1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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CS/NF Jaguarão - CS 55/J 5 Classe SC 497/J
D a t a s
Batimento
de Quilha: 8 de abril de 1942 Baixa
(MB): 28 de junho de 1950
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
98 ton (padrão), 130 ton (carregado). Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 21 nós. Raio de ação: 1.500 milhas náuticas à 12 nós. Armamento: 1 canhão de 3 pol. (76.2 mm/23); 2 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 2 lançadores quádruplos de bomba granada A/S (LBG) de 7.2 pol. Mousetrap Mk 20 na proa; 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 2 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9. Sensores: 1 radar de vigilância de superfície tipo SF ou SL; 1 sonar de casco. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 27 homens, sendo 3 oficiais e 24 praças. Obs: Características da época da incorporação na MB.
H i s t ó r i c o
O Caça Submarino Jaguarão - CS 55, ex-USS SC 765, foi o quinto(2) navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio e a cidade homônimos(1) do Rio Grande do Sul. O Jaguarão foi construído pelo estaleiro W. A. Robinson Inc., de Ipswich, MA. Foi lançado em 12 de novembro de 1942 e incorporado a Marinha dos EUA em 3 de dezembro. Foi transferido e incorporado a MB em 16 de fevereiro de 1943(3) em cerimônia realizada em Miami, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-Tenente Oswaldo de Macedo Cortes.
O custo de aquisição dos Caça Submarinos dessa classe em 1942-43 era de US$ 500.000.
A tripulação de recebimento do Jaguarão, entre outros era composta pelo:
- CT Oswaldo de Macedo Cortes - Comandante - Sgt José Moreno - Sgt Ranulfo Caminha - Sgt José Gonçalves de Aguiar - Sgt João Ribeiro Martins - MN Rubem Guelpke - MN Décio Alves de Souza - MN Carlos Alexandre Sales Moreira - MN Israel Rodrigues da Silva - MN Olavo Meira Lima
No livro "A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial", do Almirante Arthur Oscar Saldanha da Gama, há uma breve descrição da vida a bordo dos Caça-Submarino da classe "J", também conhecidos "Caça-Pau".
1943
Em 9 de março, deixou Miami (Florida), rumo a Key West (Florida), como o capitânia de um Grupo-Tarefa comandado pelo Capitão-Tenente João Faria Lima, composto também pelos CS Jaguaribe.
Entre 21 e 26 de março, acompanhado do CS Jaguaribe, participou de escolta mista americano - brasileira de um comboio Key West - Guantanamo Bay.
Entre 1 e 5 de abril, acompanhado do CS Jaguaribe, participou de escolta mista americano - brasileira de um comboio Guantânamo Bay - San Juan.
Entre 7 e 10 de abril, acompanhado do CS Jaguaribe, participou de escolta mista americano - brasileira de um comboio San Juan - Trinidad.
Entre 13 e 23 de abril, acompanhado do CS Jaguaribe, participou de escolta mista americano - brasileira do comboio Trinidad - Belém (TB 11).
Em 5 de junho é enviado à praia de Lençois Grandes-MA, para recolher aviadores americanos ali caídos.
Em 3 de julho, partiu de Salvador-BA, integrando um Grupo-Tarefa composto também pelo CS Javarí e pela Cv Caravelas, realizando parte da escolta do comboio BT 18, composto de 7 navios mercantes. Na altura de Recife, a escolta foi rendida por navios americanos, mal entrando no porto, ainda sob o comando do CT Oswaldo de Macedo Cortes, recebeu ordem de largar e encontrar na altura de Fortaleza-CE os CS Jacuí e Jundiaí para rende-los na escolta de um comboio com um navio panamenho e quatro brasileiros, procedentes de Belém-PA, com destino a Recife-PE. Chegando a Recife, recebeu ordens para prestar socorro aos náufragos do comboio BT 18, que ele trouxera de Salvador-BA. Esse comboio foi atacado em 7 de julho pelo U 185, a 90 milhas do Cabo São Roque, aonde ousadamente penetrou na cortina de proteção, torpedeando o N/T William Boyce Thompsom e N/M James Robertson.
