1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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USS Lewis Hancock - DD 675 Classe Fletcher
D a t a s
Batimento
de Quilha: 31 de março de 1943
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.050 ton (padrão), 2.934 ton
(carregado). Eletricidade: 2 turbo-geradores G.E. de 350 Kw, 1 gerador diesel de emergência G.M. de 100 Kw. Velocidade: máxima de 35 nós. Raio
de ação: 4.600 milhas náuticas. Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SC-2; 1 radar de vigilância de superfície tipo SG; 1 radar de direção de tiro Mk-4, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37; diretoras óticas Mk 49 e sonar de casco QC. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 320 homens. Obs: Características da época da incorporação.
H i s t ó r i c o
O Contratorpedeiro USS Lewis Hancock - DD 675, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha dos Estados Unidos (U.S.Navy), em homenagem ao Capitão-de-Corveta (USN) Lewis Hancock Jr., oficial aviador naval, morto em um acidente. Foi construído pelo estaleiro Federal SB & DD Co., em Kearny, New Jersey. Teve quilha batida em 31 de março de 1943, foi lançado em 1º de agosto de 1943, tendo como madrinha a Capitão-Tenente Joy Hancock, viúva do Capitão-de-Corveta Hancock. A Tenente Joy Hancock, foi a primeira componente Corpo Auxiliar Feminino da Marinha dos EUA a batizar um navio de guerra. Foi incorporado em 29 de setembro de 1943. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata (USN) Charles H. Lyman III.
1943
Depois de realizar o cruzeiro para a qualificação inicial da tripulação nas Bermudas, partiu de New York em 6 de dezembro para o Pacifico acompanhando o NAeL USS Langley – CVL 27.
Em 25 de dezembro, chegou a Pearl Harbor, juntando-se a Força-Tarefa 58 do Vice-Almirante (USN) Marc A. Mitscher.
1944
Em 16 de janeiro, partiu de Pearl Harbor com o Grupo-Tarefa 58.2 para invasão das Ilhas Marshall. Designado para a missão de destruir o poder aéreo japonês no Atol de Kwaijelein os Navios-Aeródromos do GT 58.2 atacaram a base aérea da Ilha Roi em 29 de janeiro, destruindo todos os aviões inimigos.
Em 30 de janeiro, um segundo ataque foi realizado pelos Porta-Aviões contra as posições inimigas, "amaciando" a área em preparação ao desembarque anfíbio do dia 31.
Entre 1º e 3 de fevereiro, deu apoio de fogo naval aos fuzileiros navais que lutavam para tomar o Atol das tropas japonesas.
Em 4 de fevereiro, retornou a Lagoa de Majuro (Ilhas Marshall).
Em 16 e 17 de fevereiro, participou do ataque a Base Naval japonesa de Truk, acompanhando a Força-Tarefa 58. Nesse ataque a FT destruiu vários navios de guerra inimigos, 200.000 toneladas em navios mercantes e aproximadamente 275 aviões.
No final de março, voltou a se juntar ao GT 58.2 para os ataques as Ilhas Palaus.
Em abril, apoiou a captura de Hollandia.
Em maio, o GT 58.2 realizou ataques na área Ilhas Marcus – Ilhas Wake.
Em 11 de junho, as aeronaves da FT 58 iniciaram os bombardeios contra Saipan, Tinian, Guam e outras ilhas do Arquipélago das Marianas. Normalmente atuando na defesa A/S e AAé da FT, o Lewis Hancock, foi designado para dos bombardeios contra Saipan no dia 13.
Os japoneses tentaram conter os ataques americanos contra as Marianas, atacando a Força-Tarefa invasora com todos os seus meios. A FT-58 protegida pelo Lewis Hancock e outras escoltas, derrotou a frota inimiga na Batalha do Mar das Filipinas em 19 e 20 de julho, aliviando a pressão sobre os navios que participavam da invasão das Marianas.
Em julho, participou da invasão das Ilhas Bonin e Palaus.
Depois de passar duas semanas em Pearl Harbor, juntou-se a Força-Tarefa 38, participando em rápida sucessão dos ataques as campos de pouso japoneses nas Filipinas, Okinawa e Formosa.
Em 13 de setembro, participou pela primeira vez diretamente dos ataques as Filipinas, abatendo seu primeiro avião inimigo.
Esses ataques aéreos ajudaram a neutralizar o poder aéreo japonês, enfraquecendo suas defesa, em preparação para o retorno das tropas do General Douglas MacArthur. As tropas americanas desembarcaram em Leyte, e o Japão contra-atacou com toda a sua esquadra em um esforço para levar reforços e suprimento as tropas defensoras. Esses movimentos resultaram na Batalha do Golfo de Leyte, onde o Lewis Hancock ajudou no afundamento de um Contratorpedeiro inimigo.
