955. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Jorge da Cruz Soares.

 

As Corvetas classe Imperial Marinheiro, foram originalmente concebidas, como navio guarda-costas, rebocador, mineiro e varredor. Já nos anos noventa, as unidades remanescentes mantinham apenas as características de unidade de patrulha (guarda-costas) e salvamento (rebocador). Seus trilhos para lançamentos de minas e paravanas de varredura não existem mais a bordo. Atualmente a maior restrição das Corvetas nas missões de patrulha é a sua baixa velocidade em relação às velocidades atuais dos navios mercantes. A Corveta tem uma velocidade máxima mantida de apenas 12 nós.

 

Depois de incorporada a Armada passou a ser sediada em Belém, integrando a Flotilha do Amazonas.

 

1957

 

Em 9 de junho, o NB Faroleiro Arêas - H 27 encalhou próximo a Ilha Atuá, sendo socorrido pela Cv Iguatemi.

 

1968

 

Em 20 de novembro, chegou a Iquitos (Peru), em visita operativa.

 

A Corveta Iguatemi - V 16 chegando a Iquitos, no Perú, em 20 de novembro de 1968.. (foto: Coleção do Comandante Carlos Henrique Brack)

 

1974

 

Foi criado o Grupamento Naval do Norte, desmembrado da Flotilha do Amazonas, pelo Aviso n.º 0373/74 de ??/??/1974, sendo formado então pelas Cv Angostura – V 20, Iguatemi – V 16, Mearim – V 22 e Solimões V 24, e, os NPa Pampeiro – P 12, Parati – P 13 e Piratini – P 10.

 

1981

 

No inicio do ano, realizou viagem ao exterior integrando um GT com o NPa Piratini - P 10, visitando a cidade de Port-of-Spain (Trinidad e Tabogo).

 

Durante o ano, realizou, seis reboques, dois desencalhes, dois salvamentos e cinco patrulhas, totalizando 116 dias de mar e 19.364 milhas navegadas. Dentre essas comissão merece destaque foi o dificil reboque da balsa "Siderama II", que transportava 1.000 toneladas de material para a construção da Agência da Capitania dos Portos em Tabatinga. Naquela oportunidade, navegando 13.5 dias sem precisar fundear, o navio subiu o Solimões, de Belém a Tabatinga, em época de seca e com cartas náuticas desatualizadas em vários trechos devido às constantes modificações ocorridas em suas margens pela correnteza. Mesmo assim, graças ao desempenho do navio e de sua tripulação, além de informações recebidas do NHi Argus e do NPaFlu Amapá.

 

1986

 

Em 28 de fevereiro, suspendeu de Belém, para realizar visita aos portos de Fort-de-France (Martinica), São Domingos (República Dominicana) e Georgetown (Guiana).

 

1987

 

Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, e "Navio Socorro do Ano", relativos ao ano de 1986.

 

1988

 

Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1987.

 

1989

 

Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 4º Distrito Naval, relativo ao ano de 1988.

 

1994

 

Em complemento às atividades curriculares do Curso de Aperfeiçoamento para Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CAOCFN), na área do 4º DN, os Oficiais-Alunos embarcaram na Corveta , que suspendeu do pier da Base Naval de Val-de-Cães com destino ao Terminal ALBRAS. Tal fato proporcionou a oportunidade de conhecerem a real capacidade das Corvetas no apoio às Operações Ribeirinhas, bem como realizar o reconhecimento fluvial da região.

 

Junto com a Cv Mearim - V 22, e com o auxilio de mergulhadores da Base Almirante Castro e Silva, e material cedido pelos Comandos do 1º e 2º Distritos Navais, realizou a faina de reflutuação do N/M "Camacan", que há mais de uma década se encontrava encalhado as margens da Baia do Guajará, em área, que depois de desobstruída, foi construído o heliponto da Base Naval de Val-de-Cães.

 

Realizou a comissão CARIBE II, junto com a Cv Solimões - V 24 e Parati - P 13, contribuindo para o estreitamento dos laços de amizade com os paises do norte da América do Sul e Caribe. Foram realizados 25 dias de mar e 5.117,4 milhas marítimas, com visitas operativas aos portos de Caiena (Guiana Francesa), St.Thomas (Ilhas Virgens), Nassau (Bahamas) e Basse-Terre (Guadalupe).

 

1995

 

Em 9 de agosto, deu baixa do serviço ativo, segundo a portaria ministerial n.º 0048 de 28/07/1995.

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CC Jorge da Cruz Soares 19/09/1955 a __/__/19__
CC Carlos Henrique Brack 12/11/1968 a 17/02/1970
CC Franklin Storry ( * ) __/__/197_ a 11/11/1977

CC Aercio Flavio Pereira Duarte ( * )

11/11/1977 a __/__/197_

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.126-127.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 454, abr. 1981; n.º 467, mai. 1982.

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- Moore, John. Jane's Fighting Ships 1980-1981. London: Jane's Publishing Company Limited, 1980.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 530, out. 1987; n.º 534, fev. 1988; n.º 546, fev. 1989; n.º 614, mar. 1994; n.º 620, ago. 1994.

 

- Folheto Bem-Vindo à Bordo da Corveta Purus - V 23.

 

- Colaboração Especial do Comte. Carlos Henrique Brack.


(1) Segundo o Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira, foi incorporada em 19/09/1955, já no Jane's Fighting Ships 1980-1981 consta como 17/09/1955, que provavelmente é a data do Aviso Ministerial.