Em 28 de julho, o Contra-Almirante (USN) Jonas H. Ingram, em ofício dirigido ao Contra-Almirante Soares Dutra, escreveu: "O Comandante da 4ª Esquadra aproveita esta oportunidade para expressar ao Comandante da Força Naval do Nordeste a sua apreciação pelo excelente estado de organização, treinamento e presteza para a ação de suas forças, como demonstrado pela pronta resposta ao pedido de socorro por ocasião de recente ataque submarino a um comboio ao largo de Natal. Isso foi particularmente evidenciado pela habilidade do Jaguarão e do Jaguaribe, ao suspender de suas Bases em tempo recorde".
Em 24 de agosto, acompanhado do CS Juruá, realizava escolta dos mercantes Cuiabá e Siqueira Campos, quando no período da noite o Cuiabá abalroou o Siqueira Campos, abrindo água neste último. O grupo se dividiu, seguindo o Cuiabá sob escolta do CS Jaguarão para Fortaleza-CE.
Em 25 de agosto, escoltou o N/M Itapagé, que iria prestar auxilio ao Siqueira Campos, que foi encalhado propositalmente, na enseada Aruaru, a 40 milhas a SE de Fortaleza, para não naufragar, sendo declarado perda total.
1944
Em 5 de maio, às 01:10hs foi atacado por engano pelo "blimp" K-132 da Marinha Norte-Americana, que lançou uma bomba sobre o navio, caindo a cerca de 20 metros. Após a 2ª Guerra Mundial foi reclassificado J 5.
1947
Em 16 de abril, pelo Aviso n.º 0895, foi cedido a Diretoria de Hidrografia e Navegação e reclassificado como Navio Faroleiro.
Logo depois de sua transferência para DHN, foi adaptado para o serviço de faróis, partindo logo em seguida para costa leste onde deu assistência aos faróis de Coroa Vermelha, Ponta da Baleia, Alcobaça, Corumbau e Ilhéus, todos na Bahia. Essa comissão se estendeu até o fim do ano de 1947
1948
Realizou comissão aos portos de Angra dos Reis-RJ, São Sebastião-SP e Santos-SP, transportando material, inclusive para o Farol da Moela onde inspecionou obras que lá estavam sendo realizadas.
Retornou ao litoral baiano, para prestar apoio as reformas do farol de Belmonte e outros serviços.
Em 15 de agosto, inaugurou a nova torre do farol de Coroa Vermelha.
Em 6 de setembro, inaugurou a torre de Porto Seguro.
1949
Continuou prestando diversos serviços no apoio aos faróis.
1950
Em 28 de junho, deu baixa do serviço ativo, pela Ordem-do-Dia n.º 12 do Estado Maior da Armada.
Participação total de comissões de escolta de comboios regulares pelo CS Jaguarão durante a 2ª Guerra Mundial.
Participação do CS Jaguarão na 2ª Guerra Mundial, dividida por comandantes.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
I m a g e n s
Não disponível no momento
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.145-146.
- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Splinter Fleet – The Wooden Subchsers of the World War II - www.splinterfleet.org
- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 04/04/2010.
- Martins, Hélio Leôncio e Gama, Arthur Oscar Saldanha da. História Naval Brasileira, 5º volume - Tomo II. SDGM. Rio de Janeiro, 1985.
- Arquivos pessoais de Reginaldo José da Silva Bacchi e Márcio Simioni, pesquisadores de assuntos militares e navais de São Paulo - SP. (1) Em Tupi, significa "Onça Pequena". (2) Segundo o Livro A História da Sinalização Náutica Brasileira, do Comte. Ney Dantas, teriam exisitdo "apenas" quatro navios com o nome "Jaguarão", e o anterior a esse teria sido renomeado Carneiro da Cunha em 1923. Aqui temos o Carneiro da Cunha como outra embarcação e consta como tendo existido dois Rebocadores com o nome "Jaguarão". (3) Segundo o Livro A História da Sinalização Náutica Brasileira, do Comte. Ney Dantas, teria incorporado pelo Aviso n.º 0645 de 30 de março de 1943. |
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