1945
Em fevereiro, voltou a integrar a FT-58 participando de uma serie de ataques contra as ilhas domesticas japonesas. Em 16 e 25 de fevereiro, a FT atacou Tóquio e no dia 19 de março a área Kobe-Osaka. Nesse ataque derrubou seus dois últimos aviões inimigos num total de seis durante a guerra.
Em 1º de abril, ocorreram os desembarques em Okinawa. O Lewis Hancock participou dessas operações até 10 de maio, quando voltou aos EUA.
Depois de 16 meses de operações continuas no Pacifico, milagrosamente sem sofrer avarias e com a perda de apenas quatro tripulantes, chegou a San Francisco (Califórnia) em 6 de julho.
Em 30 de agosto, saiu da doca seca, onde sofreu reparos. Preparava-se para retornar ao Teatro de Operações do Pacifico quando os japoneses se renderam.
Em 7 de setembro, chegou a San Diego (Califórnia).
1946
Em 10 de janeiro, foi descomisionado em San Diego.
1951
A Guerra da Coréia, determinou o fim de seu período de inatividade.
Em 19 de maio, foi recomissionado em cerimônia realizada na Base Naval de Long Beach (Califórnia), assumindo o comando naquela ocasião o Capitão-de-Fragata (USN) R. L. Trully.
Em 11 de outubro, partiu de San Diego (Califórnia) para costa leste, chegando a Newport (Rhode Island) no dia 27 para ser submetido a uma modernização.
1952
Em 6 de setembro, partiu de Newport, atravessando o Canal de Panamá, com destino a Yokosuka (Japão), onde chegou em 20 de outubro.
Depois de realizar treinamento adicional no Japão, seguiu para as águas coreanas em dezembro.
Depois de um breve período operando na costa leste coreana, seguiu para a costa oeste passando a operar com o NAe HMS Glory até o final do ano.
1953
A comissão pelo Extremo Oriente terminou em janeiro, quando o Lewis Hancock partiu da Baia de Tóquio, via Sudeste Asiático, Oriente Médio, Suez e Mediterrâneo, chegando a Newport, completando sua primeira circunavegação.
Passou o resto do ano alternando operações ao longo da costa leste dos EUA e águas européias.
Em outubro, partiu em uma comissão de quatro meses pela Europa.
1954
Em 24 de janeiro, retornou para Newport, passando a operar novamente ao longo da costa leste.
1955
Entre maio e agosto, realizou comissão a Europa, para participar de operações com a Royal Navy e a Armada Espanhola.
1956
Permaneceu realizando operações de rotina no Atlântico, até ser mandado de volta a Europa para participar de operações no Mediterrâneo e Oriente Médio com a 6ª Frota, onde a tensão tinha aumentado.
Em 15 de abril, partiu para o Mediterrâneo, atravessando o Canal de Suez em 9 de maio, seguindo para o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico. Ao retornar para o Mediterrâneo, foi um dos últimos navios a cruzar o Canal de Suez antes de ser fechado pelo governo egípcio. Chegou a Newport em 14 de agosto.
1957
Depois de um período de treinamento de atualização, e de ter operado na guarda de aeronaves dos Porta-Aviões operando na costa leste, o Lewis Hancock partiu de Newport em 6 de maio para o Mediterrâneo, onde operou com a 6ª Frota. Durante um intervalo nas operações no Mediterrâneo, seguiu em uma comissão de patrulha de cinco semanas pelo Mar Vermelho, Golfo Pérsico e Mediterrâneo. Essa foi a última comissão do Lewis Hancock no exterior, sendo encerrada em 31 de agosto na Base Naval de Newport.
Em 24 de setembro, chegou a Philadelphia, onde foi descomissionado em 18 de dezembro passando a integrar a Reserva da Esquadra do Atlântico.
1967
Foi retirado do reserva e submetido a uma rápida modernização para ser transferido.
Em 2 de agosto, foi transferido por empréstimo a Marinha do Brasil, recebendo o nome de CT Piauí - D 31.
1973
Em 1º de agosto, com o termino do período de empréstimo, foi retirado da lista das unidades da Marinha dos EUA e transferido em definitivo para o Brasil, sob os termos do Programa de Assistência Mutua.
A serviço da Marinha dos EUA foi premiado com sete Estrelas de Combate por sua participação na 2ª Guerra Mundial e duas pela Guerra da Coréia.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.206.
- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001 - Friedman, Norman. U.S. Destroyers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1980. - NavSource Naval History - www.navsource.org - NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 534, fev. 1988; n.º 535, mar. 1988. |
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