1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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USS Shields - DD 596 Classe Fletcher
D a t a s
Batimento
de Quilha: 10 de agosto de 1943
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.050 ton (padrão), 3.050 ton
(carregado). Eletricidade: 2 turbo-geradores G.E. de 350 Kw, 1 gerador diesel de emergência G.M. de 100 Kw. Velocidade: máxima de 35 nós. Raio
de ação: 4.600 milhas náuticas. Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SC-2; 1 radar de vigilância de superfície tipo SG; 1 radar de direção de tiro Mk-4, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37; diretoras óticas Mk 49 e sonar de casco QC. Código Internacional de Chamada: NWFD Tripulação: 329 homens. Obs: Características da época da incorporação.
H i s t ó r i c o
O Contratorpedeiro USS Shields - DD 596, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha dos Estados Unidos (U.S.Navy), em homenagem ao Intendente Naval Thomas Shields. Foi construído pelo estaleiro Puget Sound Naval Shipyard, em Bremerton, Washington. Teve quilha batida em 10 de agosto de 1943, foi lançado em 25 de setembro de 1944, tendo como madrinha a 1º Tenente (USN) do Corpo Auxiliar Feminino da Marinha dos EUA, Margaret Shields Farr, bisneta do Comodoro Shields. Foi incorporado em 8 de fevereiro de 1945. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata (USN) George Bernard Madden.
1945
O cruzeiro de qualificação inicial foi interrompido, sendo designado para escolta do Encouraçado USS Iowa – BB 61, entre 7 de março e 18 de abril.
Em 6 de maio, partiu de Puget Sound e depois de vários dias operando na região de Pearl Harbor (Havaí), seguiu para o Atol de Eniwetok escoltando o comboio PD-413-T.
Seu curto período de operações na 2ª Guerra Mundial, foi de 24 de maio a 15 de agosto, e se consistiu na maior parte do tempo da escolta de comboios no trecho Eniwetok-Ulithi-Leyte-Okinawa-Bornéo, participando somente de uma ação de combate direto, quando em 26 de junho disparou contra posições costeiras japonesas em Miri (Bornéo), em apoio as forças de desembarques australianas.
Em 15 de agosto, encontrava-se em Buckner Bay, quando recebeu do CINCPACAREA (Comando em Chefe da Área do Pacifico), ordem de cessar toda a atividade ofensiva contra os japoneses.
Depois de uma rápida escala em Subic Bay (Leyte – Filipinas), retornou a Okinawa. Partiu em 4 de setembro, formando a UT 78.1.15 junto com os CT USS Conner - DD 582, USS Hart - DD 594 e USS Metcalf - DD 595, para se juntar a Força do Norte da China e ao GT 78.1, escoltando o TRANSRON 17 (17º Esquadrão de Transportes), que transportava tropas de ocupação para Jinsen (Coréia). A operação de ocupação, ocorreu sem oposição no dia 9 de setembro, em águas infestadas de minas, contando com o apoio de fogo do Shields e das demais escoltas.
Em 12 de setembro, partiu de Jinsen com o USS Metcalf - DD 595 e outros navios, escoltando a Unidade-Tarefa 71.5.1 para as águas do norte da China. Permaneceu no Golfo de Po Hai até o final do ano, com a missão primaria de "mostrar bandeira". Durante esse período foi reconhecida a situação instável em que se encontrava o porto de Cheefo. Durante essa comissão no Golfo de Po, o Shields visitou os portos de Chefoo, Chinwangto, Weihaiwei, Taku, Dairen e Port Arthur.
Deixou as águas chinesas, indo se juntar a escolta dos Porta-Aviões USS Antietam – CV 36 e USS Boxer – CV 21, iniciando assim sua primeira comissão com a 7ª Frota pelo Extremo Oriente. Durante essa comissão, prestou apoio a Força de Patrulha do Rio Yangtze, baseada em Shanghai.
Em 1º de dezembro suspendeu de Tsingtao (China) junto com o USS Metcalf - DD 595, USS Duncan - DD 574 e o USS Herndon - DD 638 escoltando os NAe USS Antietam - CV 36 e USS Boxer - CV 21. Em 3 de dezembro a escolta do Boxer e do Antietam foi entregue a 6 contratorpedeiros da 5ª Esquadra a cerca de 100 milhas de Nagasaki. Na tarde do mesmo dia o Shields e os outros três CTs rumaram para Shanghai (China). Na travessia uma mina foi avistada e destruida.
Em 4 de dezembro, chegou a Shanghai e atracou a contrabordo do Metcalf em um píer no rio Yangtze. Em 7 de dezembro mudou de posição atracando a contrabordo do Tender de Contratorpedeiros USS Sierra - AD 18 para reparos no gerador principal.
Em 23 de dezembro suspendeu de Shanghai com 1200 pacotes de correspondência e outras encomendas, chegando em Okinawa no dia 26 e entrando em Buckner Bay na manhã do mesmo dia. Desembarcou a correspondência e embarcou suprimentos frescos nos dia 26 e 27. Deixou Okinawa na noite do dia 27 e chegou a Shanghai no dia 29.
1946
Na noite de 10 de Janeiro fundeou na foz do Yangtze. Em 11 de janeiro suspendeu de Shanghai junto com o Metcalf - DD 595 e o cruzador Los Angeles - CA 135.
Em 14 de janeiro chegou e fundeou no porto de Hong Kong. Em 31 de Janeiro deixou Hong Kong em uma viagem de representação com um Major (Fuzileiro Naval) e um representante da Standard Oil Co. a bordo.
Em 1º de fevereiro chegou e fundeou em Amoy, China. Recebeu a bordo um Almirante chinês. No dia 4 deixou Amoy chegando a Swatow no mesmo dia à tarde. O mar estava agitado e a maré muito baixa impossibilitando a entrada no porto, seguindo então para Hong Kong, onde chegou e fundeou no dia 9.
Em 19 de fevereiro, retornou a Baia San Pedro (Califórnia), tendo escalado na viagem de volta em Eniwetok e Pearl Harbor.
Permaneceu operando na costa oeste até meados de 1946.
Em 14 de junho, foi desincorporado e colocado na Reserva da Esquadra do Pacifico. Apesar de descomissionado, o Shields permaneceu em condições de serviço, participando dos programas da reserva.
1948
1950
Com a eclosão do conflito coreano foi chamado de volta ao serviço ativo, sendo recomissionado em 15 de julho.
1951
Em setembro, dirigiu-se ao Extremo Oriente para o primeiro de seus três turnos na Guerra da Coréia. Durante o primeiro turno, patrulhou a costa coreana, deu apoio de fogo naval em Kojo ao 1º Corpo de Exercito Sul-Coreano e a 1ª Divisão de Fuzileiros Navais.
1952
Em fevereiro, encerrou sua primeira participação na Guerra da Coréia.
Em 1º de novembro, iniciou seu segundo turno, integrando mais uma vez o grupo de apoio de fogo naval, dando apoio ao 1º Corpo de Exercito Sul-Coreano e ao 8º Exercito dos EUA. Saiu da área para participar de exercícios anti-submarinos na costa do Japão e Okinawa, e depois de exercícios de treinamento com as Forças Navais da China Nacionalista em Taiwan.
1953
Em 1º de junho, chegou a San Diego, depois de escalas em Hong Kong e no Japão.
Depois de passar seis meses operando na costa oeste, partiu para o Extremo Oriente em sua terceira participação na Guerra da Coréia.
1954
Em 11 de fevereiro, chegou as águas coreanas passando a operar com a Força-Tarefa 77.
Em 21 de fevereiro, foi destacado da FT 77, seguindo para as Filipinas. Em março e abril conduziu operações ao largo de Subic Bay e também patrulhou a costa da Indochina com o GT 70.2 de Porta-Aviões de Ataque.
Em 7 de maio seguiu para Yokosuka (Japão), fazendo uma parada em Hong Kong para representação diplomática. Depois de uma semana em manutenção em Yokosuka, voltou ao mar para exercícios com a Força-Tarefa 77.
Em 18 de julho, chegou de volta a Base Naval de San Diego (Califórnia).
Entre 18 de julho de 1954 e 30 de novembro de 1963, realizou mais sete cruzeiros operacionais ao Extremo Oriente e Pacifico Ocidental. Quando não estava no Extremo Oriente, realizava exercícios ao largo de San Diego.
Um dos destaques na vida operacional do Shields nos anos 50 foram as comemorações do retorno da "Great White Fleet", de Theodore Roosevelt a San Francisco depois de realizar uma circunavegação entre 16 de dezembro de 1907 a 22 de fevereiro de 1909.
1955
Em março, passou boa parte do mês atracado na Base Naval de San Diego junto com os CT USS Twining – DD 540, USS Erben – DD 631, USS Halsey Powell - DD 686, USS Gregory - DD 802, USS Colahan – DD 658, USS Marshall – DD 676 e USS Porterfield - DD 682, todos do 17ª Esquadrão de Contratorpedeiros (DesRon 17).
Em março, o comodoro da 172º Divisão de Contratorpedeiros (DesDiv 172) CMG Robert Henderson Holmes retirou do comando do navio o CF Lee Winters depois de encalhar em um recife de corais, transferindo para o navio a flâmula de comando da Divisão e assumindo interinamente o comando até o embarque do novo comandante, CF A. F. Hollingsworth, embarca-se em Yokosuka (Japão).
1959
1960
Em agosto, o Shields obteve outra importante conquista, o "E" de Batalha, da Força de Cruzadores e Contratorpedeiros do Pacifico, referente ao Ano Fiscal de 1960, por sua prontidão operativa global para operações de combate, ou seja todos os departamentos atingiram o grau máximo em eficiência operacional.
1962
1963
Em 30 de novembro, encerrou suas operações como unidade da ativa, passando a operar como navio de treinamento da Reserva Naval da Esquadra do Pacifico, integrando o DesRon 27 (27º Esquadrão de Contratorpedeiros). Com sua tripulação de operacional cortada em mais de 50%, passou a maior parte dos oito anos seguintes operando em proveito do Comando de Treinamento e Desenvolvimento para manter a eficiência de combate dos reservistas navais.
1965
Suas atividades estavam limitadas a operações de treinamento ao longo da costa oeste com reservistas realizando exercícios práticos de artilharia nas raias da Ilha de San Clemente para Escola de Artilharia de San Diego e exercícios de guerra A/S com submarinos baseados em San Diego.
1966
Realizou exercícios com a Esquadra ao largo da costa de San Diego, atuando como força de oposição, obtendo bons resultados nos “ataques” com canhões aos navios da força principal. Atuando como “corsário” através do uso de contramedidas, inclusive eletrônicas o Shields conseguia se infiltrar nos grupos de navios e atacar alvos desavisados de surpresa, inclusive o NAe USS Oriskany, capitânia da Força-Tarefa principal do exercício, recebendo do Almirante em comando a alcunha de “Infame Shields”.
1968
Em outubro estava docado no National Steel & Shipbuilding próximo a Estação Naval de San Diego. Depois de sair da doca retornou ao treinamento de reservistas navais realizando cruzeiros com visitas a Acapulco, Mazatlan, Seattle, Portland, Monterey, San Francisco e outros lugares do leste do Pacifico.
1971
Recebeu o "E" de Batalha, da Reserva da Esquadra do Pacifico.
1972
Em março, uma inspeção do INSURV determinou que os custos de uma modernização seriam proibitivos e que sem ela o navio teria apenas um valor marginal na Marinha dos EUA.
Como conseqüência foi desincorporado em 1º de julho e vendido ao Brasil.
Em 6 de julho, foi transferido e incorporado a Marinha do Brasil, recebendo o nome de CT Maranhão - D 33.
A serviço da Marinha dos EUA foi premiado com a Navy Occupation Service Medal, China Service Medal, Pacific Theatre Medal, National Defense Service Medal,, Korean Service Medal, Korean Presidential Unit Citation e com três Estrelas de Combate por sua participação na Guerra da Coréia. Serviu nos 5º, 17º e 27º Esquadrões de Contratorpedeiros.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.172-173.
- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001.
- Friedman, Norman. U.S. Destroyers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1980.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 563, jul. 1990.
- NavSource Naval History - www.navsource.org - último acesso em 28/11/2010.
- DANFS - Dictionary of American Naval Fighting Ships
- All Hands - Bureau of Naval Personnel Information Bulletin, october 1960. |